Olá, “se o Cras tem 4 técnicos pode acompanhar de 80 a 400 famílias” Esse número que falou é surreal, falo por mim que trabalho no Cras, e sim tentamos fazer o acompanhamento de qualidade, conforme orientações e instruções, ainda dando conta da agenda de atendimentos diários que temos. Sabemos que tem equipamentos que colocam que acompanham 300 famílias, mas o fato é que esse acompanhamento não passa do papel ( protocolos) números para colocar nos relatórios, enfim só um desabafo rsrs
@@carolinaoliveira3521 Esse número é o oficial ( Nota técnica DGSuas 27/2015). Mas, como eu disse no vídeo e como refiro lá na minha ferramenta Funil de Aprimoramento do PAIF, eu acho 20 muito pouco e 100 um número exagerado. Eu trabalhei cinco anos em CRAS, sempre preferi atendimento multifamiliar e, mesmo com cinco grupo de acompanhamento PAIF, o meu máximo foi de 46 famílias - na minha referência no SICON. No Funil de Aprimoramento do PAIF (que é a ferramenta que temos para ajudar a organizar aqueles CRAS “curados em plantão social”) recomendo entre 40 e 60 (ex.: vamos dizer que o CRAS se organize tendo um ou dois técnicos só focados em acompanhamento, por exemplo. Nesse caso, ele até pode chegar nuns 60 para um técnico. Uma colega aqui está com 83, por exemplo, mas foca no acompanhamento. No CRAS dela, tem outras que ficam no atendimento, enfim, é uma forma de organizar o CRAS. Mas, na maior parte dos CRAS, todos participam de tudo. No que eu trabalhei, eu cheguei a 44 famílias em acompanhamento, além de participar da acolhida coletiva (em rodízio de duplas), das acolhidas particularizadas e dos atendimentos uni e multi. Mas, pela normativa oficial sim, em tese, um CRAS com 4 técnicos tem que ter um número de famílias em acompanhamento situado entre 80 e 400 (400 eu tb não sei como rsss, eu pessoalmente colocaria, para um CRAS de 4 técnicos, um número entre 160 e 240, que seria de 40 a 60 por técnico). Acho que aí estaria mais possível. Mas, pela regra oficial, com qualquer número entre 80 e 400 (!!!!) esse CRAS já atende a nota técnica 27/2015, do Índice de desenvolvimento dos CRAS (IDCras). Beijokas! 🥰🥰🥰
Ana como explicar aos usuários que o Cras não oferta só o aux alimentar. A grande maioria só vai pela cesta e temos pouquíssimas. Fazemos uma explicação que a cesta é emergencial e principalmente para wuem não está recebendo o BF. Mas é incompreensivel pelos usuários.A Lei de benef. Do município deixa muito aberta a "todos" e temos pouquíssimas unidades . Afinal todos tem direito como eles mesmo falam. Conversamos fazemos uma reflexão mas a resposta é: vc acha que vivi só com os 600 reais. Explicamos que esse BF é um complemento. Que é p suxiliar,mas eles acham que o governo tem a obrigação de manter tudo p eles. Muitos recebem a cesta,o Bf e quando encaminhamos p o PAT dão risada. E tiram sarro da cara da gente p que trabalhar?? Bem assim.
Oi Ana, bom dia. Então, ao assistir o seu vídeo hoje o que quero te levar a conhecimento é que com relação ao meu município de Várzea da Palma_MG é que em razão do encaminhamento de exorbitante do MP e C.Tutelar, ou seja, por termos que responder a esses acabamos ficando sem fazer o serviço do PAIF que é o carro chefe do CRAS. Atc
Oi Adilma...sim, pode ter certeza que não é só aí...isso acontece em muitos lugares, Brasil afora. Vamos mexer nesse vespeiro em vídeos futuros, mas acho que é uma longa construção guria... (como tudo, na história da assistência, uma longa, nesse caso especificamente, uma DES-construção...). Beijokas, querida! Obrigada por nos assistir!
Ana parabéns..... Sensacional sua fala e todas essas dicas...... E essa transformação deve acontecer em todo Brasil . Assim esperamos ..... Grande abraço.
Oi Mariza, que bom que está gostando! Sempre tento ser didática, não dá pra simplificar demais, mas com exemplos acho que dá mais concretude às ações! Obrigada por assistir aos vídeos! Beijokas!
Aqueles temas sugeridos p trabalhar no Paif que estão no livro do guarda chuva se não me engano já estão muito batidos. Nos de algumas sugestões mais modernas por favor
Consigo desenvolver um trabalho satisfatório com 20 famílias. Beneficiárias do (Bolsa família e BPC) , com demanda espontânea, capacitação da secretaria, monitoramento de OSC e técnica de referência de 3 SCFV. Direto dou uma surtada. PAIF coletivo semanal e alimentar RMA. Como sou de outra cidade , trabalho fora da região central e o transporte público do território e bem precário
Oi Ju! Está ótimo, ainda mais considerando que você é técnica de referência de três SCFV. Claro, o que as orientações dizem: que os municípios deveriam priorizar o Paif. Mas, se não há outra estratégia para o SCFV, você acaba tendo que se dividir entre a execução do Paif e o referenciamento ao SCFV, e tá tudo certo. Fazemos o que é possível! Beijos, gatona!
Ana, já posso dizer que te amo rsrs você é muito esclarecedora e necessária, em especial nesses últimos tempos de desmonte das políticas públicas e, consequentemente, baixíssimo investimento na capacitação continuada dos profissionais da assistência social. obrigada!
Então as famílias em descumprimento do PBF devem ser acompanhada. Porque as famílias que não são do PBF mas que o filho nao está na escola não entra esse o governo não se importa? Não seria a mesma coisa?
Oi Vero: Não é que não se importe com elas, nem que não devam ser acompanhadas. As famílias do PBF são prioritárias para acompanhamento na assistência social porque, como estão em situação de pobreza/extrema pobreza, ter as crianças fora da escola praticamente "empurra" essas crianças para o trabalho infantil e para outras situações de risco. Também cabe lembrar que essa é a prioridade de acompanhamento da assistência social e que a evasão escolar não é um problema só da assistência, mas da educação também. Vamos pensar numa família de classe média, que a menina está grávida, com vergonha de ir à escola. Não é uma família do Bolsa, a recusa escolar tem a ver com questões da menina, a família daqui a pouco já providenciou uma psicoterapia pra menina...são outros elementos aí. A política de educação deve fazer a busca ativa de todos os alunos evadidos. O Conselho Tutelar também deve fazer a busca ativa de todos os alunos evadidos. A assistência é que terá esse recorte de prioridade, mas lembrando que a evasão escolar é, antes de tudo, responsabilidade da política de educação e do CT, que defende os direitos das crianças e adolescentes. Quando essa evasão é atravessada por questões de renda ou outros riscos sociais, aí ela passa a ser prioritária também para a assistência social. Então não podemos pensar que é uma questão somente nossa. A responsabilidade de buscar uma pessoa que abandonou um serviço de saúde é, em primeiro lugar, daquele serviço de saúde. A responsabilidade de buscar um aluno evadido é, em primeiro lugar, da escola. A responsabilidade de buscar uma família que desistiu do acompanhamento em Paif é, em primeiro lugar, do Cras. A questão da infrequência escolar tem a ver com educação, com direito da criança e do adolescente (por isso o Conselho Tutelar) e com a assistência quando essa infrequência tiver relação com expressões da questão social, como a ausência de renda da família (caso das famílias do Bolsa) ou a violência (digamos que a criança não está indo porque apanha em casa e está cheia de marcas). Não podemos abraçar o mundo sozinhos (e a assistência social é "a dona" de fazer isso rsrsrrs). Beijokas!
O que percebemos é que os pais não exercem seu poder de pais. Tipo ah ele nao quer ir p escola.O pai nao tá nem ai. Quer quer, não quer nao vai. Aí chamamos conversamos,ligamos na escola tentamos auxiliar a familiares,mas a familia não ta nem ai. Complicado. Fazer o que?
Ana 95% das vondicionalidades sao referentes a falta. Criança faltou mãe não levou atestado. E ai vamos acompanhar 300/400 famílias só por conta das faltas? Fazemos o atend.ondividual e sempre é falta por doença
Bah, Fabi, essa é a pergunta... existem muitos CRAS que funcionam com um modelo "plantão social", atendendo as famílias que aparecem (que batem à porta, dia após dia). Só que muitas famílias vulneráveis, inclusive as mais vulneráveis, tendem a ser as que nem buscam atendimento...então os CRAS precisam reorganizar a sua rotina para que aquelas que mais precisam não continuem invisíveis... beijokas e obrigada por nos assistir!
@@SUASConversascom bebê com autismo troco servicos doméstico por um quarto tenho auxílio 600, vivo da doação de alguns conhecidos que sabem da minha situação, uma equipe da UBS me ajudou quando grávida eu colocar meu pequeno para doação. O estado tem a caneta mais não consegue construir mudança só trata a dor quando o problema é um câncer.
Tenho um grupo do programa renda cidada q irei montar. Irá acontecer 1 vez por mês ou a cada 15 dias. Terá 11 pessoas. No caso seria um acompanhamento esse grupo para colocar no RMA? Ou seria apenas um grupo do PAIF. Nao sendo um acompanhanto?
Quanto tempo em geral uma familia pode ser acompanhada no PAIF ? Eu sei que depende de cada família de qual demanda a família traz. Mas eu gostaria de saber se tem um tempo maximo para a família estar nesse acompanhamento PAIF
Não Adri, não tem tempo máximo. Penso que o tempo que a família precisar, senão estaríamos limitando o acesso ao direito. Vamos pegar um exemplo da saúde: não podemos limitar o tempo de um auxílio-doença por exemplo: a pessoa pode ficar por 15 dias ou pode ficar por anos, vai depender do estado de saúde dela. Então é a mesma coisa no PAIF e no PAEFI, vai depender da vulnerabilidade e do risco, respectivamente. Mas eu gosto de fixar tempo mínimo, como coloquei no vídeo, afinal, estamos falando de vulnerabilidades instaladas. 😉❤️
@@marcossoares9433 acredito que ela se refere aquelas famílias que dão entrada pelo CRAS e ficam no aguardo do deferimento ou indeferimento, enquanto isso, elas se deslocam até o CRAS várias vezes. Isso porque com o INSS de forma remota, a demanda aumentou muito nos CRAS.
As famílias beneficiárias do "Benefício de Prestação Continuada" (BPC), conhecido por muitos como "LOAS". A LOAS é a Lei Orgânica da Assistência Social, lei que instituiu o BPC. Espero ter esclarecido... beijokas!
Oi Wiliane! Tanto as que vão encaminhar o BPC quanto as que já são beneficiárias (estas estão incluídas entre as famílias prioritárias para acompanhamento familiar pelo PAIF, que é o principal serviço do Cras). Beijokas!
Não só podem como devem: ser a referência de uma família não quer dizer que o profissional está acompanhando ela sozinho. Até porque as famílias são referenciadas ao CRAS. No entanto, para organização do CRAS, é interessante ter um técnico de referência - mas isso não quer dizer que ele deva acompanhar sozinho. Outro ponto é que o ideal, o mais interessante e potente, é o acompanhamento em grupo. Então é bem legal vc ter um grupo de acompanhamento coordenado por mais profissionais e, no grupo, ter famílias referenciadas com um e com o outro, mas olhadas por ambos 😊🙌🏻🙌🏻🙌🏻♥️ esse é só um exemplo de como conciliar o olhar interdisciplinar com a existência do técnico de referência, mas existem muitas outras formas 🥰🙌🏻 beijos, obrigada pela pergunta! 😘
Ana quando esse material trás essa divisão por equipe e não por técnico deixa margem para dúvida. Pois se é dividida por equipe seria a cada uma equipe mínimo 20 e máximo 100. Se o cras tem 2 equipe ae seria mínimo 40 e máximo 200 achei confuso e achei sim que da outras interpretações.
Olá Veronice: não sei se entendi muito bem a sua dúvida... geralmente o Cras tem uma equipe de referência somente. Quando ele terá mais de uma equipe: quando tiver uma equipe volante, que atende o interior, por exemplo. Mas vamos imaginar os Cras que tem só uma equipe de referência, que é a grande maioria dos Cras do Brasil. Essa equipe pode ter três tamanhos, conforme o porte do Cras. Conforme o livrinho azul (página 61) a equipe de referência do Cras de pequeno porte (que é um Cras para até 2.500 famílias referenciadas) é composta por tem dois profissionais de nível médio e dois de nível superior. A equipe do Cras de médio porte (até 3.500 famílias referenciadas) tem três profissionais de nível médio e três de nível superior. Por fim, a equipe do Cras de grande porte (até 5.000 familias referenciadas) é composta por quatro profissionais de nível médio e quatro de nível superior). Quando essa nota diz que o número de famílias em acompanhamento deve ser dividido pela equipe técnica (nível superior), está dizendo para dividir pelo número de profissionais que compõem a equipe técnica. Uma equipe técnica de nível superior no Cras de grande porte são dois profissionais (um psico e um assistente social), no de médio porte são três profissionais e no de grande porte são quatro. Então, se não não pode ser inferior a 20 nem superior a 100, está dizendo que, no de pequeno porte, o número de famílias em acompanhamento vai de 40 a 200. No Cras de médio porte, o número de famílias em acompanhamento vai de 60 a 300 e no de grande porte vai de 80 a 400. Então quando se fala "uma equipe" é para dividir pelo número de técnicos de nível superior da equipe. Porque os de nível superior? Porque acompanhamento familiar é atribuição deles. O que a nota evita dizer é "são 20 famílias POR TÉCNICO", ou "são 20 para o psicólogo e 20 para o assistente social". Ao invés disso, ela diz: "se tem um psicólogo e um assistente social, o mínimo são 40 famílias" (para os dois acompanharem juntos, e não 20 para um e 20 para o outro, pois a ideia é que esses técnicos que compõem a equipe acompanhem as 40 famílias de modo interdisciplinar). Então, se meu Cras tem quatro técnicos de nível superior, nós quatro acompanharemos de 80 a 400 famílias (porque 80 dividido por 4 dá 20 e 400 por 4 dá 100. Se estamos acompanhando menos de 80, nesse Cras com quatro técnicos de nível superior, estamos abaixo do mínimo. Se estamos acompanhando mais de 400, estamos acima do máximo). A nota escreveu dessa forma (dividir pela equipe) para não criar a orientação de que cada profissional acompanha as suas 20 a 100 famílias sozinho. Eu usaria o mesmo parâmetro para Cras que tem duas equipes (a fixa e a volante). Digamos que a volante, que atende o interior, tenha dois técnicos de nível superior. Essa equipe volante também teria que acompanhar, nas visitas ao interior, um quantitativo de 40 a 200 famílias. Não seriam 20 pra o assistente social acompanhar sozinho e 20 para o psicólogo acompanhar sozinho e sim 40 famílias para os dois acompanharem juntos. Beijokas, espero ter esclarecido com os exemplos...
@@SUASConversas Ana, uma dificuldade é a desigualdade no número de profissionais psicólogos e assistentes sociais. Na minha equipe, somos em seis assistentes sociais e um psicólogo. Os assistentes trabalham 30 horas e eu, psicóloga, 40 horas. E temos as mesmas atribuições. Anaaaaa, você precisa falar das 30 horas urgentemente. Essa questão é fundamental no trabalho das equipes do SUAS.
É necessário ter uma dupla durante o período de funcionamento do CRas ou um técnico é suficiente? Existe uma normativa que fala a respeito de Ana? Obrigada ❤
se não tô muito enganada no SUAS Conversas tem um vídeo falando sobre essa questão. a conclusão que eu tirei é de que a família é acompanhada ou no PAEFI ou no PAIF a depender do diagnóstico social e os serviços se referenciam/contrarreferenciam quando entendem adequado. a inclusão de uma família acompanhada em níveis de proteção diferentes pode acarretar na sobreposição de ações
Oi Danielly, tudo bem: aí depende de que tipo de grupo você está falando. Ex.: se for uma oficina com famílias (que é um dos tipos de ATENDIMENTO de PAIF), não precisa PAF, já que é uma ação de atendimento familiar (com objetivos de curto prazo). Agora, se for um ACOMPANHAMENTO EM GRUPO (aí sim, estamos falando de PAIF Acompanhamento, com famílias cujos objetivos são de médio a longo prazo, com uma duração maior). Se não tiver PAF, não é um acompanhamento familiar, então, mesmo que o acompanhamento seja na modalidade grupo, a primeira etapa é a construção do PAF. Eu costumo construir o PAF com as famílias em um processo de quatro encontros particularizados, sendo, pelo menos um deles, no domicílio. Já vi colegas construírem o PAF das famílias no coletivo, nos primeiros encontros do grupo. Acho válido estabelecer metas para o grupo como um todo e construir com as famílias, mas as metas de cada família eu prefiro construir com cada uma delas, antes de iniciar o processo grupal. E é aquilo: se for um grupo fechado (pensado pra iniciar e terminar com as mesmas famílias, sem ingresso de famílias novas durante o processo; faço o PAF de todas (gasto entre um e dois meses pra fazer os 4 encontros particularizados com as famílias) e depois inicio o processo grupal (com atendimentos quinzenais em grupo por, pelo menos, seis meses). Se for um grupo aberto, que admite a entrada de novas famílias, o grupo já está andando, inicio o PAF e já insiro a família no grupo, paralelamente elaborando o PAF (mas mesmo antes de encerrar o PAF com ela, já convido para os encontros do grupo, pra ela vincular com as demais). Espero ter respondido! Beijokas!
