Frequentemente, nos pegamos refletindo sobre a possibilidade de estarmos próximos da tão aguardada cura para o HIV/aids. Será que esse marco histórico na medicina finalmente está ao nosso alcance? Já se passaram mais de 40 anos desde o início da epidemia no Brasil, onde os primeiros casos de aids foram registrados em 1980. Hoje, o país tem cerca de 920 mil pessoas vivendo com HIV, segundo dados mais recentes. Apesar de muitos avanços científicos e tecnológicos, ainda enfrentamos velhos e novos desafios que exigem nossa constante resistência para continuar vivendo.
Esses desafios impactam profundamente nossa qualidade de vida, pois a diferença entre viver com HIV de forma digna e morrer sem dignidade ainda depende do acesso - ou da falta dele - a políticas públicas eficazes e acessíveis. Estas políticas são fundamentais para garantir a cronificação do HIV, permitindo que ele seja tratado como uma condição de saúde gerenciável, em vez de uma sentença de morte. Diante disso, nos perguntamos: até quando precisaremos continuar lutando por nossos direitos básicos, como o acesso à saúde, à informação e à dignidade? Nossa jornada é sobre sobrevivência, mas também sobre justiça social e o reconhecimento de nossa humanidade.
18 сен 2024