Eu sou trans e sou professora de História, mas sempre recebo convites e propostas de programa. É uma realidade que mesmo você não fazendo (e lutando para não fazer) parte dela, só pelo fato de ser trans, as pessoas te associam à isso.
Que orgulho dessa mulher, que orgulho de tantas outras que dão voz e a cara para bater. E que também defendem outras vivências. Não somos feitas em série, como diria nossa querida Roberta Close. Alina domine o mundo! Meninas obrigada por essas entrevistas incríveis! ❤️
"Não canta igual à princesa, canta igual o príncipe." Eu ouvi isso com 11 anos. Da minha mãe. Não sou trans, mas parei de cantar até os 14-15 anos, qd minha voz mudou. Já fui solista em todos os corais dos quais participei qd adulto. O trauma ficou.
Pois é. Eu fui violado pela minha própria tia quando era criança. Ao desabafar para os meus amigos mais tarde, eles disseram que era algo que eles queriam ter vivido e ao dizer as minhas amigas, elas disseram "Ah, mas deve que ela fez isso porque ela mesma já foi abusada." Minha irmã também foi abusada sexualmente por outra tia minha.