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outra solução de curto prazo: renda básica universal. as taxas de violência despencariam. outra coisa mais geral: violência é uma questão urbana também. até iluminação nas ruas e linhas de transporte público ajudariam muito também a diminuir as taxas. sobre a estrutura da polícia, tem um projeto muito interessante do Fórum em Defesa da Vida, do Jardim Ângela, na zona sul de São Paulo, uma organização que nasceu quando o bairro foi considerado o mais perigoso do mundo (120 assassinatos a cada 100 mil habitantes). o projeto do FDV era de uma "Polícia Comunitária". a ideia era bem simples e prática: primeiro, desmilitarização. segundo, policial tem que ser da comunidade, não pode ser de fora, porque quando ele é de fora ele é um anônimo. se ele é conhecido pela comunidade, ele vai pensar duas vezes antes de matar o filho do vizinho. terceiro, tem que ter formação em direitos humanos oferecido por organizações do próprio território. quarto, observatório das ações da polícia, também formado por organizações do território.
então, é o que o joão falou. sim, podemos falar inúmeras medidas que certamente ajudariam a classe trabalhadora, que teriam um efeito positivo contra a criminalidade. mas isso não é implementável porque o jogo da democracia burguesa não é justo, essas cartas não são feitas para serem jogadas. projetos assim são atacados por um monte de partido de direita com financiamento bilionário na TV, no rádio, corrente do whats... essa ideia da "polícia comunitária" é algo absolutamente vital a nível nacional, mas uma coisa assim NUNCA seria implementada no nosso país sob o capitalismo. só conseguiremos substituir a polícia militar pela polícia popular depois da revolução.
@@henrycgs eu concordo em partes com essa ideia de que não é implementável na democracia burguesa. entendo o argumento, mas o problema maior é que a gente nem sequer tenta. pra mim parece um tanto óbvia a lógica de que, quanto mais altas forem as nossas apostas, maiores vão ser as conquistas, mesmo que elas sejam rebaixadas no processo, e essas conquistas são importantes pra construção do poder popular. mas por sei lá que medo de parecer "radical demais", sei lá que tipo de realismo capitalista, é raro encontrar um parlamentar de esquerda que faça apostas altas. e quando essas apostas altas aparecem elas não chegam na gente, e deveriam chegar, porque elas precisam da mobilização pra serem levadas adiante. por exemplo, a Erundina tem uma proposta de Sistema Único de Mobilidade, que é basicamente tarifa zero no país inteiro. vai ser aprovado algum dia? parece impossível, mas antes de 2013 também era irreal discutir tarifa zero nas cidades, e hoje não é mais. o SUM também tem que ser discutido, precisa ter milhares de pessoas nas ruas falando que querem o SUM, e pode ser que a gente não consiga ele, mas com a radicalização da discussão sobre transporte público a tarifa zero pode virar realidade em mais cidades. daí acho importante o que o João faz. ele é prático, a militância ensinou ele a ser, então ele não caiu no discurso fácil de que não existe solução a curto prazo. claro que existe. se elas podem ser conquistadas ou não, a questão é outra.
@@pblppl quem disse que essas propostas não são feitas? a inteira existência do psol é a tentativa de fazer isso, toda hora tem projeto novo deles, e eles tem uma militância grandinha até. mas de que adianta? na hora que começa a incomodar a burguesia, eles mostram que o jogo não foi feito pra gente. vem golpe, bolsonaro, e já tão tentando derrubar o lula e já consideram o tarcísio como próximo presidente. é por isso que a nossa via é revolucionária. o grande ponto é de que nós temos recursos limitados, e não investimos nossos esforços em tentar coisas que sabemos que se derem certo, serão vitórias temporárias. comunistas participam de eleições, mas não como objetivo, e sim para apoiar a revolução. tomar todos os espaços e tal. tem tudo isso nesse react do tio.
Sendo bem honesto acho que o que aconteceu no podcast e no react do tio foi todo mundo de má vontade com o pirula. Sabemos que ele quer ver a omelete sem quebrar os ovos. Mas o questionamento dele está mais na linha de: ok, precisamos fazer a revolução, e essa revolução terá de ser violenta, ok. Mas oq podemos fazer para que nesse meio tempo a condição de vida da população seja melhor.
@@sirgawaine2Que prova? Várias formas de redução de criminalidade deram certo em diversos países, inclusive mais desiguais do que o Brasil. É muita tosca a limitação da esquerda radical nesse ponto.
@@tiagomendes847 ué? Mas foi exatamente o que eu falei. Eu sou de esquerda radical e concordei 110% com o Pirula pô. Ele colocou o posicionamento do Ian contra prova da própria realidade e a resposta foi uma gigantesca não-resposta. Não entendi o comentário. Inclusive, concordo plenamente com você: essa limitação é muito tosca. Mas não concordo que seja um posicionamento da esquerda radical de forma coletiva. Essa linha defendida pelo Ian no vídeo lembrou muito as linhas idealistas de socialismo, bem fora da realidade. A arrogância com que ele tratou o assunto também não me agradou. Agora, eu estranho o comportamento e as falas dele, já que já vi falando sobre esse assunto em outros lugares e sendo muito mais ponderado. Sei lá.
@@nobrelucas9515Brasil já faz, e já fez mais violento do que em el salvador. Brasil tem 644 mil presos, ele salvador tem 102 mil. Pessoal tá feliz pq isso é da manchete e uma solução mesmo que falsa. Da alguns anos que el salvador vai ficar mais violento do que já estava.
@@nobrelucas9515 Hã? Mano punitivismo, mais cadeia, mais polícia a curto prazo sempre é uma resposta popular. Agora se realmente quiserem resolver o problema e não apagarem fogo o resto da vida é preciso olhar para questões sociais estruturais.
@@escoladoflow os índices de violência não são nem perto do que eram antes do Bukele assumir. Vc fala que não resolve, mas pro povo resolveu, até pro Turismo funcionou, Viajar para El Salvador era impraticável antes.
mano, esse vídeo é uma AULA. na moral, esse react podia ser uma PALESTRA sobre os limites da democracia burguesa, sobre método, sobre organização, sobre diálogo com a classe trabalhadora. sensacional, joão. o dia que você for nesse podcast vai ser lendário.
Boa complementação! Quando eu assisti o podcast eu achei que faltou dar uma resposta mais completa pro ponto do Pirula, que é um bom ponto, honestamente. Mesmo a gente sabendo que não existe solução de curto prazo, a gente não pode cruzar os braços e deixar a direita continuar fazendo as mesmas promessas vazias de sempre sem ser questionada, porque o povo sente na pele o efeito da violência e busca alívio. A gente precisa estar pronto pra dizer pras pessoas, que tudo isso que o candidato de direita tá prometendo só PIORA a violência, tem piorado e vai continuar piorando porque é isso que a direita QUER. Que continuar votando nesses candidatos por causa das promessas de "mais segurança" é o mesmo que apertar a corda no próprio pescoço. Temos que ser incisivos nisso. E mesmo se a gente apresentar projetos de "enxugar gelo" como os dos exemplos que o tio deu, a gente tem que deixar claro que esses projetos só passariam se não existisse conservador aparelhando o Estado. Essas coisas tem que ficar claras pra todo mundo.
Eu acho que a segurança no curto prazo está diretamente ligada à infraestrutura, iluminação, pavimento e estas coisas inibem bastante o crime. Não sei se a teoria das janelas é realmente factual, mas notamos que a violência acompanha o abandono do estados em determinadas regiões da cidade
Quando você retira o salário de um trabalhador, você coloca que só quem não precisa de renda para a sobrevivência possa estar naquela posição. Colocando um discurso de liberal de mérito para tal posição e invalidando as pautas e necessidades da base de trabalhadores, desta forma inviabilizando a massa de estar nessa posição. Por mais que ela raramente esteja lá, isso elimina totalmente a possibilidade de estar
@@diegonexus3082 e pobre sem consciência de classe vai resolver oq sendo vereador? Vai resolver a vida dele e lutar com unhas e dentes pela manutenção do sistema. Creio que seria mais fácil a entrada de lideranças de certos setores na câmara; professores, garis, motorista de ônibus, e etc.
Olha João entendo o argumento, porém compreendo que o pensamento do Pirula é muito de um brasileiro médio e olha que o dele já é um pouco acima dos demais, já que sabe que não é um problema nem simples e nem fácil de resolver. E aí discordo da forma irônica que vc se colocou, repito, apesar de entender, pq ao meu ver esta forma de debate não é construtiva. O povão quer sim soluções a curto, curtíssimo prazo e chegar dizendo não dá, pq tem fator x,y,z, que não é só fazer x tem que fazer A,B,C tb, pra mim só leva a pessoa a ficar mais puta ainda e perder a atenção de alguém que parou pra ouvir a esquerda. Eu na minha humilde opinião, acho que devemos mostrar o básico e subverter, no sentido de explicar a ela, por exemplo, como o judiciário e as leis não cumprem o que prometem, como muitas, mas muitas pessoas que cometem assassinatos não são punidas, como o judiciário tem muita grana e é totalmente ineficiente, como aquele deputado que vc votou pra "acabar" com a bandidagem não fez um PL pra talvez ser mais rigoroso em determinada lei, ou melhorar iluminação pública, praças , atividades na comunidade e etc e aos poucos fazer ela entender que pra diminuir a violência é necessária diversos ações e envolve todo um ecossistema complexo. Porém creio que se apresentarmos tudo de uma vez , e que vai demorar pq há diversos fatores envolvidos ( e sabemos que há) ela vai se afastar pq pro brasileiro ele quer o que resolve mais rápido. E minha proposição é que se faça algo a curto prazo, óbvio, e que seja mostrado aos poucos outras medidas em conjunto que sejam efetivas tb. Pq do jeito que tá, o discurso da bala vai continuar vencendo. Meus 2 centavos de contribuição 😅
"Olha João entendo o argumento, porém compreendo que o pensamento do Pirula é muito de um brasileiro médio e olha que o dele já é um pouco acima dos demais, já que sabe que não é um problema nem simples e nem fácil de resolver. E aí discordo da forma irônica que vc se colocou, repito, apesar de entender, pq ao meu ver esta forma de debate não é construtiva." Esse é o problema do Pirulla: ele está argumentando como ele pensa que o "povo" (leia-se: classe trabalhadora) vai argumentar. O João tá certo em questionar o isso, e ele fez dentro do tom na minha opinião.
Difícil é convencer a população que repressão não funciona quando muitos possuem a experiência que a ditadura militar provia segurança, ou mesmo que a repressão vinda dos próprios criminosos e o tribunal do crime funcionam bem pra manter certas regiões seguras.
Nesse vídeo eu discordo do João... A visão do pirula não ta sendo idealista e sim realista. Pra fazer a revolução amanhã precisamos estar vivos amanhã... E tem soluções muito mais simples, ex. Aumentar iluminação publica, criar incentivos para a população sair de casa prq ruas movimentadas tem menos crimes.
É idealista porque nunca aconteceu; historicamente a desigualdade social vai existir de uma determinada forma em um determinado local, conforme os ditames da classe dominante. Essa dinâmica só é quebrada de verdade com um processo revolucionário; nós não temos o poder de reduzir a violência do estado dentro da democracia burguesa. Se tivéssemos ela estaria organizada em prol da pauta máxima, não de paliativos dentro do sistema. A pegada que você não entendeu é que as pessoas já há perseguição por muito menos no capitalismo, veja o que aconteceu agora na ocupação Sarah Domingues do MLB em Porto Alegre; a gente já tenta reduzir os problemas, e muito. Dizemos que a consciência de classe é a única saída porque essas vias conciliatórias já foram tentadas e, no fim das contas, a classe trabalhadora saiu perdendo do mesmo jeito. E olha, todo respeito mas suas sugestões me parecem estar na linha de "vamos mitigar o aquecimento global tomando banho de 5 minutos".
Pirula fez uma pergunta completamente necessária. Na impossibilidade de responder, muitos ficaram indignados com ele. Segurança pública é o ponto fraco da esquerda, é onde se vê mais terraplanismo, principalmente quando dizem que aumentar policiamento não pode reduzir criminalidade.
Cara, vc não pode querer que cinco séculos de um passado colonial escravocrata e latifundiarista se resolva do dia para noite só com mais "segurança e policiamento", sejamos coerentes, ao menos isto.
@@hugofarias9150Ele não tá falando de resolver dívida histórica, mas de ao menos melhorar o problema da segurança. E já tivemos alguns exemplos até dentro do Brasil de que isso é possível, mesmo dentro do capitalismo. Esperar pra resolver isso depois da revolução é um tiro no pé!
Eu acho que tem q ter tanto um projeto de mitigação de curto prazo quanto uma solução de longo prazo. Não se pode largar mão dos problemas mesmo que pareça enxugar gelo. Mas assim, tem que deixar claro que a mitigação não é a solução.
A esquerda tem de fazer uma autocrítica e reavaliar a sua estratégia de mobilização da classe trabalhadora (que também apoia ideologias de direita). A direita, de valores individualistas, cada vez mais unida. E a esquerda, de valores coletivistas, cada vez mais dividida. Sobre debates, é importante participarem de debates! Debates não são para vencer opositores, mas converter os seguidores desses opositores. Tal como Elias x Renata. A internet é um novo campo de atuação política e a esquerda radical precisa ocupar mais espaço. “UNI-VOS!” não é apenas nós que vos apoiamos, mas também entre vocês figuras de influência e referência para nós. TIO JOÃO, IAN, GAIOFATO, HUMBERTO, JONES, - UNI-VOS!
Acho muito interessante, pq ao pirula abrir a boca, muita gente ja falou, ai meu deus o centrista iluminado, e ele deu um ponto muito bom... que só pararam de falar no chat isso quando o João falou q fazia sentido... quer dizer a nossa classe tem que aprender a calar a boca e escutar alguem que realmente esta disposto a debater... pq a galera ta acostumada com brasil paralelo q n quer debater de fato, mas que fala q quer debater.... autofagia da esquerda sempre comendo solta ne
Ou seja a resposta seria : "Precisamos fazer a revolução, nos ajudem , mas enquanto isso, aceitem a violência". VOCÊS NUNCA VÂO CONVENCER UMA PARCELA SIGNIFICATIVA DOS TRABALHADORES COM ESSE DISCURSO.
Pirula mostrou, meio sem querer, o despreparo da esquerda para debater segurança pública. Aumentar policiamento e contingente policial, desenvolver melhores técnicas de investigação e julgamentos mais efetivos, reduzem, sim, a criminalidade. É absurdo ignorar isso. Além disso, nem Ian, nem nenhum dos reacts, pelo menos até agora, falaram sobre o crime organizado, é como se isso fosse assunto proibido.
Tio, bom momento! A problemática como um todo é que por mais que você tenha políticos de esquerda com propostas para área de segurança pública dentro de uma sistemática burguesa, nós ainda não exploramos essas questões para poder ter um melhor desempenho eleitoral. Mesmo que a aplicação das soluções seja contrária a ótica do sistema regente, explorar essas soluções, popularizar, etc poderia ser um fator para agaranhar o apoio de parte da população. Acho que o Pirula dialoga dizendo que temos uma massa trabalhadora que vota na direita porque eles apresentam propostas para a área de segurança pública, ainda que seja ineficiente.
Nao concordo com o Pirulla, mas entendo o raciocinio dele: a senhorinha de 60 anos nao vai querer esperar mais 3 gerações pra ver alguma melhora palpável na segurança. O Ian foi assertivo nas falas de modo geral, mas meio que não respondeu essa questão. (ainda nao terminei o react; vi o original)
38:00 - Sobre o sistema prisional, ainda acho que uma das coisa mais efetivas era a criação de cadeias exclusivas para réus primários, tanto para crimes "leves" quanto para crimes "pesados", logico que separados por alas, essa ideia tem por fim garantir que quem cometeu "apenas um erro" não tenha à vivência com membros de facções, ou até mesmo com pessoas que já são reincidentes em crimes mais graves, o que poderia influenciar eles para algo pior... E acredito que é nessa fase, no réu primário, que qualquer medidas sócio educativas seja mais produtiva, medidas como acompanhamento psicológico, uma possível reeducação básica, uma profissionalização... Um outro ponto seria após sair da cadeia, um plano governamental que pegasse essa galera que passou pelo processo de sócio educativo, e desse oportunidades desse grupo, talvez pagando parte do salario, ou isentando uma % em algum imposto, sei lá algo assim, por que pessoas que "tem passagem" dificilmente consegue emprego decente, com condições básicas, ou se submetem a isso, ou ficam desempregados ou voltam a praticar crimes.
47:10 segundo o Emílio podemos tirar todos os policiais das ruas, derrubar todos os postes de luz, quebrar todas as cameras de segurança que existem e parar de punir quem comete crime que não terá impacto nenhum nos indicadores de segurança. Afinal, a unica razão/solução para a segurança pública é a desigualdade.
@@Hugo1749-g8q é a consequência lógica da simplificacao de atribuir a criminalidade unicamente a desigualdade. Se o problema se resume a isso, acaba com a segurança pública porque não tem utilidade. Inclusive com as punições, porque elas também não diminuiriam a criminalidade.
O Pirulla tem um limite de imaginação. E muita gente é assim. Precisamos que artistas ajudem a construir um imaginário popular revolucionário. Da mesma forma que autor europeu branco cria um universo de criaturas mágicas que as pessoas tomam como tão verossímil ao ponto de dizer "não existe elfo preto", da mesma forma como Jogos Vorazes firmou no imaginário de toda uma geração os horrores de uma ditadura fascista. É o Jurassic Park do Spielberg que colocou os dinossauros dentro do imaginário popular, ao ponto de hoje parecer idiota questionar a existência deles nos dias de hoje. O artista é aquele que anda à frente do grupo com uma tocha na mão, é aquele que tem o poder de mostrar os caminhos ao povo. É aquele que consegue imaginar pelo coletivo.
Voce, Joao, fez o que faltou pro Ian e pro Emilio nesse papo, que é apresentar as propostas de mitigação e ai depois mostrae porque elas nao sao feitas. Do jeito que eles conduziram parece que nao existe ideia. E ai, ao meu ver, por isso que o Pirula ficou na beirinha mas nao veio. Acho que é esse tipo de alinhamento que é necessario: apresentar as propostas de mitigação e ai sim mostrar porque elas não são implementadas e reforcar a necessidade de organização. So falar que nao tem solucao soa desmobilizante mesmo, e ai nao me surpreende que o Pirula ou qualquer outra pessoa nao seja convencida.
Discordo que medidas de MITIGAÇÃO sejam impossíveis, mesmo que ainda no Estado burguês. Pode ser difícil conseguir, mas não acho impossível com mobilização e organização. A classe trabalhadora já conseguiu conquistar algumas (POUCAS, mas conseguiu) reivindicações que vão contra a lógica do lucro do capitalismo, usando de mobilização e organização.
essas falas de 'não tem solução', mesmo sabendo que não tenha, são muito contraproducentes. não importa o quanto você mostre dados que, dentro desse sistema, não tem como, que é preciso uma ruptura, as pessoas querem soluções pra ontem. não querem saber de resultados pra daqui a 20 anos. é aquele meme da série Atlanta, o cara tem que comer agora e não em setembro. deve haver algo que desacelere a piora diária das coisas enquanto se trabalha pra mostrar, com resultados imediatos, de que estamos no caminho certo,e até pra dar tempo de conscientizar as pessoas, organizá-las, convencê-las e construir uma unidade maior, uma maioria e fazer o que tem ser feito. romper com tudo.
Se a desigualdade social é a questão, p q o Brasil tem índices de homicídio maiores até que países com menor renda per capta e maior desigualdade que o Brasil????
Renda per capita quer dizer absolutamente nada nesse contexto, a do Brasil é 48.000 reais, você ganha isso? Esse valor representa a sua realidade financeira e a de 200 milhões de brasileiros?
eu acho o debate excelente, contudo, acho que seria mais proveitoso ao João ter reagido à manifestação do Jones, pq queira ou não, o corpo da Soberana não vai contrapor seus pares (e tá certo, não tô criticando ou questionando isso aqui não), mas abordar os pontos de crítica trazidos pelo Jones poderiam ser mais relevantes no debate, como forma complementar
Mto bom! Acho q o ponto fundamental é apontar ao povo q o sistema vigente NÃO TEM INTERESSE EM SOLUÇÃO. Por isso décadas se passam e o problema não resolve ou piora. Polícia capitalista tem objetivo de deixar o povo acuado, em xeque. Apontar pra uma espécie de "polícia popular", talvez seja a resposta de curto prazo enqto se mostra as soluções REAIS efetivas. E polícia popular só é possível via revolução. Talvez com um bordão do tipo "burguês q manda na polícia, não o povo". Policial tem medo medo de playboy, enqto é treinado pra tocar terror e cometer crimes contra o povo trabalhador.
Tio pecou em ouvir pouco e falar apressadamente. Sobre esse assunto em específico Jones Manoel usou mais o bom senso. Debate importante, deveria ser melhor discutido.
Sou marxista, mas o Pirula me pareceu a pessoa mais sensata na discussao. Acho que o erro principal do debate foi usar o termo "solução". Neste ponto todos concordamos: nao existe solução à ou de curto prazo medio prazo, nem soluções simples para problemas complexos. Mas isso nao quer dizer nao pode ser feito nada e que devemos acreditar que tudo se transformará com o advento da revolução. Politicas publicas e reformas tem que ser feitas, inclusive nas policias. Nessa disvusao os comunistas tem que ser práticos, estudar experiencias de outraa países, estudar a realidade da violencia urbana nas grandes cidades brasileiras (e nas pequenaa tambem) e propor politicas públicas factíveis. A discussao eleicoes burguesas, proletários etc, por incrivel que pareça, deixou a perspectiva realista do marxismo, parecendo um idealismo.
Eu acho que a mitigação a curto prazo é possível sim. Como por exemplo: Projetos educacionais na área esportiva, ecológica ambiental, oficinas culturais para tirar os jovens da rua no contra turno da escola. Projeto olho vivo com câmeras de vigilância nas ruas da cidade, tecnologias com uma visão de câmera de 360 graus. Projetos que faça uma integração comunidade, educação esportiva, educação artística e cultural, oficiais de aprendizagem profissionalizantes e etc. Aplicativos de celular com tecnologia de apontamentos da comunidade sobre crimes de baixo potencial ofensivo para que depois faça um mapeamento dos pontos de crimes e locais onde tecera ter um maior investimento social, educacional, cultural, artístico e etc.
Também tem a questão de que existe a ideia de que quem ganha 4-5K está acima do pessoal que ganha 1 salário mínimo. Esse mesmo pessoal se sente destacado de quem mora na favela por conseguir financiar um carro em 800 parcelas e morar em um condomínio, por mais simples que seja
Está muito claro, assistindo a João Carvalho, a Humberto Martins e a Jones Manoel, que a esquerda não tem proposta de combate ao crime para oferecer ao pobre e à classe média baixa para fins eleitorais. Pirulla acertou na pergunta e as respostas deixaram evidente a lacuna.
Tio, mudando de assunto: Você já ouviu falar de um jogo chamado "Mullet Mad Jack"? Ele é um "boomer shooter" estilizado num futuro retrô a là 80's... ...que bate de frente com CAPITALISMO TARDIO, CONSUMISMO E VÍCIO EM MÍDIAS SOCIAIS. Dá uma olhadinha nesse game, se der um tempinho aí! Beijos de outro tio que adora seus vídeos-aula!
Carai mas o Tio tem muita má vontade com o Pirula, sendo que o questionamento dele é 100% válido e tem muito sentido: o que pode ser feito hoje para reduzir a criminalidade enquanto a revolução não vem? E o Tio rodou, rodou, rodou, e não deu exemplos: iluminação pública, inteligência para desmontar esquemas de receptação de celular e carro roubado, estruturas públicas em locais com maior índice de criminalidade para aumentar a circulação de pessoas. Coisas que já foram implementadas dentro da própria democracia burguesa por governantes, tanto os de esquerda, quanto os de direita que queriam se reeleger, e que de fato reduziram a criminalidade, ainda que não tenha resolvido o problema.
Pior que eu acho muito lúcido o que o Pirulla disse. Não vejo nenhum absurdo no que ele está questionando. Ele só quer uma resposta prática, se não tem, fala que não tem.
Claramente a questão é estrutural, isso é posto assumido como premissa. A solução se dá pela revolução. Se apegaram ao termo "solução". Por engano, foi usado como sinônimo par a"medida". Enquanto isso? "Fechar os olhos" para questão política institucional? A questão dessa discussão parece haver um "salto lógico". Me parece que a abordagem das esquerdas que tenho contato é se eximir do debate nesse âmbito e dizer "vai dar certo, tenha fé." O Pirula tentar argumentar é que se deve colocar energia nesse debate TAMBÉM. Porque isso também vai arregimentar trabalhadores para a causa. Dos vídeos que eu vi, acho que Humberto e Jones conseguiram dialogar melhor com o ponto que foi colocado no vídeo.
E outra no Nordeste saiu a pesquisa onde teve maior aprovação do discurso do Tarcísio. A galera não vai esperar revolução pra que a pauta da segurança pública seja resolvida. E é onde o debate pega na esquerda. Faz décadas
Uma coisa que eu adiciono nessa fala do que pode ser feito dentro da realidade burguesa pra apaziguar criminalidade é a coisa do urbanismo social: Em vez de UPP, chega lá na comunidade e instala um centro de esportes, arte e sei lá mais o quê. Pronto, já mudou a dinâmica do espaço. É justamente o que já se sabe a décadas mas só quem faz é morador em ONG que tem pouquíssimo recurso. Quem tem que fazer é o Estado. Medellin faz. E faz bem.
Assim que chegarmos no poder será a 2° coisa a se fazer. A 1° coisa é exoneração e prisão imediata dos altos do comando polícia e exercito. 3° coisa é a revisão e punição de todos os crimes cometidos nos últimos 70 anos.
quem ainda não entendeu favor ver o vídeo até entender. o abandono de certas áreas urbanas ou rurais faz parte do processo do capitalismo burguês. nada surge de vontade explicita da população, é um método.
Sobre pessoas das forças armadas n poderem se manifestaram a favor da esquerda isso é real, um amg meu tá servindo e ele é de esquerda, ele disse que um dia ele foi pro quartel e tinha dm uma das salas uma foto impressa do Bolsonaro colada na parede e tdo mundo agia como se fosse normal
A coisa do tijolo na cabeça e do capacete é justamente o que se fala pra ciclista sendo morto na rua atropelado: A galera fala que o ciclista precisa usar o capacete pra não morrer atropelado, mas ninguém percebe que com capecete ou não, o problema é que o atropelamento ACONTECEU
Se o problema é desigualdade socioeconômica, a solução a curto prazo é renda básica universal, não? Não entendo pq nenhum deles sugeriu isso, será pq é uma medida que dificilmente seria aprovada?
Cara morando no plano piloto em BSB eu raramente vejo policia e é extremamente seguro, agora quando fui pro RJ e fiquei perto da maré foi o lugar que mais vi policia na rua.
Cara, dá para perceber o distanciamento social do Pirula quando ele está falando "deve ser muito ruim AS VEZES você ser baleado". Cara, meu pai teve casa assaltada. Levou toro no ombro dirigindo e fugiu dos assaltantes, para simplesmente morrer de câncer no SUS no hospital em greve com uma atendimento sem humanidade nenhuma. Realmente, deve ser muito ruim...
Discordo com o João quando ele menciona a facilidade para fazer essas "pequenas" mudanças estruturais. Não tenho fé quanto ser possível a retirada de remuneração de vereadores, é nos municípios que são iniciados os redutos políticos da classe dominante, isso jamais passaria.
Entendo bem o ponto do João com relação ao cargo de vereador deixar de ser um cargo remunerado e até apoio. A ideia é justamente tornar o cargo menos atrativo pra aqueles que querem apenas se aproveitar dessa remuneração e etc. Entretanto, tenho o receio de que isso causasse uma elitização do cargo, isso pois pode o tornar pouco atrativo também a pessoas de baixa renda, que por precisarem dedicar mais de seu tempo pra sobreviver, estariam menos disponíveis para se dedicar a ele. Por outro lado, pessoas com mais condições teriam então mais tempo disponível e seriam maioria na concorrência. Me passei ou não entendi algum dos pontos? Se não, como isso seria evitado? Claro, entendam que estou imaginando a aplicação disso no nosso contexto atual, onde as desigualdades são gigantescas.
O governo federal fez para os municípios um projeto Segundo Tempo. O aluno que estuda na parte da manhã na escola ele fará parte do projeto segundo tempo na parte da tarde uma prática esportiva diversificada. No final da prática esportiva no contra turno da escola ele recebe um lanche.
o problema da esuqerda e colocar a culpa na forma do tratamento ignorando a doença: Guetos tem sim violencia, desrespeitos entre os moradores , falta de urbanidade. Nas escolas tem sim problema de indisciplina , quem diz que nao tem nunca deu aula em periferia.
Admiro muito como a discussão está sendo feita. Camaradas João e Ian estão de parabéns por levantar a discussão de milícias populares e como devemos caminhar pra armar responsável e revolucionariamente a população sem esquecer do impacto que reformas e melhor distribuição de renda tem na segurança pública!
