Que mulher sensacional, tem um vasto conhecimento, desenvolveu um método para auxiliar na prevenção e tratamento da depressão, escreveu um livro que permanece atual sobre as depressões, inclusive já quero comprar!
O sinthome permite se sustentar fora dos laços sociais tradicionais. Assim, podemos pensar nas drogas como uma tentativa de criar um sinthome, um modo de fazer laço. Quando falamos de drogas, desde a heroína até o uso excessivo de celulares, estamos tratando de uma tentativa de criar um laço que, paradoxalmente, não se sustenta devido à natureza dessas substâncias. Lacan nos ensina que a palavra é infinita e que o significado é sempre deslizante, nunca fixo. Assim, a droga oferece uma ilusão de fechamento, de uma borda no gozo, mas essa borda é ilusória, sustentada apenas pela temporalidade e quantidade do consumo. No caso das drogas, essa borda é imposta pelo tempo de duração dos efeitos e pela quantidade consumida. Contudo, isso não resolve a questão fundamental do gozo, que sempre escapa, sempre procura novos caminhos. Quanto ao gozo, Lacan sugere que ele sempre encontra uma borda, uma limitação. Portanto, poderíamos dizer que as drogas são uma tentativa de estabilizar o gozo através de um laço, mas que falham em sua essência porque a busca pelo significado é infinita e a palavra, assim como o gozo, nunca encontra um ponto final. Ao meu ver nesse casos o laço ainda é a única solução.
Gratidão por este conteúdo. Eu venho de um tratamento de TUS e tenho certeza que esse conteúdo irá me ajudar ainda mais no meu processo de autosuperação.
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