História do Direito #4. Idade Média, o Direito Canônico e o Tribunal de Inquisição. 

Contextualizando o Direito Canônico cabe uma reflexão: foi mesmo um retrocesso ou foi ao menos um paliativo diante da possibilidade do regresso à barbárie com a queda do Direito Romano? Existiria o Direito como o conhecemos hoje se a Igreja não tivesse mantido a chama da moral Cristã (contrária à barbárie) acesa durante esse período?

@@julianotomaz432 A denominada moral cristã não foi uma inovação. A filosofia grega já havia estabelecido um padrão ético tão desenvolvido quanto à moral cristã e, a filosofia oriental foi fonte desta moral. Portanto, não havia uma barbárie antes do cristianismo. Havia uma civilização, com uma ciência e uma filosofia bem desenvolvidas. Veja-se o estoicismo e o hedonismo de Epicuro, que atingiram um nível de elaboração que influenciou as ideias do Ocidente. A moral cristã, baseada na ideia de não violência e amor ao próximo, já estava muito bem desenvolvida no budismo e outras filosofias orientais. Com relação à amar a deus, trata-se de fundamento de qualquer religião. Vivemos no Ocidente cristão e somos ensinados de que tudo isso foi novidade, mas a história nos mostra que não. Quanto à Inquisição, ela tem tanto de cristianismo quanto a Gestapo. Tratou-se da imposição de poder da Igreja Católica daquela época, no sentido de manter sua hegemonia e expandi-la para outras regiões, como ocorreu com as cruzadas, anteriormente, pelas espadas dos mesmos "cristãos". O papa João Paulo II, ao se desculpar pelos excessos da Igreja, já resolveu esta questão. A Inquisição foi um fenômeno político da época e estamos todos certos de que o Cardeal Arcebispo de São Paulo não fará um auto de fé para queimar judeus na Praça da Sé. A Inquisição foi um fenômeno da barbárie europeia daqueles tempos sombrios e a Igreja atual não tem nenhuma responsabilidade sobre o que aqueles bárbaros fizeram em nome de Cisto. Se alguma dúvida resta, tente imaginar Jesus como inquisidor, mandando torturar e queimando pessoas na fogueira.

@@julianotomaz432 Primeiramente, antes do cristianismo não imperava a barbárie. Muito pelo contrário, o cristianismo recebeu forte influência do pensamento oriental e até mesmo da filosofia grega, com destaque para Platão, recepcionado por Santo Agostinho. A Inquisição não teve nenhum efeito benéfico para o desenvolvimento do processo penal. Pelo contrário, ela atuou como uma Gestapo da Igreja. Sim, a comparação é lógica. Certamente, a Inquisição foi um fenômeno da Era Moderna, que correspondia aos padrões da época. É obvio que o Arcebispo de São Paulo não vai decretar um auto de fé para queimar judeus na Praça da Sé, coisa que seria normal naqueles tempos tenebrosos. O Papa João Paulo II já resolveu essa questão ao pedir perdão pelos excessos da Inquisição, os quais não representaram em nada o pensamento cristão. Se restou alguma dúvida, basta pensar se Jesus iria torturar e queimar pessoas vivas em fogueiras em defesa de sua fé. Óbvio que não.

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Exato, obrigada pelo comentário! Um filme que retrata bem isso é "Em nome da Rosa"!

Dá uma olhada no livro: WOLKMER, Antônio Carlos (org). Fundamentos de História do Direito. [...] Cap. 09.

Sim, tem os capítulos de livro que estão na descrição do vídeo! Artigo: História do Direito Medieval: heranças jurídico-políticas para a construção da modernidade. LM MADEIRA. Justiça & História 8, 2008. Só dar um google!! E duas sugestões de Filme: 1) O NOME DA ROSA. Data de lançamento: 24 de setembro de 1986 (EUA), Direção: Jean-Jacques Annaud, Autor: Umberto Eco e 2) JOANA D'ARC DE LUC BESSON. Direção: Luc Besson. Estados Unidos, 1999.

@ obrigada! Queria algo relacionado a hermenêutica

para de viajar

Louco

😂😂😂

Ah sim, imagina se te denunciam sem provas e você é torturado