Eu sou Terapeuta Holística e Terapeuta Sistêmica dos Carmas/Karmas e com certeza o conteúdo abordado agregou e clarificou, ainda mais, a minha visão. Gratidão!
Sobre o post "Bons Valores em todas as culturas" e sobre o post "Que valores todos tínhamos" Tem vários estudos na neurociência que partem do pressuposto de que os valores humanos básicos têm base neurológica ou biogenética. Por exemplo o estudo de Adam R. Teed Icon,Jelena Rakic, Daniel B. Mark &Daniel C. Krawcyzk, intitulado Relative activation patterns associated with self-transcendent and self-enhancement core values: An fMRI study of basic human values theory concepts in males. Neste paper eles investigam os valores ao longo de dimensões consideradas essenciais e básicas à composição de valores tipo poder, benevolência e universalismo e confirmou a relação desses aspectos com o que é considerado o 'moral brain processing network', toda uma circuitaria límbica já identificada. Também vale ressaltar o estudo de Zahn et al. (2009) que estabeleceu a relação entre valores sociais e morais na arquitetura cerebral já desta forma: "Our results demonstrate that social values emerge from coactivation of stable abstract social conceptual representations in the superior aTL and context-dependent moral sentiments encoded in fronto-mesolimbic regions. This neural architecture may provide the basis of our ability to communicate about the meaning of social values across cultural contexts without limiting our flexibility to adapt their emotional interpretation." O mesmo Zahn, em coautoria com o nosso querido Jorge Moll (Instituto D'Or) e outros autores publicaram "The Neural Basis of Human Social Values: Evidence from Functional MRI, Cerebral Cortex, Volume 19, Issue 2, February 2009, Pages 276-283, doi.org/10.1093/cercor/bhn080" . Neste trabalho eles usaram a ressonância magnética funcional para gravar a atividade cerebral de participantes enquanto eles apenas imaginavam suas próprias ações em relação a uma outra pessoa (auto-agência). Essas ações poderiam estar em conformidade moral ou eram contrárias a um valor social. As ações positivas estavam associadas ao orgulho e as negativas, à culpa. Havia modalidades em que as ações imaginadas eram oriundas de outras pessoas em relação aos participantes do experimento (outra-agência) e elas também poderiam ser morais ou não. Essas ações foram associadas à gratidão ou indignação/raiva. Como hipotetizado, a atividade do lobo temporal anterior superior (aTL) aumentou com detalhes conceituais em todas as condições. Durante a auto-agência, a atividade no córtex pré-frontal ventromedial anterior correlacionou-se com orgulho e culpa, enquanto a atividade no cingulado correlacionou-se apenas com culpa. Em contraste, a indignação/raiva ativou os córtices orbitofronto-insulares laterais. Orgulho e gratidão também evocaram ativações do prosencéfalo mesolímbico e basal. Os resultados do estudo demonstram que os valores sociais emergem da coativação de representações conceituais sociais abstratas estáveis no ATL superior e de sentimentos morais dependentes do contexto codificados em regiões fronto-mesolímbicas. Esta arquitetura neural oferece uma visão da base da nossa capacidade de nos comunicar sobre o significado dos valores sociais em contextos culturais, sem limitar a flexibilidade para adaptar a nossa interpretação emocional diante de contextos diferentes. Incrivel!.
Jackson, parabéns pela coragem de falar sobre esses tópicos tão complexos. Olhe que interessante, muitos estudos que investigaram a possível correlação entre política, religiosidade e teorias de conspiração, são atualmente usados como ferramenta de influência política, principalmente para radicalizar pensamentos. Por exemplo, tem este estudo de Bradley et al. (2013) que analisa esses aspectos tentando estruturar construtos teóricos moldados pela ciência cognitiva e valorados sob os rótulos 'stick' (o quanto as ideias seduzem e ficam com as pessoas), 'spread' (o quanto as ideias se espalham) e 'action' (o quanto motivam para a ação). Eles propõem que quando analisamos as coisas da vida, posicionamentos políticos, crenças sociais etc, quando somos religiosos ou afim podemos assumir uma teoria de quasi-religiosidade: as semelhanças com as representações religiosas explicariam o fato de deixarmos escorrer para o racional da vida cotidiana ideias que nos parecem tão sedutoras, inclusive oferecendo meios para que as pessoas compreendam acontecimentos complexos que desafiam a própria visão do mundo da pessoa. O aspecto 'ação' se manifestaria pela escolha de um alvo ou meta coletiva. Isso pode desembocar em racionalizações que podem construir novos ou identificar velhos argumentos ao sabor de uma teoria de conspiração. Assim, teorias de conspiração são consideradas pelos autores representações quasi-religiosas na medida em que os seus conteúdos, formas e funções são paralelos aos encontrados nas crenças das religiões institucionalizadas. A referência está logo abaixo. doi.org/10.3389/fpsyg.2013.00424 Um outro estudo interessante de Frenken et al (2013) conclui a partir de um questionário disseminado na Alemanha, EUA e Polônia que existe uma forte correlação efetiva entre religiosidade e teorias de conspiração. A explicação seria que as duas possuem um estilo explanatório e ideologias semelhantes. Esses autores rechaçam as explicações mais comuns de que ambos parecem adquirir uma consonância cognitiva porque preenchem uma mesma necessidade psicológica ou carência. Seria mais do que isso: tem uma racionalização semelhante. doi.org/10.1111/pops.12822
Live muito interessante, Jackson! Uma importante questão é que, partindo da perspectiva da criança, a tomada de decisão em uma situação complexa é um desafio emocional relevante…ela não é madura o suficiente para decidir, mas a situação impõe que ela decida. Ficamos em um dilema: ela decidirá por ela mesma, considerando suas experiências, expectativas e VALORES ou pelas crenças, preferências e VALORES parentais? Transpondo isso para um cenário educacional ou de saúde , profissionais da área de educação e da área clínica têm também o desafio de orientar pais e crianças nessa linha tênue entre tomada de decisão da criança, comportamento percebido e executado e valores parentais. O artigo abaixo traz uma boa reflexão sobre como um ambiente construído com confiança, informações imparciais e situações de apoio permitem o desenvolvimento cognitivo e comportamental adequado (e respeitoso) para uma criança. pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/38219752/
Parabéns pela live, Jackson. Venho debater sobre o ponto trazido no instante 3:25. Primeiramente preciso deixar claro que eu sou espírita já faz uns 20 anos. Sou bem convicto de minha religião, então nem considero como uma crença, mas como uma opinião. Mas como outros não concordam com minha opinião, entendo que tenho que chamar de crença. Sobre a influência das crenças e opiniões nos valores, concordo que ela existe. Mas eu acho importante dizer que as crenças e opiniões não vão mudar os valores apenas para o lado negativo. Essa mudança ocorre também para o lado positivo. E pela minha experiência, é o mais comum. Digo que é a regra, não só para o espiritismo como para as religiões em geral. A crença de que Deus está observando suas ações e preparando recompensas e punições dependendo de suas ações, promove o comportamento de buscar ajudar mais as pessoas, ter empatia, etc. Existem pessoas que não incorporam esse discurso em suas vidas, porque elas ainda não passaram por situações conflituosas o suficiente na vida para repensar suas atitudes. E as pessoas que usam esse discurso para justificar valores negativos precisam passar ainda mais por situações conflituosas. Eu, enquanto espírita, acredito que ao longo das vidas, passaremos por todas as situações conflituosas que precisamos passar para melhorar nossos valores até termos eles de uma forma plenamente pura, ao longo de muito tempo.
A consciência em primeira pessoa é o que nos torna inteiros - Nossas crenças fazem parte do que nos percebemos ser. Para aumentar a performance em afazer científicos, trocamos umas crenças e opiniões por outras crenças e opinião pautadas nas publicações, mas depois voltamos a perceber ser por nossas crenças pessoais de viver
Argumento que o cidadão, como proprietário do estado, deve ter seus direitos prioritários em relação a qualquer legislação que possa contradizê-los. Isso inclui a ideia de que os direitos de propriedade, seja para pessoas físicas ou jurídicas, devem estar subordinados a essa premissa fundamental. Os conceitos do Homem Social e do Homo Economicus, sugerindo que essas visões têm influenciado a criação de leis que, paradoxalmente, podem acabar contrariando os interesses dos cidadãos, que são, em última análise, os "donos" do estado. Essa crítica parece desafiar as noções tradicionais de governança e legislação, propondo uma reavaliação de como as leis são formuladas e a quem elas realmente servem. Essa reflexão levanta questões importantes sobre a justiça social, a autonomia do cidadão frente ao estado e a necessidade de assegurar que o estado de direito efetivamente contemple e proteja os direitos fundamentais dos indivíduos. Implica também na necessidade de uma defensoria pública atuante e comprometida com a garantia desses direitos, assegurando que todas as leis e políticas públicas estejam alinhadas com o princípio de que o estado existe, em primeiro lugar, para servir e proteger seus cidadãos.
Câmaras de Eco e Tocas de Coelho Câmaras de Eco: São ambientes online onde indivíduos são expostos apenas a opiniões que reforçam suas crenças preexistentes, limitando a exposição a perspectivas divergentes e potencializando a polarização. Tocas de Coelho: Metáfora que descreve como uma pessoa pode ser progressivamente atraída para conteúdos cada vez mais extremistas ou conspiratórios, frequentemente através de uma sequência de vídeos ou artigos sugeridos por algoritmos.
O Que domesticou o Brasil? - As maiores tradições cristãs antes de 1500 eram o Catolicismo e a Ortodoxia, cada uma com sua própria interpretação da relação entre o corpo, o pecado e a salvação. A visão de que o corpo é inerentemente pecaminoso não é universalmente aceita em todas as tradições cristãs, mas sim, a luta contra as paixões e a tentação é frequentemente enfatizada, com o corpo sendo visto como um veículo que pode ser purificado e santificado.
Dualismo Corpo-Alma: Muitas correntes do cristianismo, influenciadas pelo platonismo e pelo neoplatonismo, adotaram uma visão dualista, vendo o corpo como inferior à alma. Essa visão podia levar à crença de que o corpo era uma fonte de pecado ou uma prisão para a alma, uma noção que foi debatida intensamente ao longo dos séculos.
Agostinho de Hipona (354-430): Um dos teólogos mais influentes na cristandade ocidental, Santo Agostinho, articulou uma visão da natureza humana profundamente influenciada pela noção do pecado original e pela consequente luta entre a carne e o espírito. Ele frequentemente discutia a ideia do corpo e dos desejos físicos como em conflito com a alma ou o espírito, uma dicotomia que ele via como consequência da queda do homem. Sua famosa frase "Quem me livrará do corpo desta morte?", tirada de Romanos 7:24, reflete sua luta pessoal e teológica com o pecado e a graça.
O conceito de "Homem Social" está intrinsicamente ligado a várias tradições filosóficas, incluindo as concepções grego-romanas sobre a relação entre o indivíduo e o Estado. Na filosofia grega antiga, particularmente em obras de Platão e Aristóteles, encontramos a ideia de que o ser humano alcança sua plena realização e virtude dentro da polis (cidade-Estado), sugerindo que é a estrutura do Estado que permite ao homem viver uma vida ética e significativa, distanciando-se da barbárie.
Argumenta-se que o cidadão, como proprietário do estado, deve ter seus direitos prioritários em relação a qualquer legislação que possa contradizê-los. Isso inclui a ideia de que os direitos de propriedade, seja para pessoas físicas ou jurídicas, devem estar subordinados a essa premissa fundamental. A discussão também toca nos conceitos do Homem Social e do Homo Economicus, sugerindo que essas visões têm influenciado a criação de leis que, paradoxalmente, podem acabar contrariando os interesses dos cidadãos, que são, em última análise, os "donos" do estado. Essa crítica parece desafiar as noções tradicionais de governança e legislação, propondo uma reavaliação de como as leis são formuladas e a quem elas realmente servem. Essa reflexão levanta questões importantes sobre a justiça social, a autonomia do cidadão frente ao estado e a necessidade de assegurar que o estado de direito efetivamente contemple e proteja os direitos fundamentais dos indivíduos. Implica também na necessidade de uma defensoria pública atuante e comprometida com a garantia desses direitos, assegurando que todas as leis e políticas públicas estejam alinhadas com o princípio de que o estado existe, em primeiro lugar, para servir e proteger seus cidadãos.
Nacionalismo Cristão: O conceito de nacionalismo cristão pode envolver a fusão de identidades religiosas e nacionais, onde a fé é utilizada para promover agendas políticas específicas, muitas vezes focadas em valores conservadores ou tradicionais. Isso pode afetar as políticas públicas e ter implicações econômicas, especialmente quando tais movimentos ganham influência política significativa. Domínio Teológico: Alguns grupos podem buscar influenciar ou controlar esferas sociais, incluindo a economia, com base em princípios ou crenças religiosas. Isso pode levar a uma fusão de objetivos religiosos e econômicos, onde a fé e a doutrina desempenham um papel central na determinação das políticas econômicas e sociais.
O conceito de "Homo economicus" ou "homem econômico" não tem uma data específica de criação, pois evoluiu gradualmente com o desenvolvimento da teoria econômica. No entanto, ele se tornou proeminente e bem definido durante o século XIX com o advento da economia neoclássica. O homem virou moeda - O target é ter seguidores da Doutrina - Bancos e Sistema Financeiro bem como os NeoPendecostais focando em teminio Telológico ou Nacionalismo Crisão
A separação formal entre a Igreja e o Estado no Brasil foi um processo que se desenvolveu ao longo do tempo, com um marco significativo ocorrendo em 1891. No entanto, o ano de 1981 também é relevante no contexto da liberdade religiosa e da relação entre religião e Estado no Brasil, especialmente devido à Lei nº 6.923, de 1981, que instituiu o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa.
A Constituição Brasileira de 1988 estabeleceu formalmente o Brasil como um Estado laico, consagrando a separação entre o Estado e a religião e garantindo a liberdade religiosa. O caráter laico do Estado é um princípio fundamental que assegura que o governo brasileiro mantenha uma posição de neutralidade em questões religiosas, não favorecendo nem discriminando nenhuma religião.
repressão intelectual, pois o mais comum é que a grande maioria dos pacientes com transtornos passem exatamente pelos mesmos ambientes de interação social e aprendizagem que todo restante da população. ou seja, a ciência que se faz atualmente é resistente ao afirmar uma diversidade psíquica menor do que provavelmente há, aí indústria dos transtornos e o mal estar social como um negócio escalável.
Qual a fonte da imagem a partir dos 6:27 onde você fala sobre o repetition theory dos averages e grand-averages?? Não consigo achar essa no google acadêmico e no google em nenhuma literatura, e onde na literatura consta que o número de trials é variável de 80 a 100 repetições? E também as fontes de cada um dos subtópicos que estão sendo falados dos ERP's?... Obrigado
Top! Eu gostei da analogia com a grama do campo de futebol, que inclusive, apagada de fato as pegadas se ninguém mais continuar passando por ali. Assim como a pode nauronal que descarta sinapses que não são mais usadas. Top! Top!
Ótimo vídeo!!! sabe me dizer se existe algum outro matéria que fala sobre os aspectos cognitivos do idoso que eu poderia tá lendo? Estou produzindo uma monografia que aborda esse assunto. Desde já agradeço.
ia ser uma boa se provassem que a consciência fosse extracorpórea como sugere nos casos de eqm , era bom se vcs fizessem algum experimento controlado com o cha da ayahuaska
Juan Ignacio Amaro Fuenzalida 7:24 AM (0 minutes ago) to me, Professor In fact this is the third part. This is the second ru-vid.com/video/%D0%B2%D0%B8%D0%B4%D0%B5%D0%BE-x5APz9mw2ZY.html This is the first ru-vid.com/video/%D0%B2%D0%B8%D0%B4%D0%B5%D0%BE-4l0qZx0XKoQ.html
Consciencia é um movimento que se percebe ser. Apenas existe se ions se movimentam no cérebro, mas precisa de grupos ne neuronios em areas cerebrais específicas em funcionamento..... se não sem percepeção de ser. Sem existencia
@@iamchurch8107 esse tema é bem complexo ... eu torço pra que realmente tenha alguma coisa a mais , tomara que aquele dr la o Edson amancio e o Jim tuker encontrem alguma coisa nos próximos anos ... seria um avanço e tanto
Essa é uma excelente pergunta e é o que estamos tentando responder também! Podemos debater essa questão tanto do ponto de vista filosófico quanto do ponto de vista neurofisiológico. Até então, novos estudos mostram que tem muito mais fatores que envolvem a consciência! Parece ter muita coisa além da ideia de neurotransmissores... Recomendo essa playlist se quiser se aprofundar mais nesse tema! ru-vid.com/group/PLVnr33MP5RMTcSZ2RSqCThv0wglUTEhYS
Oi indo achei tão complexo esse exemplo da metáfora. Eu entendi de acordo com esse exemplo a poda neuronal é como se fosse um arbusto ou uma árvore frutífera, por exemplo. Para que cresçam fortes é preciso que sejam podados de tempos em tempos, regenerando folhas, galhos e frutos. Parabéns pelo conteúdo. Continue!!
menos quando se nasce rico ou entrasse para um convento, ai admite-se mais tempo para o aprendizado das coisas do mundo( principalmente as diversas áreas do conhecimento). a sociedade e seus cagaços históricos. no futuro todos darão risadas disso.