Impostora (Yellowface), escrito por R.F. Kuang, é um thriller literário que aborda temas como apropriação cultural, racismo, e os bastidores obscuros do mundo editorial. A narrativa foca em June Hayward, uma escritora medíocre que, após a morte trágica de Athena Liu, uma escritora asiático-americana extremamente talentosa e renomada, decide roubar seu manuscrito e publicá-lo como se fosse seu. A história explora como June tenta justificar suas ações enquanto lida com a pressão de manter a mentira, além de enfrentar críticas e questionamentos sobre quem tem o direito de contar certas histórias. A autora, R.F. Kuang, provoca reflexões profundas sobre questões éticas e morais na literatura, principalmente no que diz respeito à apropriação de narrativas pertencentes a minorias. June, a protagonista, não apenas se apropria do trabalho de Athena, mas também de sua identidade cultural, ignorando o impacto disso. O livro oferece um olhar irônico e crítico sobre o meio literário contemporâneo, onde obras de autores marginalizados são, muitas vezes, exploradas por outros em busca de prestígio e lucro. A escrita é envolvente, com um tom sarcástico e uma protagonista que, embora moralmente questionável, reflete os dilemas e tensões da indústria literária. Kuang também destaca as complexidades das dinâmicas de poder, a disputa por reconhecimento e as consequências de se colocar a carreira acima da ética. Em resumo, Impostora é uma leitura instigante e desconfortável, que convida à reflexão sobre os limites da autoria e as repercussões de decisões egoístas no mundo literário.
Christian, gostei da sua resenha. Fiquei curioso e com vontade de ler, principalmente por saber que aborda sobre o mundo editorial, que como você disse, a gente acaba fantasiando bastante.
Tô lendo Yellowface, tô no finalzinho e eu tô amando! Acho que é um livro bem “fora da caixinha”, apesar de abordar pautas bem atuais, como a questão do cancelamento, local de fala, entre outros. Posso tá viajando, mas eu achei ele bem com uma vibe “Ficção Americana” 😅 (me baseando pelo filme, pq o livro não li). Deve ser pq tb trata do mercado editorial, questões raciais, esteriótipos e com um humor bem ácido. E realmente os personagens são BEM ambíguos. Senti raiva de todo mundo kkkkkkk
Eu já li este romance em russo. É interessante que o título ficou Yellowface, mas nas letras do alfabeto russo 😊. Gostei, mas o trabalho do tradutor foi muito ruim.
"Leitura sensível ". Que frescura. Pra tu escrever um livro sobre astronautas, por exemplo, tu tem que ser um astronauta, ou pra escrever sobre índios tenho que ser um índio? O mundo tá mais chato a cada dia. Pqp!
2 месяца назад
Primeiro não é índio, e sim indígena. Essa leitura sensível é para evitar trechos preconceituosos.
Eu já li este romance em russo. É interessante que o título ficou Yellowface, mas nas letras do alfabeto russo 😊. Gostei, mas o trabalho do tradutor foi muito ruim.