Dia 510
29/08/2019
Chicago EUA
Sai da casa do Marky as 9 horas para passar pelo centro e achar um lugar para deixar a moto e ir ver as coisas que não pude no dias anterior.
Passei novamente por quase 15 km de cidade, que apesar de grande não tem um tráfego péssimo, largas avenidas e semáforos sincronizados ajudam muito e a arquitetura também, pois sempre tem uma construção bonita para ficar prestando atenção.
Cheguei no centro e em uma rua a 1 km do local que eu queria ir vi umas motos estacionadas na rua, estacionei ali e fiquei esperando para ver se aparecia algum dos donos para perguntar se tinha que pagar ou era livre, fiquei por uma hora e nem os motociclistas e nem o fiscal de estacionamento passaram. Para estacionar em estaciomento fechados era 40 reais a hora e eu ia precisar de umas 2 horas no mínimo. Arrisquei. Deixei a moto ali na rua e fui andar sob um calor de uns 30 graus sob o sol.
O centro de Chicago é cortado por um rio e nele fizeram um passeio percorrendo a extensão do Rio passando por debaixo das inúmeras ponte elevadiças, hoje fixas, algumas delas centenárias. O rio de água azul é movimentado, varios barcos fazem tour pelo rio, iniciando em 100 reais os passeios, e também caiaques e a a patrulha do lixo. Tem uns barquinhos que passam com uma tela recolhendo o pouco lixo que acaba indo para a água. Varios bares e restaurantes as margens do passeio dão um charme para o lugar e aquela vontade de sentar ali com uma pessoa que se gosta para apenas apreciar a beleza do lugar e ver o tempo passar.
Andei um km pela margem do rio e fui para o Millenium Park, onde está o Cloud Gate, uma enorme escultura em inox parecendo um feijão. Neste parque tem também um grande anfiteatro e nestes dias ocorre ali a noite um festival de blues.
O Cloud Gate estava cheio de gente, como era de se esperar para um bonito dia de verão, fiz minhas fotos poluídas por toda aquela gente, inclusive varios brasileiros.
Segui para o início da rota 66, que é apenas uma placa em uma esquina e de lá segui para onde estava a moto passando pelo centro financeiro de Chicago com imponentes prédios contemporâneos ao lado de decoradas fachadas de prédios seculares e ruas cheias de apressados engravatado a voltando do almoço.
A moto ainda estava lá e sem multa ou grampo na roda, que era o meu medo. Fui ligar ela é nem a luz do neutro acendeu, bati no pedal e ligou. Fiquei feliz por estar com uma moto simples.
Segui pela cidade a a moto como se não tivesse bateria seguiu firme. Atravessei toda a cidade para o sul passando por área que um dia já tiveram seu glamour, mas que hoje decadente mostra belas fachadas mal cuidados. Este hoje é um reduto da porção pobre da cidade que é aqui a maioria é afro descendente, a limpeza das ruas deixa a desejar e em alguns pontos muitas pessoas estão na rua provavelmente se drogando.
Mas isso não seria a pior parte das cidades que passei neste dia. Deixando Chicago, já em Indiana passei por uma cidade onde mais de 90 % das pessoas a rua eram negras, casas abandonadas, carros velhos, jardins mal cuidados e lixo que me fazia lembrar alguns países da América Latina. Esta cidade parece ter vivido bons tempos as uns 50 anos e de lá para cá vem sendo abandonada. Segui pela route 12 pelo resto do dia, sem lugar no iOverlander segui até perto da noite e não era fácil de achar um lugar para acampar, mas providencialmente no fim do dia achei um brejo para montar a barraca. Vi uma antiga plantação, que tinha mato de um metro de altura com a marca antiga de que algum trator entrou lá. Entrei com a moto naquele brejo até achar uma parte plana e lá amassei o capim para poder montar a barraca.
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19 сен 2024
