Talvez o fado que Amália escreveu e cantou com mais carga "autobiográfica" na última fase da sua vida. Não deixa de ser, no entanto um lindo fado e uma interpretação de luxo. Mais uma vez se libertou da "Lei da Morte"
O Fado nasceu um dia, quando o vento mal bulia e o céu o mar prolongava, na amurada dum veleiro, no peito dum marinheiro que, estando triste, cantava, que, estando triste, cantava. Ai, que lindeza tamanha, meu chão, meu monte, meu vale, de folhas, flores, frutas de oiro, vê se vês terras de Espanha, areias de Portugal, olhar ceguinho de choro. Na boca dum marinheiro do frágil barco veleiro, morrendo a canção magoada, diz o pungir dos desejos do lábio a queimar de beijos que beija o ar, e mais nada, que beija o ar, e mais nada. Mãe, adeus. Adeus, Maria. Guarda bem no teu sentido que aqui te faço uma jura: que ou te levo à sacristia, ou foi Deus que foi servido dar-me no mar sepultura. Ora eis que embora outro dia, quando o vento nem bulia e o céu o mar prolongava, à proa de outro veleiro velava outro marinheiro que, estando triste, cantava, que, estando triste, cantava.
Não sonhava o tímido Fernando Pessoa que anos mais tarde uma voz fadista de elevado garito cantaria as suas quadras. Tanta genialidade poética e uma voz tão quente e afinada
To: @mathiashucke188 *LYRiCS LINK* fadosdofado.blogspot.comg/2022/03/o-julgamento-do-chico-do-cachene.html QUEM É O CHICO DO CACHENÉ O "Chico do Cachené" Tem sempre um grãozinho n’asa É o Faia mais fadista Que "habita" na minha casa Com ele nunca houve tricas / Nem intrigas, nem sarilhos Gostam dele, e os meus dois filhos / Tanto o Licas como o Tricas Dizem que amou certa Micas / Que poucos sabem quem é E que ela passou o pé / Deixando quase no esquife Num quarto do "Bairro Bife" O "Chico do Cachené" Sempre mãos nas algibeiras / Sorriso sempre na "lata" Na boca sempre a beata / P'ra lhe dar "tic" às maneiras Atira-se às cantadeiras / E já marcou entrevista A certa mulher bairrista / Que a altas horas lá cai Quem for com ele mal não vai É o Faia mais Fadista Dizem que aquele chapéu / Que o cachené e a tralha E que também a medalha / Foi a Micas que lhe deu Dês' que ela desapareceu / P'ra se atolar mais na vasa No peito dele, uma brasa / Abrasa-lhe o coração Pobre Faia. Desde então Tem sempre um grãozinho n’asa Outro dia, um badameco / Armou por lá uma cena Lá porque a sua pequena / Estava a olhar p'ra o boneco" Ele olhou o "Papo Seco" / E nisto, o "pipi" foi d'asa Com ele ninguém faz vasa / E ainda mais o admiro Porque é o tipo mais "giro" Que "habita" na minha casa
Cai chuva do céu cinzento que não tem razão de ser até o meu pensamento tem chuva nele a escorrer tenho uma grande tristeza acresentada à que sinto quero dize-la mas pesa o quanto comigo minto que o grande jeito da vida é por a vida com jeito murcha a rosa não colhida como a rosa posta ao peito sou como a praia que invade o mar que torna a descer mas nisto tudo é verdade é só eu ter de morrer
Brito,, se você souber o fado de Teresa Tarouca, , Malmequer desfolhada" se possível, envia escrito p mim. 🇧🇷 , Assim como vc fez com "Cai chuva do céu cinzento", muito grata.
@@soniamartins8636 Seria esse? "Um malmequer desfolhei, Nunca tal tivesse feito; Não sabia o que já sei, Tinha-te ainda no peito! P’ra saber s’inda era meu O homem que eu tanto amei, Com os olhas fitos no céu Um malmequer desfolhei! E da flor fui arrancando Esperanças que fora deito; E agora eu estou chorando… Nunca tal tivesse feito! Julgando ter-te na vida E seres p’ra mim minha lei, Passava o tempo iludida… Não sabia o que já sei! Sonhava meu coração, E agora sonho desfeito Vivendo da ilusão… Tinha-te ainda no peito!"
A sempre lembrada, Teresa Tarouca, Teresa , não existe fadista igual a você, quando realizamos uma estatística imaginarimente, o grafico que representa você, ultrapassa todos os demais gráficos.,isso mostra a grandeza que há em você como fadista...... Sonia. Brasil