Encontrar uma estrela tão famosa quanto a Estrela do Norte certamente não é fácil.
Pode-se dizer que a Estrela do Norte é uma das poucas estrelas que até mesmo pessoas que não têm familiaridade com astronomia já ouviram falar.
No entanto, essa estrela, a mais famosa e bem estudada, às vezes nos surpreende.
Que tipo de anomalia aconteceu com a Estrela do Norte?
A estrela do norte
Para aqueles que vivem no hemisfério norte, encontrar a Estrela do Norte não deve ser tão difícil.
Basta procurar a famosa "concha" da constelação da Ursa Maior e traçar uma linha imaginária para cima, partindo da "parede" oposta ao "cabo".
Essa linha tem cerca de cinco vezes o comprimento da "parede".
No final da linha traçada está a Estrela do Norte.
A direção da Estrela do Norte corresponde quase exatamente à direção norte, e a altura em relação ao horizonte é igual à latitude do lugar onde vocês estão.
Muito conveniente, não é?
Navegadores de todas as culturas do hemisfério norte durante a Idade Média certamente pensavam o mesmo.
Na verdade, devido ao movimento de precessão do eixo de rotação da Terra, a Estrela do Norte tornou-se a verdadeira "Estrela Polar" no início do século XII.
No entanto, essa estrela era conhecida antes disso e era usada como ponto de referência para localização.
A Estrela do Norte também é conhecida como estrela Alpha Ursae Minoris.
A distância da Terra até essa estrela é de aproximadamente 447 anos-luz, e seu tipo espectral é F7Ib.
A Estrela do Norte é uma estrela amarela como o nosso Sol, mas é maior, mais quente e 2000 vezes mais brilhante.
É uma estrela relativamente jovem, com uma idade estimada pelos cientistas em menos de 65 milhões de anos.
Mesmo que os dinossauros fossem inteligentes e pudessem nadar no mar, não poderiam usar a Estrela do Norte para se localizar.
Isso porque essa estrela ainda não existia naquela época!
Na verdade, a Estrela do Norte não é uma única estrela.
Estrela variável
A Estrela do Norte é extremamente brilhante, tornando-se um ponto de referência conveniente para localização.
Isso era um fato conhecido até mesmo na antiguidade.
Entretanto, foi somente em 1852 que os cientistas perceberam que o brilho estava mudando com o tempo, e foi somente mais tarde, em 1911, que isso foi realmente confirmado.
Existem vários tipos de estrelas variáveis.
A Estrela do Norte é classificada como uma estrela Cefeida, nomeada em homenagem à estrela Alpha Cephei.
Esse tipo de estrela muda seu brilho em um ritmo preciso.
Devido a essa variação previsível, as estrelas Cefeidas são frequentemente usadas como padrões de luminosidade na astronomia.
Ou seja, conhecendo a distância e o brilho atual de uma estrela Cefeida, é possível calcular a distância até outras estrelas inserindo esses parâmetros em uma fórmula especial.
Geralmente, o período de variação de brilho das estrelas variáveis Cefeidas não é longo.
Isso também se aplica à Estrela do Norte.
O período de variação da Estrela do Norte é ligeiramente inferior a quatro dias.
No entanto, nosso ponto de referência do norte, a Estrela do Norte, parece seguir um ritmo muito mais estranho e incomum.
A maioria das estrelas Cefeidas típicas não tem uma mudança na amplitude das variações de brilho.
Por outro lado, exatamente o oposto está acontecendo com a Estrela do Norte.
No início do século XX, quando foi comprovado que essa estrela era variável, a variação de brilho era cerca de 8%.
No entanto, na década de 1990, a amplitude começou a diminuir por razões desconhecidas, e no início dos anos 2000, a variação de brilho caiu para menos de 2%.
Tudo por causa da estrela companheira?
Os cientistas que estudaram a Estrela do Norte concluíram que a causa das estranhas mudanças na amplitude pode ser a presença da Polaris P.
Esta estrela companheira está tão próxima da "estrela principal" do sistema que claramente influencia os processos internos da estrela principal.
Isso é de certa forma semelhante ao efeito da Lua nas marés da Terra.
Por outro lado, o aumento gradual do brilho é um problema muito mais complexo.
Atualmente, a Estrela do Norte parece estar bastante estável.
Ao contrário de estrelas como Betelgeuse, não parece estar se preparando para se tornar uma supernova a qualquer momento.
Além disso, a massa da Estrela do Norte não é suficiente para causar uma grande explosão.
Isso significa que o problema está em outro lugar.
Então, onde está o problema?
Talvez o aumento do brilho da Estrela do Norte também esteja relacionado à influência das estrelas companheiras, incluindo Polaris B, que está muito mais distante.
3Outra teoria sugere que a estrela central deste sistema estelar pode ter se formado relativamente recentemente pela fusão de duas estrelas.
3Esses grandes eventos são extremamente raros, mas ainda podem ocorrer de tempos em tempos.
Essa grande explosão cria uma nova estrela mais massiva e brilhante no local das duas estrelas que se fundiram.
No entanto, essa estrela carece de estabilidade.
5 окт 2024
