A HISTÓRIA DO VALENTE ZAGUEIRO "MANGUITO", TRI CAMPEÃO CARIOCA E CAMPEÃO BRASILEIRO PELO FLAMENGO. 

A HISTÓRIA DO VALENTE ZAGUEIRO "MANGUITO", TRI CAMPEÃO CARIOCA E CAMPEÃO BRASILEIRO PELO FLAMENGO.
Alberto Gonçalves, mais conhecido como Manguito, nasceu no Rio de Janeiro, em 28 de agosto de 1953.
O apelido de Manguito nasceu naturalmente. Moleque do morro do Borel, ele tinha uma verdadeira alucinação por mangas, comia várias por dia. E foi Manguito na vida.
A carreira também nasceu naturalmente. Adolescente e morando nessa altura na Pavuna, primeiro jogou no são Pedro, de são joão de meriti e depois ele arrumou lugar no time do Pavunense em meados dos anos 70, o clube era na frente da sua casa e lá ele criou fama. Um amigo o levou, então, para o Olaria no ano de 1976.
pelo olaria disputou o estadual e se destacou, indo no decorrer do mesmo ano para o csa de alagoas. E Manguito se tornou jogador na vida.
retornou de alagoas e voltou para o olaria, onde na temporada de 1977 se transferiu para o grêmio maringá do paraná, fazendo parte do elenco campeão paranaense de 77 e
permanecendo até meados de 1978.
chegou a gávea no decorre de 1978, No começo, todos se lembram, a coisa não era nada animadora. A torcida chiava:
- Ele erra demais.
Walter Clark, com sua perícia de profissional de TV e futebol, aconselhava:
- Sim, ele erra. Mas só erra quando pode.
E quem era Manguito, em meados de 78, Apenas um candidato à reserva de Moisés ou Rondinelli. O Mengão havia encerrado sua participação no Brasileiro-78 e buscava reformular seu elenco, trazendo meio time de fora. Entre eles, Moisés, um titular do Corinthians que vinha para ser titular do Fla. Mas os fatos demonstraram o contrário. Na excursão à Europa, Moisés se machucou, era um rival a menos na briga. Enquanto isso, Rondinelli permanecia fora de combate, curando uma antiga lesão. E sobrou para Manguito, crioulão forte, 1 e 80 de altura, 78 quilos, recém-casado, mais um homem à procura do sucesso profissional - e que, por isso mesmo, aceitou enfrentar os riscos.
- No começo, foi duro, uma época meio perturbada na minha carreira. Eu sabia que o Flamengo tinha dois zagueirões, e não seria fácil sair do banco. Mas eu também não queria me acomodar e lutei feito louco, com muito apoio do professor Américo Faria, na época técnico dos juvenis. Ele me deu muita força. Eu me adaptei rapidamente ao esquema do clube e tive a sorte de ter uma oportunidade mais rápida do que eu imaginava, graças às contusões de Rondinelli e Moisés.
Lutando feito louco. Essa foi a essência do futebol duro e dedicado de Manguito, desde seus tempos de Pavunense. Desde aquela época, ele resolveu apostar tudo no futebol - largou os estudos na sexta série e transformou-se num atleta, disposto a tudo. Ao surgir a chance no Olaria, topou de cara. Ele contava:
- Dei um treino lá e o pessoal gostou. Assinei um contrato de dois anos e meio. Nesse espaço de tempo, fui emprestado ao CSA e ao Maringá. Fiquei um bom tempo zanzando por lá e um grande amigo, Ademir Ritter, me trouxe para o Flamengo.
Da leva de nomes contratados, meados de 78, Manguito talvez fosse o menos conhecido. E foi por isso que ele aproveitou a primeira chance que apareceu - justamente na Espanha, longe da marcação da torcida. Foi lindo, ele recordava:
- Fomos campeões do torneio de Palma de Mallorca, ganhamos o título jogando com nove jogadores. Todos nós nos desdobramos dentro do campo: os juízes estavam contra, a torcida nos hostilizava, mas a raça rubro-negra provou mais uma vez que ganha jogo. E foi naquele momento que eu tomei consciência de que tinha condições para ser um titular no Flamengo.
A partir daí, não houve dúvidas. Com a primeira batalha ganha - a da camisa titular - Manguito fechou a compra de um apartamento - três quartos, uma boa varanda. Morava em Vicente de Carvalho, num edifício sossegado e silencioso, daqueles que anunciam o visitante por interfone. Raquel, sua mulher, atendia o chamado, convidava para entrar e pedia desculpas:
- Olha, o Manguito está na auto-escola. Sabe como é, ele tem de aproveitar os últimos dias de férias para tirar logo a carteira de motorista.
Além do apartamento, um carro (Chevette). Tudo dentro de uma programação medida, sem arroubos nem loucuras. Sim, ele pensou em se fixar na zona sul, ali perto da Gávea, mas...
- ...aí ele não poderia comprar nem apartamento nem carro. E as coisas iriam se complicar, pois em junho viria um Manguitinho por aí. Filho é coisa séria.
Tão séria que Manguito, nascido Alberto Gonçalves, aos 24 anos, prometeu dar muitas alegrias à galera rubro-negra. Futebol, ele sabia que tinha. Físico, nem se fala:
- Sei que tenho um corpo muito bom para o futebol e, graças a Deus, muita saúde. Mas não uso de violência, nem tinha maldade nos lances. Só sabia de uma coisa: minha função dentro de campo era impedir que chegassem ao gol do Flamengo.......
FONTE:
REVISTA PLACAR
SÓ POSTER E FOTOS DE TIMES DE FUTEBOL
FACEBOOK Manguito Ex Jogador