Depende. Se forem os hábitos religiosos dos que estão no cortejo, é necessário pertencer, na qualidade de consagrado, a uma comunidade dos Arautos do Evangelho, ponto em prática os conselhos evangélicos, de castidade, pobreza e obediência. Se forem os trajes brancos, dos que estão no público, é necessário pertencer a algum sodalício de cooperadores (ou terciários) dos mesmos Arautos, que são pessoas que, sem abandonar o mundo, procuram nele ser inteiramente católicos, pondo em prática a espiritualidade, o carisma e a missão dos Arautos.

@@CanalArautosdoEvangelho como faço para ser cooperador ou terciário? Moro em Rondônia.

Em algum sentido, de fato, quem abraça a vida religiosa está fugindo do mundo. Ora, essa fuga do mundo não deve ser realizada por um simples receio inspirado por conveniências humanas, mas, sim, deve ter como motivo o fato de que o mundo pode ser um verdadeiro obstáculo para a salvação eterna, sobretudo esta realidade em que estamos vivendo atualmente, a qual oferece tantas ocasiões próximas de pecado. Mas não se deve pensar que a vida religiosa seja um "mar de rosas". Ela oferece, também, muitas cruzes para carregar. Quem abraça a vida religiosa simplesmente para fugir das agruras do mundo, ou viverá essa vida religiosa com tibieza, ou acabará por fugir, também, dela, retornando para o mundo de onde saiu. Contudo, o principal motivo pelo qual uma pessoa abandona o mundo para entrar numa comunidade religiosa deve ser o amor a Deus e o desejo de servi-lo com toda a perfeição. Um critério simples, mas muito eficaz, para se saber se a pessoa realmente possui determinada vocação religiosa, consiste no fato de ela possuir verdadeiro encanto por essa entrega total a Jesus, numa vocação específica, a serviço da Igreja. Por exemplo, uma pessoa que realmente tenha vocação de cuidar de enfermos, sentirá em si, por uma moção do Espírito Santo, verdadeiro entusiasmo por isto. Outra, que sinta o chamado para missões em lugares distantes, sentirá entusiasmo quando ouvir falar de pessoas que abandonaram o mundo para evangelizar outros povos.

Salve Maria! Nunca é tarde para abraçar a vida religiosa. O fato de seu coração encher-se de alegria, quando você vê ou ouve falar de religiosas pode ser, realmente, um sinal de que você possui essa vocação. Entretanto, deve-se considerar que esse é o papel dos religiosos em relação aos que vivem no mundo: despertar esse entusiasmo, a fim de que estes também busquem a perfeição no estado de vida em que sejam chamados. Faz parte da vocação religiosa, também, servir como ponto de referência para os que não possuam essa vocação. Com relação à vocação específica de cada um, há pessoas para as quais Deus manifesta com toda a clareza o que deseja delas, desde a mais tenra idade; há outras, entretando, que Deus vai guiando durante a vida, vindo somente a lhes revelar o próprio chamado num momento, para os olhos humanos, muito tardio. Portanto, nesses casos, mais do que procurar discernir a própria vocação, faz-se necessário buscar servir a Deus plenamente nas circunstâncias nas quais a pessoa já esteja vivendo, carregando a cruz tal como ela se apresenta no próprio cotidiano, rezando muito e buscando a perfeição naquilo que já faz. Se tiver uma profissão, buscar a perfeição no cumprimento dela. Se tiver que estudar, buscando a perfeição nesses estudos. Se tiver parentes com quem conviver, buscando a perfeição nesse convívio diário, muitas vezes, crucificante. Tudo isto, sempre com o coração serena e alegremente aberto para qualquer novidade que possa aparecer da parte da Providência. Neste ponto, manter o espírito sereno e confiante em Deus é algo essencial.

@@CanalArautosdoEvangelho obrigada por responder. Reze por mim🙏🏼🙏🏼