Quando eu tinha oito anos, a minha professora me pediu para ir à sala da diretora para ler um trecho do nosso livro didático. Eu saí feliz e saltitante, imaginando que aquele fosse um convite especial. E, uau, eu tinha sido a primeira!
Mais tarde eu descobri que, na verdade, a equipe estava me avaliando porque "eu era diferente".
Ser diferente não foi um problema para mim, mas imaginar que o meu cérebro poderia aprender menos era terrível! Por isso, comecei a me interessar pelos neurônios.
Estudei... aprendi... e me tornei educadora diferente!
Então, este canal foi criado para compartilhar ciência e celebrar a beleza de neurodiversidade!
Eu tenho um neto ele E autista 1 esse ano ele vai se formar no nono ano rle e muito inteligente ano que vem ele vai para o terceirao ele tomou ritalina agora esta tomando e um remedio feito da maconha tem muitas crianças com autista estao tomando esse remedio ele tem muitos amigos so que ele so come macarao e arroz nao come fruta nem verdura tem uma coisa que a mae .dele se extreca ele e viciado em plei techam nen sei como se escreve direito essa palavre mais ela e o pai so finl de semana sexta e sabado ate 2 horas da manha e se reune com os amigos eles jogam cdda um de suas casas aja barulhodurante a semana de manha ele tem que estudar quando ele chega da aula ja vai para o banho e janta ai ele joga so ate as 10 horas e para cama depois mais quand ele tomava a ritalina e era muito bravo agora com esse outro remedio ele esta um querido ele assis te esses jogos que e tu em ingles ele fala pra mim senta aqui vo .eu falo pra ele a eu entendo tudo o que eles falam a crianca que e autista nao pode comer muitos doces ele so nao come verdura e fruta .mais lanches pizza chocolateo resto ele come de tudo r carnivero
Hoje há bastante estudo acerca desses assuntos. Mas como se 'auto-identificar' ou 'auto-localizar' quando, nos anos 80/90, os pais e professores não eram atentos a esses sinais? Digo, o quanto uma pessoa pode ter sido subestimada e/ou prejudicada anos atrás e ter suprimido algumas dessas características por conta dessas atitudes do passado?
Olá, Lygia. Você é uma pessoa autista? Me identifiquei com praticamente TODOS os traços. Sempre me achei diferente, sempre fui chamada de estranha, metida, anti social....😢
"É possível encontrar sua turma" - Só que não! Infelizmente, na prática, é muito difícil portadores de alta habilidade conseguirem encontrar pares; Infelizmente, a sociedade é CRUEL com o que é atípico.
Eu ja comprei muita coisa por insistencia do vendedor. Comecei a evitar lojas e so comprar online, pra nao cair nessa armadilha. Também aprendí o truque de dizer "nao gostei" quando nao quero comprar algo naquele momento. kkkkk. Quando digo que gostei, os vendedores tentar empurrar a todo custo. Tambem tenho alergia a pepino, berinjela, tomate, laticonios, nozes, amendoim.... Nao sabia exatamente porque, mas fui percebendo com o tempo. São muitas coisas que me causan variadas alergias, como coceira, dermatite, azia etc.
Eu não tenho dificuldade em entender minhas emoções, e expresso verbalmente e detalhadamente exatamente o que eu sinto, porém as pessoas não aceitam minha expressão facial, em meu teste neuropsicólogo é descrito que minhas expressões são quase sempre neutras, isto também é alexitimia?
eu me incomodo muito diante das perguntas sociais do tipo "como você está?" (eu). eu nunca me sinto bem e eu me sinto muito incomodado em ter que socialmente dizer tudo bem, obrigado. eu até me esforço pra dizer tudo bem mas é muito custoso receber estas perguntas... mais uma vez eu me identifico muito com várias questões levantadas nesse vídeo, muito obrigado!
descobri a dislexia já na fase adulta , quando criança acho que não existia diagnostico , principalmente em escolas publicas onde estudei , quem tinha dificuldade em aprender era preguiçoso ou burro mesmo .
Queria ter tido uma consulta com alguem como vc. Fui numa neuro q basicamente disse "ai todo mundo hj em dia tem ,quer ter" sendo que eu so queria respotas do pq eu sempre me senti tao diferente desde a infancia, nao queria me aproveitar de algo, só finalmente me entender. Enfim nao tive respostas
Dra. essa essa semana fui diagnosticada com TEA nível 1 de suporte e suspeita de Altas Habilidades. Porém, sinceramente não acho que me encaixo 100% nos critérios para ser Autista. Seria possível "se" possuir altas habilidades, esse fator estar encobrindo ou camuflando aos meus olhos o TEA? Tem essa possibilidade? Eu sou extrovertida, engraçada, líder, falo pra caramba, super empática, entendo sarcasmo e sou sarcástica, entendo normalmente expressões faciais (até mais que o normal). Me ajuda por favor.
Eu trabalho com board/animatic, entao eu consigo visualizar tudo muito vivido. Inclusive nao sei se tem alguma ligação, mas meus sonhos lucidos sao riquíssimos em detalhes
Nossa me identifiquei demais com a questao de fugir pra mundos imaginarios ...inclusive passei vergonha um dia desses achando q todo mundo fazia isso quando falei super de boas sobre pra uma amiga
Nao tenho diagnostico de nada ate o momento, mas pra dormir preciso de protetores auriculares moldados pra mim e mascara escura pra dormir (pela luz). Mó role. 😅
Consigo imaginar cenários inteiros, historias complexas e milhares de possibilidades com qualquer coisa. As vezes uma caneta na minha mão vira uma história épica kkkkkkkk. Achei q era normal isso
Eu tenho consciência de que sou prolixa então sempre que vou dizer algo presto atenção para não ser, e acho que tenho sucesso 90% das vezes 😂 os outros 10% eu acabo sendo prolixa mesmo e é isso aí, normalmente com minha mãe, com quem tenho maior intimidade, ou com colegas de faculdade, quando me empolgo demais 😅
O ruim é que esse "sempre que vou dizer algo presto atenção" é a própria ansiedade social, a autoconsciência ligada o tempo todo. É um desafio achar o equilíbrio saudável entre poder ser eu mesma vs precisar aprender a ser mais típica. Às vezes o melhor pra mim é me acalmar e me respeitar, deixando a máscara de lado, mas às vezes o melhor pra mim é fingir ser típica, para conquistar apoio, companhia, que as pessoas gostem de mim etc etc coisas que são fundamentais para a vida profissional e pessoal também. Só quem é autista sabe como precisamos "nos sacrificar" porque não há outra alternativa. Se a gente se fechar no "preciso respeitar minhas limitações, meu corpo, minha mente" a gente vai estacar nossa vida, não vai trabalhar nem sair de casa. O "sacrifício" faz parte, só assim nossa vida segue em frente.
Ligia, é possível que essa sindrome de boazinha seja hipercompensada sendo o extremo oposto, por exemplo, se tornando ao longo da vida uma pessoa totalmente do contra? Entra como uma rigidez cognitiva? Por saber que alguém espera algo dela, ela age totalmente ao contrário de propósito?
Eu vou falar rápido aqui pra não correr o risco de parecer ridículo. Crianças portadoras de superdotação e altas habilidades sofrem muito num país que, ainda precisa evoluir muito para entender sobre este assunto. Quero deixar claro aqui que, não estou desmerecendo as colocações da doutora que fala no vídeo, pelo contrário, ela tem um conhecimento muito abrangente sobre o assunto. Mas é válido dizer que o Brasil precisa sim, de mais professores e doutores que dominem essa informação da superdotação e façam um diagnóstico mais preciso de seus pacientes. Espero que minha posição aqui não seja criticar, mas mostar alguns mecanismos que possam evidenciar mais a falta de compreensão de muitos intelectuais e pessoas que dizem ser especialistas no assunto.Quando criança parace um encanto, é tudo lindo e maravilhoso, mas a medida que o tempo vai passando, as crianças vão se tornando adultas e exergando a realidade e, é nesse estágio onde começa toda tortura psicológica. 😢
Acho que sou autista, gosto de arrumar as coisas em casa. Se eu ver algo fora do lugar fico estressada, não gosto de luz acesa na minha cara, não consigo me concentrar para ler quando tem muitas pessoas falando ao mesmo tempo, não gosto de barulho alto, não gosto de olhar no rosto de quem estou conversando. Gosto de rotina, quando muda fica muito frustrada, gosto de ficar sozinha
Eu tenho TDAH e minha psicóloga está investigando autismo e na infância eu tinha crises de choro e na vida adulta eu muitas vezes explode de raiva e tem vezes que fico sem energia como se tivesse pifando
acho que o vídeo caiu um pouco na esteriotipia no AHSD e deixou de lado questões importantes como questionamentos existenciais frequentes, tendências a hiperfoco, criatividade, alta sensibilidade, grande senso de ética...
Em relação a musica qualquer musico consegue improvisar se estudar a teoria da musica, sou dupla excepcionalidade, e confesso que noto um pouco mais de facilidade em relaçao a outras pessoas com musica, eu nao estudo e pratico pouco, mas qualquer musico consegue improvisar ele so precisa saber qual escala encaixa melhor em cima do acorde que esta sendo tocado no momento ou simplesmente com a escala da tonica ele ja consegue fazer algo.
Minha filha tem praticamente todos os sintomas, mas não recebeu diagnóstico. Na avaliação saiu transtorno de ansiedade. Eu sinceramente acho que a ansiedade é uma comorbidade do autismo nível 1, mas eu não sou médica né rsrs.
Sim! Também percebo a importância de avaliar com calma e mais recursos antes de diagnosticar alguém. Às vezes o plano de cuidado individual pode ser iniciado antes da confirmação diagnóstica a partir da avaliação clínica e conforme interação de queixa e demanda. Aqui, no SUS, me deparo com queixas sem prejuízos biopsicossociais significativos mas com um sofrimento psíquico que atapalha a autopercepção e a autoesima, consequentemente atrapalhando a relação interpessoal... A maioria de adultos assim, aparece na esperança de um diagnóstico que explique porquê é uma pessoa diferente, daí que o limiar entre um transtorno do neurodesenvolvimento, o de personalidade e até apenas a assunção de uma singularidade é muito sutil. Aprendi a fazer devolutivas com educação em saúde, demonstrando que não é simples se autodiagnosticar como pessoa autista ou TDAH (de 18 a 35 anos é o público que mais recebo nesta busca pelo diagnóstico neurodivergente). Em contra partida, há uma recusa e rejeição acentuadas pra transtornos de personalidade e engajamento em tarefas terapêuticas, como se no plano de cuidado pra pessoas neurodivergentes só houvesse diagnóstico, remédio e conformismo. Como se não fosse necessário exercitar padrões e atitudes diferentes.
Você tocou em pontos muito importantes. Acredito que o autodiagnóstico e a autoidentificação tem aumentado bastante devido a vídeos superficiais em redes sociais que resumem autismo e TDAH à comportamentos do tipo "5 coisas que autistas fazem", e listam ações como apertar os olhos, skin picking, etc. Isso dá uma falsa sensação de identidade, e muitas pessoas querem pertencer a algumas comunidades mais pela cultura superficial que se criou (como a neurodivergente) em volta das mesmas. Isso tem feito muitas pessoas que se autoidentificam (mas que de fato não são) irem aos consultórios e ficarem frustradas quando não recebem o diagnóstico, gerando mais sofrimento pras mesmas. É claro que a comunidade médica precisa se capacitar mais para lidar com seus pacientes, mas nos grupos autistas vejo muitas pessoas sem diagnóstico aparecendo, e se dizendo autistas porque se identificaram com um ou dois vídeos do TikTok ou RU-vid, depois de receberem diagnóstico de algum transtorno de personalidade do qual se recusam a aceitar. É extremamente preocupante. E com isso, transtornos reais acabam não sendo tratados, podendo piorarem.
Fiz um neuropsicólogico há alguns anos, porém, na devolutiva algumas coisas foram deixadas de lado e eu não entendi. Tenho dificuldades com organização, organização do tempo, me perco com meus pensamentos, enfim. Gostaria de entender o resultado do neuropsicólogico mas não sei o que fazer. Não tenho vontade de procurar a pessoa que me avaliou.
Dra, toda pessoa que tem fala e escrita confusa, que não tem nexo nenhum, é esquizofrênica, está iniciando um surto ou existem outras patologias com esse sintoma?
Dra, uma vez num vídeo, num comentário enorme que contava uma história de vida muito interessante, uma menina respondeu com a celebre frase dos jovens "Mais de tres linhas eu não leio", "Quem é que vai ler esse textao?" E aí ela começou a receber uma enchurrada de respostas "Eu li", "Eu leio". E ela continuou: Há mas ninguém lê tudo isso, vai que é tudo mentira. E recebeu um monte de "Não é mentira. É uma otima história. Vale a pena. Leia." E ela continuava dizendo que não seria besta de ler tudo aquilo podendo ser enganada. Eu percebi que ela ficou mais de uma hora respondendo a cada comentario que pedia pra ela ler. Mas que não perderia 10 minutos lendo aquele. Que era uma fobia. Nem todos dizendo que ela deveria ler, que não se arrependeria, que não era mentira. Ela acabou demonstrando que tinha um medo (doentio) de perder o tempo dela sendo enganada por uma história falsa. (Fiquei imaginando que ela não leu contos de fadas e livros ficcionais). Falei delicadamente com ela que esse medo atrapalharia ela e que ela precisava consultar um psicólogo. Faz parte da paranóia, é esse esquisotipico, é apenas uma fobia específica a textos longos, seria um trauma? A senhora já leu ou viu sobre isso? Eu fiquei com muita dó.
@@francisbarp Racionalmente falando, sim. Mas existe uma conduta da educação montessouriana que diz que contos de fada são mentiras e se está enganando a criança. Realmente eles demonizam contos de fada e imaginação ficcional. Eu acho isso um absurdo. Vai que essa menina foi criada assim, e wm vez de desenvolver a habilidade de perceber se está sendo enganada, ela desenvolveu uma fobia de estar sendo enganada por não perceber qdo uma coisa é verdadeira ou falsa (que pra maioria, não importa, pois verdadeira ou falsa, uma boa história tem seus ensinamentos).
