Como o Marechal Cândido Rondon morreu?
Cândido Rondon foi um dos maiores exploradores e defensores dos povos indígenas do Brasil. Sua vida foi marcada por aventuras, desafios e realizações que contribuíram para o conhecimento e a integração do território nacional. Ele se tornou famoso por suas explorações em Mato Grosso e na Bacia Amazônica Ocidental, e por seu apoio incondicional às populações indígenas brasileiras.
Cândido Mariano da Silva Rondon, mais conhecido como Marechal Rondon, nasceu em 5 de maio de 1865, na cidade de Mimoso, no estado de Mato Grosso.
Ele era filho de Cândido Mariano da Silva, e de Claudina Francisca Moreira, uma descendente de índios terenas. Seus pais morreram quando ele ainda era muito novo, e aos dois anos de idade, Rondon já era órfão de pai e mãe. Com a morte de sua mãe ele ficou sob os cuidados de seus avós maternos.
Após obter a resposta positiva do almirante, Rondon integrou a guarda pessoal de Benjamin Constant, e participou da tomada do quartel-general e da detenção dos ministros do último gabinete imperial.
Com a proclamação da república, o país estava envolvido num pensamento positivista, onde o progresso do Brasil era um compromisso dos governantes.
Agora como primeiro-tenente, ele recebeu o título de engenheiro militar, e bacharel em matemática. Em 1890, foi designado para integrar a Comissão Construtora de Linhas Telegráficas, que pretendia ligar Cuiabá ao Rio de Janeiro. Até então, o acesso a Cuiabá se fazia por via fluvial, através do rio da Prata. Seu objetivo era levar a comunicação telegráfica para as regiões mais remotas do país, facilitando o contato entre o governo e as populações locais.
Durante essa missão, Rondon enfrentou diversas dificuldades, como a falta de recursos, as doenças tropicais, os animais selvagens e os ataques de índios hostis. Porém, ele também desenvolveu uma grande admiração e respeito pelos povos indígenas, buscando estabelecer relações pacíficas e amistosas com eles.
Em fevereiro de 1892, casou-se com Francisca Xavier, filha de um de seus professores do curso preparatório. Nesse mesmo ano, ele assumiu o comando da Comissão Construtora de Linhas Telegráficas, após a saída de Gomes Carneiro.
Em 1906, recebeu a incumbência de estender as linhas telegráficas até a Amazônia. Essa foi uma das mais difíceis e perigosas expedições que ele realizou. Rondon enfrentou novamente todas as dificuldades, porém, agora quanto mais para o interior ele seguia, mais perigosa se tornava sua empreitada.
A expedição durou quatro anos e terminou com sucesso em 1910.
Nesse mesmo ano, Rondon organizou e passou a dirigir o Serviço de Proteção ao Índio, uma instituição pioneira na defesa dos direitos dos povos originários do Brasil.
Em 1913, realizou outra expedição famosa, em conjunto com o ex-presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt. O objetivo era explorar o rio da Dúvida, que depois foi batizado de rio Roosevelt. A expedição enfrentou muitas dificuldades e quase custou a vida dos dois líderes, mas também trouxe importantes contribuições científicas sobre a geografia, a fauna e a flora da região.
Rondon continuou realizando expedições pelo interior do Brasil até 1930, quando se aposentou do Exército. Ele também participou da fundação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência .
Em 1956, Rondon foi homenageado pelo governo brasileiro com a criação do Território Federal do Guaporé, que depois passou a se chamar Território Federal de Rondônia.
Nos últimos anos de sua vida, Marechal Cândido Rondon continuou a ser uma figura respeitada e influente no Brasil.
Porém a idade avançada, fez com que ele perdesse a visão, e sua vida começou a ficar restrita ao seu apartamento em Copacabana. Lá ele passou a ficar aos cuidados de sua família, que sempre tiveram admiração e respeito por ele. .
Marechal Rondon, morreu no dia 19 de janeiro de 1958, vítima de uma pneumonia em sua residência em Copacabana, cercado por toda a família e um grupo de amigos. Ele estava com 92 anos de idade.
Seu corpo foi sepultado no dia seguinte, numa solenidade militar, ao toque de silêncio de um clarim, depois de salvas de 21 tiros. Ele foi enterrado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.
Nos dias que se seguiram ao seu falecimento, o Brasil entrou em um período de luto e reflexão. O marechal, que havia dedicado sua vida à construção de linhas telegráficas e à proteção dos povos indígenas, foi lembrado como um herói nacional. As bandeiras foram hasteadas a meio-mastro e as homenagens se espalharam por todo o país.
Marechal Rondon foi um homem à frente de seu tempo, que soube conciliar o progresso com o respeito à natureza e aos povos originários. Ele é um exemplo de patriotismo, de coragem e de humanismo para todos os brasileiros.
E foi assim que o Marechal Cândido Rondon morreu!
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12 сен 2024