Quando tu disse "Virou produto" ficou impossível discordar porque isso resume toda a discussão. Acho curioso demais bandas que nasceram antes dessa tendência, que fizeram seus nomes pela identidade sonora, buscando a mesma sonoridade dessa galera. Como produtor musical, ouço muita coisa pra referenciar e sempre me espanta como bandas de estilos totalmente diferentes dentro do metal estão convergindo em termos de sonoridade e mixagem, tornando o estilo uma coisa uniforme no pior sentido da palavra. Pasteurizado fica melhor nesse contexto. Discussão mais do que necessária, valeu, Lisciel!
Cara, fez muito sentido isso tudo que tu falou.. mas nunca tinha parado pra pensar nisso e quando paro pra pensar, várias bandas de metal moderno eu não gosto justamente por ser "artificial", apesar de nunca ter chegado nessa conclusão sozinho, só agora vendo seu vídeo. Falou tudo! Abs
Lisciel sou do hip hop tinha a cabeça muita fechada. Mas desde 2012 acompanhando seu trabalho, de la para cá aprendi muita coisa com você. Mesmo eu ainda no mundo digital consegui fazer muitas coisas no audio por causa das suas dicas e broncas rs . Continue assim mandando a real . Um dia eu vou sair to digtal e ir para 100% analógico. Mesmo a minha pegada musical ser totalmente diferente da sua .abraço e sucesso .
Rapaz... acredito que a coisa pega quando a banda ao vivo não entrega o mesmo material editado no home estúdio. No caso do Lamb Of God, é um caso à parte pois o Chris Adler não é humano (isso pode ser comprovado nas apresentações). Mas tenho a impressão que o Rock/Metal quando possui excesso de tecnologia envolvida, perde aquele efeito tribal e visceral que se espera. Pois é um estilo muito ligado à questão da performance. Dá aquela impressão "se eu quisesse ouvir sampler ou música eletrônica eu dava play em casa"... Tanto é que tem um álbum do Sarcófago que foi usado batera eletrônica foi sumariamente criticado pelo público dito "true". ("Hate" o nome do álbum se não me engano). Acredito que tecnologia em excesso se torna uma bengala pra mascarar a verdadeira tocabilidade do músico. Mas é como você disse... gosto é gosto, cada um ouve e faz o que quer...
O negócio é ser só um produto já matou toda a discussão. Agora o som de bateria que o Pat Torpey tirava no Mr. Big é sacanagem, escutem o álbum Bump Ahead.
Muito bom saber que não estou louco, ou sozinho. Acho ok alguém dizer que prefere o som artificial/eletrônico, mas brabo é quando não admitem que foi feito assim.
o metal foi o som um produto de uma epoca que passou, e que tenta se reinventar e se adequar ao “paladar” mainstream, que é eletronico. tipo um industrial de armario
ACho q essa coisa de sempre estar um pouquinho diferente, com mudança de mic, posição, etc, é o q deixa a música viva. 1 diferença interfere em outras, tudo dialoga. Sou só músico/compositor, mas imagino q isso vale pra todas as fases de todos os processos, desde como desenvolver a primeira semente de ideia da música, até o tapa final da mix/master. Quando tudo é bem feito, essa impossibilidade de repetir o processo da mesma forma é o q faz a arte ser tão preciosa e única na história.
Bem didática essa sessão de vídeos!! O lance é q temos tooooda uma geração q cresceu ouvindo músicas plastificadas, e quando ouvem algo fora desse padrão acham tosco! Quem viveu sabe, música tocada é quase uma arte morta, infelizmente é a verdade!! Hehehe
O Djent no começo eu curtia. Era uma parada nova. Depois veio 1 milhão de bandas iguais, fazendo sons impossíveis. A guitarra de 8 cordas me dá tédio hoje.
Bem, o Chris Adler do Lamb Of God gravou a faixa Desolation dividida em diversas partes. Ele fez streaming da gravação na época. Então, cada música foi dividida em "frases". Ele gravava uma parte e parava, depois gravava outra. Eu acho isso uma "m3rda". Pelo menos, ao vivo, ele manda muito bem e acredito que nem ele gostava desse tipo de modelo de gravação. Eu vejo a performance da banda ao vivo. E muitas bandas decepcionam. Em relação ao New Metal, como vc disse, é difícil fazer um som audível em estúdio, logo, a galera pega uma overdose de Pro Tools. Parabéns pelo seu trabalho. Esse ano estou estudando em horário integral e não consigo parar pra acompanhar como antes. Mas quando posso dou uma olhada. Vc tá ensinando muita coisa bacana. Muito obrigado! Eu particularmente, adoro Mix "sujas" e o Toxic Holocaust, mesmo usando uma bateria Eletrônica no Evil Never Dies, fez um trabalho maravilhoso no álbum em questão.
Que aula meus amigos... Sempre odiei esses rock triggado novo e nunca conseguia entender o porquê não conseguia gostar, não tem a mesma vida de músicas ORIGINAIS.... Sem simulador
Eu acho que a diferença está no "tocar junto". Antigamente tocava-se anos junto em intermináveis jams que após anos o som da banda acaba sendo moldado. Atualmente não existe mais isso...as pessoas ensaiam na maior parte do tempo covers, sendo que, as músicas próprias são criadas no computador por alguém da banda, e porteriomrmente ensinada pros outros integrantes. O resultado é sempre algo parecido com os covers e sem a identidade da banda pq isso levaria anos de ensaios e jams.
quando os blast beats surgiram era literalmente uma tecnica que os bateristas usavam para tocar o mais rapido que eles conseguiam, com a dinamica morta pelos trigger essa tecnica perdeu mt o impacto, pra quem tem interesse nesse tema recomendo ouvir o conteudo do Eloy Casagrande que reclama muito dos triggers, ja falou diversas vezes que não usaria pq mataria o som dele, que ele estuda tanto pra se expressar, como o Lisciel falou, a bateria denuncia mt mesmo, e se perde a intenção musical ao por tudo no talo na dinamica
Cara, não sei se você já assistiu, mas o Frank Zappa numa entrevista para MTV em 1984 vai muito nessa linha, uma das melhores aulas de música como arte (e entretenimento) que já tive. Abs.
Curte DT Lisciel? eu sempre acho a mix deles muito foda, principalmente a fase do Portnoy Eu piro muito. Eu vi que você citou um exemplo deles, mas eu faria um sugestão Acho que você vai gostar do disco Train of tought. É o mais pesado deles
sou do ao vivo, faço PA pra uma galera alternativa aqui em brasília, e eu sempre prego dá gente levar os amps de baixo e guitarra, pra tem um som mais autêntico possível. hoje fui no Testament e Kreator e me veio o som da nostalgia, os caras com parede marshal, galien kruger no talo e foi lindo, o Kreator com aquele velho reverbão na caixa, a coisa mais maravilhosa. Ainda hoje o pessoal do ao vivo se importa com sonzão, não falando dos pop porks que tem por aí, mas as nossas bandas de cabeceira tem o som que a gente ouvia antigamente e eles preservam pq é o som que os caras tiram dos amps, é o som tocado de verdade, bateria afinada sem trigger, os caras com o set de pedais ali no palco, sem roadie pra trocar... lindo lindo. O SOM DOS ANOS 70/80 É O VERDADEIRO KKKKK. Stive di giorgio é de verdade e ele toca num fretlees de verdade. tudo de bom
O Liciel dá umas radicalizadas, mas há muita verdade no que ele fala. Infelizmente ainda não posso abrir mão da batera midi, mas decidi inserir o máximo de analógico que pude, e consegui resultados muito melhores. Guitarra e baixo com muito mais vida... em breve vou postar no meu canal!
Temos que radicalizar! Pra poder aprender e mudar! Depois sim você põe na balança o que tá funcionando saca? Pode usar um trigger aqui ali, mas pelo menos sabe fazer as coisas! Ótimo assunto pra um vídeo tb! Abração
Lisciel, concordo com você. Agora eu tenho uma pergunta: O que você acha dessas bandas que tentam forçar uma mix old school? Como você falou, nos anos 90 os caras estavam aprendendo a timbrar, mixar, imagino que se eles pudessem refazer os álbuns com mais tecnologia, fariam diferente.
@@cmvb Não tem um gênero específico, mas vejo várias bandas tentando forçar uma mix anos 90, e percebo que fica super artificial, igual essas mix super manipuladas do metal moderno.
Eu queria ver você falando do Meshuggah. Você já mencionou rapidinho que são muito tecnológicos e tal. Mas pra mim parece que os caras tocam demais. O baterista principalmente. Mas em músicas tipo Bleed é difícil acreditar que tudo aquilo ali foi tocado perfeito pois é um ostinato insano.
@kaedron as guitarras foram gravadas com POD e não plugin. Mas a bateria foi com Superior Drummer. Mas os caras ao vivo são bons... o problema do Meshuggah ao meu ver é ter um vocal reto demais, cansa o ouvido. Eu consigo ouvir umas 2 músicas e não vai mais. MAS o CD deles, Contradictions Colapse eu acho ducaralho lembra Metallica com Exodus... completamente diferente do que é hoje.
Aliás, no Contradition Colapse o Jens (vocal) ainda era guitarrista! Ele meio q "caiu de paraquedas" como voval e nunca mais saiu! Vale a pena lembrar q o Meshuggah criou um estilo, o qual os próprios não se orgulham!! rs Amo a banda, foda sempre! Odeio quem os copia. Aliás, nos agradecimentos do "Contraditions...", eles agradecem o Metallica por terem feito o "... And Justice for All"! Hahahahahaha
Pior que é! essas bandas novas todas parecem igual! Tem uma outra que destoa mas é o que chamam de avant garde tipo Leprous. Mas nessa sua análise tem uma banda que também tem uma sonzeira e timbreira fodal que é o Mars Volta que doideira essa banda junto com Tool são coisas raras após anos 2000.
Essa é a maravilha do microfone! cada resultado é único! o music deve se sentir agraciado, pois ninguém terá o som daquele disco, é único, e isso em um exército de clones, é uma dádiva! Ao invés de soar como apenas mais um em uma multidão, finalizar com timbragens fodas e únicas desde a bateria até o vocal é a tradução da originalidade em nível sônico. A maeu ver isso sim é o que faz do trabalho um, um trabalho bem-sucedido. Se não for programado então é a conquisa do Everest! O fato de todas as bandas soarem iguais, acaba fazendo tudo parecer como uma grande continuação de uma band para outra. isso é muito chato.
O álbum The Sound of Perseverance (1998) do Death é uma obra prima da produção do metal extremo. O som da batera e baixo é coisa incrível. ru-vid.com/video/%D0%B2%D0%B8%D0%B4%D0%B5%D0%BE-XjB101k2Bog.html&ab_channel=RelapseRecords
Gostaria de uma análise de um dos meus álbuns favoritos: Down On The Upside do Soundgarden em 1996. Foi feito já na era do Pro Tools mas tem um som bem cru.
Lisciel, eu adoraria saber a sua opinião sobre Opeth, mas tem que ouvir tudo, pelo menos do Blackwater Park até a atualidade. pq cada álbum tem uma cara e uma sonoridade própria, sem falar na qualidade das composições. francamente, eu acho que eles são uma banda que chegou até aqui "comendo a torta pelas beiradas". Pra mim, eles são uma puta referência.
cara sou produtor da "nova geraçao" e enfrento um dilema parecido com o seu, sempre tive uma percepçao parecida com a sua, sobre, esse som artificial, mas tenho um ponto divergente, ali quando voce ta no Fl studio da vida, no piano roll, desenhando a armonia, voce pode mecher nos releases das notas, nos atacks, no paneamento, em fim, em varias opçoes de dinamica que tornam o som menos "enlatado"! eu acho que essa deficiencia de naturalidade nos sons é que quebra muito as "bandas modernas" como vc disse. e meu ponto é que muito produtor de hoje se quer teve uma banda na vida, o cara aprende desde o absoluto zero dentro de uma plataforma digital, mas pode ter certeza que aqueles que tocam sentem isso mesmo que vc ta falando: "é legal, mas nao é um humano tocando". entao meu ponto é esse tudo bem produzir com plugins vst, mas pelo menos se esforce pra fazer parecer mais natural, musica é sentimento e sentimento tem dinamica !
vindo aqui encher o saco de novo pra quem quiser ouvir um album muito foda de Nu metal é o L.D. 50 do Mudvayne, um dos produtores foi o palhaço do Slipknot e quem fez a mixagem foi o Andy Wallace, eu acho muito foda.... se voce ouvir a música Nothing To Gein, caralho tem um começo meio grunge passa pelo metal, funk, eu lembro que quando lançaram meu irmão comprou, a gente ficava batendo cabeça e tomando, muito bom.
Acho que uma questão principal é bem o bumbo triggado ele tem aquele velocity preso no 127, ele está tão no talo que foda-se se o batera toca aquilo ou não pois bater forte ou fraco faz zero diferença. É o kick totalmente de mentira, isso me incomoda um pouco quando escuto essas bandas, mas difícil fazer alguém entender, pois as pessoas confundem o cara saber tocar aquilo mesmo (ao vivo) com alguém ter eliminado a dinâmica natural do cara tocando no disco. Dinâmica precisa existir de alguma maneira mínima. Se não fica robótico mesmo que seja tocado de verdade.
Eu nunca parei pra analisar dessa forma, mas desde KORN eu não consegui muito gostar de nada de metal, pq realmente não transmite sentimentos, faz todo sentido sua análise.. O álbum da minha banda a gente gravou com computador, mas não editamos nada, foi captado tudo junto ... Não repeti vocal mandei tudo de primeira eu gostei do resultado e já era... ru-vid.com/video/%D0%B2%D0%B8%D0%B4%D0%B5%D0%BE-hdF22sSDG6o.html
Poha, Lisciel... no comentário que eu fiz no outro vídeo que vc respondeu, eu ia justamente dar como exemplo esse álbum entre outros do Dream Theater, que é uma das minhas bandas de cabeceira, mas achei que ia ficar cansativo e apaguei,ora minha surpresa vc veio com ele nesse vídeo hahaha Eu só consigo ouvir Dream Theater na era do Mike Portnoy, depois que entrou no novo batera (Mike Mangini) eu já não consegui ouvir mais. Ficou um som extremamente mecânico, plastificado, fora a linguagem corporal do cara tocando parece um robô, sem dinâmica, todo quadrado... horrível...
O 1o do Korn você até estranha de tão orgânico... TOOL é sensacional... Pantera nem se fala. Vou dizer de novo, eu gosto do Lambida de Deus... mas não sou fã porque todo fã é um imbecil, então prefiro apenas curtir e não endeusar ninguém... mas eu explico esse caso... eu curto porque os caras ao vivo entregam o que está nos álbuns mas esse novo do Exodus... socorro!!! Obs.: Essa molecada nunca ouviu uma 4x12 com um amp de 100w ligado... huahauahuahaua... se ouvirem mijam nas calças de medo.
Mano, mas o Nu Metal nem é mais tão "New" assim, Korn, Limp Bizkit e Slipknot já são bandas clássicas, nem o Metalcore é tão novo assim, se vc for ouvir Djent e outras vertentes mais modernas aí é que vai ficar chocado com o grau de meticulosidade da produção em geral!
@@LiscielFranco o que realmente incomoda, como vc disse, são os timbres presetados, no final o que temos é uma baita dor de cabeça e um punhado de músicas esquecíveis
O som mais "honesto" que já ouvi na vida foram os primeiros discos do ACDC, você chega a ouvir os dedos arrastando nas cordas das guitarras, a sensação que passa é a de que você está lá no estúdio junto com a banda.
evolução, algumas são boas, outras nem tanto. mas se é o som que vc está procurando. só acho ruim realmente as bandas ter o mesmo som mesmo tudo. não acho ruim a lambida de deus, ate pq eles criaram o som deles isso e positivo, não da pra ouvir e não dizer que são eles.
Pode crer... Imagina o George Kollias, do Nile, soasse ao vivaço, sem trigger, a música Kafir! com aquelas dinâmicas plásticas lá do CD... Aliás, seria outro sabor se o álbum fosse gravado com o menor processamento de drumkit from hell possível na batera (meme incluso).
Não. Generalizar é tornar geral algo que não é geral... e o que tá geral é banda ruim... o que é raro hoje em dia, mas muito raro mesmo é banda tocando de verdade
@@LiscielFranco até concordo, hj em dia tem pessoas até especializadas em edição de música em si, o cara vai gravar e o produtor tem q picotar o áudio em 500 mil partes
Ah, essa geração que tem tudo fácil, fugindo do real e confiando somente em tecnologia. O orgânico sendo descartado, triste! Lisciel, interessante é ouvir Pantera e entender que ninguém mais vai conseguir tirar o som deles. E minha análise vai mais pra guitarra, o timbre, postura e pegada do Dime são impossíveis de serem reproduzida. Chegou a ver um tributo que fizeram? Colocaram 3 guitarristas e não deu metade do original
O metal moderno está mais para uma equações matemática do que para música ! Parece um suco tang, não tem nada de natural e pra nós, que nascemos nos anos 70 ! n dá!