Iva, que aula esclarecedora. Essas observações técnicas do uso do pente e cuidado com o araminho, são fundamentais, pois manusear com cuidado o araminho para não deformar, é básico, caso contrário, vai ter que "sambar" com ele para que ele passe pelos furos. A questão de enroscar nas aletas desconhecia completamente. Já passei muita raiva e apuro com esses enroscos... Fiquei surpreso, com o uso de apenas dois pesos: sempre usei todos, até os pequenos. Acho que agora sei porque os carros ficam pesados ao tecer: excesso de peso. Na frontura da Lanofix/Singer vem uma barra plástica, fininha, colocada no trilho da máquina, para que os pontos iniciais fiquem mais apertados. É uma boa solução. Já usar a regulagem da frontura menor que da máquina, a explicação do manual é que deixa a malha mais sanfonada, só que isso não acontece exatamente, porque deixa as carreiras disformes pela diferença de regulagem. Aprendi muito hoje com essas explicações. Muito obrigado. Penso que a gente tem problemas na máquina, mais por desconhecimento desses problemas técnicos, do que por tecer propriamente dito. Um abraço.
Oi, Paulo! Eu acho que você vai concordar comigo sobre uma "aura" no tricô. Antigamente (digamos... +/- 1970 em diante), e sua mãe deve ter sido testemunha disso, as professoras mais se defendiam (do que não sabiam) do que propriamente ensinavam. O mesmo fenômeno ocorreu com a informática, quando iniciou a Internet. Eu vivi essas duas coisas.. As professoras e os "técnicos informáticos" eram quase semideuses. O que diziam você acreditava. Nesses anos todos, Paulo, o que eu já ouvi de baboseira dos dois segmentos..... daria para escrever um livro. E as pessoas aceitavam essas "verdades" como se elas constassem da tábua dos 10 mandamentos. Eu perguntei para QUATRO professoras de tricô à máquina o motivo da regulagem da frontura "ter que" ser menor que a da máquina e nenhuma soube me dizer "Me ensinaram assim" foi a resposta que mais ouvi na vida (de alunas, inclusive). É verdade, sim, que em ALGUNS pontos trabalhados (com cartela, principalmente), podemos precisar usar a máquina ou a frontura numa regulagem menor um pouco por conveniência DO PONTO. Mas isso não se aplica a tudo o que se teça máquina+frontura. Nas barras eu NUNCA uso diferente. A mesma coisa para a amarração: por que 3 carreiras, ou 4? Para lascar com qualidade do trabalho? PQP! Sim, sim! As carreiras ficam disformes mesmo e sabe porque? A tendência é o fio se disttribuir por igual. Mas se um ponto se disrtribuir MAIS do que o vizinho (ou um grupo deles), os pontos que não se igualaram podem não ter fio para conseguirem se equilibrar, compreende? É como quando você engata o tricô e puxa um fio. Fica aquela alça de fio puxado, os pontos ficam apertadões e não têm capacidade de puxar o fio de volta. Eu concordo totalmente que uma tricoteira não saiba nada disso. Concordo até que ela use, sim, a regulagem menor porque ACREDITOU na suprema sabedoria de uma "professora". O que eu acho o fim dos tempos é que centenas de professoras transmitam isso ainda hoje como algo "essencial", tecnicamente perfeito, Paulo, alguns modelos de "Elgin" também têm essa barra. Acho que você é o primeiro ser humano que eu conheço que a utiliza....... A barra que eu tenho aqui tenho até medo de tocar nela. Está idosa que só, nunca usada. Tudo o que aperta esse início, tende a manter o fio esticado (pois a barra vai largar naturalmente no uso e encolher também. Então o início alarga e tem dificuldades em retornar (mesmo motivo do fio puxado). Quando menos fio numa carreira (=regulagem menor) maior a tendência ao embabadado. Sim , aí entra a famosa agulha fininha de tricô mas o fio está lá, continua MENOS fio na carreira inteira.... Tem gente que deveria vender seus tricôs com uma agulha de tricô manual junto para que a nova proprietária possa consertar o início da barra depois de cada uso ou "lavada" da peça...... 🙂 Sobre o uso de pesos. Paulo, NUNCA usei todos. No ponto meia uso NENHUM. Quando faço punhos de mangas, uso um peso grande só posicionado bem no centro do punho. Em blusas (incluindo tamanhos G/GG) uso apenas 2 pesos grandes, sempre pendurados no furo que "casa" com a posição da agulha 40 Esquerda e Direita. SE usar ponto tuck pode ser necessário um terceiro peso (daí no centro) mas nem toda cartela pede isso. CERTÍSSIMO: a falta de MANEJO adequado e a principal causa dos problemas. ]Toda essa parte "técnica" deveria ser ensinada no manejo. Ai, Paulo...... as pessoas não aprendem nem a remalhar um ponto caído!!!! Tem gente que tricota e NÃO TEM O REMALHADOR, nunca viu, nunca usou! Comprou a máquina usada já sem ele...... É de joelhar e chorar..... Abração!
@@tricocursos Estou rindo muito com essa resposta. Minha mãe teve sorte, porque as aulas que teve de manejo usavam o manual como "livro didático", e tudo que estava lá era ensinado e praticado. Fazia prova escrita, em folha timbrada do Pal. do Tricô, da parte teórica aprendida. Tinha até nota. Na parte prática, faziam uma roupinha, usando o conhecimento teórico e os acessórios. A frontura daquelas máquinas não tinham segredo: só 3 regulagens, P-M-G. e usava quase que só prá fazer barra, pois as agulhas são intercaladas. É comum, mesmo, comprar máquina que não tem acessórios. Vi pessoas usando agulha de crochê prá remalhar. Muito triste. Abçs prá você também.
Olá grata pelas dicas, até hj eu fazia um número menor na frontura e quatro carreiras no início do trabalho e qdo terminava a barra passava uma agulha de trico bem fina nos pontos para esticar pois ficava embabado. E olha que faço tricô há três décadas.😁um forte abraço.
Miriam, sim, eu sei bem disso. Lááá atrás eu também fazia isso e não me ligava em saber o motivo. Descobri que essa era uma daquelas crenças que vinham desde o "nascimento" da máquina de tricô. Perguntei a várias tricoteiras se alguém sabia o motivo e todas me diziam "não sei, me ensinaram assim". Daí resolvi testar e achei muuuuito melhor. Sobre usar a agulha de tricô sim, pode continuar usando. Na verdade não tem como evitar o fio se distribuir na largura das agulhas do trabalho. Quando você usa a agulha fininha, ela força o fio a diminuir esse comprimento e se transferir para a espessura da agulha de tricô. É isso que diminui o tanto de fio esticado na largura e diminui o embabadado. MAS.... quando você faz 4 carreiras de amarração, você tem MAIS FIO esticado na largura e isso é mais difícil de levar para o comprimento. Você leva as duas primeiras passadas dos carrinhos na amarração. As outras duas ficam forçando o esticamento para os lados, compreende? Ainda vou fazer um vídeo sobre isso. Que você acha? Abraço!
Olá eu acho maravilhoso vc fazer o vídeo, ficarei muito grata, pois seus vídeos facilita nosso trabalho nos dando entendimento dos porquê dos resultados. Abraço.
Ju, lamento informar mas.... a frontura sem o pente..... é sem chance de um trabalho "normal". Você pode adquirir um novo, penso que as lojas que vendem máquinas fornecem. Sugiro contatar duas nessa sua pesquisa: a Maqfios e a Lanofix. O endereço/telefone delas está no nosso site, em www.tricocursos.com.br/maquinas/lojas.asp
Bom dia a ,estou assistindo uns vídeos seus sobre frontura e lembrei que sempre que estou tecendo um lado fica torto, mesmo centralizando o pente e os pesos, parece que um rende mais que o outro e a peça sai da máquina toda desbeicada, toda torta , mais pra lá , que pra cá, e gostaria de saber se a senhora costuma usar aquele carrinho transferidor de pontos da frontura para a máquina,eu tenho ele , o que a senhora acha dele , gosta dele ou nao e a senhora gosta de usar motor na máquina de tricô?
Ruth, isso da malha sair torta é horrível. Você precisa conferir se um lado da frontura não está mais afastado da máquina que o outro. Sabe aqueles parafusos que fixam a frontura na máquina,, ali onde terminam as agulhas (nos dois lados da máquina)? Olhe se um deles não está mais para perto de ti. Aquele terminal metálico da frontura, onde o parafuso prende, aquilo tem que encostar bem contra a máquina., como mostrei no vídeo que 75 aqui no canal e que você pode assistir quando quiser. Existem situações onde a causa disso é o carrinho mesmo. Mas daí você nota que acontece tecendo qualquer tipo de ponto também. O ajuste desse caso precisa ser feito por um técnico, então. Atenção: é muito comum que a tricoteira tire o carro de cima das agulhas em trabalho e o puxe mais para fora de um lado do trabalho, dependendo dela ser destra ou canhota. ISSO causa esswe problema também, porque as 20 ou 30 primeiras agulhas daquele lado acabam recebendo o fio mais frouxo e o "aproveitam" mais. Daí, carreira após carreira, faz uma enoooorme diferença. Eu tenho, sim, o transferidor automático de pontos e gosto MUITO dele. Mas é preciso saber usá-lo. Tem um vídeo aqui no RU-vid onde falo dos acessórios e falo dele. O melhor é a frontura e depois esse transferidor. É verdade que nem tudo se transfere com ele porque trabalhos largos são difíceis já que ele ocupa muito espaço na máquina. Mas para trabalhos de at[e 130 pontos é bem tranquilo, desde que a frontura esteja bem ajustada (ver vídeo 75)
Noemi, o ponto perlê é uma variação da barra 1x1 feita COM frontura. E não, ele não pode ser feito sem frontura. Talvez alguma cartela dê a aparência similar ao perlê, nas nunca a espessura ou a elasticidade dele., viu? Um grande abraço!!!!!!
