Nasci espinho na rama da flor... ...e aos olhos da dor perdi a beleza... A flor colorida, em vida e nobreza e eu... um espinho... destino? -tristeza-... Se meu destino é ferir, por que nasci com a flor? Quando a mão que busca amor em colheitas de paixões, trazem calos de ilusões pra transpor-se em primaveras enjardinando mazelas contida nos corações. Dói-me o tempo que pendoa Por saber que fui coroa da mais horrenda desgraça... ...onde o Mestre que foi rei... fui espinho e O espinhei sangrando a face mais pura, num coroar de tortura, e sangrando-O... me sangrei... E assim banhei-me de mágoa quando o batismo das águas não ungiram minha cruz, na coroa de Jesus, vi meu próprio sacramento escrito no sofrimento que a sina assim me conduz. Eu -(espinho)-... -minha sina- Onde o foco da retina, jamais vira minha beleza, A flor deu a natureza o colorido e o aroma. Enquanto eu, espinho a doma, em esporaços de grampo Pelos fundões destes campos da potrada redomona. Sem compreender os motivos, de ser o que nunca quis, sem compreender o que fiz, e o por que de ser dor... ...aos poucos vi que a flor, para ser e ter carinho precisa passar de espinho e merecer o mandado. Nem todo bem é amado, nem toda dor é ferida E compreendi que na vida, até o espinho enaltece quando se tem o que merece em cicatrizes sentidas... A mais doce das laranjas, que as geadas deram sabor depois de serem flor renasceram pra ser fruto, e eu... -(espinho)- em luto, fiquei no tronco agarrado apenas vendo o legado da fruta virar suco... Aos olhos da natureza espinho e flor Trazem o mesmo valor... ...a mesma alcunha em valia, Assim como noite e dia, Um depende do outro para ter razão e sentido. Porém... não renego nem me nego de ser apenas espinho... o sereno deu-me olhos para olhar os passarinhos. A lua deu-me razão de sonhar com seu carinho... Por isso mesmo em espinho acaricio o vento, que alenta meus lamentos em seu cantar silencioso... que deita em sopro o toso da pastagem verdejante. Minha sina de “espinhante” esta no olhar de quem vê... E não de quem sente e crê com olhos de alma e campo. Não me olhem como grampo, como uma ponta de lança... ...sou caminho e esperança de quem nasce e morre vivo, eternizando o motivo de que o fim é o começo, pois sempre ha um recomeço em meu espírito primitivo... Enquanto o tempo caminha, nem o espinho me espinha ao ser e ter seus sentidos. o que sou em razão... Transcende em mim os motivos que se eternizam na alma e amadurecem apenas os frutos que o tempo acalma. Eu...-(espinho)- eternizei-me nos calos das mãos que as rédeas e o arado plantaram fundas raízes, deixadas nas cicatrizes lagrimejadas de sangue... ...e por mais que o tempo entangue, meu destino sempre estará brotado em caraguatá nos potreiros do rio grande.
LEONARDO BRIZOLA MIRE CLARAMENTE QUE TUVO UN ERROR EN SUS MOVIMIENTOS PERO PARA MI EN LO PERSONAL SIGUE SIENDO EL MEJOR VAILARIN DEL CONCURSO Y EL MEJOR VAILARIN DEL MUNDO