Seus vídeos são excelentes. Assisto algumas vezes, mais de uma vez o mesmo vídeo, de tanto que gosto do conteúdo. Quanto ao seu cabelo, eu penso que você deveria se render a um bom corte. Há verdadeiros artistas que fazem grandes artes nas cabeças das pessoas. Mate o escorpião que há no seu bolso. Parabéns e Felicidades!
Matar o 🦂 que há no meu bolso é um excelente conselho! Haha Demorei muiro a te responder (pq não vi a notificação na época) e depois disso, um grande amigo ae tornou um desses artistas e cortou meu cabelo algumas vezes. Incrível saber que vê meus vídeos mais de uma vez! Obrigado!! ✨ Viu que voltei com tudo? Vídeo novo, vários shorts... e um catarse.me/canal9 - caso queria apoiar meu canal e até fazer parte de grupos de discussão filosófica comigo. Abs !!!
Sensacional, sentia falta de conteúdo voltado para as artes visuais, falar sobre esses assuntos e autores e textos é essencial! Ficou ótimo o formato, estamos aí na movimentação em gerar material em artes no RU-vid.
a meus olhos em meio a essa contemporaneidade que estamos vivendo a arte como forma de culto limita-se a superficialidade, frente a isso pôde-se dizer que nossa contemplação e criação estão enfrentando o peso do niilismo, e uma das formas de superação pode ser sua afirmação, fazendo arte pela arte.
Muito legal Victor essa análise.Achei este vídeo porque estava estudando a sociedade da transparência e existe exatamente essa questão do culto e da exposição,distintos por uma coisa interessante: a negatividade, que também precisa ser admitida pelo Ser,não necessariamente expondo.A exposição acaba sendo consequência de uma sociedade positiva que se organiza sem a negatividade.Sendo que a negatividade,no sentido de uma 'casa interna' onde também acontecem sentimentos negativos como sofrimento ou paixão,é essência.Fundamental para positividade.A sociedade da transparência acredita que só se É,sendo visto.Ou seja, se não é visto,não existe.Doido isso,por que quem existe e acredita que existe,fica submetido a essa obscenidade.Viva o culto de si! rs
Victor,sei que você foca nas obras de arte mas não acho que elas são muito diferentes dessa submissão de 'iluminação' porque acho que até a materialização de um espírito necessita de uma esfera de si sem o olhar do outro.
É altamente intrigante para nós, artistas, a ideia de que constantemente nos deparamos com bifurcações à respeito da qualidade ou quantidade: Criar uma arte de alto teor e valor empírico, onde o culto se torna mais direcionado a um nicho muito menor, limitando consequentemente o alcance, ou desbravar o cenário mais massivo, onde cai a ideia de culto e sobe o valor de exposição? Inacreditavelmente, muitos artistas se exilam da fama quando suas artes passam por esse processo de degradação, à maneira que o valor de exposição aumenta. Eu, como músico e artista anônimo, buscando e projetando o reconhecimento, fritei milhões de neurônios pensando nisso. Disserte um pouco mais sobre, gostaria de ler sua opinião pessoal; afinal, creio que você esteja ou já esteve na mesma. Abraço!
Me passou agora a reflexao sobre arte produzida por grupos afastados das redes e da mídia.... Como as mulheres nbdele... Será que não tem mais relação com culto do que exposição, apesar de serem feitas em fachadas de casas? Sei que vieram pra uma das bienais, e assim já estão inseridas no mercado....mas mesmo assim, percebo que o ritual possa ser o mais marcante nesse trabalho ....o que acha Victor?
Isso de algo ganhar status de arte quando deslocado de contexto me lembra que o mesmo se aplica ao humor. Se por um lado o que torna que um vagão de trem seja "arte" seria, por exemplo, ver ele dentro de uma sala de aula (o que é espacialmente impossível, e por isso surpreendente), enquanto vê-lo numa estação de trem sequer chamaria nossa atenção, palavras e sons que quebrem o contexto - mais especificamente, a expectativa das pessoas - acabar por gerar efeitos surpreendentes também (no sentido de "surpresa" mesmo), como quando um humorista, durante uma história que está contando coerentemente sobre loiras trocando lâmpadas, ao invés de fazerem com que a piada seja a loira acabam tirando sarro da lâmpada (ou qualquer outro exemplo em que o público seja surpreendido pelo desfecho da história por simplesmente não esperar que aquilo esteja lá).
Desde ontem que to assistindo o maximo que posso! Agrega mto valor não só pra prova de humanas e linguagens do Enem (q ja tá chegando rs), mas pra vida tbm! Excelente trabalho, parabéns!
O culto parece ter sido deslocado da arte para os artistas. Du Champ, por exemplo, foi um artista precursor do marketing pessoal e não é à toa que um objeto que designou como arte como uma brincadeira, uma provocação, tenha se tornado uma obra valiosa, desde que tivesse assinatura dele (na década de 1930 ele 'reproduziu' os mictórios e estes valem milhões pelo artista e não pelo que são, um mictório igual e sem assinatura dele valem poucas centenas de reais). A arte deixou de ter a excelência na excelência artística, parafraseando James Gardner. Ainda parafraseando James Gardner: é exatamente a falta de crítica e a adulação ilimitada que tornou a arte atual insignificante. Nunca a arte foi tão louvada (no início da década de 1990) como nos dias atuais, nunca mereceu tão pouco. A regeneração da arte ocorrerá quando as pessoas se derem conta daquilo que nunca deveriam ter deixado de saber e que os antigos sempre souberam: que a arte não tem tanta importância assim. A afirmação do excesso de importância tem a ver com o total descompromisso com o formalismo e a supervalorização do que a obra de arte teoricamente poderia transmitir. A arte, pintura, em muitos momentos quis dizer mais do que apenas a reprodução de uma cena cotidiana, mas hoje o artista tem a pretensão de transmitir algo sem qualquer compromisso com o virtuosismo, então obviamente a obra de arte não é mais admirada pelo que é (um douto, filosofo, historiador, poderia ver mais numa cena de uma pintura, além de sua beleza formal, mas uma pessoa simples também não deixaria de admirar essa mesma representação de cena), mas pelo artista famoso que a fez. Um dia desses em um canal no youtube sobre artes o youtuber disse que a respeito de algumas pinturas parecerem coisa de crianças, afirmou que foi feito um teste com obras de crianças e de um pintor famoso e que o resultado do teste apontou para o especialista conseguindo distinguir o que era obra de criança e o que era obra do artista; mas aí fiquei imaginando: se eu quiser pintar a maneira de Rafael e se minha pintura for colocada ao lado de uma obra original (ou reprodução exata, uma impressão), não seria necessário um especialista para diferencias as obras, minha sobrinha de 4 anos identificaria o que é obra de gênio e o que é uma grande bobagem. Resumindo: o culto hoje está no artista e não na obra, ou está na obra porque esta lembra o artista, carrega o status de ter sido produzida por aquela personalidade famosa, badalada.
Filosofia não é fácil e infelizmente o que não é fácil é raro. Mas quando descobrir sua importância, talvez compreenda todas as outras demais matérias que são filhas da Filosofia.