Modéstia à parte, eu entendo do atraso "intelectual" do povo brasileiro. Não se deve analisar a qualidade de um vídeo (conteúdo) pelas suas visualizações. Tem vídeos com 300.000 visualizações que não tem quase nada de proveito de aprendizagem, já um vídeo muito bom e cultural como esse tem 3.794 visualizações. Isso é Brasil.
Concordando com um dos comentários! Assunto vasto e riquíssimo. Só um pouco difícil, algumas vezes, a dicção do professor, mas sobretudo um áudio muito baixo, muito ruim, o que potencializa que o vídeo fique difícil de ser acompanhado até o fim. Pensei até que o ritmo do professor ficaria enfadonho, mas não, dado a riqueza e capacidade de vínculos mencionados pelo mestre. Fica um 10 pelo conteúdo E um 5 pela técnica! Obrigado pela partilha. 👽 🙏🏻
O fato dele ter uma carga de leituras e bom conhecimento sobre o tema, fala com tranquilidade e ao mesmo acaba dificultando um pouco a sua linha de raciocínio na explanação como um todo. Isso porque ele faz muitas citações. Talvez a utilização de alguns slides organizados ao público pudesse ajudar na compreensão.
Vou tecer alguns comentários. Primeiramente as criticas: 1. Tive dificuldade com a oratório. Muito lento e muito espaço entre enunciados. 2. Muito chato passar tanto da hora, e pior não chegar em algum lugar. 3. Eu não gosto dessa tentativa de socar tudo num discurso e num mesmo tema. 4. Você percebe que é um professor acadêmico e não palestrante. Agora elogios: 1. É um conteúdo muito profundo. 2. O professor tem insight's e indicações fantásticas. 3. Eu fiquei impressionado com a quantidade de conteúdo histórico ou de acontecimentos esse cara tem. 4. É sem dúvida um dos maiores leitores da história do Brasil e é um dos grandes contribuintes pra historiografia brasileira. Por Isso, eu acho que precisa chamar mais vezes. É um cara excelente!
Para os mais atentos, fica evidente a preocupação de Fernando Novais em evitar análises anacrônicas. Quase em todos as palestras, ele lembra que é preciso analisar a história excluindo aquilo que sabemos após os eventos analisados, que devemos compreender o contexto e a mentalidade da época baseados nos eventos anteriores. Ele reforça com isso a necessidade de separar a narrativa histórica da narrativa observada nas Ciências Sociais. Infelizmente, boa parte dos brasileiros modernos não fazem essa importante separação. A maioria dos brasileiros confundem as coisas, fazem julgamentos morais sobre os eventos do passado com a ótica moderna, por isso observam imoralidade em tudo que acontecia naquela época (que pela ótica moderna é claro que havia, mas naquela época não havia tal consciência). Infelizmente, através da narrativa construída dentro dessa ótica anacrônica, o resultado é criação de divisão na sociedade e muito ressentimento. Coloca-se com essa narrativa anacrônica um contra o outro, eliminando qualquer chance de coesão social. A falta de coesão social cria uma sociedade mais corrupta e egoísta, uma sociedade fraca sem identidade e objetivo comum. Devemos enfrentar esse mal em nossa época. Precisamos fazer as pazes com nosso passado e pensar um futuro melhor para todos. Precisamos eliminar, por exemplo, a imoralidade que é a desigualdade social em nosso país (devemos ser pragmáticos quanto a isso, não sair culpando os outros, mas fazendo as reforma necessárias para que gradualmente o problema seja eliminado). Como faremos isso? Existem dois caminhos possíveis: um caminho fácil e um caminho difícil. O caminho fácil é teórico e nunca produzir resultados positivos em nenhuma parte do mundo, só tragédia. O caminho difícil tem evidência empírica e pode ser reproduzido. Foi mais ou menos o que aconteceu na China quando reconheceu o capitalismo como o único meio eficiente de eliminar a pobreza (Não importa a cor do gato, contanto que cace o rato - Deng Xiaoping). A diferença do que ocorreu com a China é que o Brasil é um país ocidental, logo deve seguir o caminho das nações desenvolvidas ocidentais: Democracia Liberal e liberalismo econômico. Ou seja, devemos eliminar o preconceito que existe contra o liberalismo econômico no Brasil e fortalecer nossa democracia. Devemos reconhecer e nos afastar do discurso de viés socialista, altamente preconceituoso e contraproducente. Acho que estamos caminhando lentamente nessa direção, por isso estou otimista em relação ao futuro do nosso país. Avante, Brasil!
como sem cronologia? ele fala o tempo todo "idade moderna", "século XVIII", "século XIII" etc. História não é jornalismo, não funciona como linha do tempo...
