Como os ricos ficam tão ricos 

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"O que eles chamam de amor, nós chamamos de trabalho não pago." Silvia Federici

No Brasil, ascensão social é como Wi-Fi público: até existe, mas só funciona bem pra quem já tá perto do roteador.

Marcelo Medeiros: "quem é muito pobre não tem noção do quão rico é uma pessoa realmente rica no Brasil. Quem é branco não tem noção de quanta discriminação racial tem no Brasil, quem é homem não faz a menor ideia do que que é ser mulher e ser discriminado sistematicamente todos os dias. Acordar de manhã sendo discriminado, dormir sendo discriminado. Eu acho que isso acontece com bastante frequência e é por isso que é tão importante a gente olhar mais uma vez pro todo e em vez de olhar pro lado, porque esse tipo de resposta que te deram acontece porque as pessoas estão olhando pro lado" Que colocação PERFEITA

A gente já pode chamar o Átila de camarada neh ? Ele tá metendo uns vídeos sobre consciência de classe, sem ódio de classe. Eu acho que essa fórmula de análise fria e científica, "técnica" como uma turma gosta de falar, é perfeita pra plantar a sementinha da reforma social que a gente tanto precisa. Pq é tudo uma questão de ver as coisas em panorama, em seguida, a lógica se faz por ela mesma.

A lucidez e, principalmente, honestidade de alguém que enxerga os limites do que sabe e do que é capaz de saber. Sem reducionismo de complexidade, falou a real: estamos, majoritariamente, às cegas.

E vamos de consciência de classe novamente?

Curioso é que o entrevistado diz que não temos como prever nada de forma exata em nossa sociedade, mas ele não conclui que isso se deve a loucura que é o capitalismo. Tudo deve ser planejado, menos o mercado que tem uma "mão invisível" e que se autodetermina.

Esse foi um dos melhores não ficção do canal! Obrigada por isso, Átila. Sensacional!

Essa discussão inicial sobre o preço dos serviços é bem importante, mas é bom lembrar que a ferramenta que o americano compra pra "fazer ele mesmo" tem mão de obra agregada que muito provavelmente é de algum país onde a mão de obra vale pouco. No fim das contas, dinheiro compra GENTE e não mercadoria.

Eu crente que me formar engenheiro ia me trazer uma melhoria, ano passado tava fazendo bico de uber pra fechar as contas

Por favor Átila, conversa com o João Carvalho seja para o programa ou para receber uma indicação dele de quem receber no programa... Seria ótimo! Para além disso, excelente programa, vc tem feito contribuições enormes no seu trabalho científico desde o começo da sua carreira, muito obrigado por isso!

É até desanimador. Haverá esperança? Continuemos na luta, pois não há outra alternativa viável.

Sou mais um que veio falar o quanto esse trabalho enriquece o mundo, isso sem gerar nenhuma desigualdade, muito pelo contrário! Obrigado pelo compromisso com a verdade e pelo carinho com outras pessoas, Átila.

Átila, essa série de “não ficção” está incrível!! Muito obrigada por permitir que esses convidados compartilhem tanto conhecimento com a gente!!

Episódio incrível. Esse professor é surreal, sabe muito e fala de uma maneira que te prende e impressiona.

Às vezes acho que não ter filho deveria ser uma forma de protesto. Não um problema de 'o mundo está acabando'. Gente, não temos creche, bixo!!! Vamos produzir um trabalhador que vai contribuir para o estado e não somos apoiados com o mínimo. É tudo individualizado. Cada um com o seu.

Eu desconfio cada vez mais de pessoas que falam coisas com toda certeza. Achei excelente essa conversa! ❤

Sobre a crise ambiental ser fundamentalmente um problema de desigualdade, isso está absolutamente correto. E quem pagará os custos futuros não serão apenas os mais pobres, mas também os mais jovens! Portanto, esse é um problema interseccional.

É revelador ouvir que a resposta certa não é simples. É duro aceitar, mas enquanto não aceitarmos não conseguiremos buscar soluções complexas

Te agradeço tanto, Átila. O seu papel é tão importante trazendo esses pensadores / pesquisadores para reflexões e discussões necessárias. Aprendo muito em cada episódio, mas espero não ficar deprimida com a sociedade que eu tb estou ajudando a construir, rsrs.

Atila radicalizado? ai sim

Recentemente começei a ganhar um pouco mais, troquei de emrpego e consegui um salario de 4500 reais por mês, até hoje me sinto um pouco mal, não me sinto tao merecedor de um salario desses (que não é alto), já que possuo só 21 anos, grande parte desse sentimento vem do fato de eu trabalhar desde os 11 anos em agricultura familiar, onde até os 17 anos o maximo que ganhei foi 800 reais, depois disso me mudei para a cidade e passei por diversos empregos, empacotador de mercado, vendedo, axiliar de escritorio e etc... e em todos esses nunca ganhei mais de 1800 por mês, quando me tornei programador minha vida deu um salto, e sei que hoje ganho mais que a maioria dos brasileiros, mas por algum motivo não me sinto merecedor, talvez exista um mecanismo social que faz o pobre acreditar que ele nunca deve sair da pobresa, mas não sie explicar o que é.

A ascensão social no Brasil é especialmente desafiadora para aqueles que vêm da periferia. Na minha visão, o concurso público tem sido historicamente a melhor forma de alcançar essa mobilidade, mas, surpreendentemente, está se tornando cada vez mais raro. Isso se deve à forma de gestão atual e ao processo de sucateamento dos órgãos públicos. Logo, fica a pergunta: será que a solução é buscar oportunidades no exterior?

Todo dia é um bom dia para tomar meios de produção

Muito legal a postura do professor mesmo de não dizer o que não podemos ter certeza!! É justamente essa postura de querer resposta fácil pra tudo que nos levou ao lugar de fake news, negacionismo e discriminações!! Falar o que não sabemos, pode causar consequências inimagináveis

"Capital Social". Eu nunca tinha ouvido esse termo mas me ajudou a sintetizar essa dinâmica de pessoas que vivem nessa sociedade elitista e conseguem certos privilégios

Esse foi o melhor vídeo de 2024, by far. Caramba, Átila, que aula.

O mais importante é entender que isso não é NATURAL! Isso é produzido para obter e manter privilégios, e pode ser transformado! Digo mais... DEVE ser transformado.

Aula muito boa mas faltou falar que o grande gerador dessa desigualdade é o CAPITALISMO

Atila, video excelente como sempre. Sugestões: Paulo Gala (economista desenvolvimentista/Keynesiano); Robinson Farinazzo (militar da reserva da marinha e analista de geopolitica); Humberto Matos (analista social e politico); Andre Roncaglia (economista desenvolvimentista)...

Gostei d+! Atila, sugiro discutir sobre a medicalizacão da vida e a importância das PICS no SUS. Sugiro Prof Nelson Filice de Barros da Unicamp

Atila, chama o João Carvalho pra falar sobre os brasileiros que se arriscam em tentar a vida fora do Brasil.. Ele é Historiador e trabalha no Itamaraty..

Olá! Gostei muito! Faça mais podcasts com convidados sobre mudanças climáticas, aquecimento global e sobre esforços, políticas e tecnologias propostas e já em execução ao redor do mundo em prol da redução de gases estufa e outras práticas que geram esses problemas! Gosto muito da sua série de videos sobre o meio ambiente e acho importante nos mantermos atualizados sobre as novidades desse tema. (i.e. se for pro mundo acabar, eu quero pelo menos entender como vai ser esse processo)

Agradeço imensamente ao Marcelo Medeiros e, como sempre, ao Átila. O tema da desigualdade tem sido abordado com maior - e necessária - frequência nesse início de milênio. A presença do Marcelo Medeiro é extremamente oportuna. Talvez esse seja o gancho para as mudanças que tanto precisamos e certamente devemos insistir nesse tópico. Estudos nessa área estão mais avançados nos centros de estudos internacionais (iniciaram antes, tem mais recursos, etc...). Para reforçar ainda mais essa temática, talvez o Átila convide o Thomas Piketty algum dia - com tradução. Agregaria demais ao tema.

Joao carvalho poderia ser um dos proximos convidados, é extremamente qualificado para essas conversas

Chá de revelação coletivo de consciência se classe!

Como diz Ian Neves: medicina é um curso criado pra elite. Planejado pra poucos. A demanda é alta e a oferta é pouca (e cara).

Átila, se puder, chame o Luiz Eduardo Soares, antropólogo para discutir Justiça no Brasil. É muito interessante como ele articula justiça, desigualdade e violência.

Que conversa incrível! O tamanho do conhecimento do Prof. Marcelo foi engrandecedor. Muito fã do seu programa Átila, cada episódio é uma aula! Isso aqui é ouro.

Só tenho a agradecer ao Átila e a toda a equipe do "Não Ficção" por esse programa maravilhoso, que a cada episódio aborda temas tão relevantes com a devida seriedade

Muito obrigado por mais este ótimo vídeo.

“Quando o bolo não aumenta, precisa-se dividir melhor os pedaços.” E o aumento do nosso bolo está limitado, por um lado, pela geopolítica e, por outro, pelo meio ambiente.

Que aula incrível! Parabéns, Átila e professor Marcelo. 👏

Tema e posicionamentos excelentes.

Qual o lugar com a maior renda per capita no Brasil? Resposta: Brasília. Ou seja, o maior responsável pela desigualdade social no país é o ESTADO

Um dos meus episódios favoritos!🖤

Uau, como sempre, vale cada minuto. BRILHANTE!!

Excelente entrevista mais uma vez. Partindo para o seu pedido de envio de sugestão de entrevistas: André Roncaglia - História do desenvolvimento econômico das nações. Paulo Gala - Complexidade econômica. Luis Davidovitch - Impactos das novas tecnologias quânticas.

Que aula! Obrigada!! 🌸

Vamo de Spotify então Átila?

Átila, acho que seria mto interessante vc ter uma conversa com o Eduardo Bueno sobre esse tema colocando a história de colonização do Brasil, q ele é o máximo nessa área. 😉

Taxação das grandes fortunas pra ontem

Eu to gostando muito dessa nova cara de "Atila introdução ao marxismo" kkkkkk, continue assim, pouco se fala sobre o aprofundamento e naturalização da desigualdade. Esse quadro, não ficção, é sensacional pois são conversas profundas e científicas, show de bola.

Imagino que uma boa sugestão seja chamar Ailton Krenak ou outra pessoa pensadora indígena pra conversar

"... e motivo todo mundo já conhece..."🎶

Que reflexões necessárias. Agradeço a partilha de conhecimentos.

Estou allmossando e levando na cara com esse vídeo Atila, obrigado!

Como sempre, muito bom! Atila, essa conversa me lembrou da Laura Carvalho, prof da FEA-USP, fundadora do MADE (Centro de Pesquisas de Macroeconomia das Desigualdades).

bebe ta gigante atila, parabens por nao abandonar e sempre fazer um bom trabalho.

É hilário vc ouvir um discurso de uma classe operária clamando privatização, sendo a privatização direcionada p outra classe que só vai aumentar o recurso dessa e diminuir recurso de quem está ali gritando "privatiza". Aí vc nota quanto uma educação precária no país leva a um cenário de escravidão operária e de um sistema cantado em melodia: "e o rico cada vez fica mais rico, e o pobre cada vez fica mais pobre. E o problema todo mundo já conhece, é que o de cima sobe e o de baixo cresce". A ignorância torna um grito de escravidão distorcido no de "liberdade" na boca do pobre ignorante.

Parabéns … Também a Universidade abre caminhos… se você dá o seu melhor com certeza 👍 a Ciencia também nos leva ao Nível social melhor…

Aula maravilhosa do princípio ao fim!!

Muito obrigada Átila por tão importante conteúdo, vital para a grande massa de brasileiros, infelizmente elas não irão assistir.

Pelo menos uma conclusão todos deveriam guardar dessa entrevista: O tamanho da desigualdade. 7:31 "A desigualdade não pode ser vista a olho nu". 9:00 Se imagine na situação que o Marcelo descreve.

Sou casada e já desisti de ter filhos há anos. Mal consigo me manter, nem posso pagar o plano de saúde mais barato do mercado pra mim mesma quem dirá pagar para um filho! Não "pobre o suficiente" para gozar dos benefícios sociais do governo e nem classe média que possa pagar por mim sem sacrfício. As mesmas pessoas que falam mal das mulheres como eu são aquelas que criticam quando uma mãe não consegue criar bem seus filhos.

FALHOU FALHA FALHARÁ

Fundamental compartilhar esse episódio. Parabéns, Átila e Marcelo. Sensacional!!!

"A desigualdade do Brasil está concentrada no topo" (19:03). Tive que voltar nesta parte várias vezes para entender o quão sério é isso...

Que conteúdo! Parabéns 👏👏👏

O consumismo em excesso é um dos fatores que deveria ser mais debatido. A população brasileira é consumista, automaticamente aumenta o número de produção, barateia a mão de obra no Brasil e consequentemente gera mais impacto ambiental. Na prática, deveríamos debater do porquê não aprendemos desde cedo sobre a escassez e o poder de economizar

Muito bom Átila...convida o Ladislau Dowbor e a Maria Lucia Fatorelli... grande abraço

Que irado! O Marcelo Medeiros faz um trabalho incrível.

Thanks!

Muito esclarecedor. Obrigada! 🙏

Vim nos comentários ver liberal tobó falando que é na base de meritocracia e muito suor 😂😂😂😂

O posicionamento do Professor Marcelo me remeteu constantemente ao conceito de TOTALIDADE. Não é possivel analisar as realidades sem olhar as totalidades que as formam.

O combate a desigualdade se assemelha à um combate a um incêndio florestal? Que você precisa de varias frentes, com muitas pessoas empenhadas e resolver o problema, que é urgentemente importante ser resolvido.

Vamos nos organizar classe trabalhadora

Muito bom! Obrigada.

Mais uma aula de consciência de classe?? tô colado!

Maravilhosa aula, obrigada Átila e Marcelo Medeiros!

Nós falamos do combate a desigualdade social mas nossa classe política, principalmente os deputados federais, não estão dispostos a legislar a favor da população, estão somente preocupados com seus próprios privilégios. Pra resolver isso, ou começamos a focar os esforços pra eleger mais deputados sérios ou focar na revolução, pros trabalhadores tomarem os meios de produção.

E olha, mesmo no ensino superior de elite as coisas sao complicadas. Sou arquiteta e os censos da minha profissão apontam que ate 70% de nós ganha ate 3500/mês em regimes de trabalho que se estendem para as noites e fins de semana. Como em tudo, vale o que o Atila falou sobre a origem social da pessoa...

Cara, sensacional como sempre. Parabéns e obrigado! No final falaste sobre ser mais fácil alguém ter empatia por quem está acima na pirâmide do que com quem está ao lado ou abaixo, no caso da taxação dos mais ricos, por exemplo. Aí acho que depende de quem e como comunica isso. Sempre tem um viés na comunicação e na grande mídia a gente sabe pra que lado aponta, né? Aquele abraço!

Claro que não existe um manual de como reformular o Brasil, mas tivemos um candidato à presidência nas últimas 2 eleições que reuniu um conjunto de ideias que dá um direcionamento (não resposta) de como o Brasil poderia atingir índices de desenvolvimento semelhantes ao da Espanha. Esse candidato foi Ciro Gomes. Recomendo levá-lo ao podcast um dia desses. Forte abraço.

muito bom átila, parabéns ai pelo conteudo

Excelente. Obrigado pela aula!

Maravilhosa aula, obrigado Atila e professor Marcelo.

Na Índia existe o que se chama de divisão de castas, bem similar ao que acontece entre as relações humanas no Brasil.

Redistribuição = Tirar dinheiro de quem ralou bastante pra conseguir chegar no topo e DAR pra quem está na base, que muitas vezes recebeesse recurso sem que seja cobrado nenhuma contrapartida. Se alguém acha isso justo, favor reveja seu conceito de justiça.

Esses vídeos são um bálsamos pra mim, sinto muita falta de mergulhar nos assuntos como fazia na faculdade ❤

Alguns comentáriosforam bem tendenciosos Não temos q brigar para q mulher possa fazer aborto, pq o homem pode escolher assumir o filho ou não. Temos q educar os homens para assumir o filho e não ter a opção de sumir.

Átila, obrigada por continuar ajudando a criar consciência de classe nas pessoas! Uma conversa muito proveitosa, mas de novo sem tocar num ponto essencial! Cada vez mais acredito que pra muitos intelectuais, infelizmente, ainda é mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo...

Libertador ouvir ... parabéns pelo tema.

Conteúdo de qualidade

O melhor podcast, não perco um! Parabéns

"A educação começa muito cedo". Recentemente eu comecei a dar aulas no Estado e fiquei chocado como muitos alunos e alunas que já frequentam a escola há quase 10 anos não conseguem ter um comportamento próximo com o que eu vivenciei na minha educação em escola particular. Isso sem falar nos problemas da escola pública.

A mulher que é mãe, e que realiza o pré-natal, que mantém as visitas ao posto de vacinação junto com os filhos em dia e que mantém os filhos na escola e com baixos índices de falta, terão 3 anos a menos de exigência para a aposentadoria, por filho.

@AtilaIamarino leva o professor Sidharta Ribeiro (isto é, se ele ainda não participou) e também os professores Paulo Gala, Elias Jabbour e a professora Pasternak