Como é MORAR no JAPÃO? Vale a pena? 

Deixei o Brasil há mais de 20 anos e vivo no Japão desde então. Este país é a terra de meus ancestrais e se tornou minha casa. Ao longo deste período ouvi todos os tipos de relatos e impressões que brasileiros tem sobre o país, quase todos carregados de muito drama, mitos, mentiras e distorções. O relato do convidado foi um dos mais lúcidos, justos e o que mais se aproximou da realidade do país. Mas é necessário que se façam algumas correções nesse relato, vamos lá: No Japão ninguém é obrigado a trabalhar mais que oito horas diárias. Ninguém é obrigado a fazer horas extras. Ninguém é obrigado a absolutamente nada. As pessoas, estrangeiros ou nacionais, escolhem se querem ou não fazer horas extras. Normalmente estrangeiros optam por mais horas extras por que querem ganhar mais, e foi essa a imagem que os próprios brasileiros passaram aos japoneses. A lei trabalhista aqui proíbe que o funcionário, seja ele qual for, faça mais que 45 horas extras mensais por mais de 6 vezes ao ano. Para que esse limite de horas extras seja extrapolado, deve haver um acordo prévio firmado entre empregado e empregador. Não é verdade que os estrangeiros só executam os trabalhos que japoneses não querem fazer, trabalhos perigosos, sujos, pesados, etc. Esse é um mito que se proliferou dentro do Brasil e que é repetido toda vez que um brasileiro sai do país. As opções de trabalho aqui são quase infinitas, tudo vai depender da sua escolha, disposição, força de vontade, objetivo de vida, metas pessoais e preparação. Exatamente como é em qualquer lugar do mundo. Há trabalho em todo canto, em cada esquina, de todos os tipos, gostos, em todos os níveis. Algo que ficou bem claro pra mim, neste período vivendo aqui, foi que o brasileiro, entre os estrangeiros com quem convivo e com quem já me relacionei, tem vergonha de trabalhar. Não querem aprender o idioma, não querem se integrar a sociedade, tem extrema dificuldade em respeitar normas e regras, não possuem qualquer disposição em entender e respeitar a cultura japonesa, e tem vergonha de trabalhar na indústria. Lembrando que o que impulsionou o país a ser a maior economia do planeta num passado recente e o que o mantém de pé, é sua força industrial. Um dado curioso e triste ao mesmo tempo, é que o brasileiro já conseguiu ser a maior massa carcerária de estrangeiros no Japão, superando chineses e coreanos. Graças a Deus conseguimos essa façanha apenas uma vez, mas ainda estamos em alta no ranking de criminosos estrangeiros no país. O relato do convidado em relação a religião no Japão, mais especificamente o cristianismo, é certeiro. Cerca de 1% ou menos, da população japonesa se declara cristã, e nesse número incluem-se católicos e protestantes. A verdade é que para a maioria da população não há Deus. As pessoas não pensam nisso, não falam sobre isso e não tem qualquer interesse sobre isso. Explicando de uma forma simples o caminho terrível em que o Japão se meteu: houve um consenso entre forças externas, governantes, o povo e o imperador de que este seria um país próspero e rico, como seus "aliados" americanos. Mas para que isso pudesse acontecer, entenderam que seria necessário trabalhar muito e por bastante tempo e que a família muitas vezes ficaria em segundo plano. O resultado catastrófico dessa opção foi que o trabalho e consequentemente o dinheiro assumiram papel central na sociedade, sem Deus. Pior, colocando o dinheiro em Seu lugar. A queda na taxa de natalidade é a horrenda consequência desta escolha mal calculada, um tiro no escuro. O convidado não está exagerando quando diz que o país vai morrer. Antes disso, tornar-se-á, sem dúvida alguma, uma nação de estrangeiros. Esta transformação já começou, o governo já entendeu isso e sabe que não há como reverter a queda centenária de natalidade. Nos últimos anos a câmara tem aprovado inúmeros benefícios e incentivos ao estrangeiros que decidem criar raízes aqui. Embora o sentimento de comunidade, de altruísmo e de respeito ao próximo sejam os pontos fortes da sociedade japonesa, essas características não vem do cristianismo. Tem mais a ver com questões de regras sociais e morais milenares, regras de hierarquia e extremo respeito as autoridades. O japonês comum quer apenas trabalhar, ganhar seu dinheiro, gastar com o que quiser e que ninguém o perturbe. Para mim, mesmo estando totalmente adaptado ao país e todas as suas peculiaridades, mesmo sabendo que esta sociedade é altamente civilizada e que quase tudo funciona perfeitamente bem e de forma justa, é muito difícil e triste ver tanta gente (praticamente uma nação inteira) totalmente apartada de Deus. Qualquer ponto em relação ao entendimento de como o Japão chegou a ser o que é hoje, envolve o peso de alguns milhares de anos de história, de guerras, de invasões, de migrações, de influência estrangeira, de crenças e de costumes, não é algo para um único podcast.

É um povo que tenho certa admiração pela disciplina, precisão, calma...

Muito simpático o Professor Emerson Takase, eu já assisti uma aula dele no Flos Carmeli, a alguns anos atrás. Interessante o vídeo.

Engraçado que na Coreia o catolicismo aumentou consideravelmente, tenho amigos lá e várias vezes vieram me perguntar curiosidades sobre a doutrina da igreja católica.

Muito interessante, convidado muito legal!

Nunca vi o professor se divertir tanto numa entrevista, na maioria ele é bem sério, mas foi ótima, nem vi o tempo passar.

Um país que funciona, meu Deus e um milagre, para quem vive na Republica Federativa de Sodoma e Gomorra !

Boa tarde ,Professor Marcelo ! Boa tarde,Professor Emerson! Admiro vocês! Que Jesus os abençoe .Professor Marcelo convida o Frei São Tiago de São José para ser entrevistado .Ele é do canal Monte Carmelo .É um grande especialista em teologia.❤❤❤

O convidado é uma pessoa inspiradora!

Eu queria morar no Japão. Só pelo fato de não ter Funk, Carnaval, tráfico, violência, assalto, vizinho barulhento e gente mal educada já faz o Japão ser bem melhor que o Brasil. Meu sonho é conhecer uma japonesinha, ter visto de residência e viver ai pra sempre.

Gostei,, tbm trabalhei no Japão.

Que estória linda e inspiradora! Bejiinhos ❤

Muito bom, muito simpático!

Que história bacana. Parabéns! 🙏

Muito bom.

*Vivendo e aprendendo 😊*

muito bonita essa história

Legal!!!

Tudo bem Professor Marcelo. Pergunta: o que morre primeiro a língua ou a cultura?

mto bom

Tem a ver com o assunto do vídeo. O que é o que é? -A coisa mais cara do mundo. -Parece barato e até de graça. -Até a pessoa mais pobre do mundo pode comprar. -Quem está bem não quer comprar. -Quanto menos posses se tem, mas se quer isso. -Destrói a vida até de quem está no fundo do poço. Já sabe o que é? Resposta: a ESPERANÇA. Uma vez disse Jesus: "Para aquele que muito tem, tudo lhe será dado. Mas para aquele que nada tem, até o que não tem lhe será tirado". Palavra do Senhor. Não só a religião e promessa de salvação, os países onde se têm mais pessoas desesperadas são os campeões em golpistas, promessas de dinheiro fácil e de soluções mirabolantes. Pablo Marçal não se cria em país desenvolvido. Aqui ele é bilionário. É muito difícil esses discursos terem a mesma penetrabilidade na mente de pessoas que tem uma vida mais satisfatória e digna. Essa é a explicação que os hosts do podcast buscam sobre o Japão.

😊gratidão 😊

( corrigindo ) Frei Tiago de São José...🙏❤️

Pelo visto a a espiritualidade japonesa nao é muito diferente dos chineses que tambem são muito materialistas, digo isso porque ja vivi la.

Me lembro da vacuidade espiritual dos japoneses. Uma sociedade sem ordem cristã católica é muito estranho, muito dificil de lidar. Eu nao moraria lá por nada neste mundo. Somente para turismo mesmo. Me sinto feliz numa naçao onde reina valores da cristandade. Isso é fundamental para a salvaçao da alma da minha familia.

O melhor país pra um brasileiro morar ainda é os Eua. Claro, os Estados Unidos estão em decadencia comparado com o que já foram. Cultura Woke lá é forte tbm. Por isso é importante escolher bem os estados (Flórida, Texas, Virgínia, etc) são os melhorzinhos comparados com os outros. Ainda sim é um lugar muito mais Seguro que aqui

Eu descobri a Missa Tridentina há quatorze anos com os padres da FSSPX, nunca mais quis saber de estar numa missa nova. Hoje frequento uma capela onde a missa tridentina é celebrada pelos padres da Associação Apostólica São Joao Maria Vianey. É perto de onde eu moro e não vejo problema algum. Ainda assim percebo que há sutis elementos modernistas introduzidos na missa tridentina da AASJMV, mas ainda assim é melhor do que frequentar uma missa nova. Detalhe: A pequena capela está sempre lotada de fiéis.

👍

Minha experiência em 2007 foi um pouco diferente. Sim, eles queriam que eu fizesse hora extra. Mas todos japoneses também faziam. E os brasileiros na verdade queriam hora extra pq pagavam mais. Além disso, a mão de obra brasileira não era valorizada nao. Contratavam pq era oq tinha. Eles não valorizavam a criatividade. Pelo contrário, era melhor fazer exatamente como mandavam. E quem era valorizado nesse sentido eram os funcionários chineses, que obedeciam certinho.

Japão é tenso

Fantástica a sociedade japonesa, diferente dos bostileiros que prezam pela mediocridade, lá eles buscam ser os melhores!

Adoro os japoneses, meu primeiro amor platônico foi uma japonesinha, eu tinha uns 7 anos e era apaixonado por ela, pena ou sorte, que ele nunca soube disso. Acho que os japoneses foram e são muitos importantes para o Brasil. Professor, segue uma texto sobre o seu vídeo passado. E jovens não fazem besteira, jovens costumam dar vazão ao coração e isso é lindo.

tudo lá é acessível ... já parei de escutar por aí , tenho amigos lá que dizem que a comida é mais cara que aqui , só os eletrônicos são baratos , mas aluguel e comida o salário lá é só pra solteiro

Que vale mais? Um povo disciplinado em que tudo funciona ou um país como o Brasil que tem muito catolicismo e nada funciona, as pessoas sao pobres e ha muita violencia?

O que ele fala sobre religião não serve para a ILHA DE OKINAWA! Okinawa é o Brasil que o brasileiro gostaria de ver no Brasil!

Cara falando em falta de Catolicismo no país que é Xintoista e Budista. se o cara ainda falasse que eram materialistas por falta de budistas e xintoistas.... Mas acusou de materialistas por falta de Catolicismo....

Eu sendo branco estilo italiano, sofreria muito preconceito e xenofobia lá?

Vivo em Tóquio há 20 anos. Melhor lugar do mundo para se viver. A melhor coisa do Japão é não existir religião e todos nós somos livres, trabalhamos muitos e podemos ter uma vida digna.

O povo japonês é o verdadeiro cristão

A crise não é da Igreja e sim do Clero

Na visão egocêntrica do universo cristão, católico ou não., acabam classificando os japoneses como inertes no aspecto religioso. O japonês frequenta templos xintoístas, budistas e até mesmo igrejas católicas conforme a região. A atividade religiosa no Japão é intensa com eventos xintoístas e budistas frequentes em todos os rincões.

Entendo que o importante é a Verdade, a qual é una e multifacetada, podendo encontrarmos suas facetas no Catolicismo, Budismo, Taoismo, Hinduísmo, Judaísmo e outras que não conheço. Também entendo que nas igrejas há muito mais pecadores do que santos...

Se o Japão não se abrir para outras etnias irá desaparecer. Tem uma cultura rica porém escravos da tecnologia e da "eficiência relativa" . No mundo existe uma interrelação entre a espiritualidade e a religião tradição sendo que a espiritualidade está acima de qualquer outra situação da alma.

JOVENS, SEJAM JOVENS SEMPRE! Nasci em 1962 na cidade de São Paulo, região da Capela do Socorro, bairro operário naquela época. Meu primeiro ano escolar foi em 1969, escola estadual Dom Duarte Leopoldo e Silva, onde também fiz o ginásio e o colegial, terminei em 1979. Época do militarismo....Fila pra entrar, antes a gente cantava todos o hinos, até para o dia soldado tinha hino: Caxias herói da pátria, seu nome criança, honrai! Ganhou colassais batalhas na Guerra do Paraguai.... Tive aulas de Educação Moral e Cívica e tudo mais. Meu pai era operário, tipógrafo, 5 filhos e minha mãe prendas domésticas, éramos classe média bem baixa, casa própria, dois quartos, vizinho era um cortiço, moravam várias famílias de nordestinos, em pequenos quartos e dois banheiros coletivos, eu tinha uns 10 anos e adorava jogar bola, fiz amizades com os nordestinos, e jogava bola com eles nas várzeas da represa do Guarapiranga. O que aprendia na escola, nada tinha a ver com o que a vida me apresentava, eu via a pobreza, a dureza dos operários, mas sempre alegres, hospitaleiros, trabalhadores, aprendi a ouvir Odair José, Genival Lacerda.... aí já corria o ano de 1978, eu tinha 16 anos, quando comecei a ouvi falar num tal de Luiz Inácio que lutava pelos operários, ele era nordestino, como todos aqueles meus vizinhos, eu eu me encantei com aquilo, nesta época eu já era office-boy de um escritório de contabilidade na Av. São João, ao lado do puteiro 69, meu patrão era contra o Lula, xingava e eu caladinho concordava, mas, no íntimo torcia pelo pernambucano arretado, ajudei até no fundo de greve. Terminei o colegial, saí do escritório, fiz concurso, comecei a trabalhar na Academia de Polícia Civil, em 1986, rodeado de direitistas, alguns até eram do DOPS, e eu sempre amigo dos nordestinos, dos operários da Capela do Socorro, com eles aprendi a gostar do PT, a militar pelo PT, aliás o PT teve muita ajuda da Igreja Católica. Bandeira a gente comprava pano e pintava a mão. Todos os jovens queriam ser petistas, pois, é aquela coisa da rebeldia, do mais fraco contra o gigante, aquela coisa do endurecer mas não perder a ternura, a esquerda é festiva, ela não individualista é coletiva, é o ninguém solta a mão de ninguém, e rola aquela paquera, a menina, o beijo no comício, na esquerda o egoísmo não rola, é uma cerveja pra todos na mesa, faça amor não faça guerra... Depois a gente vai crescendo, alguns garotos que pintaram bandeira comigo viraram bolsonaristas, homens sérios, envelhecidos.... Mas, com meus 61 anos sigo na luta, aposentei-me na Polícia Civil, trabalhei como louco pra derrotar o Bozo, juntei-me com a meninada da USP para panfletar na Estação Butantã do MetrÔ e agora não vejo a hora de fazer o mesmo pelo Boulos. Acho que ser de esquerda é questão de alma, vem um anjo torto desses que vivem na sombra e diz: Vai ser gauche na vida! Não adiantou louvar Caxias na infância, e ver o Médici dizer Ame-o ou deixe-o! Eu quero é ver o MST produzindo, o negro se formando em faculdade, os indígenas tendo muitas reservas legalizadas, os operários melhorando de vida.... Eu nasci esquerda, e vou morrer esquerda. Lula 2026! Democracia sempre, anistIa jamais! Bolsonaro na cadeia!

Deus me livre morar no Japão , trabalhar que nem um escravo , aqui tem trabalhos assim também mas não é que nem o Japão.

Achei muito estranho o depoimento do convidado. Parece meio desconectado ou alguém que nunca se adaptou plenamente ou aceitou 100% da cultura do Japão durante a estadia dele.