Muito obrigada por compartilhar essa palestra! Sou estudante de artes visuais e finalmente encontrei alguém que fala a verdade, sem demagogias ou frases politicamente corretas.
Perfeito! Pra quem criticou, posso dizer o seguinte: a palestra é sobre a importância da beleza, não sobre história da arte. Apesar da arte ter também outros objetivos, como denunciar os horrores da guerra (como Goya o fez) ou mostrar uma relação sinestésica entre a música e a pintura (como a relação da pintura de Kandinsky com a música de Wagner), só pra citar dois exemplos, apreciar a beleza em uma obra de arte (que pode ser abstrata, desde que tenha harmonia, equilíbrio, etc.) nos deixa mais leves e como ele mesmo disse, nos faz suspirar.
Adorei!!! Realmente quando conseguimos reconhecer o belo como um todo, nas coisas mais simples da vida principalmente, a vida se torna menos dura. O belo realmente nos instiga a continuar e a continuar.
Excelente! Tive a oportunidade de tomar um café no solar do rosário em minha viagem à Curitiba, além de ser um bom local para apreciar o café, não sabia que tinha esses papos filosóficos. haha
Belíssima abordagem sobre um tema tão profundo. Eu vejo que abordou temas muito atuais, com muita propriedade. A beleza de maior valor é aquela que está na alma e, muitas vezes, naquilo que é ordinário e que muitas vezes não percebemos. Ao deparar com essa beleza, podemos contemplar e suspirar e, ao mesmo tempo, nos ajuda a tocar o divino. E o arremate desta palestra é perfeito. Vale a pena ver!
4 года назад
Parabéns pela palestra professor! Didática impecável!👏👏👏
Cheguei aqui porque o tema me interessa, porém fiquei com medo de que ele fosse esquerdista e no fim... me impressionou!! Parabéns! Provavelmente deve ser aluno do COF :D
Vou escrever aqui uma historia sobre a beleza!Um homem com sua familia(esposa e seus dois filhos)queriam comprar e compraram um terreno grande(maior doque um outro que já tinham na roça)no interior para contruir um sítio da forma que ele e sua esposa(e dois filhos)queriam!Como esse terreno era proximo doque oque o homem já tinha na roça dava pra ver os seus empregados contratados trabalhando na preparação do novo terreno que estava todo cercado e bem protegido!Quando se tirou a cerca que escondia todo o terreno pois não era cerca de arame apareceu um mato muito alto e verdinho e quando os cavalos e os bois que o homem dono do novo terreno tinha viram aquela mataiada alta e verdinha os olhos desses animais brilharam de alegria como se eles(os cavalos e bois)tivessem visto a coisa mais bonita de suas vidas e se imaginassem ali comendo aquele mato com suas crias e pares!Mas o dono do novo terreno vendo aquele mato alto disse:-Não está bom!Capinem e retirem todo esse mato e joguem fora ou queimem!Os empregados fizeram isso e depois que retiraram todo mato alto surgiu com a retirada do mato alto(debaixo dele)uma graminha vivida e verdinha!E os coelhos que eram criados pelo dono do terreno quando viram de longe essa graminha verdinha que surgira,os seus olhos(dos coelhos)brilharam de alegria como se estivessem vendo a coisa mais bonita de suas vidas e estivessem se imaginando morando ali com suas crias e pares se alimentando daquela graminha verdinha!O homem dono do novo terreno disse:-Não está bom não!Capinem toda essa grama também!Os empregados fizeram isso e quando retiraram aquela grama toda debaixo dessa grama tinha muita madeira e troncos escondidos debaixo da grama como se tivessem sidos derrubados a um bom tempo e a grama e o mato cresceram e os esconderam!Os dois castores de estimação dos filhos do homem(dono do novo terreno)e sua esposa quando viram essa madeira toda(e como castores gostam desses hambientes),os seus olhos(dos dois castores)brilhararam de alegria como se fosse a coisa mais bonita que estivessem vendo na vida deles e estivessem se imaginando morando e se alimentando ali entre aqueles troncos com suas crias e eles dois(era um macho e uma fêmea)!O dono do novo terreno disse:-Não está bom não!Retirem essa madeira toda e uzem os tratores se prescisarem!Os empregados fizeram isso e quando foram retirando toda aquela madeira foi surgindo debaixo(pois estava escondido)da madeira toda um charco de lama preta e que era um grande charco de lama!E os porcos que eram criados pelo dono do novo terreno quando viram aquele charco de lama que estava soterrado(e emergira após tirarem a madeira de cima),os seus olhos(dos porcos)brilharam de alegria como se fosse a coisa mais bonita que estivessem visto na vida deles e estivessem se imaginando morando ali no charco de lama com suas crias e pares se alimentando ali!O dono do novo terreno vendo aquele charco de lama disse:-Não está bom não!Contratarei drenos para retirar esse charco daí!E assim foi feito!E se tirou o charco de lama e se aterrou o terreno e passado alguns meses a nova casa estava pronta e os animais não estavam tão felizes pois não poderam ficar onde queriam mas cada um foi colocado em um lugar e eram bem tratados!E o dono do novo terreno e agora da nova casa chamou a sua esposa e seus dois filhos para admirarem a casa nova enfim construida e pronta!E vendo aquela casa,o homem(dono do novo terreno e agora da nova casa)e sua esposa,ficaram com os olhos brilhando de alegria como se fosse a coisa mais bonita que estivessem vendo na vida deles e enfim era a casa dos sonhos deles que eles agoram tinham construido!Mas os seus filhos não estavam satisfeito porque o pai(o homem que era dono do novo terreno e da casa)não havia feito a casa de madeira no quintal que eles haviam pedido para guardarem seus brinquedos na casa de madeira! MORAL DA HISTÓRIA! A noção e visão de beleza pode ser muito diferente entre as diferentes espécies e seres e pode ser diferente(a noção e visão de beleza)mesmo entre individuos e seres de uma mesma espécie!Porque a beleza não está presa à alguma criatura ou ser por sua própria ou pessoal consciência,pois a beleza estrapola e transcende toda espécie de consciência de percepção!Sua força ou energia(da beleza)compõem uma parte do universo infinito também de forma infinita e independe da percepção e definição ou não percepção e definição de criaturas ou seres conscientes ou de consciências que queiram comungar dela(da força ou energia da beleza)!Verdadeiramente a beleza não pode ser comprada ou vendida porque moedas ou dinheiro não podem decifrar o seu âmago(da beleza)!Se dinheiro por si só explicasse ou estabelecesse a beleza não haveria filhas de reis ou ricos que são feias e filhas de verdadeiros mendingos que são belíssimas(mesmo se tratando somente da aparência física)!
A beleza esta nos olhos de quem bebe. Se vc bebe água, a beleza é mineral. Se vc bebe suco de laranja, a beleza é cítrica. Se vc bebe biotônico, a beleza esta na coca sem gás. Mas se vc bebe vinho, tudo é belo. rsrs
entendi que beleza é um invenção humana eque ele se resume uma organização das formas pode ser no universo das ideias e na matéria o nosso caus do viver e genitor da beleza curti sua exploração foi a que me levou a essa vale
Parabéns, Tiago, pela produtiva palestra. Aprendo muito com seus vídeos. Obrigado! Outra coisa, aos insatisfeitos com o conteúdo da palestra, falta-lhes o entendimento sobre o conceito de "graça". Talvez, ler o livro "Arte ou Desastre", de Ângelo Monteiro, ajudaria a sair da letargia em que vivem.
Para reconhecer a beleza, nós precisámos de profundidade e excelência diante de nós mesmos. No entanto, a grande maioria das pessoas prefere a superficialidade e consequentemente a feiura.
Hoje vemos uma ideologização da desconstrução do belo em todas as áreas, inclusive do próprio ser humano... muitas pessoas bonitas estão ficando horrendas e desfiguradas para atender um padrão modernista
Alguém saberia algum exemplo de livro espanhol que ele pode estar se referindo, das belezas do cotidiano? Imagino que o livro 'a gaivota' seja um equivalente Russo? E que baita aula, tchê!
Oi Tiago, acabei de assistir o video e gostei muito. Concordo com suas colocações e posso dizer, que é muito bom encontrar pares que compartilham do mesmo pensamento. Gostaria de saber se vc já falou ou escreveu sobre experiência estética. Aqui no video vc coloca que a beleza não satisfaz. Pergunto: satisfaz somente enquanto experiência? Poderia dizer o mesmo sobre a experiência estética descrita por Todorov (A Beleza salvará o mundo - Introdução), que a coloca em um lugar de plenitude? Quer dizer, estamos sempre em busca de beleza, de experiência estética? Obrigada!
- A beleza é objetiva ou subjetiva? O belo é intrínseco ao objeto ou meu olhar (carregado da munha cultura, da minha sensibilidade, etc.) que o Vê belo? uma boa discussão. Talvez seja a beleza objetiva mas para poder apreciá-la dependemos de um olhar acurado.
A paz! Sou estudante de Filosfia. Gostei muito de tua abordagem. Estou querendo estudar mais sobre este tema e por favor indicaria algumas referências bibliográficas para dar um início?
Afinal ¿o que é a beleza interior? Eu já conheci muita menina apaixonada por cara que trata mal ela e ela fica ai ¿O que faz que a gente do feio dos outros?
Faltou explicar um pouco mais sobre a beleza extraordinária e suas consequências ao contemplador. Focou muito no cotidiano, mas entendo que a preferência dele é a do método, ou visão filosófica espanhola.
Assisti ao vídeo e a sensação final foi mais de angústia do que de esclarecimento e auxílio. Penso que, como professor de Filosofia, ele pretenda ampliar a visão de quem o assiste, e o que ele fez, de certa forma, foi encaixotar o belo dentro do que o etnocentrismo eurocentrado dita. O belo não deve estar limitado ao proporcional-harmônico-organizado estilo parisiense, mas a tudo que inspire algum bem, em qualquer espera. Um dos ambientes do Palácio de Versalhes pode ser interpretado como poluidor visual e confuso, enquanto a simplicidade de Van Goch, ou uma casinha rústica em Ouro Preto, podem ecoar um sentido maior do que seja belo.
LilianeMFonseca mas ele falou da beleza da simplicidade também.. E que por estarmos tão mal acostumados com o belo deixamos de achar essas pequenas coisas que são belas de fato belas
Cuidado, vários pontos problemáticos nessa conversa. Criticar a qualidade do funk brasileiro é uma coisa, insinuar que só as músicas que você gosta ou que tem origem sacra são boas é outra. No fim falou falou e não explicou a diferença do feio e do belo. Da a entender que existe um fronteira clara entre os dois e que isso foi definido pelos clássicos o que obviamente é uma baboseira. Pode ter muita porcaria na arte moderna, mas tem muita coisa boa também. Parece que cai em contradição quando diz que devemos parar de enxergar só o feio, mas acha horrível tudo que é moderno. Se não foi isso, me desculpe, mas não deixou muito claro.
A única limitação do Professor foi não se aprofundar ou ignorar a Teologia do Corpo de São João Paulo II. Principalmente sobre a Sacramentalidade do Corpo e a comunhão original.
As pessoas que estão discordando que o ser humano tem preferência pela beleza estão tão penteadinhas, maquiadinhas ... Só tem gente embelezada aqui. Não é hipocresia falar uma coisa e fazer outra? 😞
Não é possível um homem achar outro homem belo ,independente da sua sexualidade? Não é possível uma mulher achar outra mulher bela, independente da sua sexualidade? Umberto Eco mesmo reitera em seus livros que algo dado como belo universalmente não provoca no outro o desejo de posse ou de pulsão sexual, portanto não se trata de fruir a beleza.
Sério? Uma experiência que diz que é natural a tendência pela beleza? Não estariam os bebês expostos a rostos sorridentes desde o nascimento, de forma que isso torna os sorrisos mais amigáveis, portanto, harmônicos e belos? Talvez a experiência possa ter sido mal interpretada.
Vou escrever aqui uma historia sobre a beleza!Um homem com sua familia(esposa e seus dois filhos)queriam comprar e compraram um terreno grande(maior doque um outro que já tinham na roça)no interior para contruir um sítio da forma que ele e sua esposa(e dois filhos)queriam!Como esse terreno era proximo doque oque o homem já tinha na roça dava pra ver os seus empregados contratados trabalhando na preparação do novo terreno que estava todo cercado e bem protegido!Quando se tirou a cerca que escondia todo o terreno pois não era cerca de arame apareceu um mato muito alto e verdinho e quando os cavalos e os bois que o homem dono do novo terreno tinha viram aquela mataiada alta e verdinha os olhos desses animais brilharam de alegria como se eles(os cavalos e bois)tivessem visto a coisa mais bonita de suas vidas e se imaginassem ali comendo aquele mato com suas crias e pares!Mas o dono do novo terreno vendo aquele mato alto disse:-Não está bom!Capinem e retirem todo esse mato e joguem fora ou queimem!Os empregados fizeram isso e depois que retiraram todo mato alto surgiu com a retirada do mato alto(debaixo dele)uma graminha vivida e verdinha!E os coelhos que eram criados pelo dono do terreno quando viram de longe essa graminha verdinha que surgira,os seus olhos(dos coelhos)brilharam de alegria como se estivessem vendo a coisa mais bonita de suas vidas e estivessem se imaginando morando ali com suas crias e pares se alimentando daquela graminha verdinha!O homem dono do novo terreno disse:-Não está bom não!Capinem toda essa grama também!Os empregados fizeram isso e quando retiraram aquela grama toda debaixo dessa grama tinha muita madeira e troncos escondidos debaixo da grama como se tivessem sidos derrubados a um bom tempo e a grama e o mato cresceram e os esconderam!Os dois castores de estimação dos filhos do homem(dono do novo terreno)e sua esposa quando viram essa madeira toda(e como castores gostam desses hambientes),os seus olhos(dos dois castores)brilhararam de alegria como se fosse a coisa mais bonita que estivessem vendo na vida deles e estivessem se imaginando morando e se alimentando ali entre aqueles troncos com suas crias e eles dois(era um macho e uma fêmea)!O dono do novo terreno disse:-Não está bom não!Retirem essa madeira toda e uzem os tratores se prescisarem!Os empregados fizeram isso e quando foram retirando toda aquela madeira foi surgindo debaixo(pois estava escondido)da madeira toda um charco de lama preta e que era um grande charco de lama!E os porcos que eram criados pelo dono do novo terreno quando viram aquele charco de lama que estava soterrado(e emergira após tirarem a madeira de cima),os seus olhos(dos porcos)brilharam de alegria como se fosse a coisa mais bonita que estivessem visto na vida deles e estivessem se imaginando morando ali no charco de lama com suas crias e pares se alimentando ali!O dono do novo terreno vendo aquele charco de lama disse:-Não está bom não!Contratarei drenos para retirar esse charco daí!E assim foi feito!E se tirou o charco de lama e se aterrou o terreno e passado alguns meses a nova casa estava pronta e os animais não estavam tão felizes pois não poderam ficar onde queriam mas cada um foi colocado em um lugar e eram bem tratados!E o dono do novo terreno e agora da nova casa chamou a sua esposa e seus dois filhos para admirarem a casa nova enfim construida e pronta!E vendo aquela casa,o homem(dono do novo terreno e agora da nova casa)e sua esposa,ficaram com os olhos brilhando de alegria como se fosse a coisa mais bonita que estivessem vendo na vida deles e enfim era a casa dos sonhos deles que eles agoram tinham construido!Mas os seus filhos não estavam satisfeito porque o pai(o homem que era dono do novo terreno e da casa)não havia feito a casa de madeira no quintal que eles haviam pedido para guardarem seus brinquedos na casa de madeira! MORAL DA HISTÓRIA! A noção e visão de beleza pode ser muito diferente entre as diferentes espécies e seres e pode ser diferente(a noção e visão de beleza)mesmo entre individuos e seres de uma mesma espécie!Porque a beleza não está presa à alguma criatura ou ser por sua própria ou pessoal consciência,pois a beleza estrapola e transcende toda espécie de consciência de percepção!Sua força ou energia(da beleza)compõem uma parte do universo infinito também de forma infinita e independe da percepção e definição ou não percepção e definição de criaturas ou seres conscientes ou de consciências que queiram comungar dela(da força ou energia da beleza)!Verdadeiramente a beleza não pode ser comprada ou vendida porque moedas ou dinheiro não podem decifrar o seu âmago(da beleza)!Se dinheiro por si só explicasse ou estabelecesse a beleza não haveria filhas de reis ou ricos que são feias e filhas de verdadeiros mendingos que são belíssimas(mesmo se tratando somente da aparência física)!
Pois é. Espero. É um rapaz simpático, mas para dar aula ele se perde um pouco, ele deixa as pessoas comentarem, sem ele ter acabado o pensamento. O certo é abrir pra perguntas depois da aula. Qdo o professor ou palestrante começa a perguntar para a plateia algo,pode crer ele não está preparado para a aula.
Começarei dos 39:56, quando você pergunta "Agora, o que faz dum bem, de uma coisa bela ser bela? Sua resposta vem aos 41:21. "A beleza diz respeito a um tipo de apetite, a um tipo de desejo contemplativo. Por que? Porque diante do belo... olha só.. a duas questões aqui. Diante do belo, a primeira atitude é: eu me torno um espectador. Não é? Diante do belo eu paro, eu contemplo. Então essa é a primeira característica. E a segunda característica é algo que já nós falamos: toda a contemplação não me satisfaz". Deixa eu ver se entendi: 1º Você tenta dizer que o belo é belo porque diante do belo eu paro, eu contemplo. Mas o que significa contemplar? Contemplar pode significar uma observação atenta, demorada, sobre algo. Se você ver uma pessoa parada, contemplando um monte de lixo, isso faz do lixo algo dotado de beleza? Por que se você me disser que não - que a contemplação do lixo não faz o lixo algo belo - , então talvez a contemplação não seja um argumento muito forte para diferenciar o que é belo do que não é. Aliás, muitas pessoas podem se sentir atraídas por coisas nada belas: em todo acidente de trânsito, sempre haverá várias pessoas dispostas a parar seus carros e observar. Talvez eles não busquem o belo. Talvez eles busquem de fato o grotesco. O horror também chama a atenção, tanto quanto a beleza. Do contrário, como explicar a existência dos filmes de terror? E como explicar o fascínio que certas pessoas sentem ao assistir no Discovery Channel ou National Geographic cenas de predadores caçando suas presas? Mas você pode dizer que a contemplação não é meramente observar demoradamente e com atenção alguma coisa. Você pode sugerir que a contemplação é um tipo especial de admiração. Seria um olhar cheio de reverência: eu me sinto pequeno diante do objeto contemplado. É como olhar para Deus. Mas, se uma pessoa houve uma música de Debussy e não a considera bonita, pode ser que nem tudo o que é bonito chame nossa atenção. Aliás, pode ser que nem sempre eu pare para observar algo que eu considero dotado de beleza. Uma mulher bonita pode passa por mim e ainda assim posso ignora-la, não contempla-la. Posso encontrar um músico se apresentando na rua, e o som pode me agradar, porém como estou muito ocupado prefiro seguir meu caminho. Essas coisas "belas" que não contemplo deixam de ser belas por falta de contemplação? Se você disser que não - que a música de Debussy continua sendo bela, mesmo que uma grande parte das pessoas não a contemple -, então a contemplação parece ser, mais uma vez, um argumento fraco para diferenciar o que é belo/bonito do que não é. Assim, alguém poderia muito bem argumentar que, pelo fato de ela parar para apreciar a música do Luan Santana já é sinal de que a música é de fato bela. 2º Depois diz que toda a contemplação não satisfaz. Isso poderia servir de argumento para provar que quem ouve Luan Santana não está de fato ouvindo algo belo. Ouvir algo e se sentir satisfeito contraria a segunda característica do belo - "Toda a contemplação não satisfaz". Mas, e se substituirmos Luan Santana por Beethoven ou Mozart? Como eu sei que uma música de Beethoven ou Mozart é bela? Se eu me sentir satisfeito com a música deles isso também não contraria a segunda característica do belo? Estranhamente, eu só saberei que estou diante de algo belo quando aquilo, de alguma forma, causar algum tipo de insatisfação em mim (!!!) 3º Isso não vai na contra-mão do que você disse no inicio do vídeo? Aos 02:00 você nos pergunta: será que suportaríamos viver em um mundo de feiura? E mais: nós gostaríamos de viver em um mundo de feiura? Com essas perguntas você conclui que o belo é melhor que o feio. Conclui então dizendo que existe uma distinção: existem as coisas feias e as coisas belas. E nós gostamos mais das coisas belas. Logo adiante você diz que todo mundo já passou pela experiência de apreciar uma obra de arte e, ela sendo bela, sentir prazer. Agora, se eu levar em conta essa segunda característica do belo (toda a contemplação não me satisfaz), como é possível apreciar uma bela obra de arte? E a pergunta que fica é: se ninguém gostaria nem suportaria viver em um mundo de feiura, será que alguém suportaria viver em um mundo de beleza, sendo que o belo é incapaz de me satisfazer? De fato: todos gostaríamos de viver em um mundo belo. Porém, só gostaríamos de viver nesse mundo belo porque nele não podemos viver. Desejamos a mulher bela porque não podemos tê-la, desejamos a casa na praia porque não possuímos dinheiro para compra-lá. Como seria bom ter essas coisas! - pensamos.. E o que acontece caso eu conquiste a bela mulher ou a bela casa? Eu me acostumo com ela. Ela já não se torna algo extraordinário. Sua presença se torna ordinária, comum. Então pode acontecer que eu me pegue desejando outra mulher, outra casa. Todos querem viver num mundo belo. E como seria viver em uma sociedade que vive em busca da beleza? Uma resposta possível é esta: Seria uma sociedade frustrada, triste, deprimida, pois jamais conseguira se sentir satisfeita com o que tem. Sempre haverá algo no mundo que nos incomoda. Sempre existirá algo que poderia ser melhorado. Jamais conseguiríamos apreciar as coisas pelo que elas são. "Toda a contemplação não me satisfaz". E os comerciais de televisão podem nos dar um exemplo disso. Nos comerciais tudo é lindo e perfeito. As pessoas são felizes, saudáveis, confiantes, "bonitas". O quanto esse tanto de beleza sendo transmitida dia após dia nos comerciais de TV contribuiu para tornar as pessoas mais felizes? Eu desconfio que, ao contrário de tornar as pessoas mais felizes, os comerciais contribuem para deixar as pessoas ainda mais infelizes - a vida real nunca será como nos comerciais. Nossa pele, nosso cabelo sempre está feio. Nossas roupas estão sempre velhas e fora de moda. Nossa casa nunca é tão confortável. Nossa vida nunca é tao "bela" como nos comerciais. Talvez a busca pelo belo, ao contrário de nos fazer felizes, pode na verdade levar ao efeito contrário. Talvez a busca pelo belo, pelo bem e pelo verdadeiro é a principal causa de tanta infelicidade - busco a beleza, o bem, a verdade. Penso que ao encontrá-las sentirei prazer e alegria. Serei feliz! Porém, diante delas eu me frustro. "Toda contemplação não me satisfaz". As coisas eram muito melhores na minha imaginação. Aliás, qual seria a motivação do politico corrupto? Satisfazer seus desejos ou causar mal aos outros? O que leva uma pessoa a roubar outra? Satisfazer seus desejos ou alegrar-se pelo prejuízo do outro? O que leva uma nação a proclamar guerra contra outra nação? O desejo de garantir aqueles valores que ela considera justos e verdadeiros, ou o simples prazer de matar outras pessoas? As ditaduras são instaladas para oprimir o povo ou para garantir os "valores" e a ordem? 4º Enfim, aos 43:23, depois de contar uma experiência feita com bebes e coelhinhos de pelúcia, você parece concluir que o apetite pelo belo é algo natural, e que: "Não é incutido em nós um senso de beleza. Não é porque ao longo da nossa vida a gente vai aprendendo o que é o belo, ou que a sociedade vai determinando para nós o que é a beleza. Nós nascemos já com o intuito, com uma intuição da beleza." Isso abre novas questões e vai contraria algumas coisas que você disse anteriormente. Porém, irei abordar essas questões e contradições mais adiante.
E ademais: você gosta de falar sobre a beleza das pessoas. As pessoas feias seriam, por causa da sua feiura, pessoas más? E mais: seriam as pessoas bonitas, apenas por causa da sua beleza, pessoas boas? Depois você fala que não deveríamos nos limitarmos a beleza dos corpos. Diz que estamos muito apegados a beleza dos corpos. E diz também que hoje nós estamos naturalmente mais propensos a dizer que uma mulher jovem é mais bonita do que uma mulher. Você diz que não deveríamos nos limitar ao corpo mas "deveríamos a partir dele, como instrumento, contemplar "A" Beleza, que esta de alguma forma limitadamente revelada no corpo, mas que o transcende infinitamente. Na verdade eu olho para o outro e para o tanto de beleza que está continuo no outro, e não para o corpo dele, não para forma física dele, mas pela ideia de beleza que está sendo revelado pelo outro. EU não amo portanto corpo, eu amo a pessoa." Mas você mesmo disse anteriormente (ao falar sobre a experiência das crianças e coelhinhos de pelúcia) que nós já nascemos com uma ideia natural do que é o belo. E que nós temos a propensão natural a busca-la e a deseja-la. Então, por que deveríamos admirar uma mulher idosa se isso vai na contra-mão dos meus impulsos naturais? Se ela não é bela, o que a nela há para ser contemplado? O que levaria alguém a contemplar uma pessoa feia, desfigurada? Poderíamos admira-lá? E mais: poderíamos AMÁ-LA? É possível amar algo que não é belo? Se o que importa não é o físico, e sim a essência, eu te pergunto: e na arte?? Ora meu amigo. O que os artistas contemporâneos mais repetem é que a aparência e a beleza da arte não é importante, mas sim a sua IDEIA, o CONCEITO por trás da obra. Nos pede para olhar ALÉM DAS APARÊNCIAS, e admirar a sua essência. E ainda: se seguirmos o seu conselho, nós nunca pararíamos para admirar as coisas pelo que as coisas são em si mesma, mas só a admiraríamos por causa a ideia de beleza que se manisfesta nas coisas. Ou seja: eu sempre devo admirar o pôr do sol, o barulho do vento, o canto dos pássaros porque é através disso que o belo se manifesta, mas não necessariamente por que essas coisas são belas em si mesma. Diz que os divórcios são uma consequência do fato de que nós não conseguimos fazer o salto da beleza sensorial para "A" Beleza (a beleza ideal, intangível, que não existe no mundo real, mas apenas no mundo das ideias). Você diz que deveríamos contemplar a beleza da ALMA!! Palavras bonitas, porém cruéis se levarmos em consideração o que você disse antes: que partimos da beleza sensorial para aí então passarmos a admirar a beleza da alma. Em resumo: os feios, os deficientes, os desarmônicos, os tortos não devem ser admirados, pois a "A" beleza neles não se manifesta. (Aliás, o Hitler era obcecado pela beleza. E para ele, a raça ariana era a mais bela, e, consequentemente, a mais próxima do bem, da bondade e da verdade. Assim, a solução do mundo era eliminar as raças "impuras", para que apenas a mais bela e pura das raças prevalecesse - a raça ariana) (porém, Hitler não tirou sua ideologia do nada. Ele se baseava nas ideias de Francis Galton. Vale à pena pesquisar sobre Eugenia) - (da mesma forma, para gregos era relativamente normal que crianças que apresentassem algum tipo de deficiência fossem abandonadas e deixadas para morrer. Podemos considerar isso uma boa atitude? Uma atitude do bem? www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/85684-ritual-antigo-o-sacrificio-de-pessoas-feias-na-grecia.htm).
Roger Scruton diz que a beleza é racional? Mas você não havia dito anteriormente que as crianças parecem nascer com uma intuição natural para o belo? E mais: duas pessoas, vivendo em lugares distintos, em época diferentes, poderiam chegar a ideias diferentes de beleza? Existe um consenso de beleza? Se existe, me diga então o que ele é. E diante da sua ideia de perfeição e beleza, poderia alguém dizer que aquilo não lhe agrada? Nada mais natural não é mesmo?! Afinal foi você que disse que "toda a contemplação não me satisfaz". (Mas eu sei que você vai me dizer que eu não deveria me preocupar com as aparências das coisas, e sim com a sua essência. Então eu te pergunto - o que a de errado com a arte contemporânea que você acha feia? Se você deixasse seus preconceitos de lado, aceitasse as coisas como elas são e começasse a pensar sobre elas, não seria possível identificar ali a sua essência e admirar não a APARÊNCIA da obra, mas sim a sua ideia, sua ESSÊNCIA?) Quando você fala da nona sinfonia de Beethoven, você esquece (ou ignora) o fato de que naquele momento Beethoven também rompeu com os ideais da composição musical. "As aspirações revolucionárias do homem Beethoven, naturalmente, se fazem sentir em grande parte de sua obra. Se é verdade que a música clássica não é de maneira alguma música para “relaxar” - uma incompreensão muito comum em relação à música clássica, já que a finalidade de nenhum tipo de obra de arte é essa - isso fica ainda mais evidente na apreciação de várias das composições de Beethoven, cujo efeito sobre o ouvinte, longe de acalmar, é de chocar." "O maestro Nikolaus Harnancourt, amplamente reconhecido por suas conduções das sinfonias do compositor, afirmou sobre essa obra: “Isso não é música; é agitação política. É algo nos dizendo: o mundo que temos não é bom. Vamos mudá-lo! Venham!”" "Beethoven, assim como outros grandes artistas e filósofos, sabia que estava escrevendo para a posteridade. Quando os pianistas lhe diziam que suas músicas eram difíceis de executar, ele respondia: “Não se preocupe, isso é música para o futuro.”" averdade.org.br/2014/05/beethoven-musico-revolucionario/ Em resumo, Beethoven NÃO FAZIA MÚSICA PARA SER CONTEMPLADA/APRECIADA. Beethoven não queria necessariamente ser apreciado por fazer música bela, mas sim que as pessoas sentissem, pensassem. Seu objetivo não era a beleza. Seu objetivo era a REVOLUÇÃO!! (Revolução politica no caso. De homens do povo pegando em armas e expulsando as elites e os nobres do poder.)
Você diz que você (Tiago) não precisa dominar a técnica - isso seria dever do artista. Mas o mais estranho é que - com que propriedade você pode falar isso? Se você não faz arte, não a conhece, não a estudou em profundidade? Como pode você se sentir tão seguro de dizer o que o artista deve ou não deve fazer? Não que você não deva ter uma opinião sobre arte, sobre artistas, e sobre a importância deles na sociedade. Porém, uma coisa é falar sobre arte, outra é fazer arte. A busca pela beleza e pela perfeição pode ser uma busca ingrata, já que é impossível alcança-la. O artista que buscar a perfeição provavelmente se verá frustrado - as vezes até se sente satisfeito, porém é uma satisfação que logo se dissipa e vira frustração. Além do mais, existe outro conceito grego do qual você quase nunca fala - a catarse. Ou seja, a sensação de alivio que brota da tragédia! A história de Romeu e Julieta não é em nada uma história feliz e agradável, mas sim um drama, uma tragédia! Um detalhe importante. É preciso diferenciar: existe a beleza e existe o belo. Eles não são sinônimos. Um exemplo: as várias obras de Hieronymus Bosch (1450-1516) representando o inferno. O que se vê ali é tortura, sofrimento, castigo, monstros terríveis, etc. É o mundo de feiura que você nos pede para imaginar no começo do vídeo. Talvez esse mundo, representado na pintura, não seja o mundo em que gostaríamos de viver. Porém, as pinturas de Bosch deixam de ser arte por causa disso? As pinturas de Bosch, que representam toda dor e feiura que há, deixam de ser belas por causa disso? A obra não precisa ser bonita pra ser arte. O feio pode ser belo. Você recomenda que os artistas se debrucem sobre as obras de arte "universalmente aceitas". Que apenas assim poderíamos diferenciar o que é belo e o que não é? Poderia um artista então apreciar o canto dos pássaros, o barulho do vento e das onda, um pôr do sol, sendo que nada disso foi produzido por um ser humano? E mais: O que dizer de uma pequena cabana, feita através de um trabalho de um homem simples e trabalhador, que nada sabia sobre arte, sobre as regras, sobre os artistas, sobre os arquitetos, enfim.. O que dizer sobre a Casa da Flor, construída por Gabriel Joaquim dos Santos, um homem simples que encontrou no lixo os materiais utilizados na sua pequena casinha. Pelo fato de seu Gabriel não ter muito conhecimento das artes e das regras, e além do mais, pelo fato de ele utilizar de materiais encontrados no lixo para construir sua casinha, então nesse caso seria impossível ver qualquer tipo de beleza naquela casa? E se, pelo contrário, eu vejo nesse trabalho algo de muito belo a admirável, qual é a necessidade então de dominar a técnica e a arte? Você diz que a beleza serve para suportar a vida. Viver é algo dramático. E por isso então, é missão da arte tornar a vida mais suportável. A beleza seria um alivio, um consolo para a vida. Nesse caso, a vida é algo cruel. E a arte (e porque não incluir aqui também a religião) seria uma forma de escape. Mas ao fazer isso meu amigo, como seria possível apreciar a vida??? Diante da guerra, do conflito e da morte, deveríamos negá-las e falar então sobre o sexo dos anjos? O que falar das cenas da crucificação de cristo? Como podem os católicos se comoverem com a imagem de Jesus crucificado na cruz? Como eles podem obter consolo em uma imagem de tão brutal castigo? E o que dizer das pessoas que todos os dias sentam em seus sofás e esquecem da vida assistindo suas novelas? E o que dizer das pessoas que trabalhar longas horas, reúne-se com seus amigos para um churrasco e ouvir e tocar seu pagode? E o que dizer dos índios que através das suas danças e batuques experimentam o contato com os espíritos da selva? E o que dizer dos crentes que cantam em louvor ao seu Deus, mesmo que não saibam nada de arte nem de música? Deveríamos dizer que todos eles estão errados? Posso dizer que o que eles fazem não é arte? Pode ser. Mas como pode ver, você acaba de tirar o prazer que eles sentiam. Por que para eles, talvez a beleza não seja o mais importante. Talvez aquela música, aquele batuque, aquela dança, aquelas palavras sejam só uma maneira de eles suportarem a vida, e de torná-la mais agradável, prazerosa e, porque não, mais bonita. Tiago Foi duro assistir sua palestra. Seu pensamento retrógrado, limitador. Como dito por alguém em um outro comentário: "Penso que, como professor de Filosofia, ele pretenda ampliar a visão de quem o assiste, e o que ele fez, de certa forma, foi encaixotar o belo dentro do que o etnocentrismo eurocentrado dita." Você é um filosofo que não parece buscar a verdade. A sensação fica é que você parte da ideia do belo e depois busca exemplos que podem confirmar sua teoria. E tudo o que não se encaixa na sua teoria você descarta, nega, omite. Você baseia quase toda a sua fala nas ideias de Platão e Scruton. Seria interessante que você também comentasse as ideias sobre arte e beleza de outros filósofos também. Aristóteles, Kant, Nietzsche, etc. Você de fato demostra possuir muitos preconceitos - critica certos estilos musicais, certos escritores, certos filmes, certos artistas. Ao mesmo tempo, você mesmo diz que não é artista, que não a pratica. Como você pode falar qual é a função da arte se você não a domina? Já pensei como você. Porém, ao questionar minhas concepções, fui vendo o quando eu estava equivocado. Não que tudo se deva aceitar tudo, não que se deva achar beleza em tudo. Eu mesmo tenho várias críticas a arte contemporânea por exemplo, mas não por que a elas falta beleza. Eu mesmo não sou ouço funk, nem me interesso por ele, mas nem por isso passo a odiar o estilo, a odiar quem faz e gosta deste estilo. Não é o amor algo desinteressado? Você deveria conversar com funkeiros, pagodeiros - diga na cara deles que o que eles fazem não é bom. O perigo de ideias como a que você desenvolve é que, levadas as últimas consequências, ela leva a tirania, ditaduras, repressão, censura. E pior: faz com que deixamos de apreciar certas obras por puro preconceito. Lembrando mais uma vez de Van Gogh: considerado louco, morrendo desconhecido e na miséria. Se seu irmão Theo deixasse de acreditar na arte do seu irmão Vicent, a lhe bancar as telas, as tintas, e algum dinheiro para pagar sua comida e abrigo, teríamos perdido Van Gogh e sua arte. E nós continuamos a perde-los, dia após dia. A liberdade que os artistas contemporâneos exigem, e de dizer que tudo pode ser arte, tem seus pontos fracos. Porém a ideia que a arte deveria ser bela pode não apenas ter pontos fracos - pode ser até mesmo perigosa.
+Elaine Camargo . Concordo contigo. Não me refiro que tenha que ter uma erudição como a de Karnal mas o pensamento dele está embotado, talvez num aprisionamento judaico cristão eurocênctrico. Não reflete a essência do pensamento filosófico. É bom que corrija pois ainda é novo. Tomara.
Há umas premissas estranhas nesses enfoques do protagonista do vídeo, que contraria a própria filosofia. A palestra ficaria mais interessante se a concepção do palestrante fosse menos eurocêntrica. Conservadorista, o interlocutor transpira os seus sem pudor, preconceitos que deveriam não fazer parte de um pensamento filosófico.
Talvez você esteja transpirando seus preconceitos com conservadores. Está insinuando que um pensamento filosófico não pode ser conservador?? A filosofia não permite conservadorismo, ou seu pensamento não o permite? Quais seriam os preconceitos relatados no vídeo aos quais você alude?
Tiago recomendo a você pesquisa e leitura de livros sobre a História da Arte para saber mais sobre a arte que você insiste em falar superficialmente. Sua visão limitada sobre o belo dando quase na totalidade exemplos da beleza feminina de comercial da tv, prejudicou e empobreceu sua palestra. Você não pensou nas dimensões do belo em outras esferas da vida e da natureza, cerceou-se do belo patriarcal em sua fala. Assim como exemplos da noção do belo na arte que te impediu de dar bons exemplos da Arte Clássica à Arte Moderna, sendo que esta modificou o sentido clássico do belo e da estrutura pictórica. Picasso não representou o "feio" em sua produção, mas as figuras humanas em suas diversas partes ao mesmo tempo, ele incluiu o tempo na arte pictórica e uma nova estilização expressiva da figura - o belo clássico não era tema de sua produção. A Arte Abstrata que você não considera a representação do "belo", porque não sabe nada sobre este estilo, representou o máximo distanciamento da figura humana, a presença do subjetivismo do artista como um dos temas da obra, o desenvolvimento da pintura pictórica (você apenas citou a pintura linear como exemplar), distanciamento do real, autonomia dos elementos formais como a relação figura e fundo, a cor e o traço tornaram-se seus objetos principais. Para tanto, a pintura que você despreza é uma operadora teórica, lançou na História da Arte o modelo perceptivo, estratégico e simbólico - você apenas cita, raso e inseguro, o modelo técnico como o belo, o bem e a verdade. O questionamento da Arte Moderna era a referência clássica de signos, ponto primordial da arte mimética (arte clássica, arte medieval, arte renascentista, etc), a qual você considera a única verdade - você tem todo o direito de escolha se for consciente desta. Outro ponto a considerar é o rompimento da perspectiva e do espaço plástico, além da estilização formal da figura ou deformação expressiva daquela arte na primeira metade do século XX. Portanto, a Arte Moderna passou a discutir e teorizar sobre ela mesma. Apenas cito parcialmente a Arte Moderna neste espaço virtual e abstrato, por vezes. Quanto a Arte Contemporânea, você iria compreendê-la se soubesse o que é a Arte Moderna, faz-se necessário a leitura sobre o que é o pós-moderno na arte para melhor contemplação do período. Recomendo prudência ao falar de um campo de conhecimento que não é o seu, quando eu falo de Filosofia eu leio os filósofos e as filósofas, não os Pesquisadores, Críticos e Historiadores de Arte que falaram sobre a Filosofia. Você apenas operou na ordem do discurso que Foucault já elucidou e alertou sua limitação para nossa época. Não se limite a sua área, opere na expansão do conhecimento tão raro em nossos tardios novos tempos, tempos modernos.
+Sissa Aneleh Perfeita sua reflexão, Sissa. O palestrante se limitou a um ponto de vista de beleza clássica, fazendo juízo de valor. Me parece que não entende nada de arte moderna nem contemporânea e se aventa a criticá-la. É perigoso por ser um formador de opinião. Isto induz as pessoas. Parabéns pela clareza.
+Sissa Aneleh Concordo contigo. Nem tinha lido seu comentário e o achando inconsistente postei : Há umas premissas estranhas nesses enfoques do protagonista do vídeo, que contraria a própria filosofia. A palestra ficaria mais interessante se a concepção do palestrante fosse menos eurocêntrica. Conservadorista, o interlocutor transpira os seus sem pudor, preconceitos que deveriam não fazer parte de um pensamento filosófico.
+Sissa Aneleh Entendo e concordo com muito do que você diz, realmente a arte moderna libertou o artista das amarras da arte linear, e possibilitou maior liberdade para representar não apenas o belo, mas também o ser humano em sua plenitude. No entanto, o que me pareceu no vídeo é que ele fala de uma possível troca de ideias, como se nossa sociedade entendesse a beleza como algo batido e sem consistência, como algo fantasioso, indigno e ilusório. Esse pensamento não é totalmente geral na sociedade, mas também é de certa forma. Fugindo da arte notamos que nossa visão de mundo é cada vez mais individualista, e prestamos muita atenção as desgraças, sem necessariamente buscar a solução para elas. É a desgraça pela desgraça. No vídeo ele fala de beleza, mas não diz que algo que não é belo ou linear não é arte, até pq ele elogia Monet e seu impressionismo em diversas partes do vídeo. Ele fala apenas que certas formas de arte não tem beleza (com um certo preconceito sim), e são apreciadas por nascerem de uma sociedade problemática, e é essa mesma que acaba consumindo essa arte. Claro, ele diz que consumir isso seria ruim. Nisso eu não concordo, pq não acho que os problemas sejam indignos da arte. Mas concordo quanto ao fato de que o feio deve ser menos valorizado. Mas quanto ao café não limite a palestra apenas no quesito da arte, já que o belo do qual se fala no vídeo se expressa de várias maneiras. Mas voltando as artes novamente eu creio que o feio pode e deve ser representado, não podemos ignorar o duro da realidade. Busquemos mais equilíbrio. Acho que a arte deve ser totalmente livre, e pode buscar em uns casos a beleza, em outros o desconforto e a crítica. Enfim, não existe uma arte ideal, pois ela mesma não serve para um só fim. A beleza é sim essencial, a feiura também, mas é melhor que a primeira tome conta. Não vejo mal em querer mais beleza no mundo, contanto que venha de forma equilibrada, sem ilusão. - O meu comentário foi e voltou acompanhando minhas ideias, desculpe a desorganização.
+Sissa Aneleh Ele também tenta mostrar que a realidade não tem apenas o lado duro que é mostrado, por exemplo, em Guernica. Ela também tem seu lado belo, que se encontra em qualquer arte banal do século XIX. Nenhum dos dois, na minha opinião, é indigno, mas apenas um deles serve para ser puramente belo. A arte de Picasso, na minha experiência estética e pelo que eu aprendi e li, não é bela, e nem quer ser. Claro que alguém pode achar a pintura esteticamente bonita, mas não é o foco!
A CPFL Cultura deveria patentear o nome "Café Filosófico", para não passarmos por essas decepções. Conteúdo raso, equivocado e até reacionário (em termos científicos). Isso foi mais uma exposição de achismos, que qualquer outra coisa.
Raso e cheio de preconceitos sobre a experiência estética. Ou melhor definindo, refém da mera estética do gosto criticada por Kant. Curioso criticar a auto-ajuda quando sua própria palestra não tem vigor pra além ir daquelas da qual você aponta.
Thiago, sinto que determina um limite na beleza somente às artes clássicas, afirmando da impossibilidade do belo nas manifestações artísticas abstratas. Vejo nisso um pensamento preconceituoso.
Não terminei o vídeo mas até agora só senti que beleza física para ele está ligada com o padrão europeio e o afrodescendente seria apenas uma forma menos refinada e desarmônica, triste
😂😂😂 "velhotas". Ele não criticou o funk, ele está analisando a "beleza estética" e funk esteticamente não preza pela busca da beleza, preza a provocação de sensação física.
