O 45 Graus é um podcast para todos, mas não para qualquer um(a); um espaço para saber mais e pensar criticamente. José Maria Pimentel - curioso por natureza e economista por formação - recebe para a conversa especialistas e pensadores de áreas muito diferentes: ciência, sociedade, economia, política, negócios, filosofia e muito mais. O 45 Graus é um projecto independente financiado pelos mecenas. | Leia o livro Política a 45 Graus (bit.ly/3ufDKXS), uma reflexão sobre as divisões da política contemporânea. | Ouça o 45 Graus Xpress para episódios de 15 min.
"zombies": conjecturas à parte, o ser humano não está tão longe de um zombies quanto isso. poucos são os que se interrogam sobre a escravidão cultural em que a maior parte vive, repete e da qual nunca sai, parecendo mais um zombies da sua cultura do que um ser possuidor de uma consciência capaz de pensar e ajuizar por si próprio (até porque não tem livre arbítrio mas está totalmente daquilo que se agrega em si)
ao ouvir o podcast e as referência à proximidade entre as disciplinas atuais da filosofia da mente e da ciência que se ocupa da mente, faz-me perguntar se em matéria de conhecimento e articulação de pensamento e entendimento se nós humanos hoje não estamos para a mente como os filósofos da natureza do seculo V a.c. estavam para a ciência? não deixaria de ser um profundo murro no estômago para a espécie que se julga conhecer, e se considerar um homo sapiens para além de uma modernidade. em nosso favor, poderá estar o argumento "se nós não gostarmos de nós e não nos apreciarmos e engrandecernos, quem o fará?"
relativamente à questão mente/corpo, da natureza do corpo e da mente, da consciência, etc, pergunto-me se fazemos esta discussão considerando transversalmente não apenas os seres humanos, mas os mamíferos, nas suas diferentes espécies, e gradualmente o mesmo para outras classes do reino animal, questionando sobre que níveis de consciência, tipo de memória, e quão longe ou próximo estão outras espécies, pois nós parece que algumas são em alguns aspectos algo similares a nós e que a grande diferença da mente do ser humano pode estar associada à natureza e características do nosso neocortex. ou seja, esta questão não se resumiria ao ser humano, o que constitui um excelente teste para teorias e argumentos antigos sobre a existência de uma alma (apenas nos seres humanos e porquê seria apensa nos seres humanos?), e eventualmente nos facilitaria o trabalho nesta área em temos de nos ajudar a seguir com mais seguranca determinada linha de pressupostos e princípios. fica a questão, caso seja efetiva.
Começando a ouvir a introdução ao podcast e a referência à discussão sobre se temos ou não livre -arbítrio e que a ideia de o termos seria a mais imediatamente óbvia. eu não sou filósofo e antes de ouvir o podcast, que pela apresentação promete deixo o testemunho que logo que pensei neste assunto há alguns anos sempre me pareceu óbvio que não o temos, e que quando se afirma que sim, se estará a falar de outra(s) coisa(s), pelo que como sempre importaria clarificar o que se tem em mente ao afirmar isso. para mim livre-arbítrio seria uma faculdade atribuível apenas a um ser que fosse deus, pois não estaria condicionado por nada exterior a si, não teria qualquer limitação nem dependência e exclusivamente por si só teria a liberdade para escolher, desde logo com esclarecimento e conhecimento pleno. de uma forma simples, para mim, a ideia de livre arbítrio num ser humano significaria que ele não necessitaria de educação/formação, pois teria livre-arbítrio. o que acontece não é isso, o ser humano está dependente das experiências que vive, interpreta e acumula, consciente e inconscientemente e das faculdades e fisiologia que desenvolve, sendo que as mais antigas condicionam as posteriores. o que o ser humano tem é um sistema integrado de várias dimensões cognitivas entre as quais a a memórias consciente e inconscientente mas igualmente as faculdades linguísticas e simbólicas com as quais articula as memórias e a partir das quais surge em si uma determinada resposta para cada momento de interação com o meio. o ser humano não pode decidir sobre nada que não tenha previamente integrado em si, e por isso está desde logo dependente disso. se considerarmos o estado do ser humano à nascença de desconhecimento e ignorância sobre o mundo e o caminho mais ou menos preçário que faz durante a sua existência, não só para se articular a si próprio, como também para desenvolver uma determinada visão do mundo, sempre dependente de terceiros similares a si para o fazer, através de uma quantidade escassa de sentidos sensoriais perceptivos de espectro muito limitado, rapidamente podemos nos deparar com cenário impróprio para uma ideia de livre-arbitrio. vamos ao podcast, que promete, e ouvir quem se dedica ao assunto.
Seria interessantíssimo se este formato de debate se mantivesse, pelo menos em alguns episódios do podcast. Ter convidados com perspectivas diferentes (não necessariamente antagónicas) a comentarem certos temas é sempre mais produtivo, até para quem ouve. Parabenizo a excelente preparação do José Maria. Sinto falta de mais episódios dedicados à filosofia.
Excelente episódio e excelentes convidados! Gostei bastante das 2 partes do episódio. Uma oportunidade única de melhorarmos a nossa literacia finaceira e ficarmos mais à vontade com este tema, refletindo sobre o tipo de Estado que queremos. Os convidados estiveram bastante à vontade com os temas, cada qual com a sua visão do tema, o que só o enriquece! Não foi uma palestra demasiado académica sobre fiscalidade ou finanças públicas, o que não contribuiria para a vertente pedagógica que este episódio pretendia ter. Muito interessante! Parabéns!
dos piores episodios que já vi aqui no podcast, eu pago 45% do meu salario (IRS e SS) como impostos mas quem ouve este podcast acha que nao se pagam assim tantos impostos em Portugal. taxa efetiva de 34% de IRS e 11% SS, ganharia mais 8400 euros anuais, só a atravessar a fronteira para Espanha.
Quem ouve este episódio tem acesso a duas opiniões contrárias e tira a sua própria conclusão. Não me diga que acha mesmo que a verdade está toda só dum lado?
@@45_graus Está do lado da matemática, uma pesquisa rápida mostra que eu pago mais impostos em Portugal do que no Reino unido, Alemanha, Espanha, França. e nem fui para os melhores países em termos fiscais
O tópico é super interessante 👌mas fiquei com a impressão de que os convidados deveriam estar mais informados sobre o funcionamento dos impostos 'lá fora'. Parecia que tinham apenas uma ideia baseada na partilha de informações das experiências de amigos. 😐 Claro que, para falar deste tópico, é necessário haver pessoas com experiência no funcionamento dos impostos em Portugal. No entanto, como estamos a comparar o que se paga aqui com o que se paga 'lá fora', ficou difícil tirar conclusões claras. Na segunda parte ou em futuros podcasts do mesmo tópico, seria interessante ter um ou dois convidados da mesma área, mas de outras nacionalidades. Isto porque, dentro do espaço da UE (e não só), as coisas não são tão iguais, mas também não são tão diferentes. Existem muitas linhas gerais que convergem. 😉
As vezes fico arrependido de ter ido para a academia, mas depois de ver esse Zé que representa a direita(não tenho qualquer tipo de cor para que fique claro) dou graças
@@p_almeidajorge não tem nada a ver com isso o outro sabe definir as métricas que fala assim como as suas fragilidades, sabe muito mais detalhes que tu de tudo enfim uma batalha injusta …. Costumam haver menos, mas seguramente haveria um académico para representar ideias mais liberais para equilibrar a balança de argumentos. De vez em quando la soltas um nome de alguém mas são citações inócuas de quem leu uns parágrafos ou um qualquer resumo. O teu canal reflete isso o outro produz estudos com revisão de pares tu tens vídeos do jordan Peterson
@@JoaoFonseca-dx6kd porque é que está a responder a um comentário que não foi dirigido a si? Tenho pena que não me tenha achado à altura. A generalidade do feedback que tenho recebido tem sido positivo. Talvez a segunda parte lhe agrade mais. Trabalho há praticamente 10 anos com IRC, mesmo que não seja num âmbito académico. Quanto ao canal de RU-vid, não vejo qual é a relevância disso. Nem chamaria ao meu canal um "canal". São apenas dois ou três excertos de vídeos que achei interessante guardar. Mas é curioso que só refira o do Peterson. Quero acreditar que alguém tão rigoroso quanto às referências saiba quem foi Fritz Machlup...
@@JoaoFonseca-dx6kd então não é da área mas acha-se com segurança para dizer que eu só conheço parágrafos soltos e resumos daquilo de que falo? Investigou sequer qual é o meu currículo e a minha obra publicada? Já agora, se não sabe quem foi Fritz Machlup, como é que tem a certeza que não é relevante para a sua área? Enfim, pensei que pudesse aprender alguns pontos de melhoria ao falar consigo, mas já vi que é só uma perda de tempo. Se quiser revelar a sua excelsa identificação académica, terei todo o gosto em tentar fornecer-lhe as referências que diz terem faltado. Afinal de contas, o interesse do podcast é o conteúdo e não a prestação dos intervenientes, certo?
Muitos parabéns, Ricardo Dias Felner, pela rica partilha de saberes e experiências neste podcast! Parabéns também ao entrevistador, pela interessante moderação da conversa! Cheguei ao nome do Ricardo Dias Felner, casualmente, através do artigo do Expresso "A decadência da restauração alentejana" e gostei do texto, apresentando os argumentos de forma simples mas informada, mostrando que percebe muito de gastronomia porém sem tiques de sábio inacessível!
ru-vid.comtN-ixyvR514 Neste short, destacamos a figura de João Pedro Marques, conhecido pelas suas posições racistas e polémicas, amplamente divulgadas pelo jornal Observador. O nosso objetivo é confrontar as suas ideologias retrógradas, reafirmando a importância da luta antirracista e decolonial. Em tempos de crescente intolerância, é fundamental dar voz àqueles que promovem a igualdade, respeito e justiça social, desafiando discursos de ódio e discriminação. #25deabril #portugal #colonial #racismoestrutural #antirracismo #discursodeodio
Grande licao nos caminhos da Arte estregia para reaver A 1:56:06 Grande obra de Domingues s Sequera Amiga do Museu tenho a sorte de viver na xasa que e M tempos idos foi co Pintor SOO ARTISTA PARABENS
1:22:10 incorreto. Existe uma falta de areia no mercado mundial há vários anos (é o segundo recurso natural mais consumido). Quem estiver interessado pode facilmente encontrar artigos sobre o assunto, nomeadamente este da BBC de 18/11/2019: "Why the world is running out of sand".
Interessante, obrigado. Encontrei tb um artigo da The Economist mais recente: www.economist.com/finance-and-economics/2024/03/14/china-is-churning-out-solar-panels-and-upsetting-sand-markets
@@45_graus Ah, interessante! Não conhecia o site! Vou logo organizar um debate de bar sobre energias em Portugal e inspirei-me sobre o que Luís disse. Aliás, vou agora ler mais. Já agora aproveito para dizer que escrevi há uns dois anos o livro "conversa sobre o aquecimento global" (que faz parte do Plano Nacional de Leitura) que me parece intetessante para explicar como funciona o clima (para não especialistas) e para distinguir o que é uma questão científica de uma questão política. Se quiser dar uma vista de olhos, mando-lhe o pdf. Continuação!
Obrigada ao 45 graus, óptima convidada! Informada, moderada, boas fontes de informação para explorar os temas falados, sem vieses partidários e ao mesmo tempo uma pessoa muito próxima do cidadão comum e real.
Claramente uma péssima convidada. Recomendo lhe a leitura de Gilles Lipovetsky, nomeadamente, no caso da beleza, a obra A estetizacao do mundo, viver na era do capitalismo artista. Peço desculpa ao 45, sou um ouvinte fiel, e a convidada não está ao nível.
Quase duas horas que passaram a correr, uma conversa cheia de pontos muito interessantes! Admiro a "moderação" da Catarina, que motiva o debate entre todos, e ao mesmo tempo a assertividade e pró-atividade que também tem e imprime aos projetos em que está envolvida. Uma excelente conversadora, que torna a vontade de ter uma vida mais sustentável mais fácil de pôr em prática e informada!
1:15:30 Não se descrimina com base na etnia (ainda bem), mas descrimina-se com base no rendimento (como teria de ser). Boa. Ainda assim não se foge a uma segregação indirecta e não intencional por um segundo critério, o da etnia. Vamos dar a dois cenários com uma forte semelhança
Achei que este episodio foi dos piores e pouco ao estilo dos restantes. Foi mais monologo do que conversa e faltou-me ouvir o José Maria a intervir e contrapor como tao bem costuma fazer. Gostava de ter ouvido contraditorio quando o convidado apresentou solucoes de forma obvia como se fossem verdades absolutas. Em termos de conteudo, gostava de ter visto mais explorada justificacao para a relacao causal entre o comportamento humano e os efeitos no clima e, tambem, sobre a (pelo menos do meu ponto de vista) incongruência da incapacidade de estimar impacto das solucoes apresentadas e do aumento da temperatura (como o convidado confirmou). Pessoas que terminam todas as frases em high pitch, devia ser posto de parte