O Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), instituição vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), promove nesta quinta-feira, 17.06.2021, às 19h, como parte do lançamento do Programa Público “Presença Negra no MARGS”, a conferência “Arte afro-brasileira: entre o visível e o oculto”, com Hélio Menezes, pesquisador e curador que vem oferecendo relevantes contribuições sobre o tema a partir de sua atuação e projetos.
Com mediação do pesquisador e professor Igor Simões (UERGS), o evento será transmitido pelo RU-vid do MARGS e contará com interpretação simultânea de libras.
A conferência vai versar sobre a noção de arte afro-brasileira, tomando estudos voltados à questão, exposições emblemáticas ao redor do tema e os contextos de fundação e expografia de duas instituições decisivas da área - o Museu Afro-Brasileiro, em Salvador, e o Museu Afro Brasil, em São Paulo - como meios de acesso às disputas conceituais e políticas que a constituem. A proposta é analisar o mosaico de usos, interpretações e definições que deram corpo e sentido a essa arte de muitos nomes - arte negra, afrodescendente, afro-orientada, diaspórica, preta etc. -, bem como os limites e dilemas de seu uso.
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O convidado:
Hélio Menezes é curador de Arte Contemporânea do Centro Cultural São Paulo e Affiliated Scholar ao BrazilLab, da Universidade de Princeton. Entre seus projetos recentes, inclui-se The discovery of what it means to be Brazilian (Mariane Ibrahim Gallery, Chicago); Abre-Caminhos (CCSP); Nova República (12a Bienal de Arquitetura de São Paulo); Há luz atrás dos muros (Museu de Arte Osório Cesar); Vozes contra o racismo (São Paulo); Eu não sou uma mulher? (ITO) e Histórias Afro-Atlânticas (MASP/Instituto Tomie Ohtake). É co-curador de Carolina Maria de Jesus - Um Brasil para os Brasileiros (IMS) e curador de Atravessar a Grande Noite sem Acender a Luz, individual de Jota Mombaça no CCSP.
O Programa Público:
“Presença Negra no MARGS” consiste em um amplo e extenso programa institucional propondo o debate e a reflexão sobre a presença e representatividade de artistas negros e negras no Acervo Artístico do Museu e também no sistema da arte. Enquanto programa que se quer comprometido com o exame e a revisão da história e da estrutura institucionais do Museu, o projeto visa levantar reflexões sobre as ausências e (in)visibilidades de sujeitos racializados como negros e negras na arte, ao problematizar o reduzido número de artistas cujas obras compõem o acervo do MARGS.
A iniciativa será desenvolvida entre 2021 e 2022, trazendo a público conferências, palestras, cursos, conteúdos e diversas ações com artistas, teóricos/as, pesquisadores/as, curadores/as e intelectuais negros/as e do pensamento negro no Brasil, além de agentes de movimentos sociais e ONGs.
19 сен 2024