História da Missa Tridentina 

História da Missa Tridentina
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A missa tridentina também é conhecida como Missa Latina Tradicional. Tridentina porque foi instituida durante o Concíio de Trento que aconteceu entre os anos de 1545 a 1563.
Está baseada numa revisão do Missal Romano pedida pelo Concílio de Trento e aplicada posteriormente pelo Papa São Pio V que codificou a Missa Romana na sua forma mais pura segundo a indicação do Concílio.
"O sacrifício cumpra-se segundo o mesmo rito para todos e por todos, de forma que a Igreja de Deus não tenha mais do que uma mesma língua… que os missais sejam restaurados segundo o uso e costumes antigos da Missa Romana".
Foi promulgado no dia 19 de Julho de 1570 pela Bula Quo Primum Tempore. A bula deixa claro que não está estabelecendo um novo rito, mas “um missal revisado e corrigido”.
Durante os séculos I e II, as palavras de Cristo estiveram rodeadas por uma liturgia inicial que, pouco a pouco foram se espalhando pelo Império Romano tanto no Oriente quanto no Ocidente.Sendo que nos século III e IV todas as partes principais da missa já estavam definidos durante o pontificado do Papa São Dâmaso (366-384) mas ainda não existia um missal oficial com os textos das missas do ano.
Os Romanos Pontífices não deixaram de insistir desde o século V sobre a importância de adotar o Canon Missae Romanae, dado que ele remonta ao Apóstolo São Pedro.
Com São Gregório Magno (590-604), redigiu o líber Sacramentorum e também criou e introduziu o canto gregoriano na missa.
Somente com o Papa o Venerável Pio XII em 1955 é que foi feita outra revisão onde foram inseridos novos textos e as cerimônias no Domingo de Ramos e no Tríduo Pascal.
A Missa Tridentina também é conhecida como Missa Latina Tradicional pois é celebrada em latim.
O Papa Pio XII na Encíclica Mediator Dei que nos diz :O uso do latim “é um belo e manifesto sinal de unidade, além de ser um antídoto efetivo contra qualquer corrupção da verdade doutrinal”.
A Missa Tridentina é caracterizada por sua reverência e seu simbolismo profundo. A participação mais importante é a interior, onde os fiéis prestam atenção nas cerimônias, elevando o coração e a mente em oração silenciosa e unindo-se em intenção às orações do sacerdote.
Ela é uma experiência do sacrifício e da profunda veneração vivida nos ritos. É uma liturgia predominantemente penitencial. “A missa é uma atualização do calvário. Então, o silêncio transparece uma profunda dor naquele sofrimento, durante a Paixão que Jesus foi submetido. É um silêncio que significa solidariedade, paixão, amor a Deus”.A orientação do sacerdote durante a maior parte da Missa também é significativa.
O sacerdote celebra voltado para o altar, liderando os fiéis em direção a Deus, simbolizando a jornada da Igreja rumo ao encontro com o Senhor. Vou citar para vocês alguns dos elementos centrais da missa tridentina: No início da Missa, o padre asperge a assembleia com água benta, lembrando o batismo e purificando os fiéis. O incenso é usado para purificar o altar, os objetos sagrados e a assembleia. As orações são pronunciadas pelo padre em voz baixa e apenas em latim
O latim e o canto gregoriano criam uma atmosfera solene e atemporal pois o canto gregoriano é uma parte significativa da Missa Tridentina.
Quanto à Eucaristia é o momento de maior espírito de adoração: Então, esta é a primeira diferença na hora da Eucaristia: o silêncio. A segunda é a forma de como receber a comunhão. As pessoas se ajoelham e é como se fosse uma mesa e as pessoas recebem a Comunhão ajoelhadas e diretamente na boca.
Naquele momento o padre faz uma pequena oração fazendo o Sinal da Cruz sobre o rosto da pessoa que receberá a comunhão, antes de colocá-la sobre a língua da pessoa.
Pós Concílio Vaticano II, o Papa Paulo VI publicou em 03 de abril de 1969, uma edição do missal romano, o Missale Romanum simplificando o ritual e permitindo o uso do idioma de cada país.
Em 2007, o Papa Bento XVI ampliou essas permissões, permitindo que os próprios sacerdotes celebrassem publicamente a Missa Tridentina,
O Papa Francisco em 16 de julho de 2021,
reverteu essa autoridade determinando que os padres que celebram a Missa Tridentina devem solicitar permissão aos bispos diocesanos. Padres recém-ordenados também devem solicitar permissão ao bispo, que deve consultar a Santa Sé antes de conceder ou não a autorização.
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