Percebi que toda vez que falamos de musica vamos direto pra instrumentos de corda, hoje em dia tem muitos "genios" musicas de musica eletronica, rap, hip hop, etc. Outro ponto também é o excesso de bons musicos na internet, habilidades absurdas estão tão saturadas por aí que ficaram banais, um guitarrista muito bom com poucos seguidores hoje seria considerado um gênio nos anos 80/90
Boto fé, do ponto de vista das habilidades técnicas, em qq instrumento, o nível nunca foi tão alto! Mas eu me refiro mais a gênio no sentido da galera que cria obras que mudam o cenário de um jeito duradouro, que expandem a linguagem, que geram um efeito de reelaboração de paradigmas que perdura dali pra frente, até a próxima onda transformadora. É um outro sentido, saca?
a questão da música e genialidade, eu vejo muito mais a conexão com o funcionamento do capitalismo do que da internet em si. Capitalismo é lucro, e apesar de falarem que gostam de inovação, a tendência é sempre a padronização em direção da certeza do lucro. Se só o que lucra tem espaço, e vias de regra só lucra o que segue a padronização, sobra um espaço muito pequeno para algo genial e diferente. Geralmente é uma arte de nicho, que mesmo num mundo super conectado, dificilmente vai chegar na gente. Só pensar como funciona a pagina principal de um spotify da vida. Quem determina o que aparece lá são as grandes gravadoras, que forçam a padronização para terem lucro. Mesmo aquelas playlists automáticas de descobertas, é um conta gotas no mar dessa lógica comercial.
e de se pensar que o dia que o capitalismo não dominar mais o mundo e for substituido por um sistema economico mais justo e mais ético, o mundo vai ser totalmente diferente em TODAS as areas de conhecimento e lazer.
Sobre a primeira pergunta: há uns 20 e poucos anos eu também tinha esse pensamento sobre "equipamentos dos $onhos". O tempo ensina muito... Excelente resposta!!
Uaaaau! Obrigado por me responder cara. Resolvi pegar uma squier jaguar, graças a seu vídeo sobre squiers. A da tagima vem com captadores p90 e eu queria o timbre bem estralado dos singles. Obrigado de novo pela moral!
Cara, eu não acho que a jaguar vai atender o que vc procura. Vc já pensou numa tele? O ideal seria um strato mesmo... Tenho certeza q vc iria se apaixonar por ela Eu digo isso pq tenho uma fender jaguar japonesa e tive uma squier... Os singles da jaguar são OUTRO rolê
@@PedroBernardiGuitarra Obrigado, cara! No vídeo da Tagima vc falou que o p90 n era muito estralado e eu fiquei com um pé atrás KAKAKAKAKAK A jaguar ganhou meu coração
@@jdelcolliobrigado pela dica. Apesar dos singles n serem os mesmos, eu posso trocar os captadores. Sei q a strato é incrível e eu acho ela bonita, mas a jaguar é uma divindade akkaka. Se eu podesse ter as duas eu teria! Obrigado de novo pela dica! Minha les paul precisa de uma amizade com um som bem diferente
Sua didática, eloquência, domínio do conteúdo e segurança são qualidades impressionantes e admiráveis. A forma que aborda os assuntos nos levam a reflexões muito relevantes sobre mitos, senso comum e achismos que carregamos culturalmente e nem percebemos
Sobre a questão de não termos mais gênios na música como antes. Lembro de uma coisa que o Silas Fernandes disse algumas vezes e cai como uma luva nesta discussão. O que acontece hoje devido o advento da internet, a atenção que antes se dava a um lugar como foi, por exemplo, Seattle, nos anos 90, não veremos mais, a atenção da mídia e das pessoas está mais diluída e fica muito difícil uma banda ou artista fazer sucesso como até foi nos anos 90. Pontualmente, pode acontecer de alguém se destacar, mas não terá a relevância e o tempo de ser consumido como fora antes.
Também tenho a dificuldade de conexão com a música brasileira e já se vão 34 anos tentando achar está conexão. Só achei está conexão com a música gospel, por ser o nicho onde atuo com mais frequência.
Cara, tu é incrível, te conheci exatamente há poucos minutos atrás pesquisando sobre dicas de trocas de corda, e não só neste assunto como em todo e qualquer outro, você é ótimo em explicar, tudo fica claro e simples com suas explicações (bom, pelo menos foi essa a minha experiência que tive assistindo alguns vídeos seus kk). Enfim, só quero agradecer mesmo e dizer que você é ótimo nesse trabalho no RU-vid e também é ótimo quando se trata de música, em tão pouco tempo aprendi muita coisa que gostei bastante com você. Obrigado.
Pedro tem um pensamento muito lúcido e consciente com relação a aquisição excessiva de equipamentos. Eu mesmo tenho muita dificuldade em parar de adquirir coisas. Mas venho tentando controlar. Sempre tendo em mente que o maior instrumento são nossas mãos e nosso aprendizado. Mas e cada guitarra que aparece na timeline que e muito tentador.
Salve Pedro! Excelente vídeo como sempre! hoje coincidentemente antes de assistir seu video vi o vídeo de um canal chamado Normose, falando sobre o "jovem", e uma parte do vídeo ele menciona essa questões dos gênios, que a grande maioria deles muitas vezes só é reconhecidos após anos de sua morte, e muitos morrem sem receber o devido reconhecimento, talvez seja o que está acontecendo por agora. Aliás, fica ai uma recomendação de vídeo!
Adoro a forma que vc fala de guitarra e de fazer música sem ditar regras... Acho que durante anos a mídia tradicional impôs muita regra por conta dos anunciantes. Muito bom ver alguém que tem como regra atender as próprias necessidades e sem engolir aquilo que o "mercado" impõe como tal... Parabéns pelo canal!
Bem colocado Pedro. Essa avalanche de conteúdo na internet talvez seja um fator bloqueador da nossa capacidade na criação musical, estamos sempre reinventando a roda. Minhas referências musicais estão firmemente enraizadas nos anos 60 e 70 principalmente, talvez pelo fato de tocar já desde os 70's. Ao tentar sair um pouco desse terreno acabo me perdendo em meio a tanta coisa que a internet oferece. Há uns dois anos estou me dedicando a um tipo de isolamento musical (não ouvir nada além da minha guitarra). Essa experiência já tem me ajudado de certa forma a resgatar minha própria essência ao compor. Obrigado por expor esse assunto. Sucesso.
Puxa, na minha faixa etária a internet é uma maravilha. Quando era mais novo, era um parto gravar uma Demo, era caríssimo, fora que alguém tinha que gostar do trabalho para ter uma chance de tocar. Agora, da p gravar um disco no meu quarto e jogar na Net. Mas entramos na briga do cover e o autoral. Mas isso é um outro assunto. Curto muito os vídeos
Oi, Fernando! Obrigado! Eu também acho a internet uma maravilha em muito sentidos. Na maioria deles, talvez! Não sei se entendi bem o seu ponto, mas essas críticas sobre a internet vêm da perspectiva de que mesmo aquilo que é muito bom às vezes traz problemas, e compensa falar sobre eles também (até pra melhorar esse lado), sem invalidar toda a parte boa.
Penso que a dificuldade de reconhecermos gênios na música da nossa época vem, na verdade, de uma exigência mais alta para nos surpreendermos com algo... Pode parecer "pelassaquismo" (kkkk) mas acho a tua forma de tocar única e a mistura que vc faz genial! Falta é o mundo conhecer! Kkkk Alguns outros que eu poderia citar seria o quase óbvio Mateus Asato e talvez não tão conhecido Chris Buck. Achei a ideia das listas excelente e penso que o debate sobre gostarem ou não da sua seleção vai gerar engajamento e ajudar a botar a tua genialidade no mundo! Sou do clube que revê seus vídeos só pra ouvir as tracks! Kkkkkk Já te falei aqui que vc deveria divulgar mais teus projetos... Deve ter muita coisa boa! Parabéns pelo trabalho! Abs
Pedro seu canal é diferenciado!!! Suas reflexões são ótimas... abrem muitos caminhos... opiniões fortes e consistentes. Obrigado por compartilhar seu conhecimento!!! 🎸🎸🎸
Tenho uma guitarra de 15k e uma giannin stratosonic de 90, advinha qual eu estou tocando alucinadamente? kkkkk, preço de equipamento é a maior ilusão. Cara você é de Goiás, farei a segunda fase do concurso de Juiz aí, estarei aí FDS agora para essa prova, passando, seremos amigos pessoais. 🤣
Fala Pedro, blz? Minha pergunta passou dessa vez mas, mais uma vez parabéns pelo canal! Me lembro que "caí aqui" por acaso procurando por diferença entre timbres de amp e fiquei impressionado com o conteúdo que você traz nos vídeos. Até passei a ter uma certa admiração por FUZZ, coisa que eu tinha repulsa! rsrs...
Obrigado demais! Acho que sua pergunta acabou chegando quando eu já tinha gravado as respostas, mas pensando aqui, a resposta seria "tente achar um jeito de se levar menos a sério". Eu, criança ouvindo isso, provavelmente não saberia bem como interpretar, ou dar valor, mas é o que eu gostaria de ter começado entender bem mais cedo. :) E massa demais o seu lance com fuzz! :D
Estudo e desenvolvimento, causa e consequência. Equipamentos ajudam muito, mas ... Gosto muito de seu estilo sóbrio e ponderado. Na minha idade não consigo acompanhar a maioria dos canais temáticos de guitarra. Sucesso sempre.
Tem muita gente fazendo musica boa, porém não é ouvida, e pelo cara não ser fzmoso os próprios musicos não valoriza e até mesmo boicota quem está fazendo algo próprio.😢
Tem muita música boa hj em dia mesmo! Mas eu me referia mais à galera que realmente impactou o panorama da música de um jeito mais transformador, no sentido de expandir as possibilidades e alterar as convenções.
Ainda não, mas vou procurar! O curioso desses vídeos é que eu gravo, fica registrado pra sempre, e eu sinto vontade de atualizar as opiniões já no dia seguinte haha
7:12 então, comentando sobre o assunto de querer ter mais brasilidade na sua música. Lhe indico tocar com violão de nylon, ele vai naturalmente te conduzir para ritmos mais brasileiros, como samba, bossa e outros. Eu também sentia essa necessidade e foi assim que eu me adaptei.
Valeu pela dica! Pode ser um caminho, mas eu me refiro menos a aprender como tocar, e mais a me conectar com a linguagem mesmo, mesmo enquanto ouvinte.
Puta merda. Também gosto do som de cordas bem usadas,pra mim soa o som de cerca de arame em sítio sem contar que já está bem estabilizada na afinação!!!
Reaprendi a amar a guitarra depois de conhecer o Thiago guzzo e suas matrizes pra caminharmos rumo a improvisação e tocar sem pensar demais. Recomendo conhecer o cara.
@@doubledragtap ahhehahe bom... Acho que é difícil demais pensar assim em valores absolutos e não contextuais sobre qualidade e genialidade, porque invariavelmente a gente vai comparar épocas que não tem como. No recorte que o Pedro trouxe, com Mozart e os carai, você tinha uma quantidade ridiculamente menor de pessoas produzindo e uma margem muito mais restrita para o que era musicalmente aceitável. Eu penso que a humanidade foi igualmente capaz de produzir pessoas inegáveis tanto lá atrás quando hoje, dado os contextos. Não dá pra dissociar música do contexto cultural. E ele sempre (ou quase) envolveu demanda. Se estivermos falando de pesquisa, teoria e técnica, esse trabalho vem sendo desenvolvido desde sempre na academia. Se falamos de cultura popular, falamos também de mercado e indústria. Como seria possível então justapor Mozart e Beatles? Num dá.
@@doubledragtap (continuando) daí hoje temos uma quantidade nunca antes vista de pessoas envolvidas e produzindo música. Qualquer meia hora de RU-vid você encontra um vídeo de algum jovem em algum quarto em algum lugar do mundo com técnicas, ideias e produções super interessantes, explorando novos territórios. Mas também vivemos aí na época do excesso de oferta, então como se manter sabendo de tudo que acontece? As necessidades musicais das pessoas também se transformam com o tempo e contexto, então como comparar diretamente tempos muito diferentes? Até um tempo atrás a gente tinha uma mídia mais centralizada que fazia uma baita peneira em tudo que era produzido (muitas vezes com gente grande pagando por trás) e a gente tinha acesso só ao que exibiram no rádio ou tv. O espaço era diferente. Acho que hoje em dia temos a mente mais aberta do que nunca musicalmente no que diz respeito a ideias, experimentos, misturas e tecnicas. Acho que os artistas estão mais livres do que nunca pra experimentar e explorar sonoridades e temas. Acho que estamos no momento mais difícil de conseguir prestar atenção também. Acho que o artista tem de lidar com muito mais demanda também. E a genialidade de hoje requer características que a genialidade lá de trás não requeria (e vice versa).
Não entendi bem se a pergunta é entre uma ou outra, ou se ambas valem a pena. Eu mesmo nunca toquei essa Cort, então acho difícil dizer (mas costumo ouvir coisas boas), mas a Yamaha eu gostei bastante!
