Acho que o critério que deveria ser utilizado seria o critério Médico Legal. Imaginemos um corpo encontrado sem identificação e como ele seria caracterizado pelos legistas. Eles irão colocar cor de pele, cabelos , dentição, protuberância da testa, etc. Médicos legistas é que deveriam fazer essa avaliação, pois possuem conhecimentos técnicos e não representantes de movimentos sejam eles lá quais forem.
a banca deveria ser composta por um dermatologista especializado no assunto, um integrante de grupos afrodescendentes, um representante do ibge e um advogado tb especialista, p deixar o processo mais objetivo, claro e dentro da lei, possível.
Bem, me parece que a questão do problema está na BANCA. Qual é a composição fenotípica e claro, genotípica (árvore genealógica) dos avaliadores? Quais são os critérios para escolher os integrantes como avaliadores? A Banca tem que ser composta ´só por negros, ou só por brancos ou devem ser mista? E sendo assim, quem determina que essa composição da banca garante o respeito à dignidade do autodeclarante fenotipicamente e com documento de fé publica? E se o próprio avaliador tiver conflitos internos com sua condição étnica, seja ela qual for? E se o avaliador, fenotipicamente se entender não negro, mas sua composição sanguínea e ascendente tem uma forte origem negra? Com base objetivamente em quê, esse avaliador classifica o candidato como negro ou não negro, índio ou não índio? pardo ou não pardo? branco ou não branco? asiático ou não asiático e de que país da Ásia? O que quero dizer com isso, é que não há nenhum tribunal do mundo que seja capaz ou competente o suficiente para dizer como o "individuo deve se entender" do ponto de vista étnico! Essa prerrogativa é exclusivamente, do próprio individuo. É ele, o individuo que se olha no espelho e diz quem ele é!!! Logo, a ideia da "heteroidentificação", não passa de uma forma de retirar a dignidade humana do autodeclarante, que tem que provar quem ele não é!!!! Ou negar quem ele é!!! É importante que haja a discussão, reflexão no contexto histórico de reparação aos povos escravizados e que essa reflexão nos leve a entender que todos somos iguais perante a LEI. Mas, que somos diferentes nas nossas individuações. Ou seja: cada um de nós somos "um indivíduo" e assim, juridicamente devemos ser percebidos: com deveres e com direitos. É uma matéria que o direito e com o auxilio das outras ciências devem debruçar-se com muito carinho, para uma convergência humanitária!
Perfeito, Alessandro. Era exatamente essa a mensagem do vídeo! Em caso de dúvida objetiva, deve prevalecer a autodeclaração sob pena de grave afronta à dignidade humana!
@@antoniokozikoski2446 a banca CEBRASPE publicou hj uma situação em que ela tenta corrigir o edital do dia 03/09 quando divulgou a lista com o currículo das pessoas que iriam avaliar o recurso da heteroidentificação. O problema é que essa lista do dia 03/09 é a mesma do dia 01/08 que fez a avaliação da heteroidentificação. Isso indica que ela feriu o edital no item 6.9. Gostaria que vc comentasse se está correta essa situação, visto que o resultado dos recursos foram publicados dia 10/09.
Passei no curso de Direito na Universidade Federal de Uberlândia, entretanto, a universidade indeferiu minha autodeclaração como pardo. Tenho duas aprovações em outras bancas de heteroidentificação, uma da FGV e outra da IBFC. Também consegui um laudo dermatológico que consta que possuo Fototipo IV na escala de Fitzpatrick (Moreno Escuro), além de constar que possuo nariz de base larga, cabelos grossos e crespos e lábios carnudos. A universidade indeferiu o meu recurso administrativo e precisei ingressar com ação judicial. Estou frustrado e abalado. Ainda estou aguardando o parecer do judiciário, mas muito provavelmente irei perder esse semestre 😓😓
Me declarei pardo, passei em um concurso e fiquei 3 pontos abaixo dos classificados na ampla concorrência mas me classifiquei nas cotas. Hoje estou a espera do resultado da heteroidentificação, estou aflito, ansioso e com medo de todo o racismo e preconceito que sofri na minha vida ser simplesmente ignorado pela banca, pois estou vendo muitos casos de pessoas pardas, e até negras, sendo desclassificadas nesse processo. Faz um vídeo direcionando as pessoas que precisarem entrar na justiça para buscar esse direito, penso que ajudaria muito.
@@escopo_prf olá, sim, mesmo passando na ampla teria que passar pelo processo de heteroidentificação. Mas graças a Deus, deu tudo certo, passei pelo processo e fui declarado negro. Também andei pesquisando e vi que na justiça, com um advogado da área, não é tão normal você perder a causa.
@@tiagosebastiany7829 Cara, no meu caso sou cotista, tirei nota para ampla, sou pardo, meus documentos constam como pardo e mesmo assim eu estou com medo de ser indeferido.
Entrei na universidade federal por cotas e fui indeferido no concurso do trt banca FCC. Detalhe é que sempre me considerei pardo e durante minha vida,inclusive, tive alguns apelidos preconceituosos. A impressão que tive foi que se você só tem a pele pouco escura e nao tem outros fenótipos de negro, como p explo, cabelo, labio,etc para a banca você é branco. A vida toda fui pardo e depois de 30 anos "virei" branco. É muito achismo dessas bancas.
Pra mim as bancas classificam quem elas querem, pra mim deveria ser então só negros, e não ter pardos , porque a maioria da população é parda e isso gera confusão. Eu sempre me declarei parda e agora fico na dúvida se sou parda, mas não sou branca e aí o que eu sou agora, muito difícil isso viu.
Eu sempre me reconheci como parda, inclusive é a cor que consta em meu certidão de nascimento, é a cor também que me declarei ao emitir meu RG, é a cor que sempre preenchi qualquer questionário, lembro quando eu tinha 6 anos que falei que eu era “branca escura” todos riram de mim e minha professora disse que essa cor se chamava parda, meus colegas sempre diziam que minha cor era de papelão molhado ou envelope de raio X e eu pensava que a minha cor simplesmente não se enquadrava em nenhuma classificação, agora na minha vida adulta vejo pessoas dizendo que eu sou branca e fico pensando em que momento começaram a clarear a minha cor? Quando pensei em concorrer a vaga de cotista me vi nesse medo de me autodeclarar e vir um grupo decidindo que a minha cor nada tem haver com aquela que minha vida inteira me identifiquei. Desde quando alguém decide por você o que vc sempre foi a vida inteira? Quer dizer eu sendo mulher posso me autodeclarar, me reconhecer como homem e exigir respeito, e acusar quem dizem o contrário de homofobia, agora como se chama o preconceito a respeito de alguém que quer definir qual é a cor que vc se identifica? Escrevo isso com os olhos em lágrimas pois a meses fui massacrada por apenas comentar que minha cor sempre foi e sempre será parda!
Gisele. As bancas estão sendo muito, muito injustas. A decisão do STF não está sendo aplicada e ninguém faz nada! Eu acho que o Poder Judiciário deve se posicionar de forma firme nesse ponto, e colocar um basta nos abusos dessas bancas
@@antoniokozikoski2446 Estou vivendo este mesmo dilema, minha vida toda me declarei parda agora estou dentro do número de classificados em um concurso que concorro por meio de cotas e tenho medo de chegar lá e não ser considerada para tal. O que mais me intriga é que a banca seleciona 7 candidatos para passar pelo processo de heteroidentificação sendo que apenas 5 se classificam, ou seja, já está nítido que 2 serão automaticamente desclassificados.
Essa cor " pardo" é confusa porque um branco pode se declarar pardo porque não tem olho azul e nem cabelo loiro, isso pra mim é um pardo, eu me declaro pardo então.
A cor não é o único fenótipo negroide reconhecido. Tem também o nariz alargado, cabelo crespo ou ondulado, boca grande e lábios grossos, sobrancelha grossa…
Data venia professor, entendo que aspectos fenotipicos vão além da cor da pele. Uma vez eu vi uma matéria no JN que polemizou quando Ronaldo Fenômeno declarou em entrevista que era branco. Um famoso negando suas raízes!? As críticas da sociedade não perdoam mas quando há algum benefício a auferir, aí se dizer negro, quando de pele clara, é visto como "tirar proveito". Eu mesmo tenho todo o conjunto de fenotipicos do crânio e face de negro, mas tenho pele clara. A cor da pele não me blinda dos preconceitos mas estou em vias de passar por uma banca e temo ser rejeitado. Há de se definir em edital quais características são consideradas para validação, evitando questionamentos.
fenótipo é a interação dos genes com o ambiente, então vai muito além de cor de pele, e mesmo de aparência física, mas por algum motivo as bancas chamam de fenótipo apenas a aparência
Ouvi uma RU-vidr negra criticando. Os pardos são 46% da composição populacional do Brasil, enquanto os negros são 8%, segundo dados apresentados por ela. O movimento negro toma força a partir da junção da porcentagem de negros e pardos. E agora nós somos excluídos em todos os lugares. Claros demais para sermos negros, escuros demais para sermos brancos. E agora, sem traços suficiente para sermos pardos. Não sei o que somos. Racismo estrutural!
Perfeito. Concordo totalmente. Tenho visto várias irregularidades em bancas em relação aos pardos. Estão num limbo, como você disse. Não são brancos para ficarem imunes ao preconceito, mas não são negros para usufruírem dos programas de ação afirmativa.
@@antoniokozikoski2446 e o pior não justifica porque não te considera pardo!!!!! ou quais são as característica que não te define como pardo, pra mim é contraditório vc acaba ficando sem identidade.
Gostei muito do vídeo, sem saber dessa banca de heteroidentificação na hora de me inscrever no concurso coloquei parda como sempre preenchi em todos os formulários a vida toda, mas agora estou com medo dessa banca me desqualificar
Passei em primeiro, me declarei pardo porém não tenho documento que diz q sou pardo, serei desclassificada mesmo ficando em primeiro na ampla concorrência? Alguém me ajuda pfv lembrando que sou filho de pai e avós negros e eu sou realmente pardo não sou branco nem negro,
@@antoniokozikoski2446 depois faz um vídeo comentando sobre a publicação de hoje dia 13/09. Eles estão querendo disfarçar pra encobrir o erro que cometeram na etapa de heteroidentificação quando violaram o item 6.9 e 6.9.1do edital da PRF. Não podemos aceitar essa aberração que prejudicou vários candidatos nessa etapa.
Ótima explanação sobre o assunto. Ontem (21/01/2022) saiu o resultado preliminar do concurso da Funsaúde/CE e a banca de heteroidentificação da FGV indeferiu meu pedido. Porém, já fui aprovado e convocado em um concurso do IBGE realizado pela própria FGV e sempre me declarei como pardo e me reconheço assim, meus amigos e familiares também me reconhecem assim. Senti-me desrespeitado com esse resultado preliminar. Vou entrar com recurso próxima segunda-feira (24/01/2022).
Sou parda irei prestar concurso para essa instituição. Porém, vendo seu relato estou com receio dessa banca entender de forma equivocada ,assim como fez em seu caso.Sim, espero que você consiga o reconhecimento do seu fenótipo.
@@rosinetearaujo3249 pois é, existe essa possibilidade, é um absurdo. Essas comissões existem para evitar fraudes, mas estão se achando as donas da verdade. O meu recurso foi indeferido, infelizmente.
Não funcionou, @@leandrocosta3155 . Recebi uma resposta genérica, copiaram e colaram uma parte do edital. Nem ao menos leram direito o recurso. Não tive nenhuma explicação da causa do indeferimento.
@@marcelodeoliveira9378 fica difícil sendo brasileiro comum 'miscigenado ' optar por vagas de pretos e pardos. Nessa situação, de indeferimento causa uma angústia de pensar em anos de estudo, tempo gasto, expectativa própria e da família. Enfim, a instituição será que tem ideia dos danos psicológico e financeiro de um assalariado nesse processo? Também tive um pedido indeferido ,não por cota, mas para assumir minha vaga só Deus sabe como lidei com isso. Além do mais, restou-me uma divida por ser sucumbente caso eu deixe de ser assalariada. Pais da igualdade.
Muito bom o Vídeo professor. Sou filha de mãe branca e pai pardo (segundo o CN, mais o considero negro), eu sou morena com fenótipo negro ( lábios grossos, cabelo enrolado, sobrancelhas grossas), logo me considero parda. Em um concurso, ao colocar parda, no momento da entrevista se eu não for considerada parda, posso ser desclassificada? Não estou agindo de má fé, tenho características de pessoa parda, isso é levado em consideração?
Tive meu result indeferido num conc pub recente e estou aguardando a data de interposicao de recurso contra a mesma, acho uma tremenda falta de bom senso do examinador olhar a sua frente uma pessoa de pele morena e traços de negro como no meu caso e de outros mts q la estavam e por simples opniao pessoal, recusar a verdade diante que estar diante dos olhos de todos, espero em Deus q eu e tds q como eu foram injustiçados nesta fase venhamos a fazer valer nosso direito a concorrer dentro de nossa cota...Gostei mt da explicacao do professor foi bem claro direto e preciso, inclusive na questao da jurisprudencia do STF me aliviou bastante agr, ja estava preocupado se eu teria ou ñ chances, obgdo pelo video e pela explicacao!!!
Cotas são ruins e inconstitucionais, o STF defende cotas para tudo, até quando não previstas em lei(caso do fundo partidário e tempo de TV para candidatos negros), porém nenhum ministro renunciou em favor de um negro. Nenhum dos deputados brancos, eleitos democraticamente, é verdade, mas ainda assim, nenhum anunciou que renuncia em favor do suplente negro ou anunciou que não vai concorrer À reeleição para apoiar um negro! Assim sendo eu vejo com desconfiança as boas intenções do STF e do congresso
Parabéns pelo vídeo e pela sua educação nas respostas aos comentários! Eu tenho pele branca e traços brancos, mas nunca me considerei branca, sempre me achei parda. Tenho tia e vó negra, mas é capaz de dizerem que minha vó é branca e minha tia morena, já que tem gente que acha que a Glória Maria é morena, então minha vó morena pra eles seria branca. Complicado isso de julgar as pessoas. Temos que ter uma tabela de tons de cores agora???? Pra mim branco mesmo é esse povo europeu (alguns lá pelo sul que ainda nem se misturaram) o resto mesmo acho que a grande maioria é parda, pois temos antepassados negros, índios e brancos. Não me candidato a nenhuma vaga pelas cotas pois já vejo tanta gente negra que absurdamente é recusada, imagina eu que todos falam que eu sou branca? Não adianta o que eu sinto ou o que eu penso sobre mim. Aqui no Brasil para a sociedade eu sou branca e pronto, mas tenho certeza que se eu for pra Europa jamais vou ser branca lá. O pardo pra mim nunca vai ser questão de cor apenas, mas uma questão de genética também. Por isso não me considero branca. Nossa raça é essa mistura e se a gente pegar somente a população mais carente do Brasil quem é "branco" lá não é totalmente branco. Pois não existe brancos pobres, na favela ou se é pardo ou se é negro. Concordo com as cotas e acho que melhor seria se fossem atreladas a situação socioeconômica da pessoa também e não apenas a pigmentação da pele. Assim sendo, um negro ou um pardo sendo ele rico ou classe média alta, não teria participação na cota (pois não tem o que reparar aqui já que sua situação econômica já lhe favorece) e um "branco" pobre que na verdade é pardo teria direito a participação na cota (visto que deve haver uma reparação aqui duplamente). Eu mesma por exemplo, mesmo me considerando parda, também não teria direito a cota por não ser pobre. Acho importante criar mais oportunidades pra diminuir esse abismo entre os que realmente necessitam dessas vagas para mudar suas histórias. Espero que tenha entendido minha explicação.
Eu tenho uma dúvida...se o IBGE utiliza a resposta das pessoas a um questionário, sem avaliar a pessoa no momento da entrevista, mas numa hipotética avaliação há essa banca. Qual a legitimidade dos percentuais de negros (pretos e pardos) para gerar essa demanda de cotas?
Tenho pele escura, nariz alto (estilo mano brown msm kkk) e cabelo liso, sofri racismo minha vida toda! Mas tô com medo de jogar pra pardo e não ser aceito...
Sempre me declarei pardo, recentemente fiz um concurso e com medo de ser reprovado no processo de hetero identificação, não me escrevi nas cotas. Fiquei fora da lista de aprovados por 2 pontos e teria pontuação para ser um dos primeiros nas cotas. Tristeza define
para ser sincero eu me considero pardo até já ganhei bolsa na faculdade por cotas , mas sendo ainda mais sincero fico com medo dessas tais bancas de heteroidentificação. vale destacar que são raríssimos os concursos com essas cotas raciais, o que é lamentável.
O problema também está na banca, que pode privilegiar alguns candidatos. Entrei no concurso onde agora trabalho por cotas e tive que acionar a justiça. Nem fundamentação por parte da banca teve, indeferiram e homologaram o final do concurso. Tomei posse e assumi por uma liminar e o processo segue..
@@daviddenerb.soares7017 demorei pouco mais de um ano até chamarem a minha classificação. Ainda está em andamento..quem tem dúvidas se consegue passar não use as cotas, é muito arriscado depois e desgastante passar por tudo isso.
E quando ocorre o contrário? O candidato negro não quer concorrer pelas cotas e sim pela ampla concorrência, porém na ficha de inscrição ficou "não negro" por não ter uma opção específica para se autodeclarar e não querer cotas. Agora tenho receio mesmo não agindo de má-fé cair no problema da declaração falsa.
Tô passando por um uma situação muito triste 😞. Resentimente prestei um concurso público na minha cidade onde optei por me declarar negro e afro ..... Porém pra minha surpresa no resultado final fui cortado da disputa como cotista segundo a banca examinadora. A banca não aceitou só eu me declarar como negro cobrou uma foto de 12 cm pegando deis do ombro detalhes com o fundo preto e um formulário de auto declaração de ser negro pelo SEDEX. Nunca fiz concurso mais o pessoal disse que nunca viu isso. Oque vc acha dessa situação
Estou com medo de não ser aprovado, mesmo que eu já tenha passado por uma banca e ter sido aprovada em outro vestibular. Tenho pele mais clara mas tenho cabelo crespo, nariz achatado, lábios grosso e sempre me considerei parda.
Estou muito confusa!Antes eu achava que era parda, agora não sei mais o que sou. Tenho pele morena não tão clara mas também não é escura, meu cabelo é meio ondulado e grosso, boca e nariz grossos, sombrancelha grossa e olhos grandes. GENTE DO CÉU, Não sou branca mas também não sou parada, o que sou ?
Rafael! Desculpa, mas eu acho que deixei passar essa pergunta! Eu não sei se estamos falando do mesmo caso, mas em 2019 o MPF recomendou que algumas instituições implantassem as bancas para fins de evitar fraudes. Eu tenho pra mim que a autoidentificação feita a partir de uma premissa honesta deve ser considerada como prova suficiente. A banca de heteroidentificação é apenas um critério subsidiário...mas ainda assim é um critério. Infelizmente há pessoas que se valem de má-fé para burlar o sistema. Nesse caso a autoidentificação não tem valia e pode esbarrar num juízo negativo feito pela banca. Agora, na linha do que eu falo no vídeo, diante de uma autoidentificação coerente, em caso de dúvida a concessão de cotas tem que prevalecer.
@@antoniokozikoski2446 Prezado Antonio, sem problemas, desde já agradeço a atenção para com minha pergunta. Mas me refiro a uma situação peculiar. Em 2018, o MPF inquiriu algumas instituições sobre a implantação das bancas, para que essas instituições procedessem de acordo com a Portaria Normativa Nº 04/2018, que trata desse assunto. O problema é que a própria portaria, em suas disposições finais, afirma que ela não se aplica aos editais que já estejam em vigor. Acontece que ela foi usada até em concursos que já haviam encerrado e não previam banca, e o único critério segundo o edital era a autodeclaração. Nesses casos, instituir algo que não era previsto em edital não configura abuso a princípios do direito?
Amigão tenho uma dúvida, prestei um concurso público e coloquei na escriçao afrodescendente fiquei em primeiro lugar agora a banca vem e retifica o edital dizendo que não tem vaga reservada para afro em edital isso procede gostaria muito da sua informação! Observação no município que prestei não tem a lei federal que reserva vaga para cota o que posso fazer?
Independentemente das considerações jurídicas, que de resto são sempre controversas, a questão do racismo é iminentemente visual, ou seja, aqueles que não conhecem a pessoa em julgamento terão um posicionamento racista sobre ela baseados na impressão visual, e isso torna a autodeclaração suspeita, a pessoa que parece branca será tratada como branca. Além disso, a população brasileira já é majoritariamente parda, o que torna o sistema de cotas em si discutível.
Eu me considerei pardo até alguns anos atrás, pois não me considero branco e tenho familiares pretos e pardos...até que colegas "mais pardos" me ridicularizaram e afirmaram que eu não poderia me considerar pardo, então, ainda que eu não me considere branco, passei a colocar branco nos espaços reservados a isso.
Não passei na bancae acabei perdendo a vaga na faculdade, mas sempre me considerei parda, possuo documento, minha família é bem misturada, mas não possuo as características desejadas. Posso entrar com um processo? Qual a chance de ganhar? Tô me sentindo invalidada
no caso , o candidato inscrito nas cotas , caso seja aprovado em vagas de ampla concorrência não será onerado correto ? ou seja com a auto declaração dês de que esteja classificado entre os de ampla concorrência,no caso concreto o candidato tomará posse ? me corrija caso meu raciocínio esteja errado .
será que ainda tenho chance de recorre do resultado final do concurso,o qual saiu dia 23 de janeiro de 2023, pois eu era o primeiro da cota pardo negro , e tenho algumas outras aprovações em bancas distintas de hereoidentificação
Os critérios de avaliação deveriam ser objetivos e com a participação de dermatologistas. Existe uma escala para avaliar se a pele é escura ou não com base na reação à exposição ao sol. Do jeito como estar é quase sorteio. Ninguém sabe o que é avaliado.
Professor Parabéns pela aula! O Senhor poderia me informar se trabalha com análise fenotípica? Pois sempre me identifiquei e me declarei como pardo, porem tenho receio de me inscrever nessa categoria de cota nos vestibulares de final de ano.
Professor ,boa tarde, poderia me tirar uma dúvida: se em uma recusa de uma banca em aprovar um candidato em cotas de pardos, o candidato pode utilizar como prova o exame dermatológico de Fitzpatrick na justiça para comprovar o tom da pele?
Escritório maneiro! No edital do CONCURSO DO BB - 2023 fala sobre cotas para negros, na hora da inscrição tem a opção "PARDO" se eu marcar essa opção e caso eu obtenha aprovação vc acha que haverá impedimento para assumir o cargo?
Na minha certidão de nascimento consta que sou pardo, mas vc acha que mesmo assim a banca pode me considerar branco e me reprovar? Mesmo tendo um documento oficial que consta minha raça?
Professor na UFMA ( federal do Maranhão - abriu vagas para deficientes somente para pardos e negros, excluindo deficientes brancos. Ou seja, o deficiente branco não pode concorrer a essas vagas deficientes. Como proceder, ao meu ver, com essa injustiça?
@AntonioKozikoski Olá! Para entrar com recurso contra indeferimento de comissão de heteroidentificação precisa de advogado? Pesquisando sobre essas comissões e vendo relato de pessoas definitivamente pardas e pretas que foram desclassificados por esse processo, dá medo viu.
Tenho vários documentos do estado comprovando que sou pardo, tenho fotos minhas desde criança que mostra que sou pardo realmente puxando para a cor negra e mesmo assim a FGV aqui no concurso da PMCE indeferiu minha avaliação de heteroidentificação e o recurso administrativo. Entrei com uma ação ordinária ontem 03/01 com pedido de liminar para participar das demais etapas, que acabou de sair hoje 04/01, o acho que a liminar poderá ser favorável? E o julgamento do meu mérito lá na frente tbm? Tendo em vista que a documentação uma é da secretaria de segurança pública e a outra é do SUS?
Estou participando das demais etapas, fui indeferido pela juíza e no agravo de instrumento foi deferido. Fico um pouco receoso no julgamento do mérito.
@@nicolasbruno2105 E ai? Quanto você gastou pra entrar com essa liminar? Escolhi concorrer com cotista, mas obtive nota pra passar na ampla, estou receoso de ser eliminado mesmo não precisando da reserva de vaga.
Passei em um concurso do executivo federal e fui reprovado , sendo que sou mais negro do que pardo, devido ter deixado eu cabelo grande, e já havia passado em concursos nos quais fui considerado pardo negro
Eu tenho certidão de óbito do meu vô que está falando que ele tinha uma pele morena, minha certidão de nascimento não tem cor registrada, e fui barrado na comissão de hétero identificação num concurso, tenho um prazo de interposição de 2 dias, sempre me considerei como pardo, qual a melhor ação para tomar se não me reprovarem?
A autodeclaracao tinha que acabar. A lei deveria estabelecer ceiterios objetivos para classificacao racial. Caso isso nao seja possível, que se acabe com cotas raviais e estabeleça-se as cotas sociais baseadas em criterios financeiros/exonomicos.
A bagunça jà começa na nomemclatura. A lei da igualdade racial, define negro como pardos e pretos. Então não existe se me reconheço como pardo ou negro... pois, isso é redundancia. Apergnta deveria ser : se me reconheço como pardo ou preto!
Na minha opinião deveria ser hipossuficientes. Pessoas comprovadamente pobres. Segundo ibge 73% da população pobre é preto ou pardo. A questão que banca de heteroidentificação virou banca de julgamento moral onde a questão nao é a avaliação do fenótipo mas as convicções ideologicas de quem está avaliando. Já fui discriminado em lugar frequentado por negros, mas cansei de ser seguido em farmácia, mercado e ate impedido de entrar no elevador social de prédio de gente rica. Infelizmente quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é se tornar opressor.
eu sempre me identifiquei como parda, tenho pele ''morena'' , cabelos cacheados, nariz fenótipo de negro. Sofri minha vida toda ouvindo que meu cabelo era ruim, duro. Tentarei esse ano universidade pública, mas estou com muito medo de não acreditarem em mim ou algo assim...
Isso não era para estar acontecendo...se de um lado havia muitas fraudes com a autodeclaração, de outro lado as bancas de heteroidentificação estão trabalhando com um subjetivismo que beira a arbitrariedade e cria igual injustiça.
@@pbfull não mesmo. Entrei na faculdade por causa das cotas e não me envergonho disso. Se você é contra o posicionamento é seu, eu sou a favor e utilizei. Tenha um bom dia.
Existe a escala cromática de von Luschan para a questão da cor da pele, e deve haver outras, se a banca não usa essas escalas o princípio constitucional da publicidade vai por água a baixo. Eu não gosto da ideia de o Estado classificar pessoas por raça (que na verdade não é raça, mas não tem uma palavra melhor), mas isso é uma imposição do sistema de cotas. Quanto a ser critério subsidiário isso realmente é ignorado por quase todo mundo, ainda que esse termo seja meio mal colocado, de todo modo a autodeclaração não deve ser 1005 ignorada.
Me ajudem com essa dúvida. Passei em um concurso com nota para entrar na ampla concorrência, mas me inscrevi no concurso como cotas. A minha dúvida é, se vou entrar na vaga de ampla, tenho que passar pelo banca de Heteroidentificação?
@@MatheusSouzaYT mano, a resposta eu já tenho. E sim, existe uma lei que estabeleceu o procedimento se hetoidentificacao e nela fala que mesmo que você seja aprovado nas vagas de ampla terá que se submeter ao processo. Mas o ruim é que ficamos sujeitos a um critério subjetivo que se não for atendido nós somo liminados do concurso.
Minha reservista tem q eu sou moreno. Mas por medo disso me causar algum problema em concurso público eu opto pela ampla concorrência. Será q se eu colocar pela cota vai me causar algum problema? Ou seja, eu posso ser eliminado do concurso ou esse documento é válido?
Normalmente os editais dizem que não conta para fins de reconhecimento a existência de documentos pretéritos. Mas judicialmente tem decisões favoráveis.
É difícil dizer, Geovanna. A Banca vai analisar o conjunto dos seus traços, e não necessariamente um ou alguns de forma isolada. Mas é como eu disso no vídeo, pois assim está na decisão do STF: em caso de dúvida objetiva deve prevalecer a autodeclaração.
Não importa como eu me autodeclarei anteriormente, pois são variadas as razões subjetivas passadas para eu me declarar "assim ou assado". O que importa é a minha real situação em face do que dispõe friamente e objetivamente a lei.
Oi professor, bem tenho uma duvida, meu marido passou em um concurso, vai para a banca de hereroidentificação ele se declara pardo desde 2007 quando foi militar, seu bisavo por parte de pai era negro e avo negro o pai pardo/negro ele se declarou pardo, na sua documentacao de reservista esta pardo/cabelos crespos/ sera q podem reprovar ele ainda assim, qual o contato seu?💢 obrigada
Palloma. O caso que eu comentou no vídeo é praticamente igual ao que você me traz. Me envia um e-mail e eu esclareço para você melhor (kozikoski@gmail.com)
O candidato cotista que tem nota para figurar dentro da ampla concorrência, mas ao passar pela heteroidentificação foi indeferido e consequentemente eliminado de todo o certame mesmo não usando de má fé, mas não passou nos critérios da banca, tem como reverter voltando para o certame com a nota cabível na ampla concorrência?
Tô com muito medo de ser desclassificada do concurso que fui aprovada com 73,50 pontos em ampla concorrência , mas como me declarei parda na lista final me colocaram pra cotista . Tenho as características de negro devido a minha mãe ser negra e meu pai branco , mas nasci com a pele mais clara que considero parda e aliás , só eu nasci com essa cor , minhas irmãs nasceram negras . Se caso eu for eliminada por causa da minha cor , posso recorrer? , e tbém tenho chance de ser desclassificada de cotas mas devido ter uma boa nota em ampla eu conseguir voltar pra ampla?
@@higoralvessilva5559 Consegui sim , essa semana saiu o resultado . Tudo certo graças a Deus 🙏❤ . Alguns não passaram , ai estamos esperando se serão eliminados do concurso ou se serão remanejados pra ampla concorrência novamente.
@@thainadantas5323 Obrigado, estou muito preocupado com isso haha! Poderia me dizer como foi a heteroidentificação? O que perguntaram e como você respondeu?
@@higoralvessilva5559 Tem um video do IFPA fazendo a heteroidentificação é igual . Fica tranquilo que se der indeferido e não tiver notória má fé , você poderá retornar a ampla concorrência. Fiquei tão pilhada que pesquisei muito sobre isso rs
Sempre me autodeclarei parda em questionários e fui barrada pela banca de heteroindentificação da UFC , fiquei muito chateada porque sou da UFC de sobral e tive que ir em Fortaleza para um processo que não durou 3 minutos , já estava matriculada e frequentando a Universidade normalmente e agora cancelaram minha matricyla fando a decisão final de que não sou parda! Sendo que o termo é "autodeclaração"
Oi Luana. A Banca não analisa um indicador de forma isolada. Ela considera a soma de indicadores para a construção de um estereótipo, entende? Se você não usa, se isso não faz parte da sua identidade, acho arriscado aparecer na Banca assim....
Prof. António, recentemente prestei um concurso e fui aprovado como cotista. No entanto, a vaga foi direcionada à outro cotista que teve uma nota maior do que eu. Ambos ainda passaremos pela banca de heteroidentificação. Apesar de os dois se declararem pardos, eu particularmente não identifico características de pardo no outro candidato. Caso a banca o aprove, eu posso recorrer dessa decisão?
Varia muito de acordo com os indicadores objetivos que eventualmente a pessoa tenha (aprovação em concurso anterior, documento público reconhecendo a cor, etc.). O Judiciário é resistente. Mas há decisões num bom número.
Penso que no edital deveria vir especificado que o candidato passará pela banca de heteroidentificação, porque o candidato tem de presumir. São muitos jovens caindo nessa cilada e desistindo dos sonhos. Meu filho teve de desistir do 1º lugar na UNB e mesmo assim continuo achando que ele é pardo (traços indígenas). Enquanto não especificarem no edital o que é ser pardo (traços negroides, relativamente à cor da pele - preta ou parda - e aos aspectos físicos predominantes, como lábios, nariz e cabelos, que os caracterizem como pertencentes ao grupo racial negro) e que não é somente autodeclaração, o problema continuará existindo. A luta não deve ser contra as cotas, mas para que o edita seja claro.
o pior de tudo é o extremo desgaste mental de passar por todo esse processo. Eu sempre me identifiquei como pardo, tentei por anos entrar em universidades concorrendo a vaga para cotistas e até possuo documento legal da polícia civil (órgão público) me identificando como pardo. No entanto, fui reprovado pela banca de heteroidentificação e mesmo entrando na justiça e apresentando inúmeras evidências da minha condição, inclusive documento médico, tive meu pedido de liminar recusado pela juíza.
@@jonasmmg7331 sim, amigo o processo está tomando um rumo favorável para mim, porém só recebi liminar para estudar provisoriamente enquanto a decisão final não sai
Sempre me declarei como parda, nos meus documentos tem que sou parda, já sofri preconceito na escola, no trabalho. Porém, estou com muito medo de inscrever nas cotas p concurso da PM-CE. Tenho medo de ser barrada por isso, meu cabelo não é cacheado, é meio ondulado, meu nariz não é fino, meus lábios não são finos, mas minha pele não é muito escura, mas tbm não sou branca. Sou um meio termo. 🤦🏽♀️. Tô com medo dms!!!! Isso tá me causando crise de identificação! Não sei mais em que me encaixo 😪😪😪😪
No caso do individuo ter a pele clara, porém seus avós paternos e maternos são negros e seu pai e mãe são pardos, o individuo de pele mais clara poder ser considerado pardo, uma vez que segundo o IBGE, pardo é o resultado de uma mixsigenação de raças (Negro com branco, pardo com pardo, pardo com branco)?
@@antoniokozikoski2446 Muito obrigado, Prof. Dr. Antônio Claudio Kozikoski Junior, pelo vídeo e pelo esclarecimento. Este é o primeiro vídeo que eu vejo com esse teor, sendo tão esclarecedor. Aproveitando sua resposta diante da minha pergunta, há um detalhe que quero ressaltar: O individuo em todos os processos seletivos em que participou (desde 2009 até o presente) se autodeclarou como Pardo, e em todos esses processos teve a aprovação favorável a sua autodeclaração, porém esta é a primeira vez que passa por uma comissão de heteroidentificação. A pergunta é: se o individuo vir a ser barrado por essa comissão de heteroidentificação, cabe recurso? No caso de sim, como o individuo deve proceder? Desde Já agradeço a sua atenção Atenciosamente: Gemeson Alves Lattes: lattes.cnpq.br/7120168507910917
Se vc tiver pele clara e nenhum traço negroide, a sua mãe e pai podem ser pretos retintos, q isso não será levado em consideração. A banca analisa o fenótipo e não o genótipo. Me parece que falta entendimento do pq as cotas existem e qm, portanto, tem direito de usufruir dessa política. Se todo candidato se olhasse no espelho, observasse seus traços, refletisse se já sofreu preconceito ou discriminação racial, mt gnt evitaria a reprovação nas bancas. Eu n acredito que as pessoas ajam de má fé, óbvio que há exceções, mas acredito que falta esclarecimento sobre o que será avaliado e conscientização da razão das cotas ainda serem necessárias.
@@camilagama3872 eu concordo com sua análise. O que eu quis dizer com a resposta que dei foi: se os pais são negros e/ou pardos mas os filhos tem um tom de pele "mais claro" (como perguntado), mas ainda dentro de um espectro que se considera pardo, sem dúvida tem direito às cotas, sobremodo porque como o STF já decidiu, o primeiro critério é o da autoidentificação. Agora, de outro lado, eu branco, tendo assim me identificado a vida inteira, não poderia reivindicar a cota porque a terceira geração acima de mim era negra ou parda. O que você acha?
@@seposicionecomjc boa tarde. Se tem "mais fenótipos do branco", como você disse, não tem direito à cotas. De outro lado, se a pessoa se identifica como tal e há dúvida objetiva, tem sim direito segundo a jurisprudência do STF, pois a banca de heteroidentificação deve ser adotada como critério subsidiário para coibir fraudes e desnaturar o propósito da politica afirmativa (ADC 41).Quanto ao lugar de fala, creio que todos temos o dever de nos posicionar no que tange ao combate ao racismo, discriminação e/ou qualquer tipo de violência contra quem quer seja.
