@@wtvmay heheh compreendo, se não tenta gravar no estúdio de alguém porque tens letras muito boas que merecem ser gravadas com mais qualidade 💫🤓 lets goooo 🎧🎵🎵🎤
Tenho postura de dura desde que me vejo como gente Foi-me imposta uma armadura então tranco o fecho em frente Não tento auto-ajuda, não se me aplica o conceito (porque) eu só aceito auxílio de fontes que eu respeite E há dias que se misturam em que não me sinto sã de mente A minha voz persegue-me, incessantemente Não fiquem com pena, eu estou melhor que nunca Falta fazer uma cena em que arrumo esta espelunca comigo meu papel p’ra não ser mal interpretada Ao fundo toca o “o bo tem mel”, é a década passada Tou ruiva e bronzeada, cansada de ser mal-tratada A interiorizar que não sou mulher não sou nada Passam-se uns anos valentes, bela mas adormecida Umas quantas dores de dentes, o refúgio na bebida Agarrada a pretendentes com a precaução devida Não há sítio em que sente em que não mire a saída Isenta de outros parentes, como sempre fui sabida O exemplo d’antecedentes fez-me acordar p’ra vida E agora tudo assente cai-me em cima do colo sinto que só mereço mimo quando me esfolo que pôr-me primeiro é egoísmo logo Como narciso no lago que tento que não me afogue Não quero exigir respeito, vou ter de passar sem a esmola Hei-de celebrar os meus feitos como nunca fiz na escola Tenh’aquele com que me deito, é a minha corda à cintura Crê-me do tamanho do que vejo e não do da minha altura Em valores absolutos chega só, suficiente ele acha-me o 1% e eu hei de ficar ciente Que sou portanto um portento e tudo o que eu pretendo É uma questão de tempo, mais uma questão que tento Responder honestamente mas Tenho postura de dura desde que me vejo como gente
Se cheiro o teu suor, sigo-te cada passo Não faças o que eu digo, não oiças o que eu faço Minto-te na cara, mordo-te a orelha Sorvo as tuas lágrimas e a água da banheira Invejo o teu sorriso, revejo a vida inteira Queria-te submisso enrolado na minha teia É que só eu te conheço, mais ninguém faz ideia Morrer p’lo teu apreço, matar por lugar na ceia Muda-me as cores, Eu só tenho um lado além do que escondo Vira-me o rosto Deixa-me legado em vez de desgosto Quero tirar-te um bocado, esse teu travo salgado tem temperado o meu estado e é entrave ao meu plano, Quase o tem estragado, o teu tom tem entrado, em tudo o que é sagrado, meus sonhos torturado Tenta-me a torcer o teu pescoço no sono Estreita-me a traqueia e eu extraio-te o fôlego O amor não se planeia sem ódio de plateia Entra na minha teia; sê um bom besouro Gelo as azuis veias, colhes o que semeias Se me agitas a carteira com o som do tesouro
Lyrics: Quem endeusaste desta feita, de joelhos no chão frio? À procura da receita ou de uma citação p'ra bio A nova frase feita, a todo o tamanho serviu Todos juntos tipo seita atrás do mesmo, tipo cio São Betesgas p'ró Rossio, ia bater mas só roçou Surgiu e sumiu e quem consumou cegou Vão seguindo o mesmo fio, Átropos corta a quem trocou O apreciar do brio p'ra perseguir o que brilhou Está percebido e diz Rousseau que até a si o homem estraga Tanto céu pra vôo, querem fazer de um homem estrada É preciso olho bom, não ser doutora, nem mestrada Para dar pelo novo Dom a ser seguido pela manada Precedido pela pataca, comboínho da desgraça Quem procura o Senhor que procura a massa Venha do louvor ou qualquer outra fornaça Não importa quem amassa, só que haja pão na praça E é tudo amor Quem idealiza e elogia na eulogia um ídolo que se avalia pela quantia Adquirida ou apregoada, era dinheiro ou pó de fada? É já cinzeiro, pouco ou nada Fanáticos de vão de escada Famosos de fórmula testada É só uma casa que se estraga São pistolas de bisnaga a assaltar bolsos vazios Como pilhas sem carga em jogos de miúdos Vicissitudes, próprias da ganância, vindas d'ilicitudes, p'rós sonhos d'infância Poderem ser mais que isso, roubaram foi o mar que disse A luz de um olhar que ri sempre com orgulho de discente Tipo Vicente, dramático e convincente Indiferente ser empático se o que diz mente E cismo entre, aceitar é tudo gente Ou vincar és tu nojento e vulgar até violento Com Caronte pelo rio, é teu último pagamento Conto a conto não serviu ter mais um outro cento Se o confronto co' o jazigo é corpo-a-corpo, sentes Que o que chamaste figo poderiam ser sementes Há um perigo envolvido em tornar os outros crentes E voltar p'ro umbigo a escolha dos mandamentos Se é quem está contigo quem define os rendimentos Quantos elos são precisos para se tornarem correntes? Quantos erros te permitem aqueles de quem dependes? Ao que é que te prendes?
Este vídeo não ia terminar assim. Entre locais, vimos um gatinho pequeno ser atropelado, agárramo-lo, levámo-lo para o hospital veterinário e em princípio teria só aleijado a pata. Ficou para observação e fomos gravar na segunda localização com mais um membro na família. Infelizmente no dia seguinte soubemos que a pancada tinha tido outros efeitos e não iria sobreviver. Queria só contar a história. Seis 🖤
Letra: Sequer madrinha, quais fadas, sozinha a contar favas Com certezas como escada p’ra fugir das minhas guardas Da realeza confiscada, só sei ser dama de espadas, Não aceito portas fechadas nem telhas envidraçadas tento retrair as garras e aceitar as outras armas Aceitar que há outras partes a aliviar-me as cargas (Mas) Vem sem varinha macabra e desalinha qualquer chakra Contra a minha vontade parca, crava-m’as unhas e marca -me a sina de quem não se trata: a figura caricata, De não dar parte nenhuma p’ra não dar a parte fraca. E embora baralhada suma, era esta a tua carta? Esta que não se expurga por mais vezes que eu parta Uma casa que não se cuida, um sono que não me passa Uma rotina que me escuda de entender o que é que faç’ À torrente que me turva esta mente que vos traça esboço d’um ponto de fuga quando a realidade maça. Eu adiei, dizia um dia p’ra não assumir Que queria mais, estar escondida, não ia servir Ganhei mais medo ao mais do mesmo do que ao há-de vir Sigo o incerto, sinto-o perto, quero o a seguir x2 Eu sempre quis ser diferente mas só o suficiente para não me destacar Eu sempre quis estar à frente, desde que moldada à gente para me camuflar Nunca quis os olhos postos nem meus modos expostos, e nunca fui de me fiar Adormecida, como quem se pica num tear Acometida, de uma dormência singular Que me impede a vida, mas não ma deixa abandonar. Um bicho do mato por um bicho domado Por fungo parasitário levada ao fundo de um lago Perfume a terra e os cardos picam-me as pernas, afasto Do corpo de água por baixo de espessa névoa e marcho Dispenso a régua e encaixe, entendo que era bem mais Fácil ficar pelo cais sentada a acenar sinais Ou a assinar mais canais d’alçada perna, mas sempre certa: não há quem se perca se não souber pr’onde vai, já foi o tempo de ensaio, foi o inverno e o maio, É de um inferno que eu saio já me governo e o raio Parta o molde e o meio e a velocidade de passeio Até o cisne era feio. One of a kind e eu sei-o. De novo eu caio e eu aceito que não há ser sem defeito Que não há querer sem receio e só no risco há proveito Nem só no rires-te há deleite, já tiro o disco: yah cansei-me D’achar que sei dar conselho sobre o que morreu de velho.
Letra: Não queria nada em concreto, pedia pouco mais que afeto A ira de ser objeto trouxe-me objetivos fazer mais do que o correto Já que o deixar quieto entorpece os sentidos Onde eu nasci não há muito disso, escolhes limpeza ou serviços, e arranja um qualquer vício que sustente o labor Ond’ambição é precipício fugi p’ra meu beneficio Só voltei por amor Devia ‘tar bem treinada N’arte de não ter nada E ser roda dentada Parte d’uma empreitada Partir nua e deitada E nunca me queixar da Mão que me foi dada Eu não conto, escrevo cartas e do mofo criei curas Para o rosto que mostrava estar de acordo com as pinturas Por mim própria desenhada, então como desdenhava Afogada em lamúrias? Foi preciso abrir os olhos Controlar a miopia Que serve amor aos molhos Numa casa tão vazia Semeias ou escolhes Alecrim ou alegria E ser com’ós tordos Quem mais alto assobia E eu escolho os meus portos Ou do navio nem saía Não fosse o vento forte Fazer-me perder o Norte Porque a estrela eu não via Difícil ver ao longe A suportar o dia-a-dia De marfim como monja Absorvo como esponja O que observo - fria Uma revolta consolada No dia-a-dia e consoada Sofri, sorria então somava O que eruptia ao chão de lava Se o que vejo não m’agrada O viveiro vira praga Se o coveiro não se atrasa Eu estou com cada frase a Garantir que a tábua rasa se preenche não se apaga, Consciente que se afável o violento julga fácil que o que invente vire clássico e cimente por acidente esse ácido num mais frágil. Eu contive fui barragem; não contigo não há margem, o que digo é a lavagem do antigo e do mais em que o cupido seja pajem e o umbigo me permita encontrar a paz em. Foi preciso abrir os olhos Controlar a miopia Que serve amor aos molhos Numa casa tão vazia Semeias ou escolhes Alecrim ou alegria E ser com’ós tordos Quem mais alto assobia E eu escolho os meus portos Ou do navio nem saía Não fosse o vento forte Fazer-me perder o Norte Porque a estrela eu não via Difícil ver ao longe A suportar o dia-a-dia De marfim como monja Absorvo como esponja O que observo - fria
Letra: Sou só fogo logo rogo que não corroa e arda o rolo Que eu tenho como consolo que eu vejo como conforto. É só papel pintado a luz, a sombra que nos revela nus e a inflamável condição de não sermos só mais uns. Estar disposta à exposição quando se foca na abertura Parar de apertar a mão de quem sufoca a bravura necessária à aventura, no passado eu estou segura trancado, sem fechadura e ao meu lado aquilo que dura. És floresta, és fauna e flora e és de uma calma que transforma D’um silêncio que me cala, e um imenso que me toma E em ausência és certeza da existência de uma volta, Exacto como a ciência é o teu colo que me acolhe a Cabeça, sempre acodes quando em teu solo o pé tropeça Aí concordo que me acordes para ver o que é dispensável, não é mais que papel e enquanto há luz há um meio de desenhar o céu É de fogo e fumo Se fazem os sinais Em teu tronco nu Conto-tos sem afinais Um sem fim de mundos Etéreos, imateriais Fundamos no escuro Novos espaços siderais Eu sou só tua suturas-me as feridas dos dias em que satura a vida aturas as minhas manias como toda sou espinhas alinhas em de novo jogar à sardinha, comigo aninhas e mesmo de falanges doridas, mantemos palmas estendidas e tu consolas que seguias mesmo com solas comidas que por mim sondas sem guias então selamos saídas soldamos as ligas p’ra vidas fundidas erguidas com vigas Porque amor, abrigas. É de fogo e fumo Se fazem os sinais Em teu tronco nu Conto-tos sem afinais Um sem fim de mundos Etéreos, imateriais Fundamos no escuro Novos espaços siderais
Letra: Mais que declarações de amor, ouvi declarações de culpa, confissões quanto à falta de escuta, perguntas brutas a levar a detenções em que a estadia é curta, sem que efeito surta, sofridos sermões que nada mudam Puseram-me num altar: eu nunca me disse santa, mais uma relação falhada como as outras tantas, Saltam do baralho e dizem-se "tam tans", antas e eu mamo com o trabalho que era das mamãs, brandas Voltei para mais “mas” - eu desdobro-me em manobras, enleada nessas cordas, reverso da medalha, cobras Fujo à Ordem e não aceito a sorte que me calha não levo nada ao peito, nem vou ao brilho feita gralha. Não faço o que cobro ou resisto ao braço de ferro Curso onde sempre chumbo e estranho se não erro O que a prata da casa gasta é só a ponta do novelo Quando nem o lítio basta para livrar do pesadelo s’é magnético só me afasta sou d’alumínio, nefasta e exijo festa e faixa em que o mercúrio não baixa e eu ilumino os presentes, maria cheia de graxa. por me achar ouro na caixa quando pandora dos trezentos Mais que declarações de amor, ouvi declarações de culpa, confissões quanto à falta de escuta, perguntas brutas a levar a detenções em que a estadia é curta, sem que efeito surta, sofridos sermões que nada mudam
Letra: Quando fores à cozinha, traz-me uma memória boa Que eu cansei de estar à tona o mar é fundo nesta zona É claro que ainda me espanto e claro que me levanto Quando o assunto é o pranto das que já nem podem chorar É o acharem que nos comem, o acharem que vos morrem Partes ou membros se forem vocês sós a ficar Soltas cordas eles devoram locais onde já não moram Loucas somos, sem velório, quem irá acreditar? Que o menino dos teus olhos é no ninho um monstro e só nos Ouvidos dos seus vizinhos sopra o que está a passar Que na mistura dos vinhos sobra p’ra fada do lar…. Sem desculpas nem paninhos, só disputa nos caminhos Não escutas só a culpas não a compras com beijinhos fazes contas ao q’aprontas, conta-gotas de carinho, Quebras loiça e descontas ela é que provoca afrontas Porque quando fazes peito ela também fica em pontas Mulher forte, melhor morta. Ou sufoca, ou partindo - Melhor hirta, mulher morta. Quem se importa? P’ra queijinho. Quando fores à cozinha, traz-me uma memória boa Estou cansada, não sabia o que doía esta roupa Um corpo que merecia mais amor e menos força Beijar uma mão vazia, é ser dona é ser moça Quando fores à cozinha, traz-me uma memória boa Que eu cansei de estar à tona o mar é fundo nesta zona Vocês dizem que nos amam e que as damas que reclamam São mais puras que as putas que tentam levar pra cama Dizem mais pra não dar cana, são só pra uma noite As vacas são no açougue e estas querem açoite Pois… (tenho novidades) Somos todas uma mesma, fomos fodas e na mesa As senhoras que apregoas donas da delicadeza Dogmas sobre a natureza, nasceu porca ou princesa São forca ou chama acesa num juízo encabeçado Por quem nos chama de gado, um esquema levado a cabo um bocado, com a nossa conivência E se eu tiver legado, que seja de resistência Mesmo cantando fado… Quando fores à cozinha, traz-me uma memória boa Estou cansada, não sabia o que doía esta roupa Um corpo que merecia mais amor e menos força Beijar uma mão vazia, é ser dona é ser moça Quando fores à cozinha, traz-me uma memória boa Que eu cansei de estar à tona o mar é fundo nesta zona
Letra: De quem é a culpa? É a tua pergunta astuta, finda a labuta, a roupa russa P'lo desgaste, cansado do sol na fuça, marejada a vista turva Mais nada ouviste e acusas o encaixe da carapuça ao ouvir: É tua a culpa. Responde crua, a puta De forma curta, a coluna curva P'lo desgaste - Deforma-se e catapulta O peso da vida adulta E com as costas t’insulta. Quem a postos te escuta? A duas portas a miúda Mais uma infância se furta Em que instância se luta? Quando toda a palavra é bruta E verbalizar não purga A distância não se encurta Dizem que o que arde cura, Nem sempre o ar de cura Se adequa e quem recua, é que repara na escura escara Necrose rara de um membro que se amputa, Um braço dado que se encurta e se separa Tipo osga em fuga. Ninguém encara. Tem gosma, é suja, ao menos sara. Tanto que custa e é menos cara Se é p’ra ser justa, mais a assusta Ficar na roleta russa do que partir em busca De uma outra cara, não tão díspar à Que idealizara. Então dispara. (Então dispara.) (em cena em que a cera arde, sincera soluça e parte.)
A letra: Quando me tocas guitarra O terraço é jardim E eu não quero voltar p’ra casa Se é p’ra ‘tar longe de ti Vou fugir da algazarra Agarrada a um querubim Mesmo que cortem a estrada Eu encontro um caminho Nem que voe, ganhei asas Troquei pela carapaça Não me escondo, não preciso Usar contigo caraça Já voltaste, sem juízos Nem o bigode disfarça O tamanho do sorriso Quando a tua boca encaixas Não preciso de promessas Não preciso, não prometas Quero só ficar deitada A contar contigo cometas Quero mantas impestadas Do perfume que tu metas E as conversas mais pesadas Pontuadas com tretas Era bom que o longe s’encurtasse, mas pra já Vou ficando à tua beira, partilhamos um chá Era bom, era doce, que o distante fosse cá Mas nem a distância é fosso, nem a viagem má Mesmo em fotos revelou-se, vais tocando Rui Veloso E o timbre meloso soa sempre a “ficar” Mas enquanto eu não posso, enquanto tu não vais És tu o meu Porto, juntam-se as capitais. O terraço é jardim Quando tocas p’ra mim N’um abraço eu parti Sem saber que no fim A ferida na asa só contigo é que passa
Já não há tanto que me doa agora, o que mudou agora é que me dou agora a um consistente luxo do ar deitar fora de me deitar sóbria e meditar sozinha sem medicar a crónica dor de ficar afónica e incapaz de fóbica, fechar a porta da fábrica presa à encardida farda numa greve sinfónica não é de fome porque come e tá de novo pronta a vomitar. e eu explico à raiva que volta, não ter razão de revolta só um passado que me molda a ser aquela que mal dá o dedo e logo tira, porque a mesa sempre vira então talvez eu prefira ser protagonista da vida, tirar da lista ser querida tendo em vista ser mina de um ouro que dá e dissemina, reclamo o toque de midas e a emergência das saídas sinalizada pelas chagas que eu peço que não sigas. Tudo o que mói me mata Se eu deixar Tudo o que dói faz falta P’ra lembrar Tudo o que arde inflama Se eu deixar O que eu larguei só chama P’ra lembrar E eu fui contra-feita por isso vou contra o bando, única afronta aceite ao rótulo sub-urbano Sem actuar na cena sou eu que subo o pano, para que alguém com mais jeito derrote o sub-humano Cuja a causa e efeito é o culto ao defeito de se achar com mais direito pelo herdar profano Ignorando o preconceito e o raro deleite de a mal ser sujeito e mesmo assim ser franco. Porque fica mal ser brando a quem se chama macho e de que vale dar sangue a quem não dás o braço? Um peso já não expresso em unidades de maços, enquanto me impeço que a taça não estilhace De cada vez que ainda zango por não ter sunquick ou tang a celebrar no tempo o ocupar de mais espaço Mas se há na sala elefante é o traço constante de não saberes dar amor fosse este abundante ou escasso Tudo o que mói me mata Se eu deixar Tudo o que dói faz falta P’ra lembrar Tudo o que arde inflama Se eu deixar O que eu larguei só chama P’ra lembrar Tem forma de coração a caixa de que ainda me queixo, e o buraco na torácica a que me afeiçoei Desde então remendado: sei que ainda me fecho, bem, é novidade depois d’aquilo qu'enxuguei Voltar à sanidade que antes de ti só visitei e dar real significado à palavra companheiro Do magnetismo nato, noto o compromisso e sei amar-te inteiro e tornar tinteiro: O que foi negro e feio e do que não fomenta ideias fazer lenha, fogueiras, ou fogo p’rás feiras Num artifício de teias que afaste varejeiras e os variados voadores à procura de veias De volta pelo calor e a minha carne selei-a, para não ser refeição quando me querem de ceia Faço-vos reacção alérgica , visceral, é poético que a vossa saliva na minha pele se leia.