Desde pequena ouvia Fagner meu irmão mais velho gostava e ouvia aprendi à gostar do nosso querido Fagner era ainda daquela época da fita que arrumava com a caneta quando se embaracava
O moderno, genial, mordacíssimo, arrebatado e prêmio Camões de 2010, Ferreira Gullar, apesar da sua grande força, da ataraxia com que enfrentou a separação, clamando ao esquecimento a lembrança da saudade eterna, mas deixando a energia desse heroico martírio como uma intercessora permanente, e além da sua têmpera, apesar de ser tão apaixonadamente plangente quanto o conterrâneo inspiradíssimo, o "Príncipe dos Poetas Brasileiros", Gonçalves Dias, em título outorgado por Jânio Quadros, está aí cantado, magníficamente, na melodia impetuosa de Fagner.
Quando você for-se embora Moça branca como a neve Me leve Me leve Se acaso você não possa Me carregar pela mão Menina branca de neve Me leve no coração Se no coração não possa Por acaso me levar Moça de sonho e de neve Me leve no seu lembrar E se aí também não possa Por tanta coisa que leve Já viva em seu pensamento Moça de sonho e de neve Me leve no esquecimento Quando você for-se embora Moça branca como a neve Me leve Me leve Se acaso você não possa Me carregar pela mão Menina branca de neve Me leve no coração Se no coração não possa Por acaso me levar Moça de sonho e de neve Me leve no seu lembrar E se aí também não possa Por tanta coisa que leve Já viva em seu pensamento Moça de sonho e de neve Me leve no esquecimento Me leve