A VIAGEM DE GIL EANES | Como os PORTUGUESES dobraram o CABO BOJADOR 

No início do século XV, os europeus tinham um conhecimento limitado do mundo. Inspirados pelas concepções bíblicas, muitos achavam que nos limites do Mundo existiam temíveis monstros marinhos e abismos. Um desses limites, ficava a sul das Ilhas Canárias, no Cabo do Medo, mais tarde conhecido por Cabo Bojador.
Em 1415, quando os portugueses conquistaram a cidade de Ceuta, tiveram a oportunidade de contactar com mercadores da região. Essa situação criou no Infante D. Henrique, o afamado Navegador, a ideia de que havia mundo a sul do Bojador.
E, a partir, de 1422, cerca de quinze tentativas, sem sucesso, foram feitas para ir além do Fim do Mundo! Em 1434, após retornar das Canárias, Gil Eanes é incentivado pelo Infante D. Henrique a levar a sua missão a bom porto. Gil Eanes e alguns intrépidos marinheiros portugueses vão na sua barca e conseguem contornar o Cabo Bojador, ir além do Fim do Mundo! E abrem as portas para Portugal de um Incrível mundo novo.
Esta é a história épica de como os portugueses começaram a sua aventura épica de "navegar por mares nunca dantes navegados" e superaram as brumas do esquecimento para alcançar a glória! O sublime poeta Fernando Pessoa fez referência ao Cabo Bojador no seu poema "Mar Português".
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Ficha Técnica:
Pesquisa e Roteiro - André Coutinho
Edição e Locução - André Coutinho
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Referências:
Pereira, António (2005). O conhecimento do oceano no século XV: entre a fantasia e a esquadria, o Bojador e o pego do Mar. Universidade dos Açores. "ARQUIPÉLAGO. História". ISSN 0871-7664. 2ª série, vols. 9-10 (2005-2006): 43-67;
Gomes Eanes de Zurara. Chronica do Descobrimento e Conquista da Guiné;
Domingues, Francisco (2004). Os Navios do Oceano: Teoria e empiria na arquitectura naval portuguesa dos séculos XVI e XVII. Centro de História da Universidade de Lisboa. Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.