O Programa Centelha visa estimular a criação de empreendimentos inovadores e disseminar a cultura empreendedora no Brasil. O programa irá oferecer capacitações, recursos financeiros e suporte para transformar ideias em negócios de sucesso.
A iniciativa é promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), e operada pela Fundação CERTI.
A pergunta é: como eu posso usar esse modelo para o meu negócio. Não descarte nenhum de cara. Podemos fazer mix de modelos ou fazê-lo invertido. Modelo clássico: isca e anzol (empresa oferece produto barato ou de graça, mas o refil, ou para você ter continuidade do uso, paga muito - exemplo: gilette); pode inverter (vender o produto caro, mas depois para usar o custo é baixo - ex.: ipod); modelo de assinatura: abrir a mente para incluir produtos, pois temos em mente assinaturas de serviços (ex.: softwares, netflix, etc); modelo free: modelo grátis com outros fluxos de receita, "se seu produto tivesse que ser entregue de graça, que outras formas de ganhar receita você teria?" - esse modelo se complementa com o freemium - muitas aplicações fazem isso, tem uma versão mais básica gratuita e demais serviços mais complexos ou sem propandas são pagos); marktplaces (conectar consumidores e vendedores); modelo cauda longa (diversidade de produto que vende poucas unidades); modelo de leilão (existe o leilão invertido, ou seja, o cliente diz o quanto quer pagar e a empresa aceita a oferta ou não); modelo de crowdfunding; modelo de pague pelo uso (pay as you go); aluguel; modelo white label; modelo venda de informações> quando o produto é grátis, o produto é você. Você consegue fluxo de informações para vender através da entrega de algo grátis.
Modelos de MVP (não é protótipo, não é prova de conceito, é funcional). Por exemplo: Landing Page (página de entrada e um botão de cadastrar, etc.); Concierge: fazer manual algo que depois você quer automatizar e escalar; Mágico de Oz (tudo funciona como se tivesse pronto, case da IBM); Vídeo (apresenta todas as funcionalidades de um produto complexo para demonstração - cliente precisa ver para crer - de algo que não está pronto efetivamente, para testar a reação do mercado); Financiamento pelo cliente (pessoas se cadastram para comprar mesmo antes de estar pronto). Modelos podem ser combinados para sem investir muito - tempo e dinheiro - para ver se o produto vai ser comprado pelo cliente ou não, antes de se gastar muito dinheiro para criar um produto final que ninguém quer.
Acho complicado aplicar tudo isso se não há um ecossistema de inovação na localidade. Como fechar parcerias com ICTs se no local a pesquisa acadêmica é incipiente? Como fechar parcerias com empresas se o mercado é segmentado ou não é robusto o suficiente? Como buscar investidores anjo se não há subvenção e incentivos fiscais para o mercado local. Enfim, acho que o Centelha pode estender o braço um pouco mais nesse quesito.
E como fazer o Financiamento pelo cliente? Este último, poderíamos divulgar em 2 semanas e ver se conseguimos chegar por exemplo na venda de 500 unidades e ai vamos fabricar...mas no post ou no site precisamos colocar o cronograma e qual a previsão do cliente receber? Pq neste caso receberemos o $ e fabricaremos e que pode demorar um mês mais ou menos....é isso? ou como explicar para o cliente? Podemos falar garanta o seu produto no primeiro lote ?
Carlos Bizzoto, Não podemos vender os cosméticos sem notificação na ANVISA e nem de forma artesanal pois artesanal somente é para consumo próprio. Para fazer MVP Concierge no nosso projeto, podemos ao invés de vender, enviar os protótipos como amostra para os clientes interessados / leads que vão se cadastrar e responder um questionário via landing page/google forms? Grata
Olá, @AmazonTreeCosmetics! Tudo bem? No caso de produtos da área da saúde e bem estar, são indicados modelos de MVP de baixa fidelidade, uma vez que sem a aprovação da ANVISA, não é possível testar o produto junto ao cliente. Sem a regulação necessária da solução, os modelos Concierge e Mágico de Oz não são adequados para o seu caso. Os MVPs de baixa fidelidade vão auxiliar a empresa a compreender melhor os problemas do cliente e verificar se a solução de fato gera valor. Enquanto a aprovação pela ANVISA está em andamento, é possível já validar, por exemplo, o tipo de embalagem - quantidade de produto, realizar testes anatômicos, etc. (a partir de questionários disponibilizados por e-mail ou landing page), traçar o perfil demográfico do público-alvo (usando campanhas de anúncios nas redes sociais), construir audiência (via Marketing de Conteúdo), entre outras estratégias. Pode-se aplicar o modelo Cortina de Fumaça, um tipo de MVP que tem como premissa realizar campanhas e fazer os clientes se inscreverem em produtos que ainda não estão disponíveis para venda. Este modelo pode ser excelente para medir o interesse do público-alvo. Recomendamos que você se aprofunde em conteúdos de MVP de baixa fidelidade para verificar quais as melhores estratégias para o momento do seu negócio. Esperamos que a resposta tenha ajudado! Um abraço - Priscila da Equipe Centelha.
Show de bola a sua habilidade de ensinar e explicar> Os exemplos foram formidáveis e de fato abre a mente para perceber as inúmeras possibilidades de se fazer um MVP. Parabéns Carlos Eduardo!!!!!
Muito bom ver uma descrição de estágio avançado e de ponta para termos ideia de para onde apontarmos, mesmo que ainda sejamos micro. E ao final das contas até mesmo o vendedor de pipocas precisa pesquisar que carrinho, milho, manteiga, bacon... seriam os melhores para ele.
Sou do município de Juruti Pará tenho a equipe fomada o problema é a internet e um pouco fraca mas estou tentando pois quero muito expandir o nosso negócio