A Ana Figueiredo mostrou, na sua conversa, uma realidade muito interessante: o facto da sua família ser composta por pessoas diferentes, com origens sociais diversas, e mentalidades e opiniões sobre a vida diferentes, e como elas se conseguiram entender e complementar. Hoje em dia, as pessoas dizem que não conseguem ter amigos, nem parceiros com ideias e ideologias diferentes das suas, e alguns membros da mesma família, deixam de se dar, quando descobrem que têm formas diferentes de pensar. Isto diz muito sobre a nossa tolerância atual. Vivemos numa democracia, e somos mais intolerantes com as ideias dos outros, do que as pessoas que viveram, parte da sua vida, numa ditadura.
O avo era diretor de um banco, a avó pianista (só porque na altura nao era aceite as mulheres estudarem), a mae bancária e o pai diretor geral de uma empresa multinacional. Nao diria que a Ana Figueiredo foi propriamente exposta a origens sociais diversas... a maior diferenca que ouvi foi um dos avós ser católico e o outro ateu
É dificil ouvir na adolescência e posteriormente "Tu não podes fazer ou ir porque tu és rapariga e o teu irmão é rapaz". Isto é frustrante e cresce-se a ser uma pessoa revoltada.
Sou psicóloga infantil e tbm não sou perfeita... quando estou mais descontraída tbm não sinto necessidade de falar como falo no consultório.. Independentemente da profissão a pessoa é um ser humano igual aos outros, eu com os meus amigos sou a Cláudia , não a psicóloga por isso não vejo necessidade de me massacrar para falar 100% certo quando estou descontraída.
Apenas constatei uma situação. Não digo que é má pessoa ou má profissional. E sim,acho importante falar-se bem português,seja a que nível profissional se esteja.