É preciso ser lembrado, que em 1967 houve a marcha contra a guitarra, liderada por Elis Regina e acompanhada por artistas da MPB. A maioria das gravadoras e rádios dos anos 80 eram de artistas dessa geração de 60, que tinha um pensamento contra a guitarra. Mas também é preciso ser dito, que muitas dessas bandas de pop/rock dos anos 80, não tinham tanto conhecimento musical. Com algumas claras nítidas exceções, poderia citar alguns nomes (bandas pop/rock), mas aí começa aquela discussão boba, e como gosto disso kkkkk cito o guitarrista Edgard Scandurra, e o baterista João Barone. Os outros músicos dos anos 80 eram mais criativos do que realmente técnicos! E sinceramente as vezes a criatividade e feeling sobressaíam a técnica, criando músicas que hoje são verdadeiros hinos!
O labao uma vez no The Noite disse isso mesmo: que havia no Brasil por parte do pessoal da bossa nova e mpb, um movimento contra a guitarra eletrica. E essa cultura pegou, nao se ouve muito solo de guitarra em musica popularesca tupiniquim
Barão sempre teve solo. E até no RPM tinha muita guitarra, vide Loiras Geladas. Mas sim, nos anos 80 imperava o sintetizador e não vi problema nenhum nisso. Nos deixou muita coisa boa, muito som bom.
Acho que por isso que o Andreas fala é que a cena de metal de BH era tão impactante: Sepultura, Sarcófago, Overdose, Holocausto. Uma brutalidade que era incompreensível para os rockeiros oitentistas.
(MINHA OPINIÃO)Eu acho a maioria dessas siglas metal horríveis, não consigo ver arte nisto, gosto no maximo de Megadeth pra baixo, e ainda mais esses que vc citou, pra mim não é incompreensível e sim ruim, não tem nada ver com rock n roll
Eu posso estar falando uma grande bobagem, mas pra mim, essa aversão com guitarras nas radios aqui no Brasil influenciava até a forma como algumas musicas INTERNACIONAIS eram executadas. Lembro-me que quando o Red Hot Chilli Peppers lançou o Stadium Arcadium, algumas radios simplesmente CORTAVAM o solo do John Frusciante.
Lembro de um single do nx zero que saiu em 2010 e até com o nx zero que é mega comercial e apelativo, as rádios cortaram a guitarra kkkkkk "só rezo" o nome da musica
Minha opinião é que os solos (e trabalho de harmonia) do guitarrista Augusto Licks, Engenheiros do Hawaii de 87-93 se destacou nos 7 discos Que gravou com a banda. A guitarra meditada e executada. “Quartos de Hotel” e “Sampa no Walkman” como exemplos.
Poderia ter se tornado um dos maiores guitarristas do Brasil, mas colocou o ego e a ganância em primeiro lugar tentando roubar a propriedade intelectual dos outros dois colegas.
@@RafaelMachadodeSouza eu estou falando de musica, de guitarra, mas te entendo! E se vc curte a contribuição dele para a estética de cada um dos discos de 87-93 eu recomendo efusivamente a leitura da biografia dele. Esse caso q vc citou foi uma péssima orientação jurídica que lhe deram para que ele garantisse os direitos que considerava justos, foi realmente confuso e ele mesmo sabia que o nome já existia antes dele entrar na banda. O fato de um cara profissional como ele ter saído como vilão na história mostra o quão fácil é se ferrar no showbusiness. Ficou uns 25 anos em total silêncio sobre o assunto deixando que construíssem um espantalho dele, a guitarra juntando poeira.. uma grande pena. Foi uma lama essa separação.
Wander Taffo. Guitarrista incrível , com um puta timbre , baita compositor e escreveu solos matadores. Graças a ele que surgiu toda uma geração de virtuoses
Mestres, Neste período entre o fim dos anos 80 a metade dos anos 90, os Engenheiros do Havaii fizeram canções que conquistaram sucesso e possuem o elemento dos solos, bons riffs.. Aproveito a oportunidade para sugerir o convite para o Humberto Gessinger que além de imenso talento, possui um conjunto de visões do cenário rock brasileiro que ele enfrentou juntamente com a banda por não estarem nas "capitais do rock". Vida longa ao Amplifica !!! 🙏
Sim, o único álbum que tem uma "guitarra fraca" da fase clássica deles na minha opinião é o A Revolta dos Dandis, mas de resto todos os álbuns tem riffs criativos, guitarras com distorção mesmo que não seja pesado e bons solos na maioria das músicas (quem não conhece e quer ver um exemplo eu comendo ouvir a música Tribos e Tribunais do álbum Ouça o que eu digo de 1988 e vão ver que esse início é muito a frente de qualquer banda "badalada" da época.
Poderia ter se tornado um dos maiores guitarristas do Brasil, mas colocou o ego e a ganância em primeiro lugar tentando roubar a propriedade intelectual dos outros dois colegas.
Tinham que ter falado do Augusto Licks no Engenheiros do Hawaii, onde a guitarra era extremamente presente e com harmonias incríveis. O Augusto é um monstro subestimado.
Mas ele está colocando os anos 80 do rock br. Na década de 70 vc coloca muita banda com guitarra solo; não há de se negar era a era da tropicália e progressivo. Melhor era da música mundial!
Gosto dos recortes do Rafa (Amplifica), porque são bons vídeos sempre. Cuidadoso com os assuntos e pra quem gosta de música; são muito educativos. Estética também, início e final sempre bem pontuados, cortes bem feitos, etc. E o Andreas hein, que baita músico! É show...
O Rock dos 80 tinha o maravilhoso Robertinho de Recife, um Mestre maravilhoso na guitarra que assinou a trilha de Pantanal, era garoto com 5 anos e aquilo me tomava. Com vinte e alguns comprei o Rapsódia Rock em vinil em um sebo.
Os grandes solos da música brasileira estão na música baiana/pernambucana e no chorinho. O nome dele é bandolim e guitarra baiana (criação paralela à guitarra elétrica). Novos Baianos, Dodô e Osmar, Jacob do Bandolim, Pepeu Gomes, Jorginho Gomes. Essas figuras trouxeram um sentimento de rock muito mais que qualquer roqueiro do Brasil, porque traduziram o sabor de sua vivência coletiva. Quando tua maior influência tá tão distante vc vira um repetidor, um órfão de cultura. Quando vc olha ao redor e se influencia por isso, vc se dá conta da adrenalina que é viver e estar no lugar presente. Pra mim isso é mais “rock” do que tentar ser do rock
Canal top pacaramba !!! Ta de parabens o rafael !!! Saudades de ter estado com o andres kisser em 2012 e 2013 na beatles week na inglaterra em liverpool !!! Valeu man !!!
Mas isso é cultural da época. A influência punk, com o DIY, mostrou que sem muitos recursos (instrumentos ou conhecimento) era possível fazer acontecer, além da simplificação do que estava se tornando complexo e chato pra alguns. A maioria das bandas nacionais mencionadas teve essa origem no punk. O Grunge tbm revisitou isso no início dos anos 90. Acredito que a indústria apenas se aproveitou disso pra um consumo rápido do conteúdo. Mesmo tendo mil vezes menos propriedade pra falar disso do que o Rafael e Andreas, é o que percebo da evolução/transformação da história.
Mas as bandas daquela época, mesmo com influência punk, não tinha peso na guitarra. E não era só por culpa de produtor, era também em boa parte dos próprios músicos que eram limitados e ou não tinham coragem para peitar o produtor(alguém falou o picareta e patife do Liminha? hahaha) ou porque também eram preguiçoso e não queriam meter distorção no talo e peso! E muitas daquelas bandas nem tocavam rock de verdade. Tinha muito mais de pop rock do que rock pesado naquelas bandas. Isso talvez seja coisa do próprio brasileiro de querer soar leve e não ter o peso que as bandas gringas tem.
Os anos 80 estão muito mais para pop do que rock. Tanto na atitude quanto na sonoridade. Os anos 70 foram mais rock n roll que os 80 (Mutantes, Terço, Casa das Máquinas, Patrulha do Espaço, etc....)
Anos 70 o rock brasileiro era mais rock'n roll que nos anos 80. Lendo os comentários de muitos aqui eu concordo que tanto a influência pós-punk e o gênero "comercial", "garage" pesaram mais que a falta de uma nova safra de guitarristas solistas.
Muito boa esta parte do bate papo , muitas coisas que eu não fazia ideia sobre este lance da falta de solos de guitarra em músicas das bandas de rock daqui do Brasil. É bem isto mesmo, visão de produtor. Acho interessante que na Argentina não rolou isto, a gente ouve músicas do Spinetta , Soda Stereo, Charly Garcia entre outros artistas e bandas tem belos solos de guitarra , dá para notar o lance do Chorus também que eu particularmente gosto muito e não me incomodo. Muito bom este corte!
Andreas tem razão, mas é uma injustiça nao lembrar do Augusto Licks no Engenheiros do Hawaii, de 87 a 93, com riffs, bases e solos históricos, um dos melhores e mais singulares guitarristas do planeta.
@@andrepires7687 Cada disco tinha uma sonoridade de guitarra diferente, Licks sempre experimentou bastante, ouve ai a discografia toda, de 87 a 93, esse "algumas musicas", são muitas...vou citar algumas que me vem agora a cabeça: Pra entender, Alivio Imediato, A Violência Travestida Faz Seu Trottoir, quase todo o Varias Variaveis e o GLM, tem muita guitarra ali...
Cara o "Simples de coração " e o "minuano". Era pós Licks. Também tem muitos solos legais. Eu sou dos engenheiros e gosto muito Licks e acho ele único.
Muito bom essa resenha sobre os contextos da época. Tenho 40 anos e comecei a me lembrar de várias coisas que se discutiam naqueles tempos e agora mil anos depois as peças encaixam.
Alguém mais fica revoltado com o fade out do solo de "Lanternas dos afogados"? Um dos solos mais bonitos do rock nacional e os caras me baixam o volume....rsrs
Esqueceram de Augusto Licks, um dos maiores guitarristras do Brasil com solos maravilhosos na formação clássica do Engenheiros do Hawaii. Ouçam o solo se Alívio imediato e o arranjo da versão studio de Terra de Gigantes.
cara, de boa, vai acontecer de no futuro eu ver esse vídeo e dizer pra galera: olha o nível de podcast que tivemos no Brasil… Assistir esses dois feras trocando ideias ali, sobre musica, bastidor, é du caraleooooo
Camisa de Vênus (ou Marcelo Nova) sempre fizeram um som rock and roll total cheio de guitarra distorcida. Curtia muito! Marceleza! Esqueceram de falar dele! 🤘
Conversa fiada, o Brasil sempre teve ótimas bandas , compositores, instrumentistas bons, muita banda americana e inglesa, são ruins, muito barulho. Sepultura é uma merda, gritaria, barulho de guitarras, e letras ruins
Esses dois aí nem ouvem rock nacional direito, esquecer de mencionar camisa de vênus falando de rock nacional é imperdoável. Camisa de Vênus é 100% fiel ao rock n roll
Augusto Licks foi fora da curva nesse período. Um dos melhores guitarristas do rock BR. Até hoje seus arranjos e composição colocam muitos guitarristas fritadores no bolso.
Poderia ter se tornado um dos maiores guitarristas do Brasil, mas colocou o ego e a ganância em primeiro lugar tentando roubar a propriedade intelectual dos outros dois colegas.
Ohhh Rafael ele nunca fez questão do nome HW. O que ele queria era não sair da banda sem direitos. Licks monstro na guita foi convidado ah sair de uma forma cruel.
Os Engenheiros do Hawaii tinham vários solos nas músicas e alguns muito bons. É verdade que o uso da distorção era meio tímido (Mas ainda bem mais presente que em Outras bandas) porque com certeza eles tentavam se adequar ao mercado brasileiro que citaram no vídeo. Uma música com muita distorção certamente não tocaria nas rádios. Eu lembro que quando lançaram Ando Só, que tem uma base totalmente feita com guitarra distorcida, fiquei supreso. Eles tentaram fazer um som meio progressivo em alguns discos, mas óbvio que chamar de Rush brasileiro soa até como piada.
O licks e os engenheiros merecia muito mais destaque numa conversa como essa... Era tudo muito genial, se for focar somente nos anos 80... O revolta dos dandis não deixa a desejar em bons solos de guitarra apesar de não ter em todas as músicas... Mas ouça o que eu digo não ouça ninguém tem uns destaques pra guitarra que me arrepia todo... principalmente em "tribos e tribunais", "sob o tapete" e a melhor de todas "pra entender" ... Nos anos 90 com o várias variáveis não tem muito mais o que dizer, da pra sentir influência de metal real nas guitarras do licks... É porrada! Bom dms! Engenheiros melhor banda de "rock nacional" de todos os tempos
Tinha um ótimo guitarrista , mas que não sabia se impor. Muito tímido. Diferente do Alex Lifeson do Rush. Apesar de não ter tanto destaque, a guitarra aparecia bastante.
@@geovanfernandorodrigues9814 então escutei um outro engenheiros do hawaii, pq as guitarras eram bem presentes , quando se toca em uma power trio, todos os instrumentos tem que estar em evidência
Uma das bandas que o som da guitarra saí com vontade era o Rádio táxi com o som da guitarra do Taffo. Tocava muito. Mas infelizmente ele não esta mais entre nós. O outro talvez o melhor do blues. Guitarrista sensacional. Na minha o opinião foi o melhor guitarrista de blues brasileiro. Estou falando de Celso blues boy que com certeza foi o nosso herói do blues. Infelizmente também não está mais entre nós. Ele foi um músico fantástico. Quando se fala em guitarra aqui no Brasil seu nome era para ser bem lembrado. Mas infelizmente a nossa memória é curta.
Hoje a música ideal tem que durar 2:45 quase um jingle para tocar nas rádios. Os caras tem que começar quase sempre pelo refrão para segurar atenção da galera. Saudades de longos soLos nas introduções de solos no meio e no final sentindo o som do instrumento sagrado- a guitarra
Houve uma época em que as bandas de rock evangélicas (Oficina G3, Fruto Sagrado, Resgate....) deram mais protagonismo às guitarras do que as outras bandas de rock nacionais.
@@nebula3151 quando? Justamente na época do auge das bandas que o Andreas citou. Alí pelos anos 80/90. As bandas de rock evangélicas não tinham essa pressão mercadológica que as bandas seculares tinham. Pega as bandas seculares e as bandas evangélicas de maior sucesso dessa época e compara. Que banda secular dentre as de maior sucesso (Titãs, Paralamas, etc...) tinham guitarras tão em evidência quanto as bandas evangélicas tbem de maior sucesso (Catedral, Oficina, Fruto Sagrado, Resgate, Rebanhão). Claro que tinha as bandas mais underground no meio secular que tinham guitarras insanas, Mas tô falando em comparar as que fizeram mais sucesso no meio secular com as que fizeram mais sucesso no meio gospel.
Da mesma forma como eu fico puto que muitos brasileiros não conhecem / ou não respeitam Angra, Sepultura e as demais de metal, eu fico indignado como esses últimos - ou grandes nomes da cena - ignoram totalmente as bandas do RS. Engenheiros do Hawaii é apenas uma de um monte de bandas que surgiram de 80 pra cá. Vale a pena procurar.
Legal esse papo. E é tão verdade esse papo de timbre de guitarra com chorus, que tem muita música desse período que n época eu nem percebia que era som de guitarra. Eu lia na ficha técnica do disco o nome do guitarrista, mas ouvia a música e não percebia guitarra nenhuma. Parecia tudo uma cama de teclados. Só recentemente que fui ouvir e aí “putz, essa frase aí é guitarra mesmo” - kkkk
Eu gosto muito do rock nacional, mas isso é uma coisa que me faz ouvir menos do que eu gostaria, porque é só um cara cantando o tempo todo, sem um solo e uns arranjos para dar um peso, ou mesmo uma beleza na música.
Que corte foda, aquele tipo de diálogo que você fica imerso porque cada informação trocada é instigante musicalmente e de maneira descontraída se comunica com vários outros pontos de vista.
Massa. O tema do vídeo muito bom e ultra pertinente. Sobre o rock brasileiro, em geral: 'rock' sem solo de guitarra é o mesmo que samba enredo sem repique. ..... em se ouvindo o nome de John Sykes, lembrem de Thin Lizzy. AQUILO é é que é ROCK. O que fizeram foi o que se esperam de solos de guitarras. .... alguns outros. Saudações.
Pena que esse assunto não rendeu mais. Para mim, esse é um tema central no meio musical nacional. Andreas, inclusive, participou de um documentário sobre o tema, algo que poderia ser explorado nas próximas entrevistas.
É visível um certo temor (medo mesmo) do Andreas Kisser de colocar o dedo na ferida, ou seja, de que foi em 1967, após a Passeata contra a guitarra, que matou o instrumental, bem como o nosso rock.
Deluque, do RPM, até que sola mas músicas, mas são solos, alguns deles, que não entraram na versão final dos discos. Se procurar aqui nessa plataforma, vai ver que ele sola nos lados A. Se tratando de Pepeu, o cara é foda. O cara passeava por tudo quanto era estilo deixando com cara de rock. Ele e Moraes é o perfeito equilíbrio dentro da musicalidade dos Novos Baianos.
Uma boa renovada e que trouxe muito do rock americano para o Brasil. Hanói Hanói com o disco ao vivo Credus! Sempre vai ser uma das minhas referência no rock. Mas, isso veio mudar nos anos 90 tbm kkkkkkkk pq o Hanói tbm tinha esse lado morto em relação a distorção.
Primeiro eles teriam q escutar os discos e ao menos ker as duas biografias (dos Engenheiros e do Licks.). Só assim eles começariam a entender a importância.
Hoje vivo em Portugal e semana passada disse para minha filha de 6 anos: filha, agora vou colocar uma música brasileira que eu ouvia muito quando era adolescente. Coloquei "arise" pra tocar. Quando entrou os vocais ela começou a dar risada e disse "meu deus do céu, aposto que os shows deles eram uma loucura!" Hahaha. E não é que ela acertou?
nos 80 no sul do pais ainda rolava mutio rock com guitas como a legendaria Bandaliera com o grande guitarrista Marcinho ramos. Ainda bem q tinhamos a grande RAdio Ipanema q tocava rock sem filtros, bons tempos
Para mim,um dos melhores guitarristas das bandas oitentistas foi o Edgar Scandurra,do Ira!. A assinatura dele na guitarra é muito boa,com bons riffs e com uma presença marcante da guitarra nos primeiros álbuns. Depois,eles migraram para um pegada mais pop rock que,na minha opinião,não diminuiu em nada a qualidade do som,apenas mudou a estética.
Quando era criança eu fui ensinado a gostar muito de rock nacional por causa da influência dos meus pais que pegaram aquele auge todo da década de 80. Então virei fã de RPM, legião, capital inicial. Quando fui crescendo e pegando o momento do orkut e youtube, além de amigos, descobri ozzy, metallica, iron maiden, helloween, black sabbath e guns, aí ja era, comecei a ter problemas com música brasileira. Entendo demais as críticas feitas nesse video, acho que não precisa radicalizar e nem virar o tiozão chato da música, mas que o nível de qualidade e complexidade tem um abismo de diferença é inegável.
É apenas outra proposta de música, inspirada em outras referências. Ter ou não solo de guitarra pode até ser um preferência pessoal, mas não e parâmetro para definir qualidade. Nesse quesito, não muda em nada.
@@luishenriqueassumpcao3917 qualidade é uma palavra complexa. Vc pode levar no sentido de gosto pessoal como vc fez, e nesse caso sim vc está certo. Mas vc pode levar no sentido de solos, escalas, progressão de acordes, harmonias e melodias, efeitos, criatividade, métricas mais bem construídas, inovações. Nesse caso a qualidade é sim muito diferente.
mas o rock dos anos 60/70 do Brasil é massa demais. ja ouviu Mutantes? era só pedrada. Terreno Baldio, Som Imaginário, Som Nosso De Cada Dia, etc. todas q eu citei sao mais complexas que Black Sabbath e Guns (pelo menos dos álbuns que eu conheço deles)
Interessante que eu nunca havia parado para pensar nisso. Das bandas dessa época, consideradas "rock", pouquíssimas realmente tinham os elementos característicos do estilo. Tirando o Ira, Engenheiros e os Titãs, é difícil pensar em outra (pelo menos até a metade dos anos 90, quando surgiram novas bandas com uma pegada diferente). Além, é claro, do MONSTRO Celso Blues Boy, cuja carreira foi focada na guitarra!
A verdade é que só dão valor para o que acaba ou ficou no passado (Engenheiros é um exemplo) Amanhã você vai sentir falta de muita coisa que toca hoje em dia, valorize.
Engenheiros do Hawaii tem ótimos discos. Várias Variáveis é um exemplo de disco com guitarras. Revolta dos Dandis é um disco clássico do rock nacional.
@@Vodka2011 não só a idade...acho que o cigarrinho do capeta.🤣🤣Que eu me lembre o Grupo Ira! Era uma das bandas de mais atitude naquela época, sem desmerecer os outros. Grande abraço!
Pois é, o Ira! Tem muita música que reconheço pela guitarra: Pegue Essa Arma, Núcleo Base, Nas Ruas, Farto do Rock n Roll, Dias de Luta, Assim Que Me Querem
Lembro-me claramente de um documentário da gravação de album dos Titãs, onde o Charles faz uma simples virada na bateria e o produtor, Liminha, reclamando dizendo "que aquilo ali não é rock progressivo". Vejam como é limitada a visão de um dos maiores músicos e produtores da história da nossa música, na visão dele, uma virada de bateria, que nem era complexa e estava perfeitamente colocada no lugar certo, "é coisa de fazer rock progressivo". Dali em diante, não consigo nem olhar pra esse sujeito.
Os produtores no Brasil tinham uma visão estética anti virtuosismo. Tudo tinha que ser dosado e comportado ao contrário da própria essência do rock que é colocar tudo para fora.
Enquanto isso, Antônio Gramsci dá risada no inferno. Os soças da MPB se achavam o suprassumo da música (sendo que ninguém ali era realmente fenomenal na arte do canto, no máximo tinham afinação e alguma identidade vocal). Eles quem enviesaram o pensamento simplista da música como um todo (para que eles permanecessem sendo cultuados como deuses).
Não dá pra negar o.qie.foi dito no vídeo, mas quero citar algumas honrosas excessões de belíssimos solos do BRock 80/90: lanterna dos afogados, o Poeta está vivo, refrão de bolero, eu quero é ver o oco, adivinha o que, herdeiro da pampa pobre, grand hotel, várias do Ira... Menção honrosa ao Rick Ferreira que gravava as guitarras do Raul. Abraço mestres.
@MrFabianoCarvalho Raimundos e CBJR são exceções. Ainda assim, quantas músicas deles foram de hit de fato? Raimundos é lembrado basicamente por duas músicas. Charlie Brown Jr é mais lembrado pelo Acústico mais do que qualquer outro disco.
@MrFabianoCarvalho Se for esse o parâmetro, ninguém "levanta a galera" como a Ivete Sangalo, Sertanojos Universitários, etc. NO show do Gilmour ele pede para as pessoas fazerem silêncio. Esse parâmetro não tem o menor cabimento.
@MrFabianoCarvalho A crítica do video é preguiçosa e generalista: ROCK BR não tem solo. Eu e vários outros demos exemplos de que não é verdade (e é óbvio que não é verdade).
Boa noite... Muito bom o papo,mas preciso trazer a atenção de vcs pra um disco do rock nacional que tem belíssimas guitarras... (Várias variáveis) engenheiros do Hawaii. Se não me falha a memória ele é de 90 ou 91. Aliás essa banda tem solos bonitos... Dei o exemplo do Eng do Hawaii pq vcs falaram sobre rock nacional... Augusto licks tocou muito neste disco. Boa noite sou fã de vcs 2
As coisas foram pra um lado mais comercial pelos produtores como o Andreas disse. Inclusive lembro nas rádios de cortarem as músicas que tinham solo. Cortavam até os solos do Metallica 😂
Isso é culpa daqueles esquerdistas nojentos da MPB de décadas atrás e sua ojeriza ao que não era considerado por eles como refinado. Essa síndrome de ser de luz, superior aos demais, está incutida até hoje no mainstream.
o disco do Lobão, sob o sol de parador, de 1989. Se não me engano o Carlos Bartolini tinha voltado dos USA e este disco tem som de guitarra e solos muito legais.
Esse Show que o o Kisser falou com o Roberto Carlos , eu estava , foi na AV Faria LIma , Teatro Natura, 08/10/2018 . RC na VEIA , uma segunda feira, foi uma noite inesquecível nunca tinha visto tanta gente famosa de tão perto , e tocando rock pesado
Engenheiros do Hawaii, era diferente de tudo que tinha no Brasil nos anos 80, é claro que qualquer som que tu escute, tu vai se liga na influência, ainda mais dessa época. Mas o que a mídia fazia com Engenheiros do Hawaii era um absurdo, essas pautas de comparações, era pra aborrecer o ouvinte menos informado, ou que curtia só um pouco os caras, ai depois quem escutava isso, formava uma opinião contraria a banda. Mas se banda conseguiu sobreviver aos anos 80, com toda aquela asneira critica da mídia, é porque tinha fãs, e as vendas de disco, mais os fãs que iam nos shows. Ainda bem que existia quem não se deixava ser influenciado, por esses críticos musicais, que sempre sonharam em ter uma banda de sucesso, mas não conseguiam fazer um acorde, bando de invejosos, ou quando tinham outro interesse $ pro seu próprio bolso!
Poderia ter se tornado um dos maiores guitarristas do Brasil, mas colocou o ego e a ganância em primeiro lugar tentando roubar a propriedade intelectual dos outros dois colegas.
As bandas dos anos 80 tiveram influência do punk, algumas nem tinham esse virtuosismo, por isso os poucos solos. Mas o Herbert do Paralamas fazia bons solos. Já nos anos 90-2000, não sou muito de Charlie Brown, mas eles tem solos muito bons…
@@cesarchaveiro o q o Humberto ganharia em trocar ideia com um cara que não conhece o trabalho dele foi irônico ao citar a comparação com Rush. O lance da comparação com Rush tem haver com a estética do trio no palco e não com a sonoridade, mas vc acha que o Narigudo iria entender isso? Conheço pessoas que trabalham com o Humberto e afirmam que o cara hj em dia está muito mais de boa. A galera acha que é arrogância o cara não querer se misturar com os caras das outras bandas que o malhavam na mídia. Na moral vai tnc
Roberto Carlos é uma sonzeira, muito bacana essa visão sobre o rock nacional, sempre achei a mesma coisa, poderia ter mais solos, maioria das músicas tem intro e no meio repete a intro ou tem um solo bem fácil falta aquele solo marcante de lanterna dos afogados por ex. Ou o poeta está vivo do barão também acho o solo massa.
Ouçam uma banda do final dos anos 80 chamada Zenith, uma das melhores da época mas infelizmente só teve um disco lançado. Musicas deles como Dama da Escuridão, Spotlights, Asas são musicas maravilhosas. Tive a honra de ser aluno do Dé Vasconcelos que após o Zenith ele tocou um tempo com o Double You, e hoje infelizmente poucas pessoas conhecem ele.
Ia comentar do zenith agora. Finalmente alguém lembrou. Dos nacionais, o Dedé Vasconcelos é um dos meus guitarristas favoritos, e era o rock que a gente esperava, aor da melhor qualidade. Daora
Os amigos esqueceram do Augusto Licks e seus lindos riffs e solos. Aqui em casa a gente ouve direto os LPs "Várias Variáveis" e "O Papa é Pop". Inclusive o Augusto faz um ótimo uso de chorus e flanger, com uma sensibilidade que toca a gente até hoje.
Esse pessoal mais "roqueiro" nunca gostou do Humberto Gessinger e cia. Então eles "esquecem" pq no fundo não gostam. Acontece que passam as DÉCADAS e o público nunca esquece e não deixará que sejam esquecidos.
A cultura da música no Brasil é diferente. Aqui as músicas são voltadas para festas e diversão. Não existe apreciação musical aqui, principalmente dos anos 2000 para cá. O povo como um todo, não valoriza bons músicos.
Não adianta nada lamentar a falta de solos e idolatrar Gil e Caetano, todo mundo sabe que esse pessoal mandava na indústria fonográfica e queria tudo o menos parecido o possível com coisas americanas, esses caras tisoravam , a famosa máfia do dendê
Rock Nacional anos 80 foi muito influenciado pelo punk e a New wave. Ultraje a Rigor foi uma exceção pois puxava pra hard e heavy sendo rock roll.🎸🎶🎶🎶🎶🎶