Respondendo à pergunta do colega Gleidson, no chat: "Professor, o que "emperra" nosso Amapá no campo das pesquisas científicas?". Penso que são dois fatores principais: 1) Falta de investimentos. Já existem algumas iniciativas como bolsas de iniciação científica, olimpíadas de matemática, física, química, etc, feiras de ciências e até alguns prêmios, mas ainda é muito pouco frente à demanda do Estado. Falta mais dinheiro aplicado para construção de laboratórios nas escolas, investimento em capacitação dos professores fora do Estado e do País, para se inserir no cenário atual da ciência de ponta, e melhoria das condições gerais da vida do estudante, como alimentação, livros, transporte, etc. 2) Divulgação científica. Hoje a ciência quase não é divulgada. Existem esforços louváveis de profissionais que ensinam conhecimentos científicos nas redes sociais e divulgam editais, oportunidades de bolsas, estágios, etc. Mas ainda perdemos para a gigantesca indústria do "entretenimento", muitas vezes de qualidade questionável, quando não da desinformação mesmo, das fake news e das pseudo ciências. Então falta mais divulgar as oportunidades para o estudante aprender ciência na internet, bem como as possibilidades sobre quais programas de incentivo existem, onde tem oportunidades de fazer uma olimpíada, participar de uma feira, exposição, palestras, visitas a museus, cursos, excursões, etc.
Parabéns, Soraia! Parabéns ao podcast por essa entrevista. Foi muito interessante. A Soraia é uma grande agente cultural no Amapá. Que o projeto café com Letras cresça mais e mais. 👏🏼👏🏼