FRAGMENTOS DE UMA IDENTIDADE AMOROSA 

"A machistada está em mim. Eu não estou negando, mas eu estou repensando" Flor, sua fala nunca deixou de ser política.

Acredito que “minha carne não me define”, é uma referência à objetificação da mulher, em especial da mulher negra. A mulher, então, não é definida tão somente pelo corpo material dela...

Quando você é uma mulher negra você entende mais cedo que NÃO DÁ pra pautar sua subjetividade em ser escolhida pelo outro, porque você não vai ser.

Fala aí flor e manu. Vou dar um exemplo dentro desse assunto. Decidi sair da casa dos meus pais e morar sozinha em dezembro de 2019, tenho um relacionamento há 3 anos com um homem, não pensamos em morar juntos e nunca foi uma questão eu morar sozinha ou ele. ouvi DI-VER-SAS pessoas com as mesmas perguntas. Eu empolgada: - Ah eu vou me mudar em dezembro! >>>>>>>>>>> -vai casar, né? - vai morar sozinha? Mas e o namorado? Gostou disso? - nossa, mas vcs não pensam em casar?/morar juntos?/ Vcs não se gostam pra isso?/namoro que não pensa em casamento, não tem futuro. - iiiih mas eu duvido que vc vai ficar sozinha na casa por muito tempo ... Jajá o namorado começa a ficar lá com vc. Mulher não gosta de ficar sozinha assim não. Meu namorado mora sozinho e nunca recebeu esse tipo de questionamento. Além disso, quando eu explico sobre ele já morar sozinho, asituação é: Eu - ". Não, ele não vai morar comigo. meu namorado já mora sozinho e nós não moramos juntos!". - "mas homem gosta de ser livre, né. Homem é mais desapegado. Daqui a pouco vc vai querer convencer ele de ir morar com vc." Excetuando meus amigues íntimos e família (mãe e pai), ouvi essa problemática DIVERSASSSSSSS vezes, ditas de maneiras diferentes, diretas ou sutis. Complicado. Rsrsrs... Entendem? A ideia é meio que do solteirão/solteirona. Homem morar só, de boa. Mulher.... Hummm.. só faz sentido pra mulher se for pra estar amando alguém e querendo casar. Adoro o canal. Um forte abraço virtual.

Esse vídeo me fez relembrar da minha infância/adolescência e me deixou triste em ver o quão privilegiados os héteros são. Nunca tive esses namoricos e paixonites porque sempre vivia com medo já que o foco da minha atração eram os meninos e isso era errado, e quando fui tirado do armário pelos coleguinhas sendo chamado de mulherzinha, bichinha, sem nem ao menos saber o que isso significava, aí tudo piorou porque isso me fez ver que ser eu era algo ruim, feio e vergonhoso, comecei a me reprimir e a me esconder desde então, sempre olhando os meninos com interesse e medo, me afastando deles. Fui criado na religião evangélica e quando veio a consciência do peso que ela nos impõe, isso já na adolescência, tudo ficou ainda pior. Quando me apaixonei pela primeira vez com uns 20 anos minha vida desmoronou porque ele terminou comigo depois de 8 meses e eu sem ninguém a quem recorrer, conversar, me entender... caí numa depressão e tive que lidar com toda a frustração e medo vividos desde a infância, sozinho, por mais de uma década. Enfim, a machistada aliada a religião faz da vida das pessoas um inferno.

Eu costumo ouvir comentários do tipo: "Fulano não dá certo com ninguém. Já teve vários namorados." Pra muita gente um relacionamento de sucesso é apenas aquele que dura a vida toda. E se você não tem um relacionamento assim, tem algo muito errado com você. / Eu acho que mesmo os amigos do cara solteirão, que pega todas, por mais que façam comentários incentivando, no fundo eles também acham que tem algo errado com o cara após algum tempo, por ele "não conseguir ficar com ninguém". / As pessoas estão sempre em busca de se sentirem melhores com elas mesmas. Por isso elas julgam tanto! "Eu posso ter mil problemas e defeitos, mas pelo menos eu consigo dar certo com alguém!"

Como o Manu fica diferente quando está com a Flor! Tão mais solto, tão mais alegre. Parece que ela desperta o melhor nele.

Façam camisas com “A machistada não tem limites!” e “Esse é o vídeo mais importante da história desse canal”. Um pra flor e um pro Manu. De nada. Beijos

Hahaha essa camisa "game over", além de cafona, é excessivamente machista. Como diz a Flor, " a machistada não tem limite!" Não tem mesmo, Flor.

Eu adoro a incredulidade da Flor em relação a memória, pois é justamente isso, memória é narrativa e não necessariamente o que aconteceu de fato.

assistir flor e manu é como ter uma conversa numa mesinha de bar. sempre que me aflige venho aqui porque sei que vocês já falaram algo sobre algum certo assunto. kkkkkkkkkk 💖 obrigada

Achei a metafora da migalha de amor X R$600,00 MUITO REAL! É exatamente isso.

Acho curioso o modo como tratam o casamento ser um desejo feminino, quando, na prática, o que vemos é que quem dificilmente fica sozinho são os homens. Embora seja uma experiência anedótica minha, especialmente entre os viúvos, vejo que quem volta a casar é, na maioria das vezes, o homem. Conheço muitas viúvas que seguem sozinhas.

A minha memória amorosa começa com Rafael, primeira série. Eu pensava que quando crescesse ia namorar Rafael, não agora, porque já tinha criado o conceito de que era preciso aproveitar antes de começar a namorar. Mas aí chegou o dia que Rafael se declarou pra mim e eu senti naquele instante todo interesse indo embora. Perdeu a graça. Só consegui responder “eu gostava, mas não gosto mais”. E assim se deu uma série de trocas, todo ano. Até eu mudar de escola e conhecer Carlos. Carlos sim foi a primeira coisa profunda. Ele era inteligente, tímido e muito querido. Demorou muito e Carlos pediu pra o amigo me contar que ele gostava de mim e que a gente podia “ficar” no aniversário de Eduardo. Era o plano perfeito! Eu já tinha perdido bv com um qualquer e finalmente ia beijar alguém que gostava. Mas minha mãe me pôs de castigo e eu não pude ir à festa. Não tinha celular pra avisar Eduardo, avisar Carlos. O mais coerente? Chegar segunda na escola e explicar por que não fui, certo?! Pois eu não o fiz. Fiquei quieta. Eduardo veio perguntar por que diabos eu não tinha ido e ainda deixei Carlos esperando..... nada. Não respondi nada. Segui gostando de Carlos por anos em silêncio. Rolou uma coisa meio comédia romântica e no primeiro ano a professora formou duplas e a gente teve que se encontrar fora da escola pra fazer um trabalho. Eu querendo pedir desculpa pra Carlos por algo que tinha feito na sexta série, mas com medo de tocar no assunto. Agora to aqui, aos 24, carregando essa culpa por nunca ter explicado a minha ausência. Cresci, tive outros amores, estou muito bem. Mas e o pedido de desculpa pra Carlos?

o ruim de assistir o vídeo logo quando vocês lançam, é que não tem os comentários maravilhosos dessa comunidade hahah

Eu que nunca assumir um compromisso com ninguém ao longo desses 27 anos estou aqui gravando em áudios possibilidades do pq isso hahaha (rindo de nervouse) .....eeee acho que nunca comentei aqui, mas como não agradecer essa exposição da alma e psique que vocês fazem💜 já acompanho o canal faz um tempão e percebo em mim um alívio de ter encontrado (principalmente no Emanuel) uma direção para os meus questionamentos de toda a vida. Toquinho de cotovelo e vida longa para vocês💜🌹

Trágica história da minha primeira e única namorada, aos 6 anos. Eu propus da gente se beijar debaixo daquelas pontes de madeira de brinquedões, e uma criança passou correndo na ponte bem quando estávamos embaixo. Resultado: um prego entrou na cabeça da menina. Parecia aquela cena da carrie a estranha, com sangue na cara toda. Depois disso só tive namorados ahahaha desculpe Gabriela, onde quer que vc esteja

Meu Deus! eu parei pra pensar aqui nas vezes que eu fui escolhida me dava um negócio que eu ficava desconfiada, tipo: pq que essa pessoa me escolheu? O que deu nela? A gente nem é parecido, nem me conhece direito... Inventava milhões de coisas. Quando acontecia de dar uma chance e deixar de lado essas neuroses, eu ficava preocupada em corresponder aquela expectativa quanto ao nível de sentimento da pessoa. Já nos casos onde eu escolhia a pessoa eu ficava mais "tranquila" pq meio que já sabia lidar com a frustração da rejeição ou quando dava certo, a felicidade da realização e o ego lá no alto. Acho que a minha máxima era eu quero ser escolhida, mas eu quero ser escolhida pela pessoa que eu escolhi primeiro. Aí está um resumo do sucesso da minha carreira solo nessa vida.

Tem isso dos adultos desde cedo encorajarem meninos a “conquistarem” meninas. Muitas dessas histórias são fofas e engraçadas, mas esse encorajamento faz parte de uma cultura da masculinidade tóxica que não leva em conta que aquela criança pode ser um menino gay, por exemplo... e mais, as crianças se apaixonam mesmo ou não? Com as meninas é aquela velha história de reprimi-las. Me lembro que meu pai dizia que eu não podia ser amiga de algumas garotas pq eu ficaria mal falada. Aquela coisa de que: um menino desde cedo pode e deve chegar em uma menina, mas, se uma menina faz o mesmo, a escola inteira fala mal dela. A heteronormatividade, a heterossexualidade compulsória, o machismo, a masculinidade tóxica, e esse feminino inalcançável aka conto de fadas, são muito nocivos para as crianças que crescem tentando agradar os pais e crescem tentando namorar pessoas a todo custo, e namorar qualquer um que corresponda aos padrões sociais, estéticos, etc.

A machistada, enfim, chegou nessa trilogia “dedo-podre/aceito-tudo/o-que-como-devo-gostar”. Contemplada.

Eu não costumo comentar (só assisto e curto), mas quero deixar claro que eu AMO vocês. Lindos! Já fazem parte da minha vida. Meu casal favorito!

Lembro eu com uns 10 anos, eu era super fã da boy band Hanson. Na minha escola tinha um garoto 1 ano mais velho, loiro e com cabelos compridos... me apaixonei a primeira vista. Lembro que ficava no recreio olhando Biel na escada com os amigos... eu corria atras dele na fila da cantina, ao subir a escada depois do intervalo, na hora da saída... só pra ver Biel passar. Nunca fomos apresentados, acho que ele por sinal nunca soube de minha existencia...mas me lembro muito bem de subornar um amigo que conhecia Biel, com chicletes so para ele me dar uma foto que ele tinha ao lado do meu amor platonico. Anos mais tarde quando entrei na faculdade, eu era fã de Jack Johnson... um dia entre os corredores das salas de aula da facul, vi um rapaz com o mesmo estilo do jack, sentado sozinho em um canto numa sala de aula vazia. Foi paixao a primeira vista e ai, a história se repete... rs

Eu ri durante o vídeo inteiro, obrigado por essa dupla divagação de amores antigos. Mas cadê o vídeo das vezes que o Manu l e o n i n o foi rejeitado, nós precisamos mt desse vídeo!

eu amo essa frase: A MACHISTADA NAO TEM LIMITE

esse casal acaba cada vez mais com minhas idealizações do amor romantico

Apenas amei e me toquei de uma coisa. Em todas as minhas relações eu fui escolhida. Nunca deu certo quando eu escolhi. Tanto que acabei desenvolvendo ao longo dos anos um olhar para quando alguém demonstra um interesse extra, para além da amizade normal. Pois foram algumas tentativas frustradas de escolher. Recentemente eu me escolhi, como na música do Francisco El Hombre, o que é uma novidade para mim. Gostaria de pensar mais sobre isso do escolher e ser escolhida, de como lidar com as expectativas e faltas. O finalzinho desse vídeo deixou vontade de aprofundar mais nesse tema.

"quando ele apareceu no episódio de Friends vc gritou", hahahaha vc são muito lindos - e a menção de Francisco El Hombre foi demais

Manu, entendo sua dor de ser "deixado" na escola... tb me sentia assim.... chorava horrores quando a minha mãe ia embora... kkkk.... até o dia que eu fiz ela me prometer que ela ia ficar lá fora, dentro do carro, me esperando.... e, nesse dia, eu passei o recreio inteiro procurando um buraco no muro, só pra ver se ela tava lá mesmo.... kkkkk como não achei nenhum, perguntei pra tia do pátio, se ela tinha visto a minha mãe lá fora.... ela me disse que sim.... que ela tava lá.... aí eu sosseguei e fui brincar... kkkkk como era bom acreditar sem desconfiar... rsrs Bjãooo pra vcs!!!

Flor e Manu, eu amei o vídeo! Tem tudo a ver com a minha vida. Eu mesma acho que sempre me apaixonei pela cesta básica (ou pelos 600 reais). Hoje eu sei reconhecer, mas por muito tempo foi uma grande incógnita. Trato isso na terapia há algum tempo, mas por crescer com meninos da minha idade sendo sempre tão bobinhos (e nunca gostando de mim também, já que nunca combinava com as ideias deles) pensava que todos os meninos eram iguais a eles. Afinal, quando somos crianças achamos que todas as pessoas que existem estão na escola, na natação e no inglês, não há ninguém mais. Portanto, coloquei na minha cabeça desde muito jovem que já que todos os meninos eram meio idiomas mesmo qualquer pessoa que fosse minimamente mais legal eu acataria. Hoje, depois de estudar o feminismo, e entender que existem sim pessoas boas posso negar os 600 reais e seguir em frente rs.

Manu perguntou da música sobre o que é o eu... nesse música importa o que eu NÃO sou, o que NÃO me define, o que eu não preciso ser porque para uma mulher poder ser "eu", livre, indefinido é uma vitória pois nem esse direito temos. E saber o que não é já parte do caminho para descobrir o que se é.

Muito legal ver o Manu falando que pra ele o amor sempre foi um tema, pq pra mim também é, mesmo eu não querendo kkkk E tava falando disso pra uma amiga, que na minha pouca visão de 24 anos, parece que para os homens não é assim. Pra mim, se eu to apaixonada eu não consigo "fugir" do amor, mesmo que não seja o momento certo. E me parece que os homens conseguem ser bem mais racional. Fiquei pensando se ter relação como somos criados desde criança de formas diferentes, meninas pra casar e meninos pra trabalhar.

Manu, tb tenho memórias de 4 anos. Quando meu pai “me deixou” na escola, foi um chororô, me senti abandonada real kkkk e eu era apx por dois coleguinhas, dizia que namorava com eles e a gente nem conversava

Existe um movimento de ambas partes. O "escolhido" que se percebe tb passa a ser o que "escolhe" na medida em que estão se conhecendo, se a ideia é construir uma relação amorosa.

"É basculante ou vasculante?" " Na janela" kkkkk vcs são demais. Muito interessante essa história de se contentar com o mínimo. Pensando aqui.

Minha memória de 3 anos é do meu primeiro ano na escolinha. A professora saiu da sala. As outras crianças trancaram a porta e começaram a brincar. Eu olhei aquilo desesperado e comecei a chorar. Chorei tanto que às professoras das salas vizinhas, vieram me socorrer. (Depois minha mãe me contou que a professora tinha ido fofocar na sala da diretora) Tenho medo de ser abandonado e de um relacionamento me prender por causa de uma fofoca.

1º Lugar: Flor e Manu falando com sotaque italiano = maravilhoso; 2º Lugar: pode falar mal do Tal do Presidente (que reza a lenda aparece à noite pra te assustar, falando "taokey"); e 3º Lugar: essa coisa do escolher, do ser escolhida é meio que imposto a mulher desde o nascimento. Esses estigmas acompanham a gente pra toda a vida, por mais desconstruídas que sejamos. É muito difícil você simplesmente aceitar que pode ser a sua própria escolha e isso, talvez, seja o que mais magoe os outros. O que temos que ninguém nos escolhe? Qual o nosso problema em não sermos olhados? Eu particularmente tenho muitos problemas quanto a isso, principalmente em relação ao olhar dos homens sob mim. Talvez seja esse o motivo de muitos vestirem máscaras de indiferença, apenas para tentar não demonstrar o quanto a rejeição nos magoa. Eu já aceitei que isso me dói, mas não consigo mudar. Então apenas sigo em frente com o tanto de "foda-se" que consigo demonstrar.

Bora todo mundo fazer nossos Duogramas! Já vi muitos métodos meio coach sobre isso (o ranço, meu pai) mas sério, pesquisem sobre a função básica do Duograma. Ajuda muito a gente lembrar e refletir sobre esse nosso histórico de relações amorosas que tivemos ao longo da vida, É SENSACIONAL. Comecei a fazer essa minha lista de paixonites desde a infância há um tempo e fiquei chocada com o tanto de relações que não passaram do platônico. O número de relações que de fato aconteceram no plano do real foi desproporcional ao tanto de fantasia criada, SOCORRO. E puuuuts, isso de perceber as diferenças de quando somos escolhidos e quando escolhemos fez todo sentido, pensando aqui. QUE VÍDEO, MEUS CAROS, QUE VÍDEO! ❤

No ritual de acasalamento, parece haver sempre o que tenta seduzir e aquele que é seduzido. Mas às vezes não é tão simples assim! Quem é o verdadeiro sedutor, e quem é que se deixa seduzir? Para dançar o tango são sempre precisos dois, não é verdade? Por isso, é que eu não sei responder quando é que eu escolhi e quando é que eu fui escolhida, sinceramente! Porque esse bailado da sedução é tão complexo, que, muitas vezes, aquele que se achava o conquistador, afinal

Estou obcecada pelos vossos vídeos! 😱 Muito bons e muito introspectivos, parabéns! 👏 Sou a Jéssica e tenho 26 anos. Ando numa fase um pouco difícil a nivel amoroso. Após pensar no meu passado, reparei que na maioria da minha infância/adolescência, sempre gostei de quem não me queria e quem me queria eu não gostava. Razão para isso? Não sei bem 🤷🏼‍♀️ Mas tive tanto a minha mãe como o pai ausente e andava sempre a dormir em casa de outros familiares, ora num, pra noutro. Só mais pelos meus 9 anos é que a minha mãe passou a ser mãe, mas sempre fui distante do meu pai. Por exemplo, ele nunca me ligou, o primeiro abraço foi aos 19...por isso acho que muito se deve a ele. Comecei a namorar muito "tarde" e as únicas duas relações que tive foram más. Estou a 3 anos solteira e ando num ciclo de calhar sempre com alguém que não quer relação, ou me apego facilmente. Parece que já ninguém quer namorar...só ficar. É mais "fácil". Lido mal com a rejeição e ando a fazer um trabalho interno comigo mesma mas está realmente difícil. Existem dias que nem eu me suporto com o meu elevado grau de carência, ansiedade e insegurança. Sei que preciso de ser eu a cuidar de mim, não os outros...afinal eu sou a única pessoa que me vai acompanhar desde o nascimento até a morte 😉 ✨Vou continuar o meu processo de desenvolvimento ✨ Abraço apertado aos dois 💖

A Valeska Zanello é maravilhosa. Recomendo demais o livro dela "saúde mental, gênero e dispositivos". Ela levanta várias questões em relação a como o relacionamento é imposto de forma diferente ao homem e a mulher.

Esse arquétipo de solteirão fica precisamente ilustrado se você passou a adolescência assistindo seriados e filmes americanos, vide Charlie do seriado Two And a Half Men, que é o "homem com H", viril e conquistador. Enquanto o irmão Allan, divorciado e com filho era o fraco, dependente, impostor e o oposto do irmão em tudo que diz respeito a virilidade e "potencia" masculina. Quando Charlie resolve se casar (com uma mulher que foi difícil conquistar), ele a enxerga como um prêmio e o humor do seriado passa a ser justamente a perda da virilidade e da imagem de conquistador do Charlie.

Hoje eu tenho consciência que a solidão da mulher negra se inicia na infância... Raramente somos as escolhidas... Mais raro ainda conquistamos nossas "escolhas".... E em muito casos, quando não desprezadas somos objetificadas e/ou inferiorizadas, sem contar que ainda acontecem as "zuadas" com quem fica com a mulher fora do que eles ditam padrão de beleza... Ou seja, além das "machistadas" e os questionamentos de "mas pq não eu"... Até entender e - criar fortaleza cada vez mais - sobre "minha carne não e define"... toca de análise.

Agora eu terminei o vídeo e fiquei pensando na minha trajetória amorosa. Eu e meu companheiro fazemos isso mas temos um diferencial, ele foi casado por 20 anos e eu sou 20 anos mais nova e vivi em várias montanhas russas amorosas que, facilmente, equivaleram a experiência dele. Numa dessas reflexões indagamos um ao outro sobre o afeto que se nutre após o fim da relação. E, a partir desse traço de cada uma das pessoas que nos atravessaram, foi possível perceber que esse afeto está intimamente relacionado ao que a memória guardou como relevante (fatos alegres/positivos ou não). Isso também me ajudou a notar as marcas que a minha personalidade passou a ter com o passar dos anos, por absorver muito do outro, ou rechaçar completamente o padrão de conduta e evitar a qualquer custo reproduzir. Vocês nutrem afetos pelos que acompanharam as suas jornadas ao longo do tempo, mesmo que estejam em outras relações, ou não pensam mais no assunto a partir que iniciam um relacionamento? Como a psicanálise compreende a permanência de afetos referentes à relações que já findaram? Ps: pergunta para o Manu, o que ele pensa sobre a fenomenologia? Como sempre, adoro as ponderações de vocês dois! beijos e abraços virtuais!

Amo! Mas acho que tá mto polarizado. Vcs só tem a experiência de escolher OU ser escolhidX? Como vcs estäo definindo isso? Porque bm, pensando aqui a maioria das minhas hstorias esse quesito me parece muito fluido. Ninguém escolheu Ninguém! Porém, duas historias onde claramente fui escolhida e eu cedi, foram os unicos relacionamentos abusivos que Vivi!!! Que interessante nunca havia me apercebido disso. Obrigada. Abraço

Eu não sei com quem eu mais me identifiquei nesse vídeo: Manu, eu fui a vida inteira apaixonada por meninos na escola, era um sofrimento terrível porque eu só gostava dos mais velhos, logo, eles nunca me queriam. Já eu era essa menina que todos gostavam, mas eu não gostava de ninguém que gostava de mim. Nunca parei pra pensar que talvez esse meu gostar dos mais velhos poderia ser justamente porque eu já sabia que eles não iam me corresponder (que louco!!). Flor: sempre que eu namorei, eu fui totalmente envolvida pelo mundo do outro. Inclusive, só depois de começar a fazer terapia eu percebi que até hoje não conheço os meus desejos porque eu sempre achava que o que eu queria para mim era o que o outro queria (aí entram os relacionamentos familiares também). Mas enfim, eu ameeeeei ouvir as histórias de vocês e me lembrei de algumas minhas também. É incrível como que a gente se entende um pouco melhor quando volta no tempo para entender o que aconteceu para chegarmos onde estamos. Vocês são maravilhosos! Me sinto numa terapia coletiva 💙

Cara, da outra vez que o Emanuel disse sobre o comentário de "falar , falar e não dizer nada" eu achei super injusto, mas dessa vez vocês falaram , se embolaram e não chegaram a lugar nenhum , kkkk! Tudo bem, vocês têm muito crédito sempre!

Minha questão é elementar: como eu sei se escolhi ou se fui escolhida? 😂 isso é subjetivo só pra mim? Basicamente se resume a: se eu "cheguei" na pessoa, então eu escolhi? Se ela "chegou" em mim, então eu fui escolhida? Acredito que, muitas vezes, até atingir o momento de CHEGAR, de fato, um no outro... já passamos por um vasto campo de "jogo da conquista", vários olhares, sinais e etc, não? E sendo assim, como podemos definir quem escolheu quem? Beijos pra vocês dois! 😘

Emmanuel, vc tem sido uma referência importante na minha busca pra me entender melhor, por isso eu queria muito saber sua opinião sobre "Os 5 traços de carácter". Valeu, adoro vcs. Bjs

O começo desse vídeo me fez lembrar uma crítica que sempre faço em relação aquele momento lamentável de festas de casamento: mulheres solteiras loucas, desesperadas por pegar o buquê, como se o fato de ser a próxima a casar fosse a última salvação de suas vidas, enquanto que o noivo joga uma caixa de whisky, e todos os convidados (casados também) vão a loucura. Ou seja, para a mulher o casamento, para o homem, a felicidade do álcool.

Agora precisamos da foto Emanuel!! Ótimo vídeo, vcs são demais!!

E quando vc é mulher, é de escolher em vez de ser escolhida mas sempre elege caras com padrões parecidos? Parece que estou sempre escolhendo pessoas complicadas, como se eu precisasse provar p mim mesma q consigo contornar, ou talvez sinta certa necessidade em escolher qm me rejeita (Manu já falou sobre isso uma penca de vezes). Eu tento me sentir atraída por outros padrões mas caio naquilo q vcs falaram no vídeo da quinta passada, não rola interesse da minha parte. Sei q se a mulher se sentiu rejeitada pelo pai na infância, isso impacta as suas escolhas amorosas na vida adulta, já tentei trabalhar isso em terapia e até conversei com o meu pai. Hj temos uma relação muito melhor. Porém mesmo tendo consciência de tudo isso eu ainda falho, ainda me sinto mal a cada rejeição. Me sinto como se estivesse fadada a me conformar com uma vida amorosa cretina. Help me, hahahaha

Uma vez, uma psicóloga me disse que eu contava a história da minha vida pelos homens com quem me relacionei e que não importava quem era a pessoa, eu só queria ter alguém. Briguei com ela e nunca mais voltei. Hoje acho que ela tinha razão. De fato, na época, minha narrativa era muito pautada no amor. Hoje tem outros elementos, eventos que só dizem respeito a mim e não com quem eu estava. Acredito que tenho passado menos tempo da minha vida com alguém, então sobra mais espaço para outras coisas. Quando eu estava com alguém, sempre me doava muito à relação e despriorizava o resto. Eu sempre quis ter alguém e tive alguns namorados já, muitos ficantes e outros tão rápidos que nem considero nada. Vejo que sempre consegui encaixar muito fácil uma idealização de relação com a pessoa que se interessava por mim, então sempre dei uma chance. Algumas vezes fui eu quem deu o primeiro passo, mas geralmente com o receio: será que a pessoa está mesmo interessada em mim ou só está aproveitando que estou fácil? Mesmo recebendo um sim, a insegurança em relação ao sentimento do outro é muito maior quando vc é a pessoa proativa. O outro pode estar apenas te dando uma chance, te testando. Para homens pode ser que estar sendo testado seja um jogo interessante de conquista, mas para mim, mulher, é mais uma necessidade de se provar, de se adaptar ao desejo do outro, de ser melhor que as outras opções (aquela competição feminina que vivemos desde a adolescência). Então quando dou o primeiro passo, espero uma reciprocidade clara e imediata, ou vou embora.

Fui notada! Que lindo 😂😂😂. Com esse desenrolo chego a conclusão que: eu só escolho. Nunca fui escolhida. E acho que nessa de escolher, caio em idealizações e romantizações (?) do mínimo. Pq se não me vejo uma escolha dos outros (olha o ego rs) fico buscando. Entendem? Acho que é isso. Obrigada, seus lindos!!

Concordo com a primeira situação. Eu, por exemplo, como só conheço rejeição a nível de relações de amizade e amorosas passo por fases muito complicadas em que questiono o que tenho de errado para não merecer aquilo que - aparentemente - todas as outras pessoas conseguem alcançar facilmente.

Flor eu já chorei muito ouvindo essa música. E até me dói aqui dentro quando ouço de tanto que me vejo nessa dor de libertação.

A Flor é um sopro de felicidade no meio a pandemia. Amoo essa mulher😅🥰🤗

Vamos às história: na minha 1a escola, uma escola católica pequena, conheci Guilherme, que foi teoricamente, meu namorado até uns 10 anos. Digo teoricamente pq eu e ele até nos divertíamos com essa história de namoro, mas acho que a gente era bem amigo na prática e nossos pais (que eram bem amigos) inventaram isso de namoro. Com 7 anos, eu me apaixonei por um menino do inglês de 12, achava ele apenas a perfeição na terra, mas eu morria de vergonha, nem falar direito com ele eu conseguia. Com 10 anos, me apaixonei pelo Rodrigo, que por troca de cartinhas, disse que gostava de mim também, mas pouco tempo depois preferiu namorar minha amiga (?). Óbvio que até hoje tenho trauma com ser trocada por amiga e aconteceu de novo recentemente, tenebroso. Tive que "terminar" com o Guilherme pra ficar com o Rodrigo, mas depois dele me rejeitar preferi ir atrás do Bruno. Bruno me enrolou por toda a 5a série, até hoje nem sei se ele gostava de mim ou n, por mais que a gente conversasse quase todo dia no msn. Com 12 anos, conheci outro Guilherme, que até chegamos a se beijar, mas nem rolou nada além. E com 13, mudei de escola de novo e começaram as paixões platônicas, tipo oq aconteceu com o Bruno.... E até hoje isso acontece também, impressionante. Meus 2 namorados mais recentes diria que fui escolhida, mas de certa forma também escolhi, pq sinceramente eu tenho uma certa facilidade de rejeitar gente por quem eu n me iteresso kkkkkkk enfim, espero que gostem de ler (tenho 20 anos agora).

Eu devia ter 4 anos quando estava no prézinho e me lembro de ter um menino chamado Pedro. Ele era meu melhor amigo e talvez eu fosse um pouco obcecado por ele. Chegou o aniversário de Pedro, eu comprei um brinquedo para ele e planejava fazer uma surpresa. Porém meus coleguinhas contaram para ele sobre meu presente e eu tive um surto no meio de todo mundo. A professora precisou me acalmar e tudo mais. Há 3 anos minha mãe contou que nessa idade eu gostava tanto de Pedro que uma vez levantei uma questão para ela "mãe, eu queria ter nascido mulher para pode casar com Pedro". Muito interessante olhar para essa história e refletir que os sentimentos das crianças são bastante genuínos e, indo ainda mais longe, pensar que mesmo sendo apenas uma criança já me foi implatado todas essas imposições sociais de gênero e como tudo isso era uma problemática super influente na minha vida desde aquela época.

uma das melhores partes é vir aqui e ler os comentários dessa comunidade!!!! me identifico superrrr fala sério, Flor e Manu, vcs são incríveis e a cada vídeo é um mix de reflexões, risadas e choro. simplesmente obrigada 🧡

Flor, faz uma camisa escrito "A machistada não tem limites". Não tem um só dia que eu deixe de falar isso. 😂😂😂😂

Flor e Manu, primeiramente vocês tomam a maior parte do meu tempo aqui no youtube por tanta qualidade e honestidade dos vídeos, principalmente por uma inclusão muito natural e cuidadosamente praticada, pensando que isso aqui é uma plataforma livre de acesso a todas as classes e gêneros e condições sexuais, enfim, portanto muitíssimo obrigado por isso

Eu lembro de, aos 4 anos (creia, Flor!) ter um namoradinho, o Fernandito (um chileno engraçadinho, típico personagem da turminha da Mafalda). Mas o título de "namorado" foi dado por nossas famílias. A gente não sabia que parada era essa, claro. Mal sabiam todos, que eu me achava namorada era da irmã dele! Rs

Isso sobre formação de identidade, independente de ser pelo ponto de vista do amor romântico, me deu o que pensar! Como boa parte da nossa angústia parece ter a raiz na falta disso que a gente aprendeu a ver como ponto de referência para nossa existência. Vocês dois são maravilhosos! Cada vídeo novo traz uma nova reflexão sobre mim mesma.

Oi Flor, Dudu aqui ;) Minha terceira namorada me mandou um vídeo da primeira namorada e cá estou eu casado com uma Manu tb... Vou responder suas duas perguntas. Sim, fui eu que te escolhi e sim, é basculante. Adorei saber que me esperavas e odiei saber que lhe vazia esperar, mas pelo menos esse boliche rendeu ótimas cartinhas. Bjs querida

"eu com três anos não era apaixonada por ninguém. eu tinha só três anos. eu não sou doente que nem essa pessoa aqui." pois eu sou doente também porque lembro de raíssa até hoje.

Nossa lembrei do show do francisco el hombre no rock in rio.....Foi EMOCIONANTE qnd tocaram triste louca ou má com um projeção de fotos de mulheres símbolo, finalizaram com a Agatha, morta alguns dias antes no morro.....

A maioria das minhas relações fui eu quem escolhi. Eu sou mulher e isso sempre foi uma “diferença” entre eu e “as meninas”. Em geral eu ouvia comentários de que eu sou muito excêntrica, já ouvi muito que era “o homem da relação”, ou “muito independente”, e enfim.. Já pensei mil coisas sobre isso.. não vou dar conta de comentar aqui, mas minhas últimas reflexões sobre isso foram quando eu me dei conta de como eu introjetei muitas masculinidades (tóxicas!) da minha família... fui percebendo que tenho vaaaarios traços dos homens da minha família que são muito ruins pras relações e que seria excelente pra mim correr atrás dos femininos que estão mais adormecidos em mim.. tem sido um trabalho pessoal interessantíssimo e rendido bons frutos

VÍDEO MARAVILHOSO!!!! Super me identifiquei com tudo...! Viva a análise que pode nos separar isso, criar nossa própria subjetividade. Amo a música que a Flor comentou. É de arrepiar..! Eu sou meu lar - EU nesse sentido se refere ao Desejo subjetivo de cada individuo, para mim. Eu sou meu lar. Eu sou meus desejos realizados. Não seriam todas essas estruturas, que poderíamos simplificar no machismo/patriacardo, uma forma de sublimar os desejos das mulheres e porque não dos homens também? Não seria o empoderamento feminino (detesto esse termo, pois generaliza, mas cabe aqui) o vivenciar desses desejos? Uma mulher que "faz o que quer", que pauta sua vida na realização dos seus desejos, que tem a sua vida como seu próprio lar, é algo muito poderoso...! E romper as estruturas. E acredito que isso passa deeeemais por um processo de se des-identificar do significado que o olhar do outro nos (mulheres) dá, isso é super real. Ser por si, ou seja, ser em/para si, no seu desejo, por si só, já uma vitória. É o que podemos chamar de existência! Nunca tinha tido essa clareza, assistir ao vídeo colocou muita luz em um sentimento que "sinto": sabe essa coisa assim, "olha la ele com a escolhida dele". AHHHHH. É muito machismo, sublimação de si no outro. Dá mulher no homem. De uma pessoas na outra.

Emanuel pare de se desculpar você é muito inteligente e sua contribuição nestes vídeos é essencial!!

pensando sobre definições pessoais a partir das experiências amorosas e sobre isso de escolher e ser escolhida, eu nunca escolhi e nunca fui escolhida. minha definição é a que é rejeitada. passei a infância e a adolescência mendigando afeto e sofrendo muita rejeição e bullying dos meus objetos amorosos. meu primeiro beijo foi com 21 anos e foi a primeira vez que fui escolhida. depois namorei 8 anos uma pessoa que tbm nunca tinha escolhido nada, até me escolher. e eu deixei pq era carente. hoje nas minhas relações amorosas eu ainda morro de medo de ser rejeitada e acho que esse medo interfere em TODAS as minhas dinâmicas. continuo sem escolher e continuo sem ser escolhida.

Hoje eu vejo o quanto a minha situação de codependente, acabou influenciando a minha identidade de acordo com meus relacionamentos amorosos. A partir do momento que consegui identificar que deixei de ser eu mesma para manter os meus relacionamentos, não só amorosos mas de amizade, passei ir em busca do meu eu individual, quem seria a Larissa como individuo rs Me descobrir em uma busca constante e profunda e passei a escolher quem realmente quero por perto...

Tive dois relacionamentos, e em ambos foi uma escolha recíproca, eu acho hahahaha Teve interesse mútuo, o que de certa forma me leva a pensar que eu tive pelo menos 50% de escolha. A grande questão nas minhas narrativas é que SIM, a minha imagem enquanto mulher, o meu eu-sujeito feminino se transmutou na perspectiva do namoro/relacionamento. Exemplificando, já não era mais somente a Marilia, mas sim, a Marilia namorada de fulanx. A minha visão frente a essa discussão, acho que muito de mim foi moldado pela perspectiva de achar um parceiro até pouco tempo atrás. Venho lendo e assistindo coisas (juntamente com a terapia) que estão me permitindo me entender sujeito sem estar na busca incessante de namorar, mas tem dias que me vejo nessa situação e acho que isso decorre exatamente por essa narrativa de que a mulher PRECISA encontrar um parceiro. Venho desconstruindo isso. Amo vcs! Obrigada por essas discussões. Obs: Flor, o correto é basculante hahaha

Muito bom, concordo total a nossa identidade e personalidade está baseada nas nossas relações passadas. Inclusive, vocês acham que é possível nós gostarmos ou desejarmos algo que nunca tivemos? Por exemplo, se meus relacionamentos foram frustantes ou algo assim, como posso reconstruir a minha ideia de relação e até mesmo de personalidade se não tive contato, não tive vivencias com algo diferente? Apesar de ter visto vários vídeos de vocês e ter lido sobre e saber que devemos buscar construir novas relações e experiências "boas" para ir se abrindo para algo "possivelmente" bacana e tal. Contudo, não vejo como sairmos muito desse "campo" em que estamos inseridos. E, se demorou mais de 15, 20 anos para eu construir minhas relações até aqui... imagina o tempo que não vai levar para transformar as experiências ruins e dar abertura para novas experiências.. muito doido isso e difícil de funcionar na prática kkkkkkkkk

Vcs são ótimos. Quero deixar a indicação de um texto do Ivan Martins..." O amor bom é facinho". Li esse texto um tempão atrás, e ele caiu como uma bomba em minha cabeça!! Recomendo ! Acha fácil na Net!

eu adoro quando vocês contam as histórias de vocês! pensei na minha narrativa e a única coisa que me dei conta foi que desde a primeira, no primeiro ano de escola, sempre foi marcado por muita idealização. sempre foram os meninos ou meninas distantes, de outros grupos, e eu lembro desde novinha de ficar fantasiando coisas. me imaginar conversando ou me declarando, construindo diálogos, bem coisa de doidão. e nunca de fato falando com a pessoa, morrendo de medo de ela não ser o que eu criava. as primeiras vezes que fui correspondida era um choque e eu sempre fugia, com medo eu não sei de quê. até hoje faço isso de idealizar, mas me policio e me forço a ter uma certa atitude. nunca tinha percebido como eu era covarde HAHAHAHA

Relembrando aqui e pensando a respeito, eu acho que nunca busquei auto afirmação em um relacionamento. Não me lembro de ter entrado em um relacionamento pra me tornar algo. Eu sempre busquei um relacionamento para intensificar minhas experiências. Tipo: fazer algo a dois, pra poder ter uma discussão animada sobre aquilo depois. Por mais que seja legal fazer sozinho, parece que a experiência fica incompleta. Então me frusta quando, com o passar do tempo, esses momentos vão ficando cada vez mais raros. Parece que a relação não faz mais sentido. Por isso eu acho que não faz muito sentido pra mim namorar alguém que não goste das mesmas coisas que eu. Com o tempo pesa! Pois aquela pessoa não está tornando as minhas experiências com as coisas que gosto ainda melhores. Parece que ela não está fazendo diferença na minha vida.

Flor e Manu, uma coisa que a Flor abriu e não deu continuidade foi essa ideia de quem quando somos “escolhidos” nos entregamos mais a história ou estamos mais aberto a tal relação. Pela minha experiência e relatos de pessoas próximas isso acontece com certa frequência. Talvez freudinho tenha alguma explicação pra isso Tbm.. mas acho que vale mais um vídeo ai! Beijos ❤️

Muitas vezes sou escolhida e não me interesso por quem me escolheu de imediato, mas, dependendo do nível de insistência e de dedicação da pessoa acabo achando uma boa escolha mesmo que já tenha sido escolhida.

GENTE, EU VEJO ESSAS INTROS E ME ACHO TÃÃÃÃÃO FLOR HAHAHAH Sera que tem um Manu pra mim?

Vocês são incríveis! Eu sempre escolhi, porém... a questão é o padrão de escolha, sempre caras que pudessem depender de mim de alguma forma, emocional ou financeiramente. Saí do modo "ativo" e vou esperar o que vem, para, aí sim, poder escolher.

adorei a mãozinha ao falar os nomes italianos hahahahahaha perfeitos

Nossa eu sou tipo o Emanuel! kkkkkk desde que me entendo por gente eu gostei de alguém, sempre me apaixonei muito fácil. Meu pai se separou da minha mãe quando eu tinha 7 anos e pensando agora acho que desde ai que isso começou. 🤔😦 Eeeee outra coisa que estava pensando esses dias também, desde que eu dei meu primeiro beijo aos 12 anos, eu nunca fiquei nem 1 ano sem um namoradinho ou "ficante", sério! Estou com 30 anos agora e realmente eu sempre emendei uma relação na outra, sempre sempre. To achando que não sei quem sou sozinha e nem se consigo fazer isso... gente! 😐 E sobre ser escolhida ou escolher acho que está bem meio a meio.

Queira Flor! Continua contando pra gente dos amores na infância e adolescência! Muito bom, a gente viaja lembrando desse tempo, muitas reflexões e identificação sobre ser escolhida. Domingo tem a parte dois do vídeo, combinado?! Vai Manu conta suas histórias também! Adoro vocês, são pessoas necessárias no mundo❤😘

Me identifiquei demais com o Manu porque desde sempre ou melhor, desde os 3 anos (kkkk), tive paixonites no colégio e/ou na vizinhança. E é interessante pensar o quanto entendo que sou alguém quando "tenho" alguém. Parece que sozinha não sou ninguém. E isso parece fazer mais sentido porque sinto que sou uma esponja, como a Flor citou que absorve os gostos e comportamentos do outro. Mas então quem sou eu? Ou, como no outro vídeo, quem estou sendo agora? Será que sou eu mesma ou apenas a reprodução do outro? E saberia dizer quem eu sou, já que desde sempre estive com alguém?!?! Sem contar que o meu medo da rejeição não é medo e sim PAVOR!!! E por quê?!?! Por que talvez sozinha serei ninguém?!?! Ou talvez por que sozinha descobrirei quem eu sou?!?! Totalmente muito profundo isso pra mim!!!

Acho que escolher ou ser escolhido é uma ilusão. A pessoa escolhida também escolhe ficar com a pessoa que se interessou primeiramente. O que quero dizer é que esse talvez seja um parâmetro raso para analisar as relações. Talvez focar em quem decide terminar mostre mais conteúdo para analisarmos as nossas relações.

Eu tô nessa nossa bolha citada pela Flor: mulher, pensamentos progressistas, etc. Então meu recorte vem dessa visão, e sobre isso acho que: não tem muito isso de gênero não! Pensando raso aqui entendo que 'me entreguei' mais às relaçoes nas quais fui escolhida, mas acho que isso é da condição do desejo mesmo. Não porque sou mulher, necessariamente, mas porque é uma relação que me oferece o contrário da rejeição. Acho que em qualquer hipótese quando você deseja antes de ser desejado, o desejante tá sujeito à negação, e diante de tantas coisas faladas aqui no canal, essa rejeição parece ser a pior coisa do mundo pra muita gente hahaha tá lá no nosso inconsciente, como sempre fala o Manu. É como se ser desejado te trouxesse segurança (mas isso é falso, obviamente).

Manu: "A gente gravou uma fitinha k7" Eu: (suspiro) "ai meu deus" Tipo de coisa que eu faria.

Flor, eu também já namorei o Dudu, quando ele tinha vinte anos, acho que foi ele que me ensinou a gostar de você!! Desde então, eu acompanho tudo que você faz...

Estava eu aqui tentando me lembrar dos meus namoradinhos e percebi que sempre procurei um amor paterno que me faltava!!! E quando eu escolhi acabei me sentindo mãe do namorado. Aff que loucura, cara vou ter que assistir mais algumas vezes pra desenrolar o nó kkkk

Adoroooo a Flor...ela é demais!! Ela faz a gente se sentir numa grande conversa entre amigos. Manu também é maravilhoso... Que casal!!!♥️

poxa eu podia ficar 3 horas aqui ouvindo sobre os thiaguinhos e marcelas todos da infância de vocês... achei interessante as fofocas do primário kkkkk

Flor, você é perfeitaaaa, sempre que eu te vejo como terceira fundadora piro horrores, maravilhosa 100%, e aqui no canal sábia e alma do canal, você nos representa perante a sapiência e nível de coloquialidade do manu. Seu saber nos toca, os do manu, nos eruditam. Manu gosto muito de você também, não fica chateado, mas... sororidade.

Vendo os videos de vocês eu cheguei a conclusão de que as vezes minha timeline lota de frases de efeito sobre relacionamento/relações e eu hoje consigo ver isso tão amplamente e é tão subjetivo, algo que não se define em 2 linhas e um textão imã de likes. É necessário muito estudo e análise para pensar sobre esses assuntos.

Assisti o outro vídeo estou entre os milhares de comentários incríveis 😂 espero. Pausei aos 5 minutos para fazer esse comentário, por favor falem sim , as posições políticas comparações , isso também é um acalento. Vou continuar agora.

Olha, Flor, já que você disse que iria amar ler histórias de amor adolescente aqui vai a minha, eu acho que você vai gostar porque é um puta drama adolescente, vamos lá. Eu tinha acabado de fazer 14 anos, estava no nono ano e minha vida era extremamente vazia. Eu havia trocado de escola por conta de bullying (pois além de afeminado sou meio nerd) e simplesmente não havia conseguido me conectar com ninguém na minha nova turma, o bullying também não havia parado mas havia diminuído. Foi aí que conheci Lorena... Ela era uma novata na turma, vinda de Fortaleza (sou do interior do ceará) e assim que conversamos pela primeira vez nossa química foi imediata. Ela era completamente diferente de todo o resto da sala (a típica hipster) além de ser absurdamente linda, até hoje. Ela acabou sendo uma luz pra mim, joguei simplesmente o meu mundo em cima dela, criando uma certa dependência (eu acho real oficial que só estou vivo por causa dela, pois considerava bastante meu suicídio na época, tenho um histórico com depressão). Demorou um tempo até eu perceber que tava apaixonado pela minha nova melhor amiga. E ainda havia um grande problema: ela tinha um namorado na capital. Um rapaz muito mais bonito, rico e interessante do que eu. Ela nunca jamais o trocaria por mim. Eu não aguentei e me confessei (na verdade um amigo fez isso por mim, pois era muito covarde) e ela recusou, obviamente. Depois disso, Lorena começou a me esnobar completamente e a andar com os que faziam bullying comigo, e eu me fazendo de capacho até ela cortar relações comigo. Na época eu era bastante e imaturo e nunca havia me sentido tão carente e pensei "Eu quero namorar, mas quem namoraria comigo?" (péssimo). Eu literalmente pensei que uma ex-colega minha da escola, Marina o nome dela, seria uma pessoa que namoraria comigo. Investi e dito e feito. Estava bem feliz, conversávamos o dia inteiro por mensagem (coisa que nunca mais consegui) e éramos muito amigos, mas era isso, uma grande amizade. Eu infelizmente a estava usando para tapar o buraco do meu primeiro amor, que havia sido muito intenso. Também tinha um fator determinante de que, mesmo morando na mesma cidade, namoramos a distância porque o pai dela é um machista psicopata (odeio ele) e não permitia que ela vivesse, muito menos que tivesse um namorado. Eu super aceitei a relação a distância e fazia de tudo para dar certo, mas infelizmente eu não havia esquecido da Lorena e o fato de estar mais de seis meses com Marina sem nem ter conseguido beijá-la (ambos éramos bv) fazia eu me sentir extremamente patético. Até que chegou o primeiro ano do ensino médio e eu e Lorena ficamos no mesmo grupo em um trabalho (inclusive se vocês quiserem ver é um clipe de dark horse da Katy Perry ru-vid.com/video/%D0%B2%D0%B8%D0%B4%D0%B5%D0%BE-icUSSYoVdWQ.html) e aí nos reconectamos muito e dessa vez ela queria, mesmo ainda estando com aquele namorado incrível... Menina, nunca fiquei tão confuso na minha vida. Eu já havia dispensado a Lorena duas vezes por não ter tido coragem de terminar com a Marina e na terceira eu vi que iria perder a chance e a traí. Eu tinha decidido terminar com ela no dia seguinte e adivinha só? O PAI DELA HAVIA DEIXADO A GENTE NAMORAR e ela me contou isso feliz da vida, eu só mandei um "nossa que massa ne" ou algo do tipo, as amigas dela até fizeram uma festa pra ela comemorando com bolo e tudo (sim) e eu não tive coragem de ir, obviamente. Depois de uma semana eu cheguei nela dizendo que queria um tempo para poder ficar com a Lorena (covarde e egoísta) e ela me bloqueou instantaneamente. Eu mal consegui absorver que ela me odiava porque estava anestesiado, eu tinha conseguido ter meu primeiro beijo com meu primeiro amor! E ela tinha dado um tempo no namoro pra me dar uma chance! Só que aí vieram as férias e ela iria voltar pra capital... Pois é, ela voltou pro boy dela e não me contou, fiquei sabendo por um print de fotos deles dois juntos (bem estilo 'voltamos! *sinal da paz) sendo que ela estava falando comigo como se nada tivesse acontecido, fui só perguntar o que tava acontecendo e ela ficou puta comigo e disse que nunca mais queria olhar na minha cara. Fiquei completamente sem chão. Quis as duas e fiquei sem nenhuma. Eu me arrependo de várias escolhas obviamente mas eu aprendi MUITO sobre mim mesmo, a ser honesto consigo e com os outros, responsabilidade emocional e várias outras coisas sobre romance e afetio e sobre a vida que carrego comigo até hoje, sete anos depois. Com isso eu encerro essa fic com esse final onde eu me fudi horrores KKKKKK merecido, né non? Caso alguém se interesse eu posso contar ainda o que rolou depois (tipo que quando eu comecei a esquecer a Lorena com outra menina chamada Letícia elas duas começaram a namorar e eu era o cupido KKKKKKKKKKK) apesar de que meio que essa história do romance acaba por aqui mesmo, pois naquele momento eu percebi e comecei a trabalhar em mim que ela nunca seria capaz de me dar o que eu queria dela. E acho que é isso, obrigado pela a atenção e eu amo amo AAAMO o canal de vocês com todas as minhas forças, me botam pra pensar em muita coisa. O que vocês fazem é muito importante continuem assim! Um abraço pra vocês dois! (sei nem se alguém vai ler isso)

Essa pergunta final é a pergunta de 1 milhão de dólares, eu sempre quero entender: se eu to exigindo muito, ou se eu to sentindo falta do mínimo.

tive poucas relações amorosas em que, de fato, senti algo mais profundo pelo outro e agora, pensando melhor, vejo que em todas essas relações eu escolhi e não recebi nem os 600 reais! como a flor disse, era como se ser escolhida já fosse o suficiente, mas eu era escolhida apenas momentaneamente, o outro não fazia questão que eu ficasse. eu fazia. então eu passei meses com essas pessoas aceitando migalhas e sendo deixada de escanteio na cara dura. hoje trabalho esses traumas em terapia, sei da relação disso com a rejeição de meu pai, mas ainda me vejo caindo nessas armadilhas, como se estivesse procurando pela falta, pq é onde encontro/reconheço aquele afeto da infância. não consigo me interessar verdadeiramente por quem me escolhe, por quem faz questão de estar comigo o tempo todo, até porque - coincidentemente ou não - essas pessoas são sempre muito grudentas e externam sua carência facilmente, acho que é difícil pra mim olhar pra isso e me reconhecer nessa carência que é tão incômoda pro meu próprio eu.

Oi Flor e Manu, sou psicanalista lacaniana kkkkk e psicóloga. Gosto muito dos vídeos de vocês. Realmente somos constituídos a partir do olhar do outro e do que diz e desejam de nós! E fez muito sentido a dicotomia que vocês fizeram entre escolher e ser escolhido! Acreditam que eu comecei a namorar com meu marido aos 13 e me casei aos 24. Hoje estamos com 20 anos juntos, e se relacionar é pauleira, apesar de ser uma delícia!

Amo o canal de vcs!! 💖 Acho que o meu primeiro crush foi o Arthur acho que até hoje foi só uma idealização minha, ele era totalmente diferente de mim, eu era quieta e fazia todas as lições e ele era bagunceiro e não fazia nada. Tenho uma lembrança vaga de eu estar na sala de aula e ele tinha faltado no dia, mas quando olhei pela janela eu vi ele sorrindo pra mim, e então a prof fechou a porta da sala e não pude mais ver ele. Depois conheci meu primeiro amigo o Igor, acabei me apaixonando por ele, mas nunca disse nada e a gente só ficava na amizade durante a aula a gente davamos risada da prof e brincávamos, foi como se ele me trouxesse um lado da diversão. Ai comecei a gostar de um menino que tinha uma namorada, eles discutiam muito, parecia que eles já eram adultos por ser o único casal da escola. Mas eu queria ser o menino e gostava da ideia de ter uma menina e parecer ser adulta. Acho que todas as vezes que eu parecia gostar de um menino era porque eles tinham liberdade de brincar e fazer coisas de menino, na verdade eu apenas admirava e queria ser eles.

Manu e flor, me ajudem aqui com uma questão. Pensando nessa constituição a partir do olhar do Outro via experiências amorosas, me veio uma questão. E aqueles casos em que a pessoa entra e permanece na relação (depois daquele elogio ou outra manifestação de afeto),mas continua a procurar outros olhares e desejos como se o que se tem não fosse suficiente. Essa dinâmica implica em mais carência? É possível se constituir por outras vias que não sejam as amorosas? Se toparem continuar com essa série, falem um pouco sobre isso. Beijos.