Eu estava fazendo uma disciplina de pós-graduação na antropologia da USP e um dia, ao passar pelo departamento de psicologia, dei de cara com o Chris. Além de ser uma inspiração intelectual, ele é um doce de pessoa. Eu estava muito nervosa porque já gostava muito dele. E ele me deu um abraço. Um xero no coração querido Chris!
Boa! Eu vendo este vídeo de Dunker tendo meu sonho realizado em estar procurando elementos para uma apresentação sobre Psicanalise e Racismo dialongando com Fannon, em uma cadeira obrigatória do curso de Psicologia (Psicopatologia e Neuroses) em uma Federal de uma cidade extremamente conservadora! Feliz dms em integrar meu interesse com o interesse da nova Psicologia brasileira que ta nascendo.
Fico feliz em ver esse vídeo. Hoje coloquei Fannon ao lado de Freud, Lacan, Klein, Ana Freud no meu consultório. Li, estudei, compreendi e Mestrei em relações do ensino étnico-racial. Fannon é parte de um importante percurso na minha clinica.
Com capitalismo ou não o ICS é passível de colonização enquanto o indivíduo não souber como funciona a sua estrutura ICS afetiva. O que FREUD fala EU desenho
Por gentileza, vá para Cuba, Venezuela e aplique o método clínico nas pessoas que residem lá. Quando as pessoas estão com fome, não existe filosofia, psicologia, sociologia, etc. Você teria uma proposta melhor que o capitalismo que não seja o comunismo? Acredito que não, mas fica aberto o diálogo!
Olá Christian, tudo bem? Acredito que essa temática do Fanon vai muito longe. Temos pessoas muito boas espalhadas pelo Brasil que estudam Fanon e o fenômeno da Negritude. Acho muito interessante uma exposição do professor Érico Andrade da UFPE e que tem um trabalho recente que pode acrescentar e muito à esta discussão. Uma live explorando isso seria muito bom. Abraços.
Mais um #Falandonisso sensacional. Este, para mim, está também muito e m o c i o n a n t e (sic!). Sobretudo algumas colocações entre os minutos 30 a 42 do vídeo sacudiram emoções e sentimentos bem bacanas por aqui 😎. Christian, ganhei o dia, o fim de semana, o mês de junho... e o de julho também 😅. Obrigada!!!!
Obrigada por mais uma aula aberta, Dunker! Só uma observação: é "o" Joaze, e não "a" Joaze, o autor do livro "Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico". Joaze é professor do ICS da UnB. :)
Cuidar para não tornar o processo decolonial colonizador. Importante provocação. Quanto ao inconsciente como parte do aparelho psíquico entendo como esfera preenchida dos aspectos socio culturais da nossa relação com o mundo exterior. E é aí que entra a colonização. Se alguém puder me ajudar na reflexão... abcs
Christian, muito obrigada pela resposta. Abriu muitas frentes :) Sei que é uma questão difícil. Comecei a pensar sobre isso lendo Afropessimismo, de Frank Wilderson III. Vou comentar a diferença entre "descolonial" e "decolonial", que sempre gera dúvidas. Eu mesma fico muitas vezes confusa. Inicialmente, parece um caso de anglicismo, quando emprestamos uma palavra do inglês, porque não temos uma melhor em português. Em inglês, o adjetivo decolonial opõe-se tanto à colonialism quanto à coloniality. Poderíamos usar também descolonial para se opor a colonialismo e colonialidade. Porém, pelas minhas pesquisas, em espanhol e português, DEcolonial passou a ser usado em contraposição à colonialidade e DEScolonial a colonialismo em razão de uma reivindicação de pesquisadores latino-americanos de língua materna espanhola cujo objetivo era marcar uma posição em relação a correntes críticas anteriores (como os estudos pós-coloniais e os estudos subalternos). Portanto, há uma questão histórica e política por trás do uso do termo decolonial, primeiramente em língua espanhola. Pelo que entendi, falantes do português seguem falantes do espanhol nisso. O conceito de colonialidade, ao qual decolonial se opõe, está ligado à atuação, a partir dos anos 1990, de um coletivo de interpretação, heterogêneo e disperso, conhecido pela sigla M/C/D (Modernidade/Colonialidade/Decolonialidade), do qual fazem parte Anibal Quijano, Walter Mignolo, Enrique Dussel, Catherine Walsh, Arturo Escobar, Ramón Grosfoguel, Maria Lugones, Nelson Maldonado-Torres, Boaventura de Sousa Santos, Rita Segato, entre outros (o Christian citou muitos deles no episódio). A maioria são intelectuais latino-americanos de língua espanhola que trabalham em universidades dos Estados Unidos ou da Europa e que volta e meia se encontram em congressos e publicações. Os pesquisadores agrupados sob a sigla M/C/D concordam que a conquista da América, a partir de 1492, não é um evento, mas sim uma estrutura, que não se desfaz com os processos jurídico-políticos de independência dos territórios colonizados. Mais do que pela dominação econômica, tal estrutura se mantém pela dominação simbólica. Assim, para eles, não existe um "pós"-colonialismo na América Latina, porque aqui o colonialismo não terminou com o fim da colonização. Colonialidade é a continuação do colonialismo depois da formação dos Estados-nações independentes. Então, os termos decolonialidade/decolonizar/decolonial se referem, política e historicamente, à atuação do M/C/D. Já conceitualmente, referem-se à estrutura colonial que permanece no período pós-colonial e que é de ordem, sobretudo, simbólica, pois se manifesta na produção do conhecimento e na construção dos significados e da subjetividade pelos colonizados. A depender do contexto, contudo, podemos usar descolonizar como um equivalente de decolonizar, sem prejuízo do sentido. Além disso, descolonizar é um termo mais acessível. Decolonizar demanda uma explicação. Finalmente, Christian, gostaria de parabenizar, você e sua equipe, por este projeto no RU-vid, que acompanho com grande prazer.
Olá Christian, como vai? Espero que esteja bem. A partir da afirmação de Freud de que a psicanálise não é a única a operar com a introspecção, mas que atua com ela de maneira mais intensa do que outras abordagens clínicas, poderia elaborar um pouco sobre a relação entre psicanálise e introspecção?
colonização do mundo da vida cotidiana é um conceito bem desenvolvido na teoria de Habermas, uma análise impressionante de como os sistemas econômicos e de poder interferem na vida diária dos individuos ou seja, o dinheiro, o banco, etc... que é o problema do mundo contemporãneo, uma reificação do mundo da vida, da linguagem, da ação comunicativa, objetificando a comunicação e submetendo os indivíduos, de dominação e isso impede a autonomia moral, normativa, deles, e política.
Professor, eu sei que é pedir demais, mas eu gostaria de ver desejo em cena de filmes "da minha época", porque estes de hoje em dia eu gosto menos. O senhor poderia fazer um especial Haneke, por exemplo? Um especial Lars von Trier e talvez os clássicos: Tarkovski, etc? Enfim, uns filmes 'das antigas', rs.
Olá, professor Dunker. Adoro seu canal! Faz um episódio do Falando nIsso sobre o livro O Couro Imperial, da Anne Mclintock. Ela traz uma proposta crítica de descolonização da psicanálise ampla e profunda, a partir de uma perspectiva zimbabuense-sul-africana. É um grande livro, infelizmente ainda pouco comentado no Brasil. Abraço
Finalmente, Dunker parece estar tentando responder a uma pergunta que fiz há alguns meses. Na qual o inquiria sobre a posição da psicanálise frente ao imperialismo europeu. Como a psicanálise pensa ou pensou o racismo europeu? O que é este ego iinflado europeu que bao cabe em si de tanta soberba?
Isso que a esquizoanálise fez com a psicanálise, simplesmente adicionou variáveis sociais mais amplas como gênero, raça, economia e história na análise do desejo.
oi dunker ! você poderia fazer um falando nisso sobre pessoas que "não foram castradas" e por isso acham que podem tudo. Talvez não saiba explicar minha pergunta de uma forma melhor.
Excelente. Só não entendi porque o Christian colocou o inicio da colonização no Br a partir de 1700 e não de 1500. Acho a psicanalise Brasileira altamente colonizada à França...e outros...embora exista crítica no Br
Rio de ondas também ! rs. vou compartilhar esta aulas para muitos colegas que participam de bancas heteroidentificao e brigam comigo quando interpelo -os. bjus.
Seria um sonho! Cresci em meio a evangélicos fundamentalistas, e foi assim meus primeiros 20 anos de vida. Hoje as 35, ah 15 anos longe da igreja, ainda sinto o controle do cristianismo sobre meu corpo, minhas escolhas e meus atos. Engraçado que essa gente critica a ideologia de gênero, sendo ao meu ver eles os produtores da maior ideologia de controle atual sobre o imaginário ocidental. Isso é terrível. Todos os meus julgamentos, preconceitos e ações ainda são guiados pelo meu concionamento cristão, mesmo eu ah 15 anos longe da gaiola. Conversar com mãe, tios e familiares é difícil, eles não conseguem manter uma conversa de 30 minutos sem falar de Deus, céu e outros assuntos repetitivos da gaiola cristã. Não leem, não possuem cultura, muito menos arte, só sabem que existe a bíblia e ela é a única verdade e fim. A vida deles é uma monocromia cinza e triste e eles dividem o mundo e tudo mais entre bem x mal...certo e errado, é logico eles estão do lado certo. Triste.
Professor, o pessoal da neurociencia está vindo com um fetiche de que o Livre Arbítrio não existe. Poderia fazer um vídeo refletindo sobre o que seria o Livre Arbítrio para a psicanálise?
Prof. Dunker. Queria fazer uma pergunta mais técnica, e sugestão de tema de vídeo: A psicanálise tem uma história íntima com a antropologia, desde Freud. Mas tenho uma questão com isso a respeito da forma perspectivista (que você cita no video) e se teria alguma articulação com a ideia de "animalidade" e "humanidade" como questão antropológica clássica e os escritos filosóficos dessas experiencias-limites na obra de autores como Georges Bataille.
Tudo bem que pode ser encontrado facilmente no google pdf de alguns exemplares, mas é no mínimo irônico um vídeo como esse sobre quebra de paradigmas e sobre dar acesso a conhecimento para outros pessoas que tem vozes amassadas por sociedade colonizadoras, com livros como o developments sendo vendido por mais de 900 reais kkkkkk
Com todo carinho que devo ao Dunker, dos encontros e palestras , e da gentileza de ter comentado positivamente meu livro, acho que ele abordou aspectos mais socias e políticos da questão levantada pela Luciana Paes. Partindo de uma fala de Maria Rita kehl ( ... o capitalismo colonizou o Ics ) vou reagir a esse video no meu knal mostrando ate onde vai " a toca do coelho". O que FREUD fala EU desenho
Primeira vez aqui. Estou com a mesma impressão. Descolonizar o inconciente? Acredito ser bem perigoso. Não seria isso a tal de lavagem cerebral. Cheira picaretagem com embalagem intelectual.
Professor, faço parte de um grupo de padres dedicados à clínica da Psicanálise. Quais os atravessamentos que precisamos evitar para manter a ética em detrimento da Psicanálise ?
A crítica à pigmentocracia, colorismo e a miscigenação é um debate que precisa vootar a ser feito. Falta é coragem... O silenciamento operado pelo fator cor continua...
Tudo bem que pode ser encontrado facilmente no google pdf de alguns exemplares, mas é no mínimo irônico um vídeo como esse sobre quebra de paradigmas e sobre dar acesso a conhecimento para outros pessoas que tem vozes amassadas por sociedade colonizadoras, com livros como o developments sendo vendido por mais de 900 reais kkkkkk
Tudo bem que pode ser encontrado facilmente no google pdf de alguns exemplares, mas é no mínimo irônico um vídeo como esse sobre quebra de paradigmas e sobre dar acesso a conhecimento para outros pessoas que tem vozes amassadas por sociedade colonizadoras, com livros como o developments sendo vendido por mais de 900 reais kkkkkk
Com todo respeito, falar é facil. Vc tem alguma autocritica em relação às suas posições frente ao genocidio de gaza? Há uma colonização brutal em curso la, tal qual a da Argelia, descrita por Fannon, contra a qual ele ergue essa teoria que vc descreve.
Tentei avisar que considerar o Hamas um exército de libertação, ignorando as movimentações públicas da resistência da esquerda israelense, daria gasolina para Netanyahu justificar o genocídio. Pregar o fim do Estado de Israel, em vez de forçar negociação imediata e em vez de apoiar a dupla insurgência, palestina e israelense, deu no que deu. Acho que errou mais quem quiz fazer política local e bancar o corajoso quando não são os seus corpos, casas e vidas que estão em risco. Não, o Hamas não é uma versão da resistência argelina onde estava Fanon.
@@chrisdunker e participar de evendo do IBI ta tudo bem? acho que é fácil teorizar sobre eventos passados e sempre apontar algo nos movimentos contemporaneos os criticando e invalidando
@@rwarfaelqual o problema com o IBI? Sempre participei e continuarei a fazê-lo. São contra as ocupações, contra Nethaniahu, pela cidadania plena dos palestinos. Sugiro que vc se informe melhor.
@@chrisdunkero problema do IBI é compactuar com uma política colonial, portanto também racista, inclusive lançando notinha questionável contra a ação contra o estado de israel em Haia. Não há sionismo melhor ou pior, é uma doutrina racista e colonial. E sei que você participaria sem problemas de outros eventos como esse da IBI, de achar que o Roger Waters incomoda por expor a política sionista colonial e vir com essa cartada de antissemitismo. Não adianta ler, conhecer e citar dezenas de autores decoloniais se, ao se deparar com uma luta contra o colonialismo atual, com toda sua crueza e contradições, dizer que essa não lhe serve. Fico imaginando como seria a reação de várias pessoas progressistas se o levante de São Domingo ou a luta pela libertação da Argélia acontecessem hoje.
Freud nos deixou em falta. Não teve a coragem de abrir o jogo quanto a realidade objetiva sútil. Ficou com medo e onde há medo há aprisionamento interior. Mesmo com a presença de Jung, ainda assim se acovardou.
Chris, poderia fazer um desejo em cena de La Chimera (2023), que tem no elenco a atriz BR Carol Duarte? Creio ser um filme bem peculiar ao tratar o luto, incerteza e esperança. O protagonista também é um personagem nada convencional.
