Aconselho vivamente a leitura do livro "Seara de vento" onde o filme se inspirou e que se inteira da história que serviu de base tanto ao livro, como ao filme, o qual traduz em muito a luta do povo alentejano durante os anos da opressão salazarista.
Olá! Eu vi ontem, na Festa Do Cinema. Gostei muito do filme, apesar de reconhecer validade nas críticas que faz, nomeadamente ao pouco espaço para os personagens interpretados por óptimos actores. No entanto acho que o clima geral do filme é muito bem construído, um clima opressivo(de exploração), melancólico, de pobreza, abandono. Esse enquadramento permite que se entenda o desespero de Palma. Trefaut preocupou-se mais com o geral do que com o individual. Talvez falte alguma atenção maior aos personagens em termos individuais. De qualquer forma, nota máxima para fotografia ( o preto e branco dá o tom perfeito), para a música( os cantares alentejanos). Recomendo!
boas Ana. que surpresa ter encontrado este teu video. vi ontem o raiva, depois de o ter perdido nos cinemas e depois de muita antecipação e expectativa criada por mim, que me fez agora vir procurar o trailer do filme para entender a promessa que foi feita à minha pessoa. ou que eu tenha entendido. Exatamente por essa razão de não ter sentido a raiva. Entendo que existam elementos para a raiva mas eu não a senti. Uma possível razão que identifiquei é a caracterização psicológica do Palma: ele é muito rijo, duro e a raiva num cenário desses diluísse. não há nada que contraste. Ele necessitava ser mais chegado e apegado à família, por exemplo. Ele é quase uma má rés e quase que podemos acreditar nas coisas que se dizem dele. A escolha desta caracterização deve ter sido propositada para transmitir fielmente um homem do campo da época mas levanta uma questão de funcionalidade através da veracidade vs atualidade. se ele ser assim é a escolha de uma caracterização o mais fiel possível, o filme ficou frio porque ele matou porque era ruím ou não sabia melhor e não porque lhe estavam a fazer mal à família. O mal à família existe mas eu através do Palma não o sinto. Não estou à espera que ele chore mas... E nós como espectadores ficamos sem ninguém com quem nos relacionar. Palma era o que nos deveria fazer sentir a raiva e na realidade eu quero gostar dele. Depois acho que a caracterização dos vilões do filme parecem ser personagens de banda desenhada. São muito maus e falam como falam. Existe também a personagem Mariana que luta contra o mesmo que Palma mas de uma outra forma. Por exemplo se a raiva viesse dela eu percebia melhor. Mais uma vez Palma deveria ser mais humano e haver um crescendo da sua raiva, que se sentisse. Ele deveria mostrar mais emoção. Depois existe também o truque de colocar o fim do filme no início porque senão não sabíamos porque estávamos a ver aquela história... confesso que fiquei um pouco dececionado. Bem, o filme tem uma grande fotografia, é muito bonito de se ver e claro, e os atores são excelentes. Todos eles. E se formos pelo ser fiel ao tempo da história que conta, o filme é bom. Não é algo que deva ser alvo de um reboot ;) quanto ao gato é porque está feliz e associa essa felicidade ao tempo em que era pequeno e fazia isso na barriga da mãe antes de mamar. é o que dizem. talvez o cobertor o faça lembrar-se da mãe.
Olá, obrigada pelo comentário! O filme tem realmente pontos positivos, mas parece-me que depois falha naquela relação que se quer mais próxima do público, mais empática. Mas sim, tem óptimas interpretações. Acho que uma coisa que não se pode dizer é que tenhamos falta de bons actores em Portugal.😊
Uma obra de arte. A menina ñ percebeu! Normal! Os trabalhadores rurais do Alentejo, anos 30 iam...."receber o seu ORDENADO"???????? Saberá o k era a jorna, os jornaleiros, etc., etc.?
Mediatizado? Mas sabe por acaso em que regime vivíamos? vê-se bem que não percebe nada desta época! Sofrimento porquê? vivia-se no fascismo, a senhora não percebeu nada da história...é preciso saber algum história ….saber que os trabalhadores não tinham trabalho, nenhum...só falta perceber a historia do nosso pais e do Alentejo ...
Olá Isabel. Não percebo o seu comentário. Está-se a referir a algo que eu disse? Se sim, por favor clarifique. A minha apreciação é artística, não histórica, não vejo como a posso ter ofendido e motivado uma mensagem tão agressiva. E se não vivo tempos de opressão viveram os meus pais e avós, pelo que sou sensível ao tema, como deve calcular.
