Siga em fila vai Nove emprego cinco sai Quinto império do atalho Bomba, escola, pão, talho Trívia e televisão Aurora do quadrilião No ar um cheiro a esturro Bom pró esperto, mau pró burro Perto, tão perto do oásis no deserto Longe, tão longe de ir lá hoje Mora, demora O que é bom nunca é pra agora Quem me dera ir daqui pra fora Trânsito no Jamor A ouvir notícias do terror Troika, bolha imobiliária É cara a vida e a pensão precária Água, cabo, net Luz, ginásio, yoga, creche IUC, IMI, IRS Paga paga, esquece esquece Fraco tão fraco o sol neste buraco Boa, tão boa a vida boa Mora, demora O que é bom nunca é pra agora Quem me dera ir daqui pra fora Mergulhar mãos no volante e adiante Pra qualquer lugar Vidro aberto, rádio alto, no asfalto Sem me apoquentar Saborear o mar, as serras Cobrir-me de pó e geada Roer o osso desta terra Na vida de estrada Sismo no Japão Zara, nova coleção Espionagem, guerra, muda o tema Woody Allen no cinema Zapping e jornal Série e logo futebol O vizinho num concurso A fazer figura de urso Chato, tão chato papar grupo barato Oco, tão oco o circo louco Mora, demora O que é bom nunca é pra agora Quem me dera ir daqui pra fora Mergulhar mãos no volante e adiante Pra qualquer lugar Vidro aberto, rádio alto, no asfalto Sem me apoquentar Saborear o mar, as serras Cobrir-me de pó e geada Roer o osso desta terra Na vida de estrada Onde não há prazos nem obrigações Não há debates nem euromilhões Onde o sol eleva e a frescura acata Sem consulta ao homeopata Onde a cura é sem vacina E a cardina é sem pesar Por lagoas e colinas Vê-se a lágrima a secar Dá o vento na cara E nada nos pára Nada nos pára Perto, tão perto do oásis no deserto Longe, tão longe de ir lá hoje Mora, demora O que é bom nunca é pra agora Quem me dera ir Quem me dera ir daqui Quem me dera ir daqui pra fora Mergulhar mãos no volante e adiante Pra qualquer lugar Vidro aberto, rádio alto, no asfalto Sem me apoquentar Saborear o mar, as serras Cobrir-me de pó e geada Roer o osso desta terra Na vida de estrada
Esta música pôs em palavras parte do que eu sinto em ser Portuguesa. Há um sentimento que é difícil de igualar, que é viver por uns dias esta vida de estrada e sair por este Portugal fora. Na estrada vivemos Portugal pela sua cultura e maravilha da natureza que é e faz-se difícil lembrar todos os problemas que este país tem no que toca ao sistema. Ao sair estrada fora, esquecemos o dia a dia, mas de alguma forma, ao voltar é bom fazer parte desta confusão.
Concordo a 100%. Eu que gosto de andar de mota, acho que esta música é uma excelente "banda sonora" para um belo passeio de mota (sozinho ou bem acompanhado).
Música perfeita para comesar o dia 😂 Tanho pena q a banda tanha acabado. Tanho 21 anos e tanho pena que já não haja bandas em Portugal com a qualidade que avia na geração dos meus pais Adoro os diabo na cruz ♥️
Esquadrão de pioneiros Seres simples, bem-amados Têm sonhos delicados e vontades de quem Só faz por ser pessoa Não temer vida que doa Pulso firme no machado a atalhar mais além São fera Fé que esmera 'Pera Aberto bem o olho Se anda o velho no restolho Cabe ao novo florir Pôr mais ferro no arado Sol na vinha do enforcado Cá pular cerca de gado que se apressa a fugir E a banda pergunta à ordem defunta E a banda pergunta à ordem defunta E a banda pergunta à ordem defunta O qué que que qué qué que qué que qué O qué feito dos pioneiros? Dos novos pioneiros? Desses sempre prontos a agarrar o mundo inteiro Qué feito dos pioneiros? Dos novos pioneiros? Dos loucos abençoados que se lançam a terreiro Onde param os soldados das horas primordiais? Trim tim tim óai Esquadrão de pioneiros Amam perigos e aventuras Não se furtam a agruras São a sua própria lei Vêem preocupados Seus irmãos abananados Espalhados sem critério pelas coutadas do rei Pé de cabra na aldraba, abre as sobras do tesouro Vira prata empenha ouro Plos butins do país Diz o cego claridade Diz o surdo sanidade Diz o mudo com verdade O que toda a gente diz E a banda pergunta à ordem defunta E a banda pergunta à ordem defunta E a banda pergunta à ordem defunta O qué que que qué qué que qué que qué O qué feito dos pioneiros? Dos novos pioneiros? Desses sempre prontos a agarrar o mundo inteiro Qué feito dos pioneiros? Dos novos pioneiros? Dos loucos abençoados que se lançam a terreiro O qué feito dos pioneiros? Dos novos pioneiros? Desses sempre prontos a agarrar o mundo inteiro Qué feito dos pioneiros? Dos novos pioneiros? Dos loucos abençoados que se lançam a terreiro Onde páram os soldados das horas primordiais? Trim tim tim óai
Eu costumava não gostar de conduzir. Achava aborrecido. Devido ao meu trabalho houve um ano em que passei metade dele a fazer as estradas de Portugal de lés a lés (na mesma altura em que esta música passava com frequência na rádio). E apesar de continuar a não ser algo que goste de fazer, ganhei um apreço pelas viagens de longa duração por terras e terrinhas que encontro descrito na perfeição na letra e alma desta canção.