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Exatamente, @ndenatalia, nossa existência é constituída por nossas decisões e muitas delas em um contexto de liberdade em situação/contingências. Mas as nossas reações não são geradas por nenhuma essência e sim por aquilo que subjetivamente decidimos fazer, mesmo que seja em um arco de limitações e contingências.
@ndenatalia, quando Rogers afirma que O HOMEM É BOM, ele acaba criando uma ideia de essência e generaliza a raça humana. Rogers tem razão em muitas colocações, mas nessa ideia de bondade humana ele coloca o quanto pessoalmente acredita no ser humano, mais como otimismo do que como realidade. Aliás acredito que ele queria passar mais o otimismo, um certo postulado como ponto de partida de uma argumentação e não uma certeza, porém, acabou se comprometendo com Rosseau e sua emblemática afirmação humanista de que "o homem é bom, mas a sociedade o corrompe".
Uma dúvida: quando é dito que nem todo mundo pode ser o que quiser, essa visão não afirmaria uma certa essência? Tô pensando alto aqui... a pessoa pode escolher um projeto de vida que não seja algo que ela tenha facilidade, mas escolhe fazer isso assim mesmo. Se não, como compreender esses casos?
Oi Jamile, obrigado pelo contato. Uma pessoa pode escolher qualquer profissão, contudo será mais feliz se fizer a escolha certa, de acordo com sua vocação, uma área para a qual tenha algum talento. Todo mundo é livre para fazer as piores escolhas. E este é o problema: não é que não pode escolher ser qualquer coisa, mas a consequência pode ser a frustração. Mas quando falamos que o ser humano não tem uma essência, não é sobre escolhas profissionais, é algo mais estrutural. Ou seja: ninguém nasce com um propósito definido previamente, pois isto é que seria a sua essência. Já as coisas, todas elas, os objetos por exemplo, surgem com um propósito definido, uma essência. Uma copo, uma garrafa, servem para conter líquidos. E isto não muda. Se não servir para este fim, deixa de ser copo, deixa de ser garrafa. Já o ser humano, não. Ele ao longo de sua existência vai fazendo escolhas. Ele pode em certa situação escolher agir com bondade, mas noutro dia se quiser pode agir com maldade. Se ele tivesse uma essência isto não seria possível.
@@equilibrioemocional aaaaaah, entendi agora, hehe. O exemplo utilizado ajudou muito!! Nesse sentido, entendi também que todo mundo pode fazer escolhas ruins, entretanto terá que arcar com as consequências "negativas" disso, enquanto se a escolha fosse mais "assertiva", de um jeito certo, tem mais chances de não se frustrar. Obrigada por ter respondido e parabéns pelo conteúdo! <3
Ótimo vídeo. Não sabia dessa ligação tão forte do Rogers com essa perspectiva do Rosseau. Sabia da visão otimista dele pelos estudos que fiz, mas pensei que a parte de "corrompimento" do sujeito era por causa da incongruência e existência inautentica.
Comecei essa aula com um pouco de ceticismo... Minha sensação foi de que me depararia com algum tipo de "milagre". Mas, foi muito esclarecedor quando me vi ainda imaturo para o tema... Não me decepcionei comigo mesmo. Mas, fiquei abismado com a provocação para o supostamente impossível, mas possível, dentro do possível. Que loucura. O trabalho de Minkowski é digno de premiação, como reconhecimento da perseverança e fibra desse senhor. Fazer o que fez é para poucos. Que responsável com o outro. Nos trouxe a grande possibilidade de apresentarmo ao esquizofrênico um lugar de voz. O grande desafio de olhar o sujeito além dos sintomas não é para amadores. Me senti uma caquinha diante da aula de hoje. Seguramente não estou preparado para viver a escola fenomenológica. Mas tenho intensão. Dá pra ter uma ideia da trabalheira que vou ter para estudar mais e compreender a abordagem existencialista... Vou ter muito trabalho pela frente - mas é gostoso, confesso. Grato, professor.