Isa maravilhosa, estou inscrita nos dois canais! Parabéns pelo canal ler antes de morrer, li muitos livros depois de acompanhar suas resenhas. Cem anos de solidão foi um deles .😘
maravilhosa! trazendo a academia pro youtube. vídeos excelentes! pra mim uma das maiores pensadoras de brasil atualmente. meu sonho é ver alguma palestra sua na UFRJ, onde curso ciências sociais.
Sou professora da rede municipal de Ribeirão Preto, sou uma mulher preta e que leva para a sala de aula as mazelas da educação brasileira em escolas particulares destinadas aos brancos e as escolas públicas para os alunos pretos e de baixa renda. Até hoje tive apenas um episódio de racismo em minha via, sendo um diferencial para a mulher negra no nosso país. Ribeirão Preto é uma cidade muito racista e principalmente com o grupo de mulheres e trabalhadores que redes de fast food.
Eu costumo chamar de teste do pescoço. Ouvi um dia alguém dizendo desta forma. Funciona como você descreveu: vá até um estabelecimento classe média/alta e vire a cabeça 180º. Quantos negros estão consumindo? Quantos estão servindo? O resultado sempre é igual.
Hahahaha nunca tinha ouvido essa de teste do pescoço. Durante anos eu me senti como uma ilha em Niterói, um negro rodeado por um mar branco. Tudo pq eu morava e frequentava a zona sul da minha cidade, estudei em colégio de elite etc. Doído demais ver que isso é uma realidade e que não há vislumbre de melhora, principalmente, na atual conjuntura, com a chancela à barbárie. Dói ver que mts irmãos negros ainda são usados e descartados como nada, têm sua auto-estima alijada por humilhações.
Fui no shopping da Savassi em BH com minha esposa e nem precisei girar o pescoço 180°, a diferença era clara, brancos em suas mesas, com suas famílias e algo em torno de 90% de negros servindo, atendendo, limpando. É um ambiente onde vc na figura de um cidadão preto se sente mal, sem segurança.
O teste do pescoço é resultado do estudo de uma pesquisadora negra paulistana, Lu (...) sobrenome me fugiu a memória. Ela utiliza para todo e qualquer espaço de poder no Brasil, onde impera o MITO da democracia racial.
Já li por acaso aqui no You Tube, um homem comentando assim: ¨¨Essa Maria de Fátima, fala tanta besteira¨¨¨.... Não esquentei porque muitas vezes falo mesmo, ademais, provavelmente ele também não é nenhuma sumidade... Levando em conta, humildemente, as besteiras que escrevo, não tenho mais a timidez da juventude provinciana da qual sai, e exponho minhas opiniões sem querer ser a dona da verdade, mas com o direito que dizem que temos, da ¨¨liberdade de opinião¨¨. Vou a elas: bom, em primeiro lugar eu falo por mim, adoro a diversidade, as polêmicas algumas vezes são negativas e outras são positivas, desde que quando relevantes, possamos chegar a alguma opinião que provoque a união, a capacidade de fazer ao menos uma pessoa mudar sua maneira ¨¨destrutiva¨¨ de interagir com a diversidade, e entender que através de uma sociedade mais tolerante, menos ambígua, como esta que você mencionou, em que as pessoas dizem-se não racistas, mas não relacionam-se intimamente com ou um negro/a, ou um índio/a, ou um/a pobre, enfim, esses são os mais relevantes casos catastróficos e gritantes do mundo de sempre.... Já conheci pessoas que dizem-se não racistas (tanto pode ser preto/a ou branco/a), mas que nunca tiveram um relacionamento duradouro com seu oposto/a... Nunca fui discriminada por ser branca, mas por ser pobre sim... Mulher pobre - e homem também - quando relaciona-se com rico/a, é imediatamente estigmatizado/a como interesseiro/a.... Eu já fui... Dói, sabe?? Mas as pessoas - e não me excluo - têm sempre uns virusinhos da maldade dentro de si. Todos nós temos. Penso que é porque somos ¨¨humanos¨¨ .... Não quero também dizer que é obrigado a já ter tido alguém de outra raça em seus/s relacionamento/s... Obrigado não é... mas ser amigo/a de um/a pobre preto/a pobre, poucos são... Concordo que é uma sociedade preconceituosa não só em questões de raças, mas o maior índice de rejeição mesmo, te juro, sinceramente... os mais excluídos são os/as pobres de qualquer raça. E isso não é só no Brasil. Para residirmos em qualquer parte do mundo, temos que ter bastante dinheiro... É muitas vezes difícil mas possível, vencer em outro país com pouco dinheiro, mas vai trabalhar na lavoura de tomates enfiando os pés na neve. Mas aqui não é diferente... Somos ¨¨humanos¨¨¨, imperfeitos e sem virtudes suficientes para sermos canonizados. Mas isso não representa uma apologia ao racismo ou qualquer outro tipo de discriminação, mas uma mea culpa, uma autocrítica que todos nós vez ou outra devemos fazer, para tornarmo-nos mais gente.
Professora Lília, é muito importante as pessoas de raça branca entrarem neste debate e perceberem que é uma questão estrutural, resulta em violência física, social e psicológica, que também são as pequenas ações do dia a dia que minam a nossa energia e nos segregam, é o comentário maldoso de quem está ao nosso lado. Obrigada pelo trabalho belíssimo para nos ajudar a desvendar e contar nossa história.
Muito bem colocado professora. Esse exercício de apenas olhar em volta já dá uma noção bem clara do quanto a democracia racial é falha. Além de exemplificar o quanto é estruturado em nossa sociedade o preconceito racial. Parabéns pelo vídeo!
Sou professora de Geografia e sempre discuto como os meus alunos sobre gênero, raça e classe, a conhecida interseccionalidade, e estou utilizando alguns dos seus vídeos nas minhas aulas. Queria gradecer e parabenizar a Professora pelo trabalho de horizontalização do conhecimento científico e pela ""democratização"" (com algumas aspas, é claro) das teorias, das teses, das reflexões científicas. Isso ajuda muito a população e é também um trabalho docente, só que midiatizado. Vlw professora!
Imagine canais como esse no trending topics e vídeos de maior relevância nacional.Esse é o Brasil que eu sonho rsrs. Obrigada professora Lilia. Esse conteúdo é de grande utilidade para nosso povo.
Prof, que privilégio te ouvir! Sou sua leitora, utilizo muito do seu pensamento em minhas aulas e ver esse vídeo, que resume tão bem conceitos tão complexos, disponível no youtube me traz grande alegria. Mt obg!!!!
O RU-vid será um lugar muito melhor com a Lilia Schwarcz como RU-vidr! Posso mostrar para meus amigos e familiares a professora incrível que tive o privilégio de ter por um semestre na Sociais . A última matéria que fiz antes de me formar com certeza foi uma das matérias que mais me marcaram até hoje! Um beijo Lilia!
Mulher incrível e lúcida, cada dia mais admiro vc, professora Lilia! Ah, nesse mês da Consciência Negra, ganhei de presente o seu Dicionário da Escravidão e Liberdade. Leitura maravilhosa. Parabéns pelo canal!
É complicado quando eu tive que explicar, citando sua última fala, para uma professora de geografia que existe racismo na Grande Florianópolis. "Querida, vá a um shopping e depois conversamos."
Lili, fico muito contente em encontrar seu canal. É mais do que necessário realizar divulgação das ciências humanas e tentar trazer esclarecimentos sobre a nossa existência social. E é bom para eu matar as saudades das aulas de Antropologia que eu tive há 20 anos com você e a Maria Lúcia Montes. Beijos e obrigado pelo canal.
Professora Lilia, você poderia fazer uma série sobre os seus livros? Contando um pouco do processo de pesquisa sobre eles, como você escreveu, etc? :) beijo
Professora e equipe parabéns pelo trabalho. De fato ainda aqui no Brasil vivemos a "ladainha" da democracia racial e que os direitos são iguais a todos. O pior de tudo é que: tudo que contrapõem a isto é tido como "mimimi", e talvez a grande maioria não se dar conta que isto ainda é causa de morte, e de perversidade.
Temos um shopping aqui em São Paulo que dentro da praça de alimentação existe um restaurante com uma espécie de cerca que separa quem consome lá (a um valor bem maior que o resto do local) do resto das pessoas que estão na praça de alimentação.
5 лет назад
Muito bom, estou lendo "O Espetáculo das Raças - Cientistas, instituições e questão racial no Brasil 1870-1930"
Pessoal, eu transcrevi um pequeno trecho da fala da Lili e compartilhei em minhas redes sociais, ao lado do vídeo e link do RU-vid. Fiz isso por acreditar que, numa sociedade em rede, nos tornamos atores importantes na disseminação do conhecimento e na luta por aquilo que nos indigna. Obrigado, mais uma vez, Lilian. No meu trabalho de conclusão de curso agradeço a você - e à Heloísa também! -, nas dedicatórias e durante as inúmeras citações, rs. "(....) Em 1933, Gilberto Freire lança Casa Grande e Senzala. Foi um sucesso. Em Casa Grande, o mesmo modelo de democracia racial. O Brasil seria uma espécie de harmonia, teria povos em harmonia convivendo entre si: povos indígenas, povos negros povos brancos.Foi só em 1950, provocados por Gilberto Freire, que a Unesco criou um programa para mostrar que o Brasil era um exemplo de Democracia Racial. Não deu nada nada certo. Florestan Fernandes, [sociólogo], pesquisando o racismo aqui em São Paulo, demonstrou que o brasileiro tinha um tipo muito particular de racismo. Vamos combinar que não tem racismo bom. "O brasileiro tinha preconceito de ter preconceito". O que ele quis dizer com isso? O brasileiro tinha preconceito, era racista, mas negava o tempo todo. "Você que está [lendo], você que é racista, eu não sou". Isso criou uma noção de mestiçagem muito complicada, no Brasil, na minha opinião. A gente pensa mestiçagem como mistura, mas que tal nós pensarmos a mestiçagem como mistura e separação também". Disponível em: < ru-vid.com/video/%D0%B2%D0%B8%D0%B4%D0%B5%D0%BE-KIZErDa1jIc.html >. A Ladainha da democracia racial, por Lilia Schwarcz.
Que vídeo fantástico!!! Pena que é tão curtinho!!!! Também sou Professora de História e procuro sempre trazer todas essas reflexões para a vida dos meus alunos!!! O primeiro questionamento que faço a eles diz respeito ao número de colegas negros na sala de aula , tratando-se de uma instituição que atende famílias com poder aquisitivo mais elevado. Muitos ficam chocados diante da realidade de exclusão!!
gostei muito e acho que se queremos falar da história e da cultura do Brasil teremos que falar muito sobre a diáspora e o povo negro e refazer essa história
Somos todos iguais em essência, mas diferentes individualmente. Em relação aos direitos humanos eles tem que ser iguais para todos, as exceções servem apenas para os casos especiais...
Já esgotei todas as entrevistas da professora disponíveis no RU-vid e agora estou aproveitando o canal! Não é por nada não, mas se os vídeos tivessem umas 2 horas de duração, eu não iria reclamar... :)
Ninguém é igual a ninguém,nem os animais ,mas respeito a todas as pessoas é vital ,cada um pensa de uma forma e tem sua cultura,mas cabe a cada um evoluir o melhor que possa,para isso o Mestre esteve aqui a 2022 anos
Estive em um hotel em Porto Alegre e fora do hotel percebi uma diversidade de cores. Contudo, no café da manhã, eu era o único negro que estava tomando café, os outros eram funcionários do hotel. Essa experiência deixou bem claro em quais momentos a mistura é pouco misturada.
Sempre fui uma das únicas negras nos ambientes privilegiados que frequentei. No curso de inglês, no curso de filosofia, na faculdade, nos shoppings de bairros nobres. A segregação racial é muito visível.
Estudei em uma escola particular no interior, uma das mais caras de mimha cidade, um dia, n me lembro pq, comecei, literalmente, a contar quantos negros haviam na minha escola, cheguei num total de 15 ( sete eram filhos de empregadas que trabalhavam lá), mimha escola tinha pelo menos 200 alunos
Olá, Lili Acabo de tomar conhecimento a respeito de seu canal. Adorei. Oque você acaba de questionar eu já tenho feito este exercício, procuro observar nos locais onde frequento a proporção de pessoas brancas e negras. A discrepância é gritante, quando você encontra pessoas negras nos shoppings, geralmente elas estão trabalhando na limpeza ou na segurança. Meu filho faz faculdade de medicina e não há pessoas negras na sala dele. Acho que em toda faculdade não há alunos negros. Só não enxerga o racismo no Brasil aquele que não quer enxegar.
Nossa que canal maravilhoso! você tem uma forma super bacana de falar. Uma glória ter uma intectual tao importante como você falando de forma tao acessível e democrática assim. Longa vida a seu canal!
Interessante esse conceito de "raça social"! A minha seria branca, mas atraves de testes de DNA descobri que minha antepassada materna em linha direta mais antiga foi uma negra africana, "haplogrupo mitocondrial L3". Acredito que no Brasil haja um preconceito contra ser mestiço. É muito raro alguém de fenótipo branco europeu ou negro africano dizer que possui antepassados de raças diferentes. Os pardos, por exemplo, gostam de se autodeclarar como 100% negros.
Tive lendo os comentários, e vi um monte de gente falando que homem branco tem um monte de privilégios, nesse momento me sentir burro, pois nunca me aproveitei de nenhum deles; Não tenho cotas em Faculdades , não tenho descontos em inscrições em concursos, não tenho cotas nesses concursos, quando procuro emprego, passo pelo mesmo sistema se seletivo que todos os demais candidatos, independentemente da raça, cor ou religião... ENTÃO CADÊ MEU PRIVILÉGIO???? Me mostrem, pois até agora não encontrei !!!
Professora, essa ladainha da democracia racial existe no mundo inteiro, infelizmente. Aqui na Inglaterra, onde vivo, os negros ingleses raramente ocupam cargos de liderança. Inclusive, até mesmo os europeus do Leste (antiga URSS) mesmo falando um inglês sofrível muitas vezes, ocupam mais cargos de liderança do que os negros ingleses. Sim, o mundo inteiro é racista. Mas um ponto que é tão distante da realidade, quanto a democracia racial, é o fato dos sociólogos afirmarem sem base científica alguma, que somos todos uma só raça. Podemos ser uma mesma espécie, mas com raças diferentes, como todos os animais na terra. Porque seria diferente conosco? Se fôssemos todos uma só raça, os laboratórios mundo afora não criariam doses diferentes de medicamentos para asiáticos, europeus e africanos. Sabe-se que asiáticos, por exemplo, tem menor tolerância à alcohol, mas comparado a quem, já que somos uma só raça??? Essa balela sociológica é a mesma que ideologia de gênero. Homens e mulheres também são diferentes segundo a ciência, mas os sociólogos com seus achismos, ignoram! Me desculpa mas entre a ciência e sociologia, vale mais o achismo científico! 👍
Lili, faça um vídeo contando pra gente seus livros favoritos de história, o que você leu durante sua vida acadêmica e o que você lê hoje. Adoraria também ver um vídeo no qual você falasse sobre obras contemporâneas para ajudar a entender o que está ocorrendo hoje com a democracia mundial. Curiosíssimo!
Minha mãe é negra e quando foi atender a porta comigo ainda criança em seus braços a pessoa que tocou à campainha perguntou pela dona da casa. Por ser negra a pessoa pensou que minha mãe era a babá ou empregada... Há outros exemplos que presenciei enquanto crescia.