Engenharia Genética 

#Biologia #
Aula voltada para o Ensino Médio e estudantes do ENEM sobre a engenharia genética.
Roteiro logo abaixo.
Devido a falta de espaço não é possível colocar a bibliografia do vídeo, caso queira, entre em contato e eu envio.
Roteiro do vídeo:
Na engenharia tradicional, utilizamos ferramentas para criar coisas, como casas, viadutos etc. A engenharia genética segue o mesmo princípio, utilizamos ferramentas para modificar os genes. É claro que isso é muito mais complexo do que parece, então irei nessa aula fazer um resumo rápido sobre as principais técnicas dessa área e o que elas podem fazer, e você vai descobrir, que até criar um super-heroi é possível com essas técnicas (SuperBoy)
Começando pelas enzimas de restrição, que em essência são ferramentas utilizadas para cortar o DNA em pontos específicos e modificar assim os genes de um organismo, e quando eu falo organismo é literalmente qualquer coisa que tenha DNA, esse corte é chamado de clivagem. (Robo tesoura megaman) Elas foram descobertas em bactérias que utilizavam essas enzimas como defesa quando encontravam algum patógeno como um vírus, assim elas fragmentavam o material genético do vírus antes de ele infectar ela. A engenharia genética viu nisso uma grande oportunidade de modificar essas enzimas para reconhecer e cortar DNA específico dentro das nossas células. Um ótimo exemplo dessa técnica é no exame de DNA, se corta um pedaço específico do DNA analisado e se compara com o mesmo pedaço de outra pessoa, para ver se existe semelhança, afinal, se fosse comparar o DNA inteiro demoraria demais, então são escolhidos através dessa técnica algumas pequenas partes de DNA para serem analisadas.
Outra técnica conhecida é o DNA recombinante ou também conhecida como clonagem genica, aqui é possível separar uma parte do DNA e recombinar ele em outro arranjo formando um novo DNA, com uma combinação genética diferente. Um bom uso dele é na recombinação de genes de bactérias e leveduras para a produção de organismos transgênicos.
O que nos leva a engenharia bacteriana, (Bactéria com capacete de engenheiro) que é feita através da técnica que comentei antes para que a bactéria seja capaz de produzir moléculas especificas como resultado de seu metabolismo, como hormônios, enzimas e antibióticos. Vários produtos que você já viu são provenientes dessa técnica, como o hormônio do crescimento, remédios para combater câncer, vacinas e anticoagulantes. Em maior esfera temos bactérias modificadas capazes de degradar petróleo, sendo utilizadas sempre que existe um derramamento de petróleo no mar, enfim, essa técnica está no nosso dia a dia e nem percebemos.
Uma outra técnica bastante conhecida é a Transgênese, que em essência é a transferência de um gene de um organismo para outro, assim o organismo que recebe o gene é chamado de transgênico, já que possui seu genótipo alterado (Warrick LOL). E quando falamos de transgênico a conversa vai longe, iremos comentar sobre esse assunto com mais detalhes em uma aula especifica aqui do canal, fique ligado (TUMB Transgênicos playlist curiosidades)
Mas isso não é suficiente para você, quer coisas mais próximas do nosso cotidiano, não é? Bom, nós vimos no Brasil atualmente uma grande quantidade de vacinas sendo fornecidas para nosso contexto atual, e cada uma delas com uma forma diferente de lidar com o vírus malvado, todas elas utilizam técnicas de engenharia genética para poder fazer as modificações corretas para que a vacina funcione no vírus com maior eficácia. Nós comentamos sobre isso em um vídeo aqui do canal, da uma olhadinha lá (TUMB Qual a melhor vacina)
Mesmo assim você quer pensar em criar um organismo modificado humano não é?! Então vamos falar de modificações de DNA no próprio humano, começando falando sobre o projeto genoma.
Esse foi um enorme projeto internacional desenvolvido em 1995 com o objetivo de mapear todo o DNA humano, criando um banco de dados para possíveis comparações futuras e para identificar genes específicos que poderiam ter alguma influência na nossa vida. E acredite, desde aquela época até agora ainda estamos trabalhando nisso. Em 2001 um consorcio de empresas de biotecnologia chegou a mapear 95% do genoma humano, e teve incríveis 3 bilhões de pares de bases codificados. Desses apenas 10% eram genes, aqueles pedaços que codificam proteínas e o resto ainda nem sabemos o que faz no seu organismo.
O importante é que por conta desse projeto, criamos tecnologias que propiciam a fazer esses mapeamentos de forma muito mais veloz e barata, assim, podemos criar bancos de dados específicos para diferentes populações humanas, mapeando principalmente doenças e possível problemas com medicamentos. E isso é só a ponta do iceberg, com informações como essa podemos fazer muito mais coisas no gene humano, inclusive manipulá-lo.