Especiação 

#Biologia #Evolução #Especiação
Aula voltada para o Ensino Médio e estudantes do ENEM sobre especiação.
Roteiro logo abaixo.
Devido a falta de espaço não é possível colocar a bibliografia do vídeo, caso queira, entre em contato e eu envio.
Roteiro do vídeo:
Como vimos nas aulas anteriores, os organismos vivos estão em constante modificação e sendo criadas outras espécies o tempo todo. Caso você não saiba o que é uma espécie, temos também uma aula falando sobre isso, da uma olhadinha lá.
Mas o processo de especiação, ou seja, de criação de uma nova espécie não é algo igual o tempo todo, existem diversas formas de acontecer isso, então nessa aula, vamos falar um pouco sobre como ele pode acontecer na natureza.
Primeiro podemos dividir os processos de especiação em dois grupos, aqueles que acontecem por cladogênese e os que acontecem por anagênese. De forma simples, os de cladogênese são aqueles que uma espécie pode se transformar em duas ou mais espécies, considerando inclusive a espécie ancestral como vivente em alguns casos, aumentando o número total de espécies que existe ficou difícil de entender? Lembra do exemplo das cobras nos exemplos de evolução, é um bom exemplo disso. Agora a anagênese acontece quando uma espécie se transforma em outra espécie, porém a espécie original desaparece, ou seja, a espécie simplesmente se transforma em outra.
Mas para acontecer qualquer uma das duas formas de surgimento de novas espécies, elas devem encontrar algum tipo de dificuldade para poder se adaptar. Pois por lógica, se o ambiente permanecer igual sempre, nenhuma nova espécie irá surgir. Então, podemos dizer, que para acontecer o surgimento de uma nova espécie, deve existir alguma modificação ambiental, que chamamos de modelos para a especiação. Então vamos a eles.
Temos a especiação Alopátrica, que é dividida em dois tipos, a vicariante, que é quando algo separa a população em dois ambientes distintos, sem contato um com o outro. Como o aparecimento de uma montanha, o surgimento de um rio muito grande ou até mesmo a separação dos continentes durante a pangeia. Como essa população será dividida e cada um dos grupos terá pressões ambientais diferentes, a evolução vai ocorrer de forma diferente. Se isso acontecer durante muito tempo, essas populações serão tão diferentes que podem se tornar duas espécies e não conseguirão se reproduzir, mesmo que caso elas se encontrem no futuro.
E ainda dentro da especiação Alopátrica temos o tipo Peripátrica, acontece uma separação entre as populações, mas dessa vez uma das populações é consideravelmente menor que a outra. Esse tipo de especiação acontece principalmente no caso de colonização de ilhas ou de fragmentos florestais, que são sempre menores que a matriz, ou seja, o continente ou floresta. Por conta disso, também é chamado de efeito fundador.
Outra é a especiação Parapátrica, nesse caso não existe uma separação total da população, acontece uma separação onde os indivíduos das populações ainda possuem algum contato, ou seja, ainda podem se reproduzir eventualmente. Da mesma forma, essa separação irá forçar com que cada população evolua de forma diferente, porém com hibridismo entre elas.
E por fim a especiação Simpátrica que é um pouco mais complicada. Aqui não acontece uma mudança física no ambiente, a separação entre as populações acontece por uma questão de nicho ecológico. Alguns indivíduos de uma população acabam se especializando em consumir outro tipo de alimento ou outro local dentro do mesmo ambiente. Assim eles acabam se separando em duas populações diferentes mesmo sem fisicamente estarem separados. Acontece muito com insetos polinizadores, que se especializam em determinadas flores, como a mariposa de Darwin.
É claro que nada disso acontece sem haver mutações e adaptações para o ambiente novo que estão ocupando, mas se tudo correr bem, as espécies devem surgir através dos modelos citados anteriormente.
Também temos que falar que não apenas os modelos que são importantes para o processo de especiação, mas também os mecanismos que podem causar a especiação dentro de cada um desses modelos, então vou passar rapidamente pelos que existem e fazer uma breve descrição.
O Isolamento reprodutivo é um dos mecanismos que considera que existe alguma modificação durante a copula das espécies, podendo ser modificações pré-zigóticas ou seja, dificultam a copula através de mutações que impedem fisicamente os indivíduos de se reproduzirem, como modificação no período de fertilidade, modificação física nos órgãos sexuais e por ai vai. Ou pós-zigótica que é quando acontece a fecundação, mas o indivíduo hibrido entre as populações não tem a capacidade de se reproduzir ou acontece a copula mas o filho nem nasce.
Ou o isolamento genético que irá modificar os genes dos indivíduos de forma que um não consiga mais copular com o outro, podendo ser de forma abrupta ou até mesmo por uma questão de espaço físico dificultando o processo de interação genética entre os indivíduos.