POR ONDE ANDA CÉSAR MALUCO? O PROBLEMÁTICO ARTILHEIRO DA PODEROSA ACADEMIA DO PALMEIRAS DOS ANOS 70
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César Augusto da Silva Lemos, mais conhecido por César Maluco, nasceu em Niterói, Rio de Janeiro em 17 de maio de 1945.
É considerado um dos maiores jogadores da história do Palmeiras, com participação decisiva nas conquistas da época da chamada "Academia".
É o único jogador na história do Alviverde a se tornar artilheiro de uma edição de Campeonato Brasileiro: marcou 15 gols no Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1967, ao lado de Ademar Pantera, do Flamengo.
Algumas coincidências acompanham a trajetória de vários atacantes na história do futebol brasileiro. César não foi o primeiro e não será o último “Bad-Boy”.
Não é de hoje que eles existem. Basta lembrar do sempre polêmico Almir Albuquerque, de Heleno de Freitas, Beijoca ou ainda de Serginho “Chulapa”.
Os "Bad-Boys" sempre fizeram muito sucesso, pois conseguem traduzir em palavras, gestos e atitudes, nem sempre exemplares é verdade, o que muitos torcedores gostariam de fazer nos gramados.
César marcou gols e arrumou confusões na mesma proporção. Aliou genialidade e intempestividade, fazendo amigos e críticos ferozes durante toda a sua carreira. Foi apelidado de "maluco" devido às comemorações de seus gols, nada convencionais para a época, pelo narrador esportivo Geraldo José de Almeida. César declarou que nunca gostou deste apelido.
César, ex-centroavante do Verdão (em 1979 e 80) e do Vasco da Gama (em 1981), mora hoje na Ilha do Governador, Rio de Janeiro, onde trabalha em uma escolinha de futebol da prefeitura carioca e também é dono de três vans.
INF NCIA E INÍCIO NO FUTEBOL
Filho de um humilde comerciante, César foi criado na Rua Coronel Miranda ao lado de 5 irmãos. Entre eles destacamos Caio “Cambalhota” e Luisinho “Tombo”, que também jogou pelo Palmeiras.
Nos primeiros anos da década de 60, César era chamado pelos companheiros de “Leão” e jogava como meio campista no juvenil do Canto do Rio Foot-Ball Club.
Em 1964 foi encaminhado ao Clube de Regatas do Flamengo, onde foi aproveitado também em outras posições do ataque pelo treinador Modesto Bria.
Convocado para o selecionado carioca juvenil, César fez parte do time de Armando Renganeschi, campeão carioca de 1965. No ano seguinte participou do elenco vice-campeão carioca de 1966, antes do interesse da Sociedade Esportiva Palmeiras.
CARREIRA NO PALMEIRAS
Em 1967, em razão da demora na recuperação de uma fratura do atacante Ademar “Pantera”, o time do Parque Antártica buscou outras alternativas para compor o seu elenco.
Foi dessa forma que o alviverde conseguiu o empréstimo de César junto ao Flamengo, enquanto o mesmo Ademar “Pantera” era apresentado aos torcedores do time da Gávea.
No Palmeiras, César foi campeão do Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1967, inclusive dividindo a artilharia da competição ao lado de Ademar “Pantera”, na época jogador do Flamengo, com 15 gols.
O Palmeiras, muito satisfeito com o futebol de César, tentava sua contratação em definitivo, mas esbarrava no alto preço fixado pelo Flamengo. Sem o acerto definitivo entre os dirigentes, César voltou ao Rio por mais sete meses.
Finalmente, em 23 de julho de 1968, o Rubro-Negro aceitou negociar o passe de César em definitivo com o Palmeiras por 360 mil cruzeiros.
Feliz, César estava de volta ao futebol paulista. Conforme matéria publicada pela revista Placar em 21 de agosto de 1970, o contrato foi acertado inicialmente em 12 meses.
Os valores foram fixados em 600 cruzeiros por mês, mais 25 mil cruzeiros de luvas e mais 45 mil cruzeiros, referentes aos 15% do passe.
Jogando pelo Flamengo, César disputou 58 partidas com 32 vitórias, 18 empates, 18 derrotas e 38 gols marcados. Os números foram publicados pelo Almanaque do Flamengo, dos autores Clóvis Martins e Roberto Assaf.
Em seu retorno ao Palmeiras, César custou um pouco para justificar o empenho da diretoria. Sem o compreensivo entrosamento, o atacante quase voltou ao Rio para jogar pelo Botafogo.
No entanto, César não concordou com os valores oferecidos pelo time da “Estrela Solitária” e permaneceu no Palmeiras.
Mas essa readaptação ao cenário paulista durou pouco. Com o comando de Filpo Nuñez, César se ajustou muito bem e raramente perdia oportunidades de gol.
Chutava e cabeceava bem. Encontrava espaços com facilidade e mantinha a bola dominada bem ao seu estilo, com os braços abertos e batendo em tudo e em todos.
12 сен 2024