No tempo da colera Correntes se quebraram Chegamos como intrusos Quebramos protocolos Corremos e nos sentimos mais aves Me trajei com classe street Valorizei o Beat Acendi aquele "vish" A maldita vontade de voar Tipo um vício, uma praga Se alastrou no mapa Na ambição de ser a nata Da varanda vendo o mundo desabar No peito ha um vazio Imenso Hoje o sol não vai surgir O céu não vai se limpar E as lágrimas da dor Que o amor não vai secar Como peixes fora d'água Arte e pouca grana Nem o sereno da manhã Veio pra anunciar Hoje não tá propício pra lutar Hoje não tá propício Nós viemos só teimar Provar o gosto amargo Quero a vida cara Eu também sou viciado Em coisas que eu posso comprar Mentiras do rap, assuntos do rap Corações do rap, oracoes em raps Apenas sonhadores em quadrados reclusos Corredores de uma sao silvestre Eu e eu contra tudo Mas nao tem problema ja que somos o futuro Tem B.O nenhum, queime tudo! É que miséria pouca não corre notícia Sedentos sentem o cheiro Eu preferi o acaso Eu fugi do seu quintal A mão que abençoa trouxe o mal A fome era o prelúdio E ser duas vezes melhor pra ter migalha Não é ambição dos que nasce por aqui