Governo do Presidente Juscelino Kubitschek (1956-1961) Principais políticas e reformas: Plano de Metas: Principal política de JK, centrada no lema "50 anos em 5", com foco no desenvolvimento econômico e na modernização do Brasil. O plano tinha 31 metas distribuídas em cinco setores: energia, transporte, alimentação, indústria de base e educação. Indústria automobilística: Incentivou a instalação de indústrias automobilísticas estrangeiras no Brasil, como Volkswagen e Ford, tornando o setor um dos motores da economia. Construção de Brasília: Transferiu a capital do Rio de Janeiro para o interior, inaugurando Brasília em 1960. Esse projeto pretendia integrar e desenvolver o interior do país. Conflitos políticos internos e externos: Oposição ao desenvolvimentismo: Grupos conservadores, como a UDN (União Democrática Nacional), criticavam o governo devido ao aumento da dívida externa e ao crescimento do papel do Estado na economia. Tentativas de golpe: Houve tentativas de impedir JK de tomar posse devido à oposição de grupos militares e políticos, especialmente ligados à UDN. Contudo, conseguiu neutralizá-los ao costurar alianças. Relações internacionais: A política externa de JK buscou equilibrar relações entre os EUA e outros países, como a União Soviética. Houve aproximação com nações latino-americanas para fortalecer o desenvolvimento regional. Condições sociais e econômicas: Desenvolvimento econômico: Houve um grande crescimento do PIB, com a industrialização e expansão da infraestrutura, mas o desenvolvimento foi acompanhado por aumento da dívida externa e inflação. Urbanização: O Brasil começou a passar de um país agrário para urbano, com um êxodo rural em direção às cidades e ao desenvolvimento de novas regiões, como Brasília. Desigualdade social: Embora houvesse crescimento econômico, as condições sociais de muitos brasileiros não melhoraram. A pobreza nas zonas rurais continuava alta, e as desigualdades nas cidades começaram a se agravar. Principais realizações e crises enfrentadas: Construção de Brasília: Um dos maiores marcos do governo, simbolizando a modernização e a integração do país, mas gerou críticas pelo alto custo e desvio de recursos. Indústria: O crescimento da indústria, especialmente automobilística e de bens de consumo, marcou uma nova fase da economia brasileira, com a diminuição da dependência de produtos importados. Crises econômicas: O governo enfrentou crises econômicas com o aumento da dívida externa e a inflação elevada. Embora JK tenha promovido grande crescimento, o impacto fiscal foi forte, deixando um fardo financeiro para os governos seguintes. Greves e mobilizações: As classes trabalhadoras começaram a se organizar mais fortemente, com greves e mobilizações urbanas. Isso revelou a insatisfação social em meio ao crescimento econômico que não se refletia em melhoria de vida para todos. Conclusão: O governo de JK foi um período de grande transformação no Brasil, marcado por avanços industriais e urbanísticos, mas também por desafios econômicos e sociais.
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