A24 E O PÓS-TERROR | Cortes do Desencontros 

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Omelete entrevistou a produtores/elenco dos novo Halloweens anos atrás, e quando o Hessel pergunta sobre o post horror, o John Carpenter responde algo tipo " o que, oque é isso??" E argumenta que isso que se chama pós horror, ja foi feito na época de Frankenstein de 1932.

Caros, tenho impressão que a crítica de vocês exala uma espécie de racionalismo que sufoca a experiência do cinema, de maneira contrária ao que estão argumentando. Quando assisti A Bruxa, por exemplo, achei uma experiência estranha e aterrorizante. Algo que não sentia para outros filmes de terror lançados recentemente. Como encontrei esse filme? Apareceu na Netflix. Simplesmente isso. Pra mim a grandeza desse filme está fundamentalmente em uma experiência sensorial, de ambientação, visual, plástica. Temos que cuidar para que a crítica não suplente a experiência sensorial do cinema. Abraços

Pra mim ficou extremamente claro que a grande crítica abordada por vocês (fora a de mercado), é para com o público que traz essa perspectiva de filmes de terror que “não são só terror”. De outra forma, não faz sentido a crítica. Apesar da sua influência majoritária e planejamento pra criar obras que “agradem” o mercado, isso não inviabiliza a visão artística dos roteiristas, diretores, técnicos e afins. Logo propor uma crítica apenas voltada para a empresa é tão sem sentido quanto dizer que “A24 é autoral”, visto que fizeste essa mesma personificação para analisá-la.

Corte irado, a discussão nos comentários ta mto massa

O tanto de gente criticando o corte sem nem ter assistido o vídeo é assustador, o que custa ver o que os caras têm a dizer antes de criticar os apresentadores por coisas que eles nem disseram?

Esse negócio de pós-terror é balela mesmo. Mas eu discordo que esses filmes têm medo de se assumir terror. Bom, eu não tenho tanto estudo em cinema, mas qual o problema de misturar gêneros? Acho que A Bruxa, Midsommar e outros deram uma boa revitalizada no terror, inclusive pra filmes menos sérios e mais escrachados.

Muito legal discussão. Respeito vocês e somo a minha voz ao coro das pessoas que não concordaram dessa vez com vocês. Acho a A24 uma das grandes responsáveis pela oxigenação do gênero e a trilogia de Ti West é muito exitosa no que se propõe como uma experiência engajante, divertida e afiada sobre cinema, fama e a busca do ser humano por validação em um mundo massificante

0:04 quebrei nesse "aí caraio"

Mas se o "pós-terror" é só uma nomenclatura covarde pra algo que já se fazia anteriormente (a hora do lobo, wicked man), não seria apenas um equivoco de concepção na forma como se aborda essa nomenclatura atualmente? Não consigo ver demérito em os filmes que são tidos como 'terror psicológico' serem comparados aos clássicos do terror de antigamente

Se não é "frontal", se não tem a juvenila sangrenta e os clichês do gênero, só pode ter "vergonha de ser terror."

esse papo me lembrou um vídeo ótimo da Lindsay Ellis sobre Game of Thrones, em que ela fala sobre gênero e expectativa, de alguma maneira atando a derrocada das últimas temporadas a uma noção (subscrita pelos próprios criadores) de que GoT "não era fantasia", ou era "fantasia pra gente grande". o que é totalmente besteira, e parte de um pressuposto de que fantasia = Senhor dos Anéis. você pega o ápice do clichê - o produto mais bem acabado, ao menos pro audiovisual, até então - e extrapola pra todas as fantasias. aí o fato de GoT ter certas características que o opõem à "fantasia hegemônica" - sobretudo o realismo da linguagem e da moral dos personagens - levou as pessoas a achar que "não era fantasia", quando é evidente que o George Martin é um super fã de Tolkien e de outros autores de fantasia, a obra está repleta de referências e lugares-comuns do gênero, etc.

Discordo disso aí, claro que terror tem as caracteristicas citadas, mas se vemos por exemplo os terrores antigos, como nosferatu, eles exploram esses aspectos. Ser fã de empresa é bobo mesmo, mas não vejo problema das pessoas gostarem de determinado modelo de filme, mesmo que seja repetitivo como sei la, filmes da marvel kkkkkk. Os Studios Ghibli, por exemplo, que citaram, querendl vocês e eu ou não, trás muito da visão cinematográfica do Hayao, logo, faz sentido que as pessoas se identifiquem com a empresa de forma geral.

Só pelo fato de existir uma produtora que se venda como autoral, já é estranho. Pensando que ela se insere numa lógica de mercado da indústria cultural, precisa empacotar uma série de signos indentificaveis pelo seu público, um padrão tecno estético, homogenizar os gostos Os produtores podem até ser autorais, no caso, autores, cineastas, diretores de fotografia etc e mesmo assim ainda terão a liberdade criativa mais ou menos balizada pela empresa, por um projeto viável, lucrativo. Mesmo a A24 se vendendo como outsider, com filmes diferentões, ela joga como peixe grande. Imagino tbm q outro rolê que dá muito pra notar é isso dá aestetização (nem sei se essa palavra existe kk), mas no sentido do que ativa os nossos sentidos, do que consideramos bonito, feio... A A24 percebe bem cedo que o seu público enxerga um valor de produção numa fotografia mais experimental, afiada, numa montagem fora da caixinha etc, esse verniz estético que em teoria descola uma obra do ordinário, mas o foda é que, quando eles repetem a fórmula, empacotam, tudo vira, de novo, caricatura de si mesmo.

Não se fala sobre outra coisa aqui na obra

Esse papo de "vergonha de ser terror" é tão bobo. Tem que ser tudo igual, cumprir uma "tabela do terror"? É só um estilo, veja outro.

Se eu ganhasse UMA NOTA PRETA, encheria helicópteros de panfletos "PARE DE SER FÃ DE EMPRESA" e jogaria do céu O ANO TODO

Ainda não vi o video, mas sei q a palavra "frontal" sera mencionada algumas vezes

6:58 já eu estou. Acho um porre, sempre preferi um terror mais explícito e fico feliz que em contrapartida temos Terrifier e semelhantes.

Piscina Infinita é um filme nessa pegada de pós terror que me deixou frustrado. O filme não me fez sentir nada, só vontade de acabar logo.

Eu concordo sobre as críticas a empresa, os fãs são realmente insuportáveis mas eu discordo sobre terror com medo de ser terror. Dito isto, eu já ouvi o Leão falando mil vezes sobre esse tema, no próprio podcast vocês falaram disso várias vezes e sempre com as mesmas críticas, palavras e exemplos, gosto muito do conteúdo de vocês mas se puder fazer uma crítica, seria essa, cuidado com discursos e temas repetitivos, eu assisti esperando algo novo mas são as mesmas críticas, mesmo exemplo de garota infernal, etc.

Esses seriam aqueles caras que pausariam O Poderoso Chefão pra explicar hahahaha

Eu não odeio a A24; odeio os fãs da A24. Eles são emocionados ao ponto de acharem que o terror proposto pelo estúdio é "revolucionário", "conceitual", sendo que, o dito terror psicológico já existe desde 1914 com "Consciência Vingativa"; que se tornou tendência na década de 60, sobretudo o cinema de horror britânico - sob influência do Hitchcock. Terror psicológico sempre existiu (e aliás, todo terror é psicológico, mas enfim...), mas colocam A EMPRESA em um pedestal de falsa originalidade, sendo que isso na verdade é só terror gourmetizado que tem medo de suas origens.

lucidos

O mesmo vale para os fãs de studio ghibli😂

o genero tem que continuar o mesmo, pode mudar nadinha de nada

esse lance de X ter medo de ser terror foi algo que senti qnd vi, as cenas de morte são fraquíssimas, me soaram bem contidas

Gente, que cara chato. Que vida pequena. Triste por ele. 😅

Chatos pra caramba, meu Deus kkkkkkkk não deu pra ver nem metade do video