Teve motivações históricas, territoriais e econômicas, tendo um gasto altíssimo em armamento bélico e contingente militar. Antecedentes: Iraque e Irã mantinham uma rivalidade histórica, desde a antiguidade, com os iraquianos tendo origem árabe e os iranianos de origem persa. Porém, as tensões se elevaram após a Revolução Islâmica de 199 no Irã, quando o Aiatolá Khomeini, líder supremo de orientação Xiita, passou a representar uma ameaça local aos planos de Saddam Hussein, que tinha orientação sunita e que também havia iniciado seu mandato como presidente naquele ano. Saddam Hussein temia que em seu país ocorresse uma revolução xiita, aos moldes da Revolução Islâmica que havia ocorrido no Irã. Porém, o conflito também teve motivações territoriais e econômicas, pois o Iraque reivindicava o domínio de Xatalárabe (Chatt al-Arab), um rio que representa a única saída iraquiana para o Golfo Pérsico e consequentemente o domínio de navios petroleiros da região. O conflito se iniciou no dia 22 de setembro de 1980, com a invasão aérea iraquiana no Irã, porém, não houve uma declaração formal de guerra e o Irã consegui resistir, além de também executar uma ofensiva aérea ao Iraque. O Irã utilizava da Basij (Força de Resistência), uma milícia paramilitar ligada ao Aiatolá para surpreender os iraquianos. A população iraquiana era três vezes maior do que a iraquiana, porém, o país não dispunha de melhor material bélico, assim, os voluntários da Basij promoviam ataques de "ondas humanas" (voluntários da Basij atacavam os iraquianos) como estratégia de guerra. Relações Internacionais: países próximos como Arábia Saudita e Kwait, Egito e Jordânia, apoiaram o Iraque com empréstimo que totalizaram U$60 bilhões por ano, para reparar os gastos de guerra, enquanto o Irã teve apoio da Síria e Israel. Os EUA, através do presidente Ronald Reagan, temendo a influência do Irã e as motivações do Aiatolá Khomeini de derrubar as monarquias do oriente médio, passou a apoiar o Iraque de forma financeira e militar, cedendo ao país os seus satélites para o monitoramento das forças iranianas. O presidente Reagan também se aliou diplomaticamente a Saddam Hussein, removendo o Iraque da lista dos países terroristas. O "Caso Irã-Contras": em 1988, o senado dos EUA descobriu o envolvimento de altos funcionários da CIA que vendiam clandestinamente armas para o Irã, utilizando a arrecadação das vendas para investir no Contras, como eram chamados o grupos insurgentes da Nicarágua, que se opunham ao governo da FSLN (Frente Sandinista de Liberação Nacional), de orientação marxista. A URSS também se aliou ao Iraque, visto que o governo iraniano de Khomeini havia perseguido o partido comunista do país. Assim, a potência socialista também foi responsável pela venda de armas para o governo de Hussein, também foi acusada de vender armas para o Irã. Em 1987, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a resolução 598, que exigia o cessar-fogo, porém, o Irã só aceitou a condição em 20 de julho de 1988, quando o país já estava desgastado e a população não aguentava mais a situação da guerra. Não houveram vencedores no conflito, mas, como consequências, a guerra deixou cerca de 1 milhão de mortos, entre civis e militares, perdas econômicas dos dois lados, a divisão do domínio de Xatalárabe e posteriormente no ano de 1989, o Iraque acusou o Kwait (aliado) de roubar o seu petróleo durante o conflito, ocasionando a Guerra do Golfo (1989-199)
Assistindo no dia 15/10/2023, não poderia deixar de parabenizar o melhor professor de História do YT! Parabéns Pedro!!!!! Deus abençoe muito sua trajetória!!!
A GUERRA IRÃ-IRAQUE (1980-1988) A Guerra Irã-Iraque foi um conflito que ocorreu entre os anos de 1980 a 1988, com motivações históricas, territoriais e econômicas, tendo um gasto altíssimo em armamento bélico e contingente militar. Antecedentes: Iraque e Irã mantinham uma rivalidade histórica, desde a antiguidade, com os iraquianos tendo origem árabe e os iranianos tendo origem persa. Porém, as tensões se elevaram após a Revolução Islâmica de 1979 no Irã, quando o Aiatolá Khomeini, líder supremo de orientação Xiita, passou a representar uma ameaça local aos planos de Saddan Hussein, que tinha orientação sunita, e que também havia iniciado o seu mandato como presidente naquele ano. Causas: Saddan Hessein temia que em seu país ocorresse uma Revolução Xiita, aos moldes da Revolução Islâmica que havia ocorrido no Irã. Porém, o conflito também teve motivações territoriais e econômicas, pois o Iraque reivindicava o domínio de Xatalárabe (Chatt Al-Arab, um rio que representa a única saída iraquiana para o Golfo Pérsico, e consequentemente o domínio de navios petroleiros na região. O conflito se iniciou no dia 22 de setembro de 1980, com a invasão aérea iraquiana no Irã conseguiu resistir, além de também executar uma ofensiva aérea ao Iraque. O Irã utilizava da Basij (Força de Resistência), uma milícia paramilitar ligada ao Aiatolá Khomeini para surpreender os iraquianos. A população iraniana era três vezes maior do que a iraquiana, porém, o país não dispunha de melhor material bélico, assim, os voluntários da Basij promoviam ataques de “ondas humanas” como estratégia de guerra. Relações Internacionais: Países próximos como Arábia Saudita e Kwait, Egito e Jordânia, apoiaram o Iraque com empréstimos que totalizaram U$ 60 bilhões por ano, para reparar os gastos de guerra, enquanto o Irã teve apoio da Síria e Israel. Os EUA, através do presidente Ronald Reagan, temendo a influência do Irã e as motivações do Aiatolá Khomeini de derrubar as monarquias do Oriente Médio, passou a apoiar o Iraque de forma financeira e militar, cedendo ao país os seus satélites para o monitoramento das forças iranianas. O presidente Reagan também se aliou diplomaticamente a Saddan Hussein, removendo o Iraque da lista dos “países territoriais”. O “Caso Irã-Contras”: Em 1986, o Senado dos EUA descobriu o envolvimento de altos funcionários da CIA que vendiam clandestinamente armas para o Irã, utilizando a arrecadação das vendas para investir nos Contras, como eram chamados grupos insurgentes da Nicarágua, que se opunham ao governo da FSLN (Frente Sandinista de Libertação Nacional), de orientação marxista. A URSS também se aliou ao Iraque, visto que o governo iraniano de Khomeini havia perseguido o partido comunista do país. Assim, a potência socialista também foi responsável pela venda de armas para o governo de Hussein, porém, também foi acusada de vender armas para o Irã. Em 1987, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a resolução 598 que exigia o cessar-fogo, porém, o Irã só aceitou a condição em 20 julho de 1988, quando o país já estava desgastado e a população não aguentava mais a situação de guerra. Não houveram vencedores no conflitos, mas consequências,a guerra Irã-Iraque deixou cerca de 1 milhão de mortos entre civis e militares, perdas econômicas dos dois lados, a divisão do domínio do Xatalárabe e posteriormente, no ano de 1989, o Iraque acusou o Kwait (Aliado na Guerra Irã-Iraque) de roubar o seu petróleo durante o conflito, ocasionando a Guerra do Golfo (1989 - 1991).
Você consegue transformar assuntos complexos em algo simples e de fácil entendimento!!! Adoro seu canal! E sempre indico! Obrigada pela aula maravilhosa!
Parabéns pela ótima qualidade dos conteúdos, estou acompanhando sempre , não só para o Enem mas sempre pra adquirir conhecimento com esses conteúdos de muita qualidade, parabéns pelo trabalho.
Priscila Carrari acho que vi algo sobre isso no nerdologia! , mas me da espoler ai o que fala! Por alto video nerdologia acho uma menina e tio dela pos revoluçao islamica ! Tem filme no canal dois dedos de teologia sobre isso , mas nao assiti .
Uma curiosidade e que o autor do manga naruto se inspirou nessa guerra para uma uma frase de reflexão sobre guerra tirania e ditaduras e egoismo no arco do personagem Pain
Carai, Eu estava no video ( guerra do golf ), ai tive que pausar para vir para esse. Agora vou pausar esse para ver o vidéo Da revolucao iraniana kkkkkkkkkkk
Boa noite pessoal do canal parabólica! Gostaria de parabenizar pelos sempre bons vídeos, mas pontuar que vocês deveriam fazer uma pequena correção, que está por volta do minuto 7... Saddam Hussein era sunita, mas a maior parte da população, na verdade é xiita, ao contrário do que é dito. Forte abraço a todos!
Cara, estou assistindo agora em 2020 , somente pra relembrar, hoje tive um bom debate com meu tio sobre o assunto que eu nem lembrava bem mais falei pra ele que o motivo principal da guerra do Golfo seria por culpa de Saddan pois não tinha dinheiro pra pagar as dividas e esse era uma desculpa pra se recuperar ou algo assim. Quero dizer que adorei a forma como explica, e o detalhe escrito em baixo do vídeo, muito atencioso só não aprende quem não quer. Muito obrigado ganhou um inscrito. vou assistir agora a Guerra do Golfo.
Professor, o senhor parece que adivinhou. Acabei de fazer uma extensa pesquisa sobre o Saddam Hussein e me deparei com quase nenhuma videoaula sobre essa guerra. valeuzão pela instrução
minha mãe nasceu nos anos 70, então ela era criança na época da Guerra Irã-Iraque, ela me contou que o apelido da irmã dela era Teerã. Imaginem a razão kkkk
Isso só mostra que onde a religião passa ter poder político o país vira uma catástrofe , Jesus disse , a Cezar o que é de Cezar a Deus o qué de Deus , fé e política são como gasolina e fogo .
