Vi este magnífico fadista, pela primeira vez, numa coletividade em Almada, o Figueirinhas, e logo ali pressenti uma grande empatia…, muita classe, simpatia, e sobretudo uma voz extraordinária. Bem hajas Emanuel, e que o futuro se revele muito risonho na tua vida.
Este tema é tão bonito que eu acho que ninguém o canta mal. Mas tenho p'ra mim que o Jorge Fernando o escreveu para si próprio, embora de forma não consciente. Depois disto PARABENS EMANUEL SOARES!
As coisas vulgares que há na vida Não deixam saudades Só as lembranças que doem Ou fazem sorrir Há gente que fica na história Da história da gente E outras de quem nem o nome Lembramos ouvir São emoções que dão vida À saudade que trago Aquelas que tive contigo E acabei por perder Há dias que marcam a alma E a vida da gente E aquele em que tu me deixaste Não posso esquecer A chuva molhava-me o rosto Gelado e cansado As ruas que a cidade tinha Já eu percorrera Ai, meu choro de moça perdida Gritava à cidade Que o fogo do amor sob a chuva Há instantes morrera A chuva ouviu e calou Meu segredo à cidade E eis que ela bate no vidro Trazendo a saudade