Que o submundo literário é repleto de surpresas todo mundo sabe. Para quem se dedica a procurar, porém, a recompensa pode ser fantástica. Se você é um desses que gosta de garimpar a rede talvez tenha ouvido falar do Entre Contos, provavelmente o maior site de desafios literários do Brasil, onde autores de todos os os gostos, credos, raças, tamanhos e níveis de experiência se encontram em competições de escrita, mas também para conversar sobre livros, trocar dicas e falar de suas obras favoritas.
Criamos recentemente este canal, onde esperamos intensificar essas conversas, resenhando autores como nós, falando de livros obscuros e outros nem tanto. E claro, principalmente sobre nossos desafios literários, sobre os contos que têm feito parte da nossa história de mais de cinco anos e mais de 1,5 milhão de leitores. Se você acha que esta é a sua praia, junte-se a nós.
Seja também um entrecontista. Acesse o site entrecontos.com e confira por si mesmo!
“AÇÃO” - O meu amor por você é o maior do mundo! - Não diga, não fale, não conte... Mostre-me. Mudo por uma hora, ele se levantou e se foi... Série Microcontos - Rayo Francis.
Melhor que Os Miseráveis? Vc saberia me dizer por que essa obra é muitas vezes associada como tendo influência com o niilismo? Eu fico com receio de ler por essa crítica.
Albion Online é um MMORPG SandBox em que você escreve sua própria história, Invés de seguir um caminho pré-determinado. Explore um vasto mundo aberto que consiste de 5 ecosistemas únicos. Tudo que você faz gera um impacto no mundo, já que em Albion a economia é produzida pelo jogador.
Tema muito importante. Concordo muito com essa abordagem. Depende da situação. Ao meu ver usamos o "contar" quando não pretendemos usar a informação como elemento importante para a tensão, mas apenas para mencionar elementos indispensáveis do cenário ou do enredo. "Mostramos" quando acreditamos que a cena é importante para a tensão ou a beleza da história sem que isto prejudique a coesão. Acho que a ciência por traz do "contar" e "mostrar" está na administração da tensão narrativa.
Eu estou lendo Guerra e Paz nos últimos dias e vendo vídeos na RU-vid sobre o livro. Mas parece que não consigo concordar com ninguém que tenha lido o livro. Estou na página 338 e minha edição (versão em inglês) tem 1392 páginas. Pelo que li até agora Guerra e Paz é uma TRAGICOMÉDIA. Leo Tolstoy (soletrado em inglês) é um russo que faz uma CRÍTICA BRUTAL da sociedade russa. O livro é deprimente, sombrio, triste, niilista, sarcástico, irônico. É uma longa sequência de situações absurdas e ridículas. Para cada situação eu não sei se rio ou choro. Apesar do grande número de personagens, nenhum deles importa. Todos os personagens são idiotas, ou oportunistas ou egoístas ou perversos ou mentirosos ou hipócritas. Não há nenhum personagem simpático, decente, moral, heróico ou inocente (talvez as crianças...) Todos os personagens são estúpidos fazendo coisas estúpidas. Como um comediante que pretende ser estúpido e faz graça de si mesmo, você pode rir. Mas você também pode chorar, porque o livro é realmente uma longa sequência de situações trágicas. Leo Tolstoy faz uma crítica pesada da sociedade russa da época. É realmente impressionante que o governo russo não tenha banido esse livro. Talvez porque o livro seja tão longo, os censores do governo simplesmente não tiveram paciência de ler o livro e saber do que o livro realmente se trata. Leo Tolstoy conseguiu assim burlar a censura e publicar um livro que critica e denuncia violentamente a sociedade, a aristocracia, o governo e os militares russos. Tolstoy descreve a aristocracia russa como um bando de hipócritas e mentirosos e falsos que só estão interessados em roubar o dinheiro dos outros. O governo e os militares russo são descritos como um bando de incompetentes e bêbados.
Não conhecia seu canal e cheguei aqui procurando opiniões sobre "Tópicos especiais em física das calamidades". Quando você falou, "se você acha que feminismo é o contrário do machismo, pare este vídeo, por favor". Elegantemente, deu o recado e me fez continuar o vídeo. Muito obrigado!
Excelente resenha para um filme/livro que, além de ser muito perturbador, também mostra a luta interna do missionário diante da própria fé e da realidade japonesa no período feudal. Eu já havia tido contato com a brutalidade deste povo no livro Xogum. Vou ler este também e espero que seja tão interessante quanto o filme inspirado na citada obra.
Muito bom. Só me pegunto se a palavra adequada seria ''imposição'', como dito por você. Se o autor coloca a sua religião à prova, levar a sua fé para outra cultura, não seria por as outras religiões à prova também? Se a palavra imposição foi utilizada porque o cristianismo foi banido e, portanto, ''levar a palavra de Deus'' for uma espécie de ''imposição'' (indo contra a vontade do Japão) eu compreendo; mas discordo. Até porque, o Cristianismo seria, nada mais do que apenas mais uma religião, indo de oposto à fé professa pelos japoneses e com isso, colocando ela à prova. Digo isso tendo como pressuposto de que existe uma verdade absoluta. Se o correto é pensarmos naquilo que acreditamos, porque a apresentação da fé cristã à outra cultura pode ser considerado como imposição? O cristianismo é apresentado, crê quem quiser. Gosto do tema e parabéns pelo vídeo. Senti falta da sua opinião no final do vídeo (seria uma resenha critica, no caso). Indico o livro ''Cristianismo puro e simples'', do C.S Lewis. Afinal, como dito pelo senhor ''É necessário sermos confrontados''; certamente esse livro fará isso muito bem.
Oi, Gustavo! Acredita que nunca li nada do Ammaniti? Vou procurar mais sobre ele, principalmente sobre Anna que me deixou bastante curiosa. Teve uma época que li tantos livros desse gênero que parece que a fonte secou, que tudo é a mesma coisa ( até é) mas depende muito de como se conta a história e esse livro parece ser um desses casos. Essa conversa que você leu é muito impactante, fiquei pensando no fato de uma criança está pensando no futuro de outra, esquecendo-se totalmente do seu, deve ser surreal. Tudo o que há pra ser vivido em tão pouco tempo. A questão da esperança é bem compreensível, é um sentimento dúbio demais. Acho interessante que parece que o ser humano em situações extremas está condenado a cometer sempre os mesmos erros, independente da idade. Pelo menos é assim na ficção. Parabéns pela resenha, valeu as dicas!
"Um senhor muito velho com umas asas enormes". Muito bom o conto e muito bom autor. Vale a pena ler! A forma como ele traz fatos fantásticos para o cotidiano é muito legal, fica bem factível!
Incrível como as experiências podem ser diferentes. Esse livro está me deixando em tal situação de angústia, que chego a sentir fisicamente esse aperto. Então só consigo ler um ou dois capítulos por dia, e depois pego um outro livro pra esquecer essa sensação de peso. Vou demorar um bom tempo pra terminar essa leitura.
Boa noite ! Puxa, incrível seu vídeo. Acabo de me inscrever.no seu canal. Você fala de Literatura com paixão. Eu passaria dias e dias ouvindo você falar sobre esse livro incrível. Conquanto eu seja homem, consigo de certo modo compreender os sentimentos da Esther, pois já tive depressão. Uma passagem que gostei muito é a seguinte: "Eu vi minha vida ramificando-se diante de mim como a figueira verde da história. Na ponta de cada galho, como um figo gordo e roxo, um futuro maravilhoso acenava e piscava. Um figo era um marido, um lar feliz e filhos, outro era uma poetisa famosa e consagrada, outro era uma professora brilhante, outro era a Europa, a África e a América do Sul, outro era Constantino e Sócrates e Átila e outros vários amantes com nomes exóticos e profissões excêntricas, outro ainda era uma campeã olímpica. E, acima de tais figos, havia muitos outros. Eu não conseguia prosseguir. Encontrei-me sentada na forquilha da figueira, morrendo de fome, só porque não conseguia optar entre um dos figos. Eu gostaria de devorar a todos, mas escolher um significava perder todos os outros. Talvez querer tudo signifique não querer nada. Então, enquanto eu permanecia sentada, incapaz de optar, os figos começaram a murchar e escurecer e, um por um, despencar aos meus pés." Tudo de bom ! Viller
Quem disse que Sci Fi não é pé no chão e nos faz pensar na condição humana? =] O trecho destacado me fez querer ler o livro. Que trecho interessante e forte!!